Irmã de 'inimigo número um' de Marcola recebeu R$ 120 mil do tráfico internacional, diz PF

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Os investigadores da Polícia Federal (PF) responsáveis pela segunda fase da Operação Mafiusi encontraram na rede de transações milionárias depósitos que somam R$ 120 mil ligados a Patrícia Soriano, irmã de Roberto Soriano, o Tiriça - integrante da Sintonia Final do Primeiro Comando da Capital (PCC) e um dos principais rivais de Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, dentro da facção. Segundo a PF, Patrícia recebeu uma transferência direta de R$ 40 mil dos operadores do esquema, além de outros R$ 80 mil enviados a empresas nas quais ela atuaria como sócia oculta.

Mensagens extraídas do celular de Klaus Cristhian Volker, preso preventivamente na quinta-feira (16) e apontado como principal operador da rede criminosa, indicam ligação direta entre ele, o ex-policial e doleiro do esquema, Maicon Adriano Vieira Maia, e Patrícia Soriano. As conversas mostram que a irmã de Tiriça estava por trás das empresas Artek Automatização e Refrigeração e Dakor Comércio e Representações de Roupas - companhias de fachada, segundo a PF, utilizadas para lavar quantias exorbitantes do tráfico internacional de drogas.

Os repasses foram feitos pela empresa RMD Instituição de Pagamento Ltda, pertencente ao ex-policial Maicon, apontado pela PF como articulador da estrutura ilícita em São Paulo. Preso na quinta-feira, Maicon deixou a corporação em novembro de 2023, mas, segundo a investigação, começou a operar o esquema ainda fardado.

Em dezembro de 2022, Volker e Maicon discutiram transferências a empresas ligadas à irmã do chefão do PCC, conhecido por ser extremamente violento e cunhado como "psicopata" pelo próprio Marcola. Nas mensagens, Maicon repassou a Klaus os dados da empresa Artek Automatização para transferência de valores. Klaus, então, respondeu com os dados da conta física de Patrícia Soriano.

Após alguns questionamentos e solicitações por parte de Klaus, o ex-policial e doleiro encaminhou dois comprovantes: um em favor da Dakor Comércio de Roupas no valor de R$ 80 mil e outra na conta direta de Patrícia Soriano, no valor de R$ 40 mil, ambos oriundos da RMD, empresa de Maicon.

O Estadão busca contato com as defesas.

A irmã de Tiriça também é viúva de Edmilson de Menezes, o Grilo, líder da facção paulista que morreu atropelado em outubro de 2024 enquanto peregrinava pela Via Dutra, em Santa Isabel, no interior de São Paulo, a caminho do Santuário de Aparecida. Antes de morrer, Grilo mantinha conversas com Klaus por intermédio do irmão, Edilson.

Grilo também era apontado como sócio de Willian Barile Agati, conhecido como 'Concierge do PCC' e denunciado como chefe do esquema de tráfico de drogas no Paraná na primeira fase da operação.

Agati e Grilo teriam se aliado a traficantes da Máfia dos Bálcãs e da 'Ndrangheta, a máfia da Calábria, região no sul da Itália, a mais potente organização criminosa da Europa, por meio dos chefões Nicola Assisi, o Fantasma, e Rocco Morabito, conhecido como U'Tamunga. A cocaína saía de portos como Paranguá (PR) em navios ou por meio de aviões e era enviada à Espanha, Bélgica e Itália.

Em julho de 2023, o irmão de Grilo intermediou junto a Klaus a compra de um imóvel em nome do então marido de Patrícia Soriano. Segundo a PF, as mensagens indicam que Klaus atuou como intermediário, encaminhando as ordens do líder do PCC ao advogado responsável pelo contrato do imóvel, localizado na Rodovia D. Pedro I, Km 20, sentido Jacareí-Campinas.

Meses depois, em outubro, Klaus enviou ao irmão de Grilo um documento do Ministério Público de São Paulo que confirmava o arquivamento de uma investigação contra o líder da facção por tráfico de drogas, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Na mensagem, Klaus pediu que o material fosse repassado ao "amigo", em referência a Grilo, e celebrou o desfecho do caso dizendo "graças a Deus".

Velha conhecida

Patrícia Soriano já havia sido citada na primeira fase da Operação Mafiusi, deflagrada em março de 2025, que revelou novos repasses de empresas de transporte público de São Paulo para a facção criminosa.

Entre as companhias investigadas pela PF estava a Movebuss, responsável por cerca de 630 ônibus na capital, na área D8, integrante do grupo local de distribuição do sistema municipal de transporte. À época, os investigadores identificaram que a empresa havia feito transferências para pessoas sob suspeita de ligação com o PCC.

Uma delas era Patrícia Soriano, que supostamente recebeu R$ 227.918,38 da empresa. Ainda segundo a PF, a irmã de Tiriça omitiu os valores nas declarações de renda, tanto como pessoa física quanto jurídica. Os investigadores também encontraram indícios de um padrão de vida de luxo mantido pela família Soriano, com publicações nas redes sociais que ostentavam viagens internacionais, carros, helicópteros e presentes caríssimos.

"As redes sociais se tornaram uma janela para a vida das pessoas, permitindo que compartilhem suas experiências, momentos e estilos de vida. Uma análise das contas públicas do Instagram das filhas de Patricia Soriano revelou um alto padrão de vida, destacando o poder das mídias sociais em fornecer insights sobre a vida de indivíduos e famílias", escreveu o delegado Eduardo Verza, do Grupo de Especial de Investigações Sensíveis (GISE), da PF.

O delegado disse ainda que integrantes da família Soriano "têm mostrado ao mundo suas viagens extravagantes a destinos como Paris, Milão e Veneza". "Elas compartilham fotos e vídeos de suas experiências em hotéis de luxo, e pontos turísticos icônicos. Além disso (...) frequentemente participam de eventos exclusivos e festas."

A reportagem tentou contato com Patrícia por meio de sua empresa, a Patrícia Soriano Transportes, mas o telefone e o e-mail registrados pertencem ao escritório de contabilidade que registrou a companhia.

Com a palavra, o advogado Eduardo Maurício, que representa Willian Agatti

"Willian Barile Agatti (e nenhuma de suas empresas) foram alvo de busca e apreensão e muito menos de mandado de prisão preventiva, já que não possui nenhuma relação com as pessoas e empresas alvo da Operação Mafiusi (fase 2).

E, no tocante à Operação Mafiusi (fase 1), Agatti é alvo de perseguição e comprovará na instrução processual sua inocência, e espera decisão do STJ nos autos do Habeas Corpus que requer a revogação de sua prisão preventiva em pleiteará diversas nulidades insanáveis em momento oportuno."

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