Pochmann faz 5ª troca por recém-concursado na comunicação do IBGE; sindicato repudia

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A presidência de Marcio Pochmann no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) efetivou nesta terça-feira, 18, mais uma substituição de servidores em cargos de chefia na área de comunicação social por concursados recém-aprovados no último concurso público, que ingressaram no instituto apenas em julho de 2025 e ainda estão em estágio probatório. Já são cinco exonerações nesses mesmos moldes em apenas dois dias. A direção do instituto defende as mudanças como "necessárias" e alega que os novos servidores possuem "currículos de excelência".

A executiva nacional do sindicato de trabalhadores do IBGE, a Assibge-SN, divulgou nota de repúdio nesta terça-feira afirmando que a medida corrobora o autoritarismo da atual gestão, desconsiderando protocolos institucionais e ignorando "o saber acumulado das áreas técnicas a respeito da condução dos trabalhos".

"A ASSIBGE-SN não tolerará uma caça às bruxas instituída dentro dessas áreas. A troca de gerentes experientes por servidores recém-contratados em processo de formação, e sujeitos ao estágio probatório, quando podem ser demitidos mais facilmente, só corrobora a forma autoritária como vem sendo dirigido o órgão da magnitude do IBGE, com 89 anos de existência e com tantos serviços prestados à sociedade brasileira", declarou o sindicato, em nota.

O supervisor de relacionamento com a imprensa Marcelo Benedicto Ferreira foi avisado nesta terça-feira através de um aplicativo de mensagens que foi exonerado e substituído por Rômulo de Carvalho Brito, empossado no instituto em julho.

As demais exonerações foram publicadas nesta última segunda-feira, 17, em comunicado da Presidência postado na intranet do IBGE. Na nota, a administração Pochmann anunciou que a gestão dos canais do IBGE nas redes sociais seria responsabilidade da Coordenação-Geral de Comunicação Social, tendo à frente os servidores Lorenzo Mello e Adriano Monteiro Marques de Souza em substituição a Diana Souza e Ana Laura Azevedo.

A Gerência de Comunicação Social da mesma coordenação passa a ser comandada pelos servidores Marcos Filipe da Silva Sousa e Sheila Machado de Assis Ferreira em substituição a Adriana Saraiva e Irene Cavaliere Gomes. Todos os quatro novos gerentes e o novo supervisor ingressaram no IBGE em julho de 2025.

A direção do IBGE confirmou à reportagem que estão ocorrendo mudanças em áreas técnicas "sempre que necessário".

"As mudanças nas áreas técnicas do IBGE estão ocorrendo, sempre que necessário, com a garantia da permanência dos antigos gestores nas mesmas áreas que até então ocupavam os cargos, o que dá continuidade ao trabalho de qualidade. Não há novidade na trajetória da política de pessoal do IBGE em nomear servidores, inclusive novos que se encontram em estágio probatório, para ocupar cargos de gestão", diz. "Isso tem ocorrido no interior da instituição devido à inédita recomposição da força de trabalho, após quase dez anos sem a realização de concursos no IBGE para servidores permanentes", acrescenta.

"A utilização de novos quadros, quando acontece, decorre de profissionais selecionados com currículos de excelência e importante experiência acumulada em órgãos públicos e privados, num certame que foi o mais disputado da história do IBGE", afirmou ainda a direção do IBGE, em resposta à Broadcast sobre as exonerações recentes.

Embates

A gestão de Marcio Pochmann tem sido marcada desde o início por diferentes embates com trabalhadores do instituto. No último dia 21 de outubro, dezenas de servidores participaram de um ato no Rio de Janeiro em protesto contra a mudança no estatuto proposta pela atual gestão. A manifestação foi convocada pelo sindicato nacional dos servidores do IBGE, o Assibge-SN. Os participantes carregaram faixas e cartazes contra a proposta do conselho diretor de um novo estatuto para o IBGE, alegando que as mudanças concentrariam mais poder na direção do órgão e resultariam em uma menor participação dos servidores.

A mudança no estatuto já tinha acarretado a divulgação de um documento de rejeição à proposta, assinado por mais de 70 gerentes e coordenadores da diretoria de Pesquisas do IBGE, entre eles os profissionais responsáveis pelas principais pesquisas e indicadores econômicos produzidos pelo órgão, como Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais; Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios; e Flávio Magheli, coordenador de Estatísticas Conjunturais em Empresas.

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A polícia americana trata o cantor D4vd como suspeito da morte de Celeste Rivas, adolescente que foi encontrada em decomposição no porta-malas do carro do rapper. A informação é do portal TMZ.

O caso é tratado como um homicídio, embora o médico legista ainda não tenha determinado a causa da morte da vítima, uma vez que os investigadores ainda estão aguardando os resultados toxicológicos.

A descoberta do corpo

No dia 8 de setembro, o Departamento de Polícia de Los Angeles atendeu um chamado sobre um "odor desagradável" vindo de um veículo apreendido em um pátio de reboque. No porta-malas do carro estava o corpo de Celeste Rivas, uma garota de 15 anos.

O veículo, um modelo da marca Tesla, está registrado no nome de David Anthony Burke, a identidade verdadeira de D4vd. Segundo a emissora norte-americana ABC, o veículo estava no local há alguns dias e o corpo foi deixado no porta-malas dianteiro. A polícia revelou que o carro não estava registrado como roubado.

D4vd nega qualquer envolvimento com a morte de Celeste. Algumas evidências, no entanto, mostram que o cantor e a jovem provavelmente se conheciam e mantinham algum tipo de relacionamento amoroso.

Na internet, uma canção vazada de D4vd em 2023 foi recuperada por usuários da plataforma SoundCloud. Na música, D4vd canta sobre estar apaixonado por uma garota chamada Celeste. O título do arquivo vazado da canção, inclusive, era "Celeste_Demo unfin".

O cantor seria atração do Lollapalooza Brasil 2026, mas teve o show cancelado.

Um dos criadores do especial infantil Plunct Plact Zum, exibido pela TV Globo em 1983, Daltony Nóbrega morreu nesta segunda-feira, 17. A morte foi confirmada na página do compositor no Facebook. De acordo com a postagem, o músico de 77 anos lutava contra o câncer.

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Integrou o Grupo Mineiro, conjunto vocal que representou o Brasil no Festival de Viña Del Mar, no Chile; interpretou composições de nomes como Taiguara, Ivan Lins e Arthur Verocai e se apresentou com Beth Carvalho e Marlene.

Já nos anos 1970, já fora do Grupo Mineiro, compôs sucessos que ficaram eternizados nas vozes de Eliana Pittman, Evinha, Cláudia e Trio Mocotó.

Em 1980, o compositor participou do Festival MPB Shell (Rede Globo), o que lhe valeu convite de Augusto César Vannucci para ser diretor musical da linha de shows da Rede Globo, cargo que exerceu por vários anos.

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Daltony foi velado no Cemitério São Pedro, em São Paulo, e depois o corpo foi levado para o Crematório Vila Alpina, onde foi cremado.

A União Brasileira de Compositores (UBC) lançou nesta segunda-feira, 18, uma campanha pelo uso ético da inteligência artificial (IA) na música e nas artes. A campanha, criada em colaboração com a Pró-Música, recebeu o título de Toda criação tem dono. Quem usa, paga, e visa remuneração justa para autores. Artistas como Caetano Veloso, Marisa Monte e Marina Sena já se aliaram ao movimento e declararam apoio.

Segundo o texto do projeto, uma das propostas é pressionar autoridades por um marco regulatório que proteja a criação humana em ambientes digitais, por meio de um abaixo-assinado.

"As grandes empresas de tecnologia estão usando criações artísticas para treinar modelos de inteligência artificial sem autorização, sem transparência e sem remuneração aos autores, e demais titulares de direitos autorais e conexos", afirma uma publicação no site oficial da campanha, que também apresenta declarações dos artistas citados. "Com uma regulamentação justa, criatividade e tecnologia podem caminhar juntas", afirma Monte.

Um segundo pilar, no entanto, reforça que o grande problema não é a IA, e sim um "ponto de tensão" que surge quando empresas utilizam criações humanas para treinar a tecnologia sem autorização ou compensação financeira.

A campanha quer que titulares de direitos autorais e conexos possam autorizar ou proibir o uso de suas obras em treinamentos de IA, e que a tecnologia "não se sobreponha" a quem cria.