Mais de 50 cães estão sem lar após donos morrerem de covid em Rio Claro (SP)

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Mais de 50 cãezinhos estão à procura de um lar, depois que o casal que cuidava deles morreu de covid-19, em Rio Claro, interior de São Paulo. Com a morte de marido e mulher que moravam sozinhos, a casa alugada em que os cachorros vivem terá de ser devolvida ao proprietário até o dia 10 de maio próximo. Um grupo de voluntários se mobilizou e lançou uma campanha para a adoção dos 'doguinhos órfãos', como eles são chamados em redes sociais.

O total de cães era de 68 quando seus cuidadores morreram, mas 15 já foram adotados. O plantel canino começou a ser formado há alguns anos por uma mulher conhecida como "dona Rita", que tinha afeição pelos animais e levava para casa os cães que encontrava abandonados nas ruas do Jardim Independência, onde fica o imóvel. Ela e o marido se desdobravam para manter os cães cuidados e alimentados.

No final de março, o casal contraiu o coronavírus. Os dois foram internados e não resistiram ao agravamento da doença. Uma filha deles passou a cuidar dos cachorros, mas ela também contraiu o novo coronavírus e precisou entrar em quarentena.

Um grupo de protetores voluntários se mobilizou pelas redes sociais e, no último dia 10, após o período de quarentena da casa, assumiu os cuidados com os cães. "Dona Rita era uma pessoa simples, mais cuidava bem dos seus cachorros, pois eles estavam gordinhos. Infelizmente, o coração era maior que a razão e ela acabou com esse número exagerado de cães", disse a voluntária Giselle Pfeifer, defensora da causa animal. Segundo ela, o desafio inicial foi conseguir alimentos e cuidados veterinários para o plantel. "Iniciamos uma campanha e ganhamos muita ração e produtos de limpeza", disse.

O grupo também fez uma vaquinha para pagar o aluguel do imóvel do mês de abril, que ficou pendente com a morte do casal. Em seguida, com a adesão de três veterinários, foram colhidas amostras de sangue e realizados exames. "Vimos que muitos estão com a doença do carrapato e a gente já iniciou o tratamento." O foco, agora, é conseguir mais adoções. "A gente entrevista os interessados durante a semana e faz a entrega no sábado para as pessoas consideradas aptas", conta. Neste sábado, 17, quatro cãezinhos devem ser levados pelos seus novos donos.

Giselle lembra que não é um processo tão simples. "Postamos as fotos em rede social e tem gente que liga perguntando se já pode ir buscar o animal. Aí explicamos que fazemos adoção responsável e perguntamos se a pessoa já tem cachorro, se está vacinado, se já foi castrado e pedimos até uma foto do portão da casa onde ele vai ficar para avaliar o risco de escape. Para sair com seu novo amiguinho, o adotante precisa assinar um termo de adoção. Muita gente desiste, mas é assim que funciona."

Além do cãozinho, os adotantes levarão também a medicação para os próximos dias. "Vamos dar um suporte, inclusive com a vacina", disse a protetora. Como falta menos de um mês para a entrega do imóvel, os voluntários estão aceitando também a oferta de lares temporários para os cães. "Aceitamos de bom grado se as pessoas quiserem assumir a guarda de algum cãozinho até que ele seja adotado em definitivo", disse.

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Um ônibus que transportava o cantor Ferrugem e sua equipe se envolveu em um acidente de trânsito na manhã deste domingo, 20, na região de Porto Alegre. Ninguém ficou ferido.

Na noite anterior, o artista havia se apresentado no festival Festimar, na cidade de Rio Grande, no litoral gaúcho.

Segundo comunicado divulgado pela empresa responsável pelo veículo, o acidente ocorreu por volta das 6h45 da manhã na BR-290, próximo à Ponte do Guaíba, que liga a capital ao interior do Estado.

Ferrugem falou sobre o ocorrido em suas redes sociais, compartilhando uma foto da frente do ônibus com os vidros estilhaçados. "Livramento! Um senhor acidente, mas graças a Deus todos estão bem", escreveu.

Mais tarde, gravou um vídeo explicando o acidente: "Destruiu tudo ali, a frente do ônibus, a porta foi arrancada, mas, graças a Deus, ninguém se machucou. Todo mundo bem, todo mundo inteiro."

O cantor também esclareceu que o acidente não atrapalharia o show que fará na noite deste domingo, 20, em Arraial do Cabo, no Rio de Janeiro.

Durante a tarde, ele mostrou que estava almoçando com a família antes de se encaminhar para a apresentação.

Em nota, a Mônica Turismo, responsável pelo ônibus, disse que os danos do acidente foram apenas materiais.

"A empresa imediatamente solicitou a substituição do veículo, mas não houve necessidade, a equipe preferiu ir até o aeroporto com o mesmo veículo para evitar atrasos", diz o comunicado.

Xuxa Meneghel fez um desabafo sobre a pressão estética que sofria da TV Globo na época em que apresentava o Xou da Xuxa, entre 1980 e 1990. Segundo a apresentadora, ela era pressionada para não chegar perto dos 60 quilos.

A revelação foi feita durante entrevista ao podcast WOW. Hoje com 62 anos, Xuxa comentou que lembrou da situação durante os bastidores do documentário Pra Sempre Paquitas, lançada em 2024 na Globoplay, mas que isso acabou não aparecendo no filme.

"Revisitando meu passado no documentário das paquitas, eles não colocaram uma coisa que me mandaram para eu ver em que me coloco para baixo, em que vejo uma foto minha nas cartinhas, em que eu falo 'olha como estou gorda, feia'", explicou Xuxa.

A apresentadora continuou: "Uma coisa que era me colocada na época [era] que se eu passasse dos 60 kg [estaria gorda]. Na época, 54 kg foi o normal que eu ficava. Na Globo, meu normal era 54 kg, 55 kg. Se eu fosse para 58 kg, já apertavam as minhas roupas."

Ela explicou que hoje tem boa relação com o próprio corpo, mas que, na época, a ideia de estar gorda caso seu peso aumentasse "era o que ouvia o tempo todo".

"Era uma cobrança muito grande, um negócio cruel. Você não se gostar e querer ficar mais forte ou menos forte, seja o que for, para você se sentir melhor, é uma coisa. Agora fazer isso por um padrão que lhe foi colocado...", completou.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, divulgou nota de pesar pelo falecimento da cantora Cristina Buarque, que morreu neste domingo, 20, aos 74 anos. Segundo Lula, a compositora teve "papel extraordinário" na música brasileira.

"Quero expressar meus profundos sentimentos pelo falecimento de Cristina Buarque. Cantora e compositora talentosa, teve um papel extraordinário na música brasileira ao interpretar as canções de alguns dos mais importantes compositores do samba carioca, ajudando a poesia e o ritmo dos morros do Rio a conquistarem os corações dos brasileiros", escreveu o chefe do Executivo no período da tarde. "Aos seus familiares e ao meu amigo Chico Buarque, deixo minha solidariedade e um forte abraço."

Filha do historiador Sérgio Buarque de Holanda e de Maria Amélia Alvim, Cristina era irmã dos cantores Chico Buarque e Miúcha, e da ex-ministra da Cultura Ana de Hollanda.

A causa da morte de Cristina não foi divulgada.