Plano de formação musical ajuda comunidades

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Em tempos de pandemia, a música tem sido espaço de refúgio e de conforto para pessoas no mundo todo. E, em alguns casos, mais do que isso. O Instituto Baccarelli, baseado em Heliópolis, em São Paulo, e o Neojiba - Núcleos Estaduais de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia, projetos de formação musical brasileiros, lançaram campanhas de arrecadação para ajudar as comunidades em que trabalham a lidar com um grave problema: a fome.

"O instituto nasceu, há 25 anos, com o sentido único de ajudar Heliópolis. E a ferramenta que utilizamos é a música", diz Edilson Ventureli, diretor da entidade. "No entanto, durante a pandemia, vimos que o desemprego e a fome chegaram de maneira muito forte na comunidade. E ficou claro que era dessa forma que precisávamos também ajudar as famílias de nossos alunos. Então mobilizamos nossa estrutura física e de contatos para ajudar nesse sentido."

Ao longo de 2020, foram distribuídas quatrocentas toneladas de alimentos, doze mil marmitas, mais de mil botijões de gás, além de produtos de higiene. "De outubro para cá, as doações caíram muito. E, em março, com o recrudescimento da pandemia, voltamos a investir nossos esforços na campanha Tocando Juntos por Heliópolis. Até agora, foram arrecadadas 1.300 cestas básicas e R$ 60 mil em dinheiro." Mais informações sobre como doar podem ser encontradas no site https://institutobaccarelli.doareacao.com.br/campanha/tocando_juntos_por_heliopolis/.

Na Bahia, por onde se espalham os núcleos do Neojiba, o diagnóstico foi parecido, conta o maestro e pianista Ricardo Castro, diretor do projeto. "Nós lidamos com populações com várias vulnerabilidades, entre eles a econômica", explica. Levantamento interno mostra que, entre as famílias dos integrantes do projeto, 80% têm renda de até três salários mínimos e que, destas, 31% têm renda de até um salário mínimo e 10%, de ate meio salário mínimo.

"Ao longo de 2020 oferecemos todo o atendimento psicossocial e pedagógico a essas famílias, mas a situação no início do ano nos mostrou que precisávamos ir mais a fundo, utilizando a força da instituição para levantar dinheiro para a compra de cestas básicas", diz Castro. "Trabalhamos com a formação integral do indivíduo. E entendemos que, como uma entidade financiada também pelo Estado, temos que ajudar. Nosso DNA é solidário. Todas as instituições musicais brasileiras, que têm seu sustento garantido, com salários pagos mensalmente, deveriam estar trabalhando para dar um retorno mais efetivo à sociedade nesse momento em que estamos vivendo." Informações sobre como doar estão no site https://neojiba.org/.

Tanto o Baccarelli quanto o Neojiba seguiram, durante a pandemia, também com o trabalho de formação musical. Na última quinta-feira, 8, o projeto baiano lançou o Neojiba Sem Fronteiras, com quinze cursos diferentes que serão oferecidos de forma gratuita a qualquer pessoa interessada. "Temos um material humano e tecnológico de enorme valor e então fomos buscar maneiras cada vez mais amplas de compartilhar essa experiência com a comunidade", diz Castro. O projeto, lembra o maestro, é um MOOC, que em inglês significa Massive open on-line course (curso on-line aberto massivo, em tradução livre).

Em Heliópolis, as aulas foram realizadas de modo remoto no ano passado, dentro do projeto batizado como Conexão Heliópolis, incluindo master classes abertas não apenas aos alunos do instituto com mais de cem professores brasileiros e de fora do Brasil, além do ensino remoto semanal de musicalização, canto coral e prática de instrumentos para crianças.

As aulas retornaram presencialmente em fevereiro deste ano, mas, desde o início de março, com a entrada do estado de São Paulo na Fase Emergencial, voltaram para o ambiente virtual. "A experiência online nos deu lições importantes", explica Ventureli. Para ele, a internet ofereceu a possibilidade dos professores entrarem na casa das crianças e envolverem toda a família no processo de aprendizado. "Em diversos momentos, pudemos ver toda a família participando das aulas, ajudando a segurar a partitura, a filmar, assistindo juntas as apresentações. Isso nos deu a certeza de que a música também ajudou a cuidar dessas famílias." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Um ônibus que transportava o cantor Ferrugem e sua equipe se envolveu em um acidente de trânsito na manhã deste domingo, 20, na região de Porto Alegre. Ninguém ficou ferido.

Na noite anterior, o artista havia se apresentado no festival Festimar, na cidade de Rio Grande, no litoral gaúcho.

Segundo comunicado divulgado pela empresa responsável pelo veículo, o acidente ocorreu por volta das 6h45 da manhã na BR-290, próximo à Ponte do Guaíba, que liga a capital ao interior do Estado.

Ferrugem falou sobre o ocorrido em suas redes sociais, compartilhando uma foto da frente do ônibus com os vidros estilhaçados. "Livramento! Um senhor acidente, mas graças a Deus todos estão bem", escreveu.

Mais tarde, gravou um vídeo explicando o acidente: "Destruiu tudo ali, a frente do ônibus, a porta foi arrancada, mas, graças a Deus, ninguém se machucou. Todo mundo bem, todo mundo inteiro."

O cantor também esclareceu que o acidente não atrapalharia o show que fará na noite deste domingo, 20, em Arraial do Cabo, no Rio de Janeiro.

Durante a tarde, ele mostrou que estava almoçando com a família antes de se encaminhar para a apresentação.

Em nota, a Mônica Turismo, responsável pelo ônibus, disse que os danos do acidente foram apenas materiais.

"A empresa imediatamente solicitou a substituição do veículo, mas não houve necessidade, a equipe preferiu ir até o aeroporto com o mesmo veículo para evitar atrasos", diz o comunicado.

Xuxa Meneghel fez um desabafo sobre a pressão estética que sofria da TV Globo na época em que apresentava o Xou da Xuxa, entre 1980 e 1990. Segundo a apresentadora, ela era pressionada para não chegar perto dos 60 quilos.

A revelação foi feita durante entrevista ao podcast WOW. Hoje com 62 anos, Xuxa comentou que lembrou da situação durante os bastidores do documentário Pra Sempre Paquitas, lançada em 2024 na Globoplay, mas que isso acabou não aparecendo no filme.

"Revisitando meu passado no documentário das paquitas, eles não colocaram uma coisa que me mandaram para eu ver em que me coloco para baixo, em que vejo uma foto minha nas cartinhas, em que eu falo 'olha como estou gorda, feia'", explicou Xuxa.

A apresentadora continuou: "Uma coisa que era me colocada na época [era] que se eu passasse dos 60 kg [estaria gorda]. Na época, 54 kg foi o normal que eu ficava. Na Globo, meu normal era 54 kg, 55 kg. Se eu fosse para 58 kg, já apertavam as minhas roupas."

Ela explicou que hoje tem boa relação com o próprio corpo, mas que, na época, a ideia de estar gorda caso seu peso aumentasse "era o que ouvia o tempo todo".

"Era uma cobrança muito grande, um negócio cruel. Você não se gostar e querer ficar mais forte ou menos forte, seja o que for, para você se sentir melhor, é uma coisa. Agora fazer isso por um padrão que lhe foi colocado...", completou.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, divulgou nota de pesar pelo falecimento da cantora Cristina Buarque, que morreu neste domingo, 20, aos 74 anos. Segundo Lula, a compositora teve "papel extraordinário" na música brasileira.

"Quero expressar meus profundos sentimentos pelo falecimento de Cristina Buarque. Cantora e compositora talentosa, teve um papel extraordinário na música brasileira ao interpretar as canções de alguns dos mais importantes compositores do samba carioca, ajudando a poesia e o ritmo dos morros do Rio a conquistarem os corações dos brasileiros", escreveu o chefe do Executivo no período da tarde. "Aos seus familiares e ao meu amigo Chico Buarque, deixo minha solidariedade e um forte abraço."

Filha do historiador Sérgio Buarque de Holanda e de Maria Amélia Alvim, Cristina era irmã dos cantores Chico Buarque e Miúcha, e da ex-ministra da Cultura Ana de Hollanda.

A causa da morte de Cristina não foi divulgada.