113 Sul: o que acontece após anulação? Entenda o caso

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O Superior Tribunal de Justiça (STJ) anulou nesta terça-feira, 14, a condenação e determinou o encerramento do processo em curso no tribunal contra Francisco Mairlon Barros Aguiar, sentenciado a 47 anos de prisão por homicídio qualificado e furto qualificado no caso conhecido como Crime da 113 Sul. Também foi determinada a imediata soltura do réu, preso há 15 anos.

Perguntas e respostas sobre o Crime da 113 Sul:

No dia 28 de agosto de 2009, o advogado e ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) José Guilherme Villela, de 73 anos, a mulher dele, a advogada Maria Carvalho Villela, de 69 anos, e a empregada do casal, Francisca Nascimento da Silva, de 58 anos, foram mortos a facadas no sexto andar do bloco C da 113 Sul, em Brasília.

Quem foi investigado e condenado pelo crime?

Três homens foram condenados pela execução das três vítimas: Francisco Mairlon Barros Aguiar, Leonardo Campos Alves, ex-porteiro do prédio onde o casal Villela morava, e Paulo Cardoso Santana, sobrinho de Leonardo.

Mairlon foi condenado a 55 anos de prisão, em 2013. Paulo Cardoso foi condenado em 2016, a 62 anos, e Leonardo Campos, a 60 anos, em 2013.

As investigações da Polícia Civil concluíram que o crime teria sido encomendado pela própria filha do casal Adriana Villela. Em 2019, o tribunal do júri condenou Adriana a 67 anos e 6 meses de reclusão, em segunda instância, reduzida para 61 anos e 3 meses em 2022.

Quais condenações foram anuladas?

O caso sofreu reviravoltas judiciais no decorrer dos últimos 15 anos. Na decisão mais recente, desta terça-feira, 14, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) anulou a condenação e determinou o encerramento do processo em curso no tribunal contra Francisco Mairlon, apontado como um dos executores do crime. Também foi determinada a imediata soltura do réu, preso há 15 anos.

Em setembro, a Sexta Turma entendeu que houve cerceamento da defesa e anulou a condenação da filha do casal, a arquiteta Adriana Villela, apontada como mandante do crime.

Por que as condenações foram anuladas?

O colegiado do STJ classificou o caso como um exemplo de "erro judiciário gravíssimo". Os ministros entenderam que as confissões de Francisco Mairlon obtidas pela polícia não foram confirmadas no decorrer do processo, e que é inadmissível uma condenação pelo júri popular apenas com base em elementos do inquérito policial.

Em setembro, a Sexta Turma entendeu que houve cerceamento da defesa e anulou a condenação da filha do casal, a arquiteta Adriana Villela, apontada como mandante do crime. A filha continua como ré no caso, diferentemente de Mairlon que teve a ação trancada.

Quem continua preso?

Já os outros dois envolvidos no crime, condenados como os executores do casal, Leonardo Campos e Paulo Cardoso, continuam presos e condenados.

Leonardo foi condenado a 60 anos de prisão, em regime inicial fechado e Paulo Cardoso condenado a pena de 62 anos e 1 mês de reclusão, em regime inicial fechado, mais 20 dias-multa.

O que acontece após as anulações?

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) já recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) da anulação de Adriana Villela. Em 25 de setembro deste ano, o MPDFT pediu ao STJ que reconsidere a decisão e negue o recurso especial apresentado pela defesa, permitindo o início imediato à execução da pena imposta à ré pelo Tribunal do Júri de Brasília.

O MPDFT também aponta que a decisão do STJ de anular toda ação penal contraria entendimentos consolidados pelos tribunais superiores e desconsidera a soberania do julgamento realizado pelo Tribunal do Júri, garantida pela Constituição Federal.

O promotor de justiça Marcelo Leite rebate os argumentos de que Adriana não teria tido acesso aos elementos de prova a tempo de construir a narrativa da defesa.

"Nós temos diversas certidões no processo, que indicam que eles tiveram acesso a todas as mídias. Os ministros que votaram pela anulação foram levados ao erro pela defesa. Nosso compromisso é garantir que a sociedade tenha uma resposta justa e definitiva para um crime dessa gravidade", diz.

Além disso, o MPDFT destaca que, ao adotar entendimento contrário no caso de Adriana Villela, desconstituindo um acórdão anterior da própria turma, o STJ teria, de forma indireta, usurpado a competência do Supremo Tribunal Federal (STF), que pode rever decisões transitadas em julgado do STJ.

No caso da condenação de Francisco Mairlon, o MPDFT ainda não se pronunciou sobre se vai recorrer ou não.

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O músico André Geraissati, violonista de destaque da música instrumental brasileira, morreu nesta terça-feira, 19, aos 74 anos.

A informação foi divulgada pelo filho do artista, Gabriel Geraissati, pelas redes sociais.

"Com imensa tristeza comunico aos amigos e fãs o falecimento de meu pai, André Geraissati, hoje, 19 de novembro, em São Paulo. Meu pai foi um violonista único, um artista que tocou muitas vidas - e um pai de coração generoso e amor imenso. Agradeço pelo carinho de todos neste momento tão difícil", escreveu ele.

Geraissati foi reconhecido por seu trabalho inovador no violão de 12 cordas e por misturar elementos de música brasileira, jazz e música experimental.

Ele ganhou destaque nos anos 1970 e 1980, especialmente como integrante do grupo D'Alma, ao lado de outros grandes violonistas como André Ribeira e Ulisses Rocha. O trio tornou-se referência pela técnica apurada e pela sonoridade contemporânea aplicada ao violão acústico.

Em carreira solo, Geraissati lançou discos que exploram texturas sonoras sofisticadas, improvisação e forte sensibilidade melódica, consolidando-se como um dos nomes mais originais do instrumento no Brasil.

O primeiro disco dele, Entre Duas Palavras, saiu em 1982, com participação de Egberto Gismonti. Nos anos 80, ele também lançou os álbuns Insight, Solo e Dadgat.

Ele fundou, em 1992, o selo independente Tom Brasil, a partir de uma iniciativa cultural, o Projeto Banco do Brasil Musical, em prol da música instrumental no Brasil. Além disso, esteve presente em grandes festivais internacionais, como o Montreux Jazz Festival, o Paris Jazz Festival e o Montreal Jazz Festival.

Ao longo da carreira, também colaborou com Hermeto Pascoal, Arthur Moreira Lima, Wagner Tiso e o flautista americano Paul Horn.

Em 8 de dezembro, Geraissati participaria de uma palestra sobre produção musical no Centro Cultural São Paulo, ao lado de Marco Briones, autor do livro Solo: A História do Primeiro Álbum Duplo de Violão no Brasil , o primeiro sobre a obra musical de Geraissati.

Heloísa Périssé está vivendo um relacionamento discreto com a diretora de TV Leticia Prisco desde o fim do ano passado, segundo o jornal Extra. A atriz de 59 anos anunciou em outubro de 2024 o fim de seu casamento de 20 anos com o diretor Mauro Farias.

As duas teriam se aproximaram nos bastidores da segunda temporada do seriado Tem que Suar, exibido pelo Multishow em 2024, e depois acabaram se envolvendo.

O relacionamento ainda não foi assumido publicamente. Em setembro, elas estiveram em um encontro com Maria Bethânia, que contou com a presença da jornalista Leilane Neubarth. Em outubro, viajaram juntas para um casamento no Uruguai, de onde Heloísa Périssé chegou a postar alguns registros, inclusive ao lado de Leticia.

Quem é Leticia Prisco?

Leticia Prisco é diretora de TV e cinema com uma carreira sólida e cheia de projetos. No Canal Brasil, ela dirigiu a série Vizinhos e também esteve à frente dos longas Barba, Cabelo e Bigode (Netflix) e Não Vamos Pagar Nada (Telecine).

Ainda na TV, Letícia foi diretora artística de Desencontro de Gerações (GNT/Globo). Também assinou a direção geral de Loucos por Novelas, uma homenagem às telenovelas brasileiras, e de Dois em Cena (Canal Viva), em que atores de diferentes gerações conversam sobre a profissão.

No Multishow, comandou várias temporadas de Dono do Lar e dirigiu a segunda temporada de Tem que Suar. Também esteve à frente da 10ª temporada de Vai que Cola e de outros programas do canal, como A Vila. No GNT, participou de atrações como SuperBonita, Boas-Vindas - Álbum de Família e Pode Entrar.

Durante sua recente visita ao Brasil, a cantora Dua Lipa indicou a Livraria Leonardo da Vinci, localizada no centro do Rio de Janeiro, para o seu clube do livro, o Service95 Book Club.

A artista, conhecida por sua paixão pela literatura, também já recomendou para seus fãs a obra Lugar de Fala, da brasileira Djamila Ribeiro.

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Na madrugada de domingo, 16, após seu show no Estádio Morumbis, a britânica foi vista em uma festa de música eletrônica em Indaiatuba, no interior do estado. Em vídeos publicados por fãs, ela apareceu com uma jaqueta verde e amarela curtindo a primeira edição brasileira da Circoloco, evento criado em Ibiza e que estreou no País no Autódromo Capuava.