ONU: mundo está reduzindo curva de emissões, mas precisa acelerar processo

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Dez anos após o Acordo de Paris, há sinais de progresso no combate ao aquecimento global, com países estabelecendo, como nunca antes, metas mais ambiciosas e planos para alcançá-las dentro de seus compromissos frente às mudanças climáticas, as chamadas NDCs, na sigla em inglês. O quadro é retratado por um relatório publicado pela Organização das Nações Unidas (ONU) às vésperas da COP30, a conferência das mudanças climáticas que acontecerá, em Belém (PA), entre os dias 10 e 21 de novembro.

O relatório, que resume informações de 64 novas NDCs, registradas até 30 de setembro de 2025, aponta que as emissões, após atingirem um pico em 2030, devem ter forte queda até 2035. Em discurso no lançamento do relatório, o secretário executivo da ONU para mudanças climáticas, Simon Stiell, observou que pela primeira vez a humanidade está claramente reduzindo a curva de emissões. A evolução, contudo, ainda não acontece com a rapidez necessária, tendo em vista o objetivo de limitar o aquecimento global neste século a 1,5ºC.

"Portanto, embora a direção da jornada esteja melhorando a cada ano, temos uma séria necessidade de aumentar a velocidade e de ajudar mais países a tomarem medidas climáticas mais fortes", comentou Stiell.

As emissões, após a implementação das novas NDCs devem ficar, em 2035, 6% abaixo do nível projetado para 2030, e 17% abaixo do nível de 2019, ano de referência ao cálculo de corte de emissões. As metas climáticas, conforme o relatório, indicam que o combate ao aquecimento global se tornou um pilar cada vez mais central na estabilidade e crescimento econômico dos países.

A ONU avalia que as novas NDCs, que cobrem cerca de 30% das emissões globais, mostram uma evolução em termos de qualidade, credibilidade e cobertura econômica, sendo que 89% dos países estabelecem metas ligadas à economia. Há um entendimento de que as etapas em direção à neutralidade nas emissões estão claras. No entanto, reforça a ONU, acelerar consideravelmente os cortes de emissões ainda é necessário.

Todas as novas metas, observa as Nações Unidas, vão além da mitigação - ou seja, das medidas para conter as emissões -, incluindo também planos de adaptação dos países aos eventos extremos do clima, financiamento e transferência de tecnologia. Nesse sentido, objetivos de resiliência, previstos em 73% das novas NDCs, estão ganhando mais destaque, pontua a ONU.

A organização multilateral frisa ainda que a implementação dos novos compromissos demanda forte cooperação internacional, assim como abordagens novas e inovadoras para destravar o financiamento e o apoio em grande escala aos países em desenvolvimento.

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A polícia americana trata o cantor D4vd como suspeito da morte de Celeste Rivas, adolescente que foi encontrada em decomposição no porta-malas do carro do rapper. A informação é do portal TMZ.

O caso é tratado como um homicídio, embora o médico legista ainda não tenha determinado a causa da morte da vítima, uma vez que os investigadores ainda estão aguardando os resultados toxicológicos.

A descoberta do corpo

No dia 8 de setembro, o Departamento de Polícia de Los Angeles atendeu um chamado sobre um "odor desagradável" vindo de um veículo apreendido em um pátio de reboque. No porta-malas do carro estava o corpo de Celeste Rivas, uma garota de 15 anos.

O veículo, um modelo da marca Tesla, está registrado no nome de David Anthony Burke, a identidade verdadeira de D4vd. Segundo a emissora norte-americana ABC, o veículo estava no local há alguns dias e o corpo foi deixado no porta-malas dianteiro. A polícia revelou que o carro não estava registrado como roubado.

D4vd nega qualquer envolvimento com a morte de Celeste. Algumas evidências, no entanto, mostram que o cantor e a jovem provavelmente se conheciam e mantinham algum tipo de relacionamento amoroso.

Na internet, uma canção vazada de D4vd em 2023 foi recuperada por usuários da plataforma SoundCloud. Na música, D4vd canta sobre estar apaixonado por uma garota chamada Celeste. O título do arquivo vazado da canção, inclusive, era "Celeste_Demo unfin".

O cantor seria atração do Lollapalooza Brasil 2026, mas teve o show cancelado.

Um dos criadores do especial infantil Plunct Plact Zum, exibido pela TV Globo em 1983, Daltony Nóbrega morreu nesta segunda-feira, 17. A morte foi confirmada na página do compositor no Facebook. De acordo com a postagem, o músico de 77 anos lutava contra o câncer.

Mineiro de Juiz de Fora, Daltony era violonista, arranjador, redator e tradutor, além de compositor. Começou a sua carreira nos anos 1960, usando alguns codinomes como Daltõ e Dal-Tom.

Integrou o Grupo Mineiro, conjunto vocal que representou o Brasil no Festival de Viña Del Mar, no Chile; interpretou composições de nomes como Taiguara, Ivan Lins e Arthur Verocai e se apresentou com Beth Carvalho e Marlene.

Já nos anos 1970, já fora do Grupo Mineiro, compôs sucessos que ficaram eternizados nas vozes de Eliana Pittman, Evinha, Cláudia e Trio Mocotó.

Em 1980, o compositor participou do Festival MPB Shell (Rede Globo), o que lhe valeu convite de Augusto César Vannucci para ser diretor musical da linha de shows da Rede Globo, cargo que exerceu por vários anos.

Foi da parceria com Vannucci que surgiu o especial Plunct Plact Zum, que teve a participação de nomes como Raul Seixas, Maria Bethânia, Eduardo Dusek e Zé Rodrix. Ele é compositor também da música Turma do Pererê, que se desdobrou no livro homônimo de Ziraldo.

Daltony foi velado no Cemitério São Pedro, em São Paulo, e depois o corpo foi levado para o Crematório Vila Alpina, onde foi cremado.

A União Brasileira de Compositores (UBC) lançou nesta segunda-feira, 18, uma campanha pelo uso ético da inteligência artificial (IA) na música e nas artes. A campanha, criada em colaboração com a Pró-Música, recebeu o título de Toda criação tem dono. Quem usa, paga, e visa remuneração justa para autores. Artistas como Caetano Veloso, Marisa Monte e Marina Sena já se aliaram ao movimento e declararam apoio.

Segundo o texto do projeto, uma das propostas é pressionar autoridades por um marco regulatório que proteja a criação humana em ambientes digitais, por meio de um abaixo-assinado.

"As grandes empresas de tecnologia estão usando criações artísticas para treinar modelos de inteligência artificial sem autorização, sem transparência e sem remuneração aos autores, e demais titulares de direitos autorais e conexos", afirma uma publicação no site oficial da campanha, que também apresenta declarações dos artistas citados. "Com uma regulamentação justa, criatividade e tecnologia podem caminhar juntas", afirma Monte.

Um segundo pilar, no entanto, reforça que o grande problema não é a IA, e sim um "ponto de tensão" que surge quando empresas utilizam criações humanas para treinar a tecnologia sem autorização ou compensação financeira.

A campanha quer que titulares de direitos autorais e conexos possam autorizar ou proibir o uso de suas obras em treinamentos de IA, e que a tecnologia "não se sobreponha" a quem cria.