Papa Leão XIV recebe pela primeira vez vítimas de abuso sexual na Igreja Católica

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O Papa Leão XIV se encontrou nesta segunda-feira, 20, pela primeira vez, com uma organização de sobreviventes e defensores de abusos cometidos pelo clero, que disse que o pontífice concordou em manter um diálogo permanente enquanto eles pressionam por uma política de tolerância zero para abusos na Igreja Católica.

A Ending Clergy Abuse (ECA é uma organização global que vem fazendo campanha para universalizar a política de abuso da Igreja nos Estados Unidos. Entre outras coisas, a política exige a remoção permanente do ministério de um padre com base em um único ato de abuso sexual que seja admitido ou comprovado de acordo com a lei da Igreja.

A política dos EUA, articulada pela primeira vez na década de 1990, foi adotada publicamente no auge do escândalo naquele país, numa tentativa de restaurar a confiança e a credibilidade na hierarquia americana após revelações de décadas de abusos e acobertamentos. É lei religiosa nos Estados Unidos, mas não é adotada em outros lugares.

O pontífice reconheceu que "havia grande resistência" à ideia de uma lei universal de tolerância zero, disse Tim Law, cofundador da ECA. Mas Law afirmou ter informado a ele que a ECA queria trabalhar com ele e o Vaticano para levar a ideia adiante.

Leão XIV já se encontrou com sobreviventes de abusos cometidos pelo clero e foi o interlocutor para ouvir as vítimas na Conferência Episcopal Peruana quando era bispo. Mas o primeiro papa americano da história reconheceu a importância de se reunir com a ECA como uma organização ativista, disseram os membros em uma coletiva de imprensa.

Antes dele, o Papa Francisco e o Papa Bento XVI também se encontraram com vítimas individuais, mas mantiveram ativistas e grupos de defesa à distância.

"Ele disse: 'Este é o próximo passo histórico: sentarmos juntos e conversarmos'", disse o participante alemão Matthias Katsch sobre a reunião desta segunda-feira. "Ele nos permitiu manter contato, ter um canal aberto de comunicação."

A audiência dentro do Palácio Apostólico durou uma hora e o papa ouviu atentamente, disseram os participantes. O Vaticano não a incluiu inicialmente entre as audiências de Leão XIV nesta segunda-feira, embora versões subsequentes da agenda do papa a incluíssem.

Seis membros do conselho da ECA, da Argentina, Canadá, Alemanha, Uganda e Estados Unidos, compareceram. Também em Roma estava Pedro Salinas, membro da ECA, um sobrevivente e jornalista peruano que conhecia Robert Prevost por meio do trabalho que eles realizaram em busca de justiça para sobreviventes de um grupo leigo católico peruano abusivo.

Os sobreviventes começaram a reunião descrevendo suas principais iniciativas: a política de tolerância zero, a convocação de uma conferência sobre supostos abusos no Opus Dei na Argentina e a ajuda a sobreviventes de abuso nas Filipinas para formar uma organização nacional.

"Inspirados por suas palavras ao se tornar papa, viemos como construtores de pontes, prontos para caminhar juntos em direção à verdade, à justiça e à cura", disse a cofundadora da ECA, Gemma Hickey, a Leão XIV.

A sobrevivente ugandense Janet Aguti disse que o papa parecia entender os impedimentos culturais para lidar com o problema do abuso na África, onde líderes religiosos frequentemente afirmam que o abuso não existe, já que não é amplamente discutido na sociedade. Ela disse que as crianças nos Estados Unidos não deveriam ser mais protegidas do que as crianças na África.

"Saí da reunião com esperança e sei que é um grande passo para nós e um momento histórico para mim", disse ela.

Os participantes disseram que buscaram uma audiência com o antecessor Francisco a partir de 2019. Eles disseram que acharam Leão XIV humilde, sincero e comprometido em trabalhar para acabar com o abuso, embora tenham dito que ele pediu que fossem pacientes.

"Hoje sinto que fui ouvida", disse Evelyn Korkmaz, cofundadora da ECA e sobrevivente de um internato no Canadá, da Nação Nishnawbe Aski. "Acredito que ele continuará neste caminho de reconciliação." (Fonte: Associated Press).

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Kristen Bell usou as redes sociais para comemorar 12 anos de casamento com o ator Dax Shepard. A publicação da atriz chamou atenção dos internautas por uma fala controversa.

"Feliz 12º aniversário de casamento para o homem que uma vez me disse: 'Eu nunca te mataria. Muitos homens mataram as suas esposas em determinado momento. Apesar de estar incentivado a te matar, eu nunca faria isso'", diz a legenda da publicação.

Usuários do Instagram criticaram a escolha do texto da atriz de The Good Place.

"Em primeiro lugar: Parabéns! Em segundo lugar: Eu sei que a sua intenção foi escrever uma legenda fofa e engraçada, mas ao redor do mundo, uma mulher é morta por seu parceiro a cada dez minutos", comentou. "Não tem a menor graça. Que tipo de homem diz isso para a mulher? Ah, espere, eu sei exatamente que tipo. Saia dessa relação agora, Kristen", aconselhou outro.

Outras pessoas aprovaram a legenda. "Isso é AMOR", escreveu Terry Crews. "Eu estive em um casamento abusivo por 23 anos e eu amei essa publicação. Se você não quer sofrer gatilho, saia da internet", disse outro usuário.

Kristen Bell e Dex Shepard são casados desde outubro de 2013. Os dois tem duas filhas juntos.

*Estagiária sob supervisão de Charlise Morais

Confinada em A Fazenda, Michelle Barros fez uma confissão amorosa durante uma dinâmica no reality exibido pela TV Record. Neste domingo, 19, a jornalista assumiu aos demais participantes do programa que está interessada pelo ator Shia Phoenix.

"O Brasil já sabe que eu tenho sentimentos pelo Shia. Expus isso para o Brasil e não vi necessidade de expor para casa porque não devo satisfação a vocês", disse Michelle.

Shia também se manifestou durante a dinâmica. "Acho que a Michelle falou tudo. Continuo atrás do prêmio para ajudar minha família, só que encontrei vários amigos, galera que vou levar aqui dentro e fora encontrei uma pessoa excepcional que também vamos caminhar aqui dentro e o quanto a gente quiser lá fora", disse.

Apesar das trocas de declarações, Michelle disse que, dentro do reality, ela e Shia permanecerão como amigos. "Em respeito ao relacionamento que tenho fora e ao que ele tem, decidimos que não teremos nada a não ser nossa relação de amizade, até que a gente saia daqui e resolva tudo. Sim, temos sentimentos mútuos. Sim, estamos envolvidos", revelou.

Michelle já disse manter um relacionamento fora dos moldes tradicionais com um homem que ela prefere manter no anonimato. Em abril, a jornalista esteve no programa Superpop, apresentado por Luciana Gimenez, e lá disse que o marido misterioso passa grande parte do tempo fora do país. "Eu tenho um marido. Ninguém sabe direito quem é, porque ele não gosta de aparecer. É uma união estável, e ele estava passando mais tempo na Suíça do que aqui", contou, na ocasião.

Sem revelar detalhes ou nomes, Shia também já revelou ter uma pessoa fora do reality.

A Rede Globo se manifestou após Rodrigo Bocardi falar em um podcast sobre sua demissão, e dizer que sua resposta é "silenciosa e jurídica", dando a entender que está em disputa judicial contra a emissora em virtude do desligamento, em janeiro deste ano. Em comunicado enviado ao Estadão, o canal afirmou que desconhece qualquer ação neste sentido.

"Não temos conhecimento de nenhuma ação sobre isso e o que tínhamos para dizer sobre o assunto foi dito na ocasião do desligamento do profissional", afirma a nota enviada ao jornal pela equipe de comunicação da emissora nesta segunda-feira, 20.

Bocardi falou em entrevista ao Alpha Pod, com o jornalista Celso Giunti, que sua demissão foi uma "grande injustiça". "Pegue as 2 mil, 3 mil edições que apresentei do jornal e veja um dia que eu deixei de falar de alguém que deveria ter falado", afirma, declarando estar cansado do assunto.

"Não quero mais falar sobre isso. A minha fala sobre isso é silenciosa e jurídica. Porque o que foi feito comigo foi uma grade de uma injustiça. Não existe nada que justifique aquilo."

A demissão de Rodrigo Bocardi foi formalizada no dia 30 de janeiro de 2025, por decisões de compliance.

"Rodrigo Bocardi, que apresentava o telejornal paulista, foi desligado por descumprir normas éticas do Jornalismo da Globo. Como é de conhecimento de todos, a empresa não comenta decisões de compliance", informou a emissora na ocasião. Segundo informações da Folha de S. Paulo, a Globo descobriu que Bocardi dava consultoria e media training para empresas e políticos, cobrando R$ 55 mil a hora.