80 anos de Nana

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"Vou tomar meus 'uisquezinhos' - com parcimônia -, comer pizza caseira e bolo. Vai ser um festejo bom, dentro do possível e da tristeza que envolve o mundo no momento. Vou ficar quietinha, igual ao rei (Roberto Carlos) e à rainha Elizabeth. É a rainha, o rei e eu (risos)", diz Nana Caymmi, sobre a comemoração das oito décadas de vida nesta quinta, 29.

A cantora, como deve ser, está em casa, em seu apartamento no Leblon, na zona sul do Rio de Janeiro. A única coisa que a chateia no momento é o fato de seu último álbum, Nana, Tom, Vinicius, lançado em julho do ano passado pelo Selo Sesc, ainda não ter saído em edição física.

"Ficou só na internet. Estou arrasada", lamenta. O disco marcaria seu retorno aos palcos, depois de quase cinco anos de afastamento.

Para o estúdio, local que ela confessa gostar mais que o palco, pretende voltar assim que a pandemia der uma trégua. Um dos projetos é gravar as canções da parceria de Dori Caymmi, seu irmão, e Nelson Motta. São canções que eles fizeram nos anos 1960 e 1970, entre elas, Saveiros, com a qual Nana venceu o 1º Festival Internacional da Canção Popular em 1966, e O Cantador. Se tudo der certo, o disco sairá no ano que vem.

"É uma ideia meio amalucada da Nana. Eu pirei, óbvio. É um sonho para qualquer compositor ter um disco inteiro de suas canções na voz dela. Vai ficar lindo. Será ótimo para recuperar músicas nossas que ficaram perdidas no tempo", diz Motta.

O produtor e compositor, inclusive, escreveu uma letra inédita para uma delas, que era só instrumental. Andréa, que fez parte trilha sonora da telenovela Véu de Noiva, exibida em 1969, gravada com vocalizes da cantora Joyce, virou Valsa de Verão.

A balada Minha Doce Namorada que, na época, acompanhou o nome da novela homônima, agora, por insistência de Motta, chama-se Um Dia de Sol. "É uma ótima música que tinha um título ridículo. Só por ela já valerá o disco", diz o compositor.

Nana teve Dori por perto por quase toda sua carreira. Em disco e em estúdio. Foi dele a ideia de dar a ela a canção Saveiros. Nana, que lançou seu primeiro disco solo em 1965, voltava da Venezuela depois do fim do casamento de cinco anos com o médico Gilberto Paoli. Nos braços, as filhas Stella e Denise. Na barriga, o caçula João Gilberto.

"Foi quando apostei em mim. Estava na lona. Meus pais eram contra a minha separação. Dori me deu o sapato para caminhar. Ou melhor, uma bota, que até hoje está comigo. Com ela, posso pisar em qualquer canto, na lama, no charco, que tenho firmeza", diz Nana.

Esse terreno que Nana teve de botar os dois pés já estava cercado pela chamada MPB, invadido pelo bando da Jovem Guarda e, um pouco mais tarde, seria semeado com o Tropicalismo. Ela seguia em rota paralela, sem querer montar acampamento em nenhum deles. "Nunca prestei atenção na música dos outros. Nunca fui mulher de moda. Eu sou samba-canção. Uma cantora de música popular brasileira, nascida na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro", diz.

O segundo disco veio apenas em 1973, por uma gravadora argentina, a Trova. O pianista João Donato e o guitarrista Hélio Delmiro estiveram à frente dos arranjos. Se havia uma trupe que Nana seguia, era a dos músicos, arranjadores e produtores de destaque nos anos 1970 e 1980. Tom Jobim, Toninho Horta, Novelli, Nelson Ângelo, Ivan Lins, Robertinho Silva, Luiz Alves e Ronaldo Bastos eram nomes constantes nas fichas técnicas de seus discos.

Em 1983, um encontro com o pianista Cesar Camargo Mariano produziu uma de suas obras-primas, o disco Voz e Suor. Apenas ela e os acordes tirados do piano pelo músico. O título veio da música de mesmo nome que abre o álbum e que tem assinatura de Sueli Costa e Abel Silva.

"Estávamos eu, Nana e Tom na churrascaria Plataforma. Nana buscando um título para o disco e aí escolheu esse. Sempre foi uma honra ser gravada por ela", conta Sueli.

Apesar do reconhecimento da crítica e dos músicos, Nana era considerada, até mesmo pelas gravadoras, como uma cantora de elite. Ela diz que logo percebeu que esse rótulo não lhe cabia quando, em 1977, ao participar do Projeto Seis e Meia, ao lado de Ivan Lins, viu o público que havia ficado do lado de fora do teatro quase quebrar as portas para tentar entrar. Foi preciso bisar a sessão naquele dia.

Trilha sonora

As gravações de Nana também sempre foram escolhidas para trilhas de televisão. Se Queres Saber, de Peterpan, do disco de 1977, foi a abertura da minissérie Quem Ama Não Mata, de 1982. Anos antes, o registro havia impressionado Elis Regina, cantora que, nos anos 1960, segundo Nana, a vetou do seu programa O Fino da Bossa. Ao ouvir a canção no rádio, Elis disse, segundo relato do jornalista Eustaquio Trindade Neto: "eu adoro a voz dessa mulher".

Foi justamente uma canção na TV que deu a Nana seu primeiro e único disco de ouro (150 mil cópias vendidas), em 1998. A canção Resposta ao Tempo, parceria do pianista Cristóvão Bastos e de Aldir Blanc, escolhida para ser tema de abertura da minissérie Hilda Furacão, escrita por Glória Perez.

"Eu mostrei a melodia para a Nana e ela gostou muito. Quando a letra do Aldir chegou, todos ficaram emocionados no estúdio. Nos shows, eu tocava a introdução e parecia apresentação de música pop. Era aquele alvoroço na plateia", conta Bastos.

A versão de Nana para a história é mais dramática. "Foi tirada a sangue. Eu estava com o disco para fechar e a letra não chegava. Um dia, liguei para o Aldir, que não atendia telefone nem a tapa e deixei um recado pedindo por favor que ele fizesse a letra. Dei um daqueles meus ataques. Quem me conhece sabe", conta, aos risos.

O produtor de Resposta ao Tempo é José Milton, que está à frente dos discos da cantora desde 1994, quando ele lhe ofereceu o projeto A Noite do Meu Bem - As Canções de Dolores Duran. De lá para cá, produziu 13 álbuns de Nana, incluindo Sangre de Mi Alma, só com boleros cantados em espanhol, e Para Caymmi - De Nana, Dori e Danilo, que levou o Grammy Latino de 2004. "Nana sabe o que quer. Ela entra no estúdio com o copo de água dela, senta, e faz, no máximo, dois ou três takes de cada música. É amiga de todos os músicos", conta o produtor.

Modesta, Nana diz não saber se sua vida dá um livro. Conta que sua filha Stella, que escreveu a biografia do avô, Dorival Caymmi: o Mar e o Tempo, por enquanto, não se interessou em contar sua história. De álbuns, além do que trará as parcerias de Dori e Nelson Motta, diz que gostaria de fazer um com canções que nunca gravou de Milton Nascimento, Beto Guedes, Tom Jobim, Sueli Costa e Danilo, o irmão mais novo. "Se eu não gravei, é inédita para mim", diz.

Nana sabe que, nesses mais de 60 anos de carreira - se for considerada a sua primeira gravação, Acalanto, ao lado do pai, Dorival -, a música, alheia a qualquer projeto, segue seus próprios caminhos. "Ela acontece, assim como o amor. É como uma nascente, ela corre. Para quem consegue molhar o rosto nessa água límpida, como eu faço quando estou gravando, é um delírio", diz.

10 GRAVAÇÕES NA VOZ DE NANA

- Ponta de Areia (1975)

O clássico de Milton Nascimento e Fernando Brant fala de Minas Gerais e Bahia, o ponto de encontro dos ascendentes de Nana. Bituca faz participação especial nos vocais, fazendo um contracanto para a voz da cantora.

- Milagre (1977)

O samba foi um presente de Dorival Caymmi para a filha, que canta com Nana na faixa. Os arranjos ficaram a cargo de Dori e o piano é tocado por João Donato. Um verdadeiro encontro de craques.

- Contrato de Separação (1979)

Uma das músicas mais contundentes da parceria de Dominguinhos e Anastácia foi entregue para Nana lançar. O próprio músico tocou acordeão na gravação.

- Sentinela (1980)

Gravação fora da discografia de Nana, a canção está no disco homônimo de Milton Nascimento. Assinada em parceria com Fernando Brant, a música, um cântico de resistência à ditadura, foi gravada em uma capela do Rio de Janeiro e teve a participação de um coro de monges beneditinos.

- Mas Quem Disse Que Eu Te Esqueço (1981)

Nome mais ligado ao samba-canção, ela caiu - muito bem - no samba de Dona Ivone Lara e Hermínio Bello de Carvalho. No piano, mais uma vez, o amigo João Donato.

- Derradeira Primavera (1985)

A canção de Tom Jobim e Vinicius de Moraes contou com arranjo e regência de orquestra do compositor francês Michel Legrand. A faixa está no disco Chora Brasileira, um dos mais cults da discografia de Nana.

- Por Causa de Você (1994)

Emocionante encontro do piano de Tom Jobim com a voz de Nana. Apenas os dois nesta faixa que o maestro compôs com Dolores Duran. Nana e Tom foram amigos na música e nos passeios matinais pelo Leblon.

- Doralinda (1998)

A música de João Donato e Cazuza faz parte do álbum Resposta ao Tempo, o mais bem sucedido de sua carreira, e conta com a participação do cantor Emílio Santiago, a quem Nana considerava um afilhado.

- Festa de Rua (2002)

Em O Mar e o Tempo, álbum dedicado às canções do pai, Nana reuniu filhas, netas e sobrinhas no coro da faixa que abre o disco. O irmão mais novo, Danilo, toca flautas de madeira.

- Contradições (2009)

Parceria de Cristóvão Bastos e Aldir Blanc, os mesmos de Resposta ao Tempo, é um dos grandes momentos do disco Sem Poupar Coração, quando a cantora voltou a gravar composições inéditas. Daquelas de emocionar os ouvintes, como Nana gosta.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Fernanda Torres surpreendeu os estudantes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) nesta sexta-feira, 14, ao visitar a instituição para assistir à defesa de mestrado de Joaquim, seu filho mais velho, de 25 anos, que é formado em Filosofia.

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Ainda no início da festa, a sister e Gracyanne Barbosa discutiram sobre a acusação de que a musa fitness estaria roubando comida dentro da casa. A influenciadora chorou, lembrando do período em que passou fome quando era criança.

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A bailarina, então, disse que ficou "se sentindo péssima" e que pediu desculpas para Gracyanne: "Eu não quis te ofender como pessoa, eu não sabia da sua dor, me desculpe se eu te ofendi como pessoa. Não sabia da sua dor e do que você estava passando. Eu não falei isso nessa intenção."

Mais tarde, Gracyanne chorou novamente e desabafou para Daniele Hypólito e Vinicius no Quatro Nordeste. "Me lembrou de coisas que eu passei que eu achei que eu nunca mais ia pensar. Eu achei que ia conseguir esconder isso para o resto da minha vida. Quando eu passei fome, eu pegava comida do lixo."

Briga entre João Pedro e João Gabriel

Ainda durante a madrugada, os gêmeos João Pedro e João Gabriel tiveram uma discussão. A conversa começou enquanto os dois discutiam terem sido colocados Na Mira do Líder por Guilherme (veja quem mais está na lista).

João Pedro questionou o irmão sobre suas atitudes na festa de Vitória Strada, afirmando que o comportamento dele pode ter irritado o atual líder. Segundo ele, João Gabriel deu um chute em uma mesa e, com isso, um prato caiu no pé de Guilherme.

"Eu estava feliz que você tinha voltado [do Paredão]", justificou João Gabriel, dizendo que chutou a mesa por felicidade pelo irmão. O salva-vidas se exaltou e começou a chorar: "É f*** escutar isso de você, porque eu estava do seu lado."

"Você não foi homem agora. Eu estou chorando porque... Quem viu viu, está gravado. Eu falei: 'Meu irmão vai voltar'", continuou. João Pedro rebateu, dizendo que o irmão não precisava ter agido daquela forma. Os dois se estressaram, e João Gabriel saiu da conversa.

A situação entre os gêmeos só foi resolvida mais tarde, quando Vinícius tentou intermediar a situação. "Nós somos irmãos. É só nós por nós, aí você quer ficar brigando", disse João Gabriel. "Eu queria terminar de falar e você não deixou", respondeu João Pedro. Com isso, Vinícius separou os irmãos e disse para conversarem no dia seguinte. "Não fique chateado, porque ele também quer cuidar de você", disse a João Gabriel.

Pela manhã, os gêmeos conversaram e reclamaram do Quarto Fantástico, onde estão dormindo. "Toda vez que a gente fala alguma coisa, [a Eva] olha pra Renata, ou olha pro Maike, e começam a rir os três. O Maike, não. O Maike não ri, não. Mas as duas riem. Não quero isso mais, não", disse João Pedro. Gabriel, então, sugeriu que os dois mudassem de quarto, completando: "Nesse quarto só tem cobra."

Dummy chama a atenção de Diego

Um momento inusitado da madrugada ocorreu com Diego Hypolito. O ginasta estava brincando em uma das panelas giratórias, brinquedo que foi disponibilizado entre as atrações da festa, e acabou girando rápido demais.

Com isso, um dos dummys se aproximou do brother e fez sinal para que ele reduzisse a velocidade. O momento, claro, virou piada nas redes sociais. Veja:

A apresentadora Luciana Gimenez, de 55 anos, passou por uma cirurgia de emergência nesta sexta-feira, 14, no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. O procedimento foi realizado para correção de uma hérnia de disco cervical.

Segundo comunicado divulgado pelo hospital e pela equipe do médico Alberto Gotfryd, a cirurgia "transcorreu com êxito, sem intercorrências". A apresentadora já está no quarto e iniciou sessões de fisioterapia.

Em seu Instagram, Luciana tranquilizou os fãs, afirmando que está se "recuperando direitinho" e "recebendo muito carinho".

"Acho que curti tanto o carnaval que agora tive que correr atrás do prejuízo, né? Mas faz parte! Quem me acompanha sabe que eu sou uma pessoa muito mais do 'after' do que do hospital, mas tem horas que precisamos olhar para nós mesmos e receber o tratamento devido", escreveu.

"Estou na mão de uma ótima equipe médica! O importante é que logo mais estou de volta e cheia de energia! Vamos que vamos! Obrigada pelo carinho de sempre! Vejo vocês no próximo after", completou.

Conforme o Hospital Albert Einstein, a hérnia de disco cervical ocorre quando o disco intervertebral, uma espécie de amortecedor entre as vértebras, desloca-se da sua posição normal e encosta no nervo ou raiz cervical. Ela pode gerar dor, formigamento e perda de força.