Ismael Ivo ganhou os palcos do mundo com coragem e talento

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"No Brasil, vivemos em constante estado de reinvenção. Tenho o espírito antropófago que não utiliza informações sedimentadas, porque me mantenho em uma transformação permanente. Com toda a minha experiência, para todo o sempre, sou Macunaíma", dizia, em 2011, Ismael Ivo, um dos grandes nomes da dança brasileira, que morreu na quinta, 8, aos 66 anos, por complicações decorrentes de uma infecção por covid-19. Em sua homenagem, o governo de São Paulo anunciou o lançamento da SP Escola de Dança Ismael Ivo, que terá cursos a partir de 2022.

Chamado pela crítica na Alemanha como o Nijinsky negro, Ivo nasceu no bairro de Vila Ema, na zona leste de São Paulo. A arte chega em sua vida a partir das aulas com Ruth Rachou, bailarina, professora e coreógrafa, pioneira da dança moderna no Brasil, passando também por Renée Gumiel e Klauss Vianna. Foi no Teatro de Dança Galpão que Ivo inicia os primeiros passos profissionais, porém, os grandes saltos de sua história aconteceram na Bahia, em Salvador. Primeiro, em 1979, momento em que venceu o Concurso Nacional de Dança. E, depois, o passo decisivo, quando teve sua vida transformada por Alvin Ailey, coreógrafo e diretor afro-americano, que o viu dançar Rito do Corpo em Lua, nas Oficinas Nacionais de Dança Contemporânea, coordenadas por Dulce Aquino, na UFBA, em 1983.

"Ele me chamava de madrinha, porque dizia que foram as Oficinas que projetaram sua carreira. A figura dele, fisicamente, era muito forte. O que mais recordo do Ismael é a atenção diante do mundo. Dava a sensação de ele estar sempre atento, vivo, percebendo e captando as oportunidades. Precisa ter coragem para fazer tudo isso, não é só talento. Ismael tinha coragem de se expor ao mundo", conta Dulce Aquino, com a voz embargada.

A paixão de Ailey pela figura de Ivo foi à primeira vista, e logo veio um convite para que estudasse em sua escola e participasse da companhia júnior, em Nova York. Já em 1984, ele recebeu uma crítica no jornal The New York Times, em que o destaque foi direcionado à "intensidade" de sua atuação no palco. Não se pode esquecer a força que, entre os anos 1980 e 1990, poderia ter um gigante negro (1,83m) no centro de um palco pouco povoado pelo que se chamava, à ocasião e hoje já se sabe, erroneamente, de "minorias étnicas", em uma sociedade marcada pelo racismo.

Ainda no fim dos anos 1980, uma mudança de Nova York para a Áustria trouxe outra novidade: sucesso como diretor de festivais e teatros. Ao lado do produtor e diretor Karl Regensburger, criou o ImPulsTanz, considerado por anos o maior festival da Europa, o que lhe rendeu o prêmio Golden Cross of Merit of Vienna, uma das maiores honrarias da cidade austríaca. Dirigiu ainda o Teatro Nacional Alemão de Weimar e foi o mais longínquo dos diretores da Bienal de Dança de Veneza, tendo mantido o cargo por sete anos consecutivos. Foi lá que, em uma parceria entre a Bienal de Veneza, o Sesc São Paulo e a SP Escola de Teatro, Ivo desenvolveu o projeto Biblioteca do Corpo, em que selecionava jovens artistas brasileiros para um intercâmbio internacional.

Ismael Ivo teve uma longa lista de colaborações, mas foi com a brasileira Marcia Haydée, conhecida como a grande musa do Ballet Stuttgart, que ele estabeleceu uma parceria mais duradoura, com criações em dupla e também solos para a bailarina.

Além de ter sido o primeiro diretor negro do Balé da Cidade de São Paulo, a volta de Ivo ao Brasil foi marcada pela atuação em projetos sociais e ações como o Programa de Qualificação em Artes, voltado a grupos jovens dos municípios paulistas. Em 2020, porém, integrantes do Balé da Cidade encaminharam denúncias de assédio moral contra ele, que foi demitido pouco tempo após as acusações.

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O último dia do Big Brother Brasil 25 antes da grande final foi marcado pelo clima de nostalgia. Na noite da segunda-feira, 21, os finalistas Renata, Guilherme e João Pedro assistiram a VTs mostrando suas trajetórias no jogo e receberam mensagens de fãs e torcedores que enviaram vídeos ao reality.

Assim que o programa começou, os brothers foram conduzidos para uma sala especial, com imagens e objetos cenográficos de momentos importantes da temporada. Em seguida, o apresentador Tadeu Schmidt apareceu fantasiado de dummy e surpreendeu os brothers.

O primeiro a conferir a sua retrospectiva no jogo foi Guilherme, que garantiu a vaga na final após vencer uma prova de resistência de quase 12 horas. Ele entrou no programa ao lado da sogra, Joselma, que saiu no 17º Paredão, e teve entre seus aliados Diego Hypolito, Vinicius e Vitória Strada.

O brother ressaltou que os amigos feitos ao longo do programa foram sua maior conquista: "Eu consegui ser um grande irmão para os meus amigos aqui dentro."

E acrescentou: "Eu acho que nunca me ausentei de me posicionar aqui dentro. E acho que meus posicionamentos, muitas vezes, as pessoas concordavam."

Em seguida, foi a vez de João Pedro, que sobreviveu ao último paredão após a eliminação de Vitória. A dupla dele era o irmão gêmeo, João Gabriel, eliminado no 14º Paredão e a quem o brother chamou de "pessoa mais importante da minha vida". Ao longo do jogo, João Pedro venceu quatro provas do líder e levou apenas um voto.

Ele disse que, ao longo do programa, se orgulhou de conseguir dar conselhos para o irmão: "Não faço isso lá fora. E o BBB me tornou essa pessoa. Eu nunca expliquei nada para o meu irmão", disse. "Éramos mais de deixar para lá. Aqui aprendi saber conversar com ele. Foi um dos momentos incríveis."

Por fim, Renata assistiu à trajetória própria no programa. Ela entrou ao lado da melhor amiga, Eva, que saiu no 10º Paredão, e foi protagonista de uma das maiores narrativas do programa, a Vitrine do Seu Fifi, quando ficou exposta em um shopping no Rio. Ao longo do jogo, teve um romance com Maike e embates com Aline e Vitória.

A bailarina exaltou Eva e disse que se emocionou ao ver imagens abraçando a amiga. Em seguida, avaliou sua jornada dentro da casa: "Eu fico feliz com minha trajetória, o tanto que amadureci, que cresci e isso mesmo que eu disse, o quanto me libertei de qualquer vaidade e medo que eu tinha."

Ao final do programa da segunda-feira, os brothers receberam vídeos de fãs ao redor do Brasil declarando torcida e apoio para cada um deles.

A grande final do reality acontece nesta terça-feira, 22. O vencedor vai levar o prêmio de R$ 2.720.000 para casa.

Última eliminada do BBB 25, com 54,52%, Vitória Strada participou do Mais Você, nesta segunda-feira, 21, e falou sobre o rompimento com Camilla e Thamiris. A atriz e as duas irmãs formaram uma aliança ao longo do programa, mas se afastaram após informações reveladas pelo quadro RoBBB Seu Fifi.

Durante a conversa com Ana Maria Braga, Vitória reconheceu que demorou a perceber o comportamento delas. "Tão bobinha eu. A gente não tem o pay-per-view, então eu só tinha o que os meus olhos podiam ver. E ninguém me contava muita coisa", disse. "Na minha vida aqui fora também sou assim, eu não sou de largar nenhum aliado meu na primeira briga, tentativa, e foi o que eu tentei fazer com elas ali. Estava agindo com o que eu tinha, e eu não sabia de todo o resto."

Segundo a atriz, ela passou a perceber o distanciamento das duas após uma votação. Ao comentar sua liderança no jogo, quando dividiu o quarto com Diego Hypolito e Thamiris, Vitória explicou que não conseguiu indicar Camilla ao Paredão, pois preferiu seguir o que sentia.

Ela tentou uma reconciliação com Thamiris, com quem sentia mais "abertura", mas depois que ouviu os relatos do RoBBB Seu Fifi, ficou surpresa com o que descobriu. Após o quadro, afirmou que foi o momento de se priorizar. "Ali eu estava vendo muito mais o lugar do outro do que o meu sentimento", desabafou.

Ao final da entrevista, Vitória refletiu sobre o que faria diferente. "Tenho certeza de que tudo que vivi foi porque eu tinha que aprender alguma coisa. [...] Mas, se a gente está falando objetivamente, talvez ter confiado, me entregado demais para as pessoas", concluiu.

Uma vaquinha online foi aberta para ajudar a atriz Maidê Mahl, de 32 anos, que segue em recuperação após ter sido encontrada com ferimentos graves e desacordada em um hotel de São Paulo, em setembro do ano passado. A informação foi divulgada na noite de domingo, 20, no Instagram dela.

De acordo com a publicação, Maidê saiu da UTI, mas ainda requer cuidados especiais. Ela está sendo acompanhada por uma mulher chamada Mariá, que deixou o trabalho para se dedicar integralmente à recuperação da atriz.

"Os gastos com medicamentos, alimentação e cuidados básicos são altos, e elas precisam da nossa ajuda. Qualquer valor faz diferença. Se puder, contribua e compartilhe. Juntos, podemos garantir que a Maidê siga vencendo essa batalha!", dizia a publicação.

A atriz ficou conhecida por interpretar Elke Maravilha na série O Rei da TV (2022) e por atuar em Vale dos Esquecidos. Em setembro de 2024, ela desapareceu após ser vista com uma mochila nas costas no bairro de Moema, na zona sul de São Paulo.

Três dias depois, em 5 de setembro, a atriz foi localizada em um hotel na região central da cidade, com ferimentos graves e inconsciente. Ela ficou internada na UTI por um mês, em coma, e recebeu alta hospitalar apenas no fim de janeiro deste ano.

No último dia 18, Maidê fez sua primeira publicação nas redes sociais desde o ocorrido. "Meu coração é pura saudade quando vejo esse vídeo. Quando eu falava, cantava, eu andava e dançava. Agora esse sonho está perto de se realizar", escreveu ela, sem dar detalhes sobre o tratamento. A atriz disse estar em reabilitação no maior centro especializado da América Latina e demonstrou otimismo com a recuperação.