Saúde faz acordo para trocar testes inválidos

Geral
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

O Ministério da Saúde chegou a um acordo para a troca de exames de diagnóstico da covid-19 que perderem a validade por produtos com prazos mais longos de uso. Segundo apurou o Estadão/Broadcast, a coreana Seegene, fabricante dos exames, aceitou fazer a reposição em nome do "bom relacionamento com o governo brasileiro" e também devido ao volume de compras já feito pelo ministério. A operação poderia incluir doação de parte dos novos testes.

A ideia, na Saúde, é distribuir 1,8 milhão de exames em maio, além de trocar parte do estoque que pode vencer. Segundo apurou o Estadão, há pelo menos 2 milhões de exames vencendo no próximo mês. O governo federal comprou 10 milhões de testes da Seegene em 2020, por meio da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas). O negócio custou R$ 423 milhões.

O Estadão revelou, em novembro passado, que cerca de 6,8 milhões de testes RT-PCR estavam prestes a vencer em armazém do Ministério da Saúde. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária renovou a validade dos lotes por mais 4 meses. Mais de 4 milhões de unidades foram distribuídas desde que o estoque foi revelado pela reportagem.

Trata-se do exame mais preciso para diagnóstico da covid-19, pois encontra o vírus ativo no organismo. A coleta do material dos pacientes é feita pelo nariz e pela garganta, por meio de um cotonete "swab".

Depois a amostra é analisada em laboratório. Há ainda dúvidas de gestores do SUS sobre o que o ministério fará após superar o estoque atual. Não há uma grande compra engatilhada, mas a Saúde pode voltar a adquirir produtos da Seegene.

O exame RT-PCR é complexo. Durante a pandemia, o ministério deixou faltar insumos usados no processo de coleta (como tubos e cotonetes do tipo "swab") e extração do RNA, que exige reagentes específicos. O governo chegou a traçar a meta de encerrar 2020 com mais de 24 milhões de exames desse tipo. Até agora foram feitos apenas 14,6 milhões.

Secretários de Estados e municípios também cobram do governo a compra de testes de antígeno, que são mais ágeis e têm boa qualidade. Em coletiva, ontem, o secretário executivo da Saúde, Rodrigo Cruz, disse que esse tipo de exame pode passar a ser usado em uma estratégia de controle da doença no transporte urbano, com testagem entre passageiros e funcionários.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em outra categoria

Maria Bethânia e Caetano Veloso realizaram, na noite deste sábado, 15, o penúltimo show da turnê conjunta que tem rodado o País, mas nem tudo ocorreu como planejado. A cantora de 78 anos precisou interromper a apresentação na Farmasi Arena, no Rio de Janeiro, por conta de problemas técnicos no som.

Enquanto cantava As Canções que Você Fez pra Mim, durante seu bloco solo no show, ela começou a reclamar: "Está tudo errado aqui no som. Não dá para cantar com esse som". Em seguida, levantou a voz e interrompeu a música: "Me respeitem! Eu não vou cantar com esse som". A apresentação parou e Bethânia foi bastante aplaudida pelo público.

O show ficou interrompido por alguns minutos, enquanto a cantora conversava com a equipe técnica, visivelmente irritada. Ela explicou à plateia que seu microfone havia sido trocado e que o retorno do som estava "um horror".

"Só tem chiado no meu ouvido. Não é absolutamente o som que eu estava cantando. Querem me desafiar. Ficaram zangados comigo ontem no ensaio porque eu briguei do som. E acabou", continuou.

Depois, Bethânia disse para chamarem Caetano "para fazer o final do show". Ao ouvir os lamentos da plateia, disse: "Não posso fazer o solo se não tenho voz. Sou uma cantora, eu não tenho outra coisa se não minha voz. Eu sinto muito. É uma vergonha, no Rio de Janeiro, a gente voltar e acontecer isso."

A cantora completou a apresentação de As Canções, mas pulou Negue, que costuma ser a última música de seu segmento solo. Caetano Veloso subiu ao palco e apresentação seguiu normalmente, com os dois lado a lado no encerramento.

Preta Gil revelou que recebeu alta do hospital em que estava internada em Salvador por conta de uma pielonefrite (infecção urinária). A cantora falou sobre o tema em stories publicados em seu Instagram neste sábado, 15, enquanto se preparava para ir ao show da turnê Tempo Rei, de seu pai, Gilberto Gil.

"Eu estou bem. Estou me sentindo bem. Fui muito bem tratada aqui em Salvador", afirmou Preta, que destacou: "É uma coisa que já aprendi que vou ter que saber lidar porque vai ser recorrente. Primeiro porque estou com a sonda, um lugar que acumula muita bactéria."

"Independente da sonda, eu tive que fazer um transplante no meu rim, no meu ureter, no lado direito, por conta de um tumor que eu tinha na ureter. Essas questões de infecções no trato urinário e rim é um assunto que ficou delicado para mim, vou ter sempre que tomar cuidado. Mas não é algo que dependa de mim", continuou.

Preta Gil estava internada desde o último sábado, 8 de março, e chegou a ser monitorada na UTI. Posteriormente, recebeu alta e foi para o quarto, até deixar o hospital em definitivo na sexta, 14.

Vinícius de Oliveira, que ficou conhecido por ter protagonizado o filme Central do Brasil ao lado de Fernanda Montenegro, quando ainda era uma criança, em 1998, publicou em sua conta no Instagram um relato sobre seu reencontro com a atriz quase três décadas após as gravações.

O fato se deu durante um evento de pré-estreia do filme Vitória: "É sempre um carrossel de emoções encontrar a maior representante da cultura desse País, a amiga de longa data, nossa rainha Fernanda Montenegro."

"Foi mais uma vez único, mas, como sempre, de aprendizado de vida. Estar ao lado dela me faz todo ouvidos. Sua paixão pela arte e pela vida é tamanha que o 'pouco' tempo que pudemos estar ali foi suficiente para eu repensar o entendimento da vida", refletiu Vinícius de Oliveira.

Em seguida, o ator explicou: "Afinal, aos 95 anos, com total capacidade intelectual e física, Fernanda veio do Rio, estava fazendo toda a social e, dali a algumas horas, partiria para o Rio novamente porque teria ensaio a tarde na ABL para a noite, então, fazer sua apresentação de 14 textos diferentes de literatura."

"Que artista, que ser humano é Fernanda Montenegro! Passarei a vida agradecendo esse acontecimento de mulher. Que ela siga nos brindando com sua arte. Obrigado e obrigado, Fernanda!", concluiu.

Em Central do Brasil, Vinícius de Oliveira deu vida ao menino Josué. Após a morte de sua mãe, no Rio de Janeiro, a personagem de Fernanda Montenegro, Dora, atravessava o País rumo ao Nordeste em busca do pai do garoto. O filme, dirigido por Walter Salles, concorreu ao Oscar nas categorias de Melhor Filme Estrangeiro e Melhor Atriz.