Seis imóveis São interditados após desabamento que matou pai e filha no Rio

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Seis imóveis tiveram que ser interditados depois de serem afetados pelo desabamento de um prédio residencial de quatro andares em Rio das Pedras, na zona oeste do Rio de Janeiro. Uma criança com cerca de dois anos e o pai dela morreram no acidente. A construção irregular desmoronou na madrugada desta quinta-feira, 3, deixando outras quatro pessoas feridas. O corpo do homem foi o último a ser resgatado dos escombros pelos bombeiros, no início da tarde.

Todas as vítimas moravam no imóvel que desabou. Uma sétima pessoa da família não estava em casa no momento do desmoronamento.

Três dos feridos foram socorridos ainda de madrugada e levados para o Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca. Uma mulher, de 29 anos, e um homem, de 38 anos, já tiveram alta médica. Uma mulher, de 28 anos, permanece sob cuidados médicos na unidade, com quadro de saúde estável, segundo a Secretaria Municipal de Saúde. A última resgatada com vida, Kiara Abreu, de 27 anos, retirada dos escombros pela manhã, foi levada para o Hospital Municipal Miguel Couto, na Gávea, onde passou por avaliação e exames. O estado de saúde dela é grave.

A Secretaria Municipal de Assistência Social acolheu 20 pessoas de sete diferentes imóveis, que ficaram desalojadas. Um posto de atendimento foi montado, juntamente com a Defesa Civil e a Secretaria de Saúde, num salão de festas da comunidade, perto do local do acidente.

A Secretaria de Conservação informou que, desde janeiro deste ano, "já foram demolidas mais de 180 construções irregulares e emitidas mais de 150 notificações, que geram processos administrativos visando à demolição", em áreas que englobam a zona oeste do Rio.

"A gente tem que melhorar a questão da fiscalização", disse o governador Cláudio Castro (PL), sobre a situação irregular do prédio.

Além do governador do Rio, o prefeito Eduardo Paes também acompanhou o trabalho de equipes de resgate. A Defesa Civil ainda avalia prédios da vizinhança possivelmente afetados e riscos de novos desabamentos.

"Provavelmente vão ser condenados, vamos ter laudo mais técnico da Defesa Civil Municipal", disse o prefeito do Rio, Eduardo Paes.

No entorno da construção que desabou, moradores comentaram que a comunidade é repleta de prédios em situação parecida. Empregada doméstica, Maria Elizabete, de 41 anos, diz que se sente "um lixo" por viver nessa situação. Ela está em Rio das Pedras há 20 anos.

"Vamos para onde, se o que dá pra pagar é aqui?", questiona. "O prédio onde moro é todo rachado. Quando chove, tem água pingando toda hora."

Ao sair da área de isolamento dos Bombeiros, o prefeito Eduardo Paes (PSD) reconheceu a situação complexa da região, que há décadas vem passando por construções desse tipo. O foco agora, segundo ele, é fiscalizar os prédios já existentes e evitar que novos sejam erguidos.

"Comigo, milícia não vai mais construir porcaria nenhuma nessa cidade", disse.

O prefeito disse que vai combater a construção de novos edifícios irregulares e que a Prefeitura já tem atuado em demolições, mas que esse tipo de moradia "é uma realidade da cidade".

"Ninguém vai construir mais nada nessa cidade de maneira irregular. Só essa semana foram três operações", afirmou Paes a jornalistas.

A Polícia Civil instaurou um inquérito para apurar as circunstâncias do desabamento. Os agentes farão a perícia nos escombros.

Moradores relatam ter ouvido "estalos" por volta das 2h e, mais tarde, "muito fogo". O desabamento ocorreu por volta das 3h. Os bombeiros do quartel de Jacarepaguá foram acionados às 3h22 para a ocorrência na esquina da Rua das Uvas com a Avenida Areinha.

Outros quatro quartéis - Alto da Boa Vista, Barra, Magé e São Cristóvão - deram apoio à operação de resgate. Em meio ao desabamento, um incêndio também precisou ser contido no local.

Também atuaram no local do desabamento equipes da Guarda Municipal, Polícia Militar, Light, CET-Rio, Naturgy, Comlurb, Secretaria de Ordem Pública e Secretaria de Infraestrutura.

A região de Rio das Pedras é conhecida como um lugar com forte atuação das milícias cariocas. Os prédios daquela área costumam ser construídos de maneira irregular, como foi o caso dos edifícios que desabaram e deixaram 24 mortos na Muzema, comunidade vizinha, em 2019.

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Uma vaquinha online foi aberta para ajudar a atriz Maidê Mahl, de 32 anos, que segue em recuperação após ter sido encontrada com ferimentos graves e desacordada em um hotel de São Paulo, em setembro do ano passado. A informação foi divulgada na noite de domingo, 20, no Instagram dela.

De acordo com a publicação, Maidê saiu da UTI, mas ainda requer cuidados especiais. Ela está sendo acompanhada por uma mulher chamada Mariá, que deixou o trabalho para se dedicar integralmente à recuperação da atriz.

"Os gastos com medicamentos, alimentação e cuidados básicos são altos, e elas precisam da nossa ajuda. Qualquer valor faz diferença. Se puder, contribua e compartilhe. Juntos, podemos garantir que a Maidê siga vencendo essa batalha!", dizia a publicação.

A atriz ficou conhecida por interpretar Elke Maravilha na série O Rei da TV (2022) e por atuar em Vale dos Esquecidos. Em setembro de 2024, ela desapareceu após ser vista com uma mochila nas costas no bairro de Moema, na zona sul de São Paulo.

Três dias depois, em 5 de setembro, a atriz foi localizada em um hotel na região central da cidade, com ferimentos graves e inconsciente. Ela ficou internada na UTI por um mês, em coma, e recebeu alta hospitalar apenas no fim de janeiro deste ano.

No último dia 18, Maidê fez sua primeira publicação nas redes sociais desde o ocorrido. "Meu coração é pura saudade quando vejo esse vídeo. Quando eu falava, cantava, eu andava e dançava. Agora esse sonho está perto de se realizar", escreveu ela, sem dar detalhes sobre o tratamento. A atriz disse estar em reabilitação no maior centro especializado da América Latina e demonstrou otimismo com a recuperação.

O texto abaixo contém spoilers do segundo episódio da nova temporada de 'The Last of Us'.

A HBO e a Max exibiram no domingo, 20, o segundo episódio da nova temporada de The Last of Us. A produção trouxe um dos momentos mais aguardados e polêmicos do videogame: a morte de Joel, interpretado por Pedro Pascal. A cena, marcada por violência, foi debatida pelos criadores Craig Mazin e Neil Druckmann em entrevista à revista Variety.

Na trama, Joel é atacado por Abby (Kaitlyn Dever) durante uma patrulha, após ajudá-la a escapar de infectados. Ela o atrai até uma cabana, onde o personagem é ferido e espancado diante de Ellie (Bella Ramsey), que tenta intervir. A motivação da personagem está ligada aos acontecimentos do final da primeira temporada. Enquanto isso, a cidade de Jackson lida com uma invasão de infectados, ampliando a tensão.

Druckmann explicou que o momento precisava ocorrer ainda no começo da temporada para dar início ao novo arco narrativo da série - no jogo, a morte de Joel também acontece no início. Para ele, atrasar essa virada poderia enfraquecer o impacto da história.

Mazin completou dizendo que o desafio era equilibrar a surpresa para quem ainda não conhecia o jogo e a expectativa de quem já sabia o que viria.

"Existe o risco de atormentar o público, e não é isso que queremos fazer. Se as pessoas souberem que isso vai acontecer, vão começar a se sentir atormentadas. E quem não sabe, vai acabar descobrindo, porque todo mundo comentaria sobre a ausência da cena", explicou o criador. "Nosso instinto foi garantir que, quando acontecesse, parecesse natural dentro da história - e não como uma escolha pensada apenas para abalar o público."

A versão televisiva da história também expande elementos que, no jogo, aparecem apenas como menções. A crise em Jackson, por exemplo, foi mostrada de forma mais direta, o que ajuda a consolidar o local como um personagem dentro da narrativa. "Queríamos que o público levasse Jackson em consideração daqui para frente", disse Druckmann.

O episódio também aprofunda a relação entre Joel e Dina (Isabela Merced), que não chega a ser mostrada no jogo. A adaptação sugere que, ao longo dos anos em Jackson, Joel e Dina desenvolveram uma conexão próxima, o que reforça o impacto emocional do ataque. Já a dinâmica entre Ellie e Dina ainda está em construção, com diferenças importantes em relação ao material original.

O autor britânico Neil Gaiman, conhecido por obras como Sandman, Coraline e Deuses Americanos, abriu um processo contra Caroline Wallner, ceramista que o acusou de abuso sexual.

Ele cobra mais de US$ 500 mil (cerca de R$ 2,6 milhões), alegando que ela quebrou o acordo de confidencialidade firmado entre os dois há três anos. As informações são da revista Vulture.

Wallner se mudou para a casa de Gaiman em Woodstock, nos Estados Unidos, onde trabalhou e morou, junto com o ex-marido. Segundo ela, os abusos teriam ocorrido entre 2018 e 2020, após o fim do casamento. Nesse período, o autor teria proposto relações sexuais em troca de moradia. Ele nega a acusação e diz que foi ela quem iniciou os encontros íntimos.

Em 2021, Gaiman e Wallner assinaram um acordo que incluía cláusulas de sigilo e não difamação. Como parte do acerto, o escritor pagou US$ 275 mil à ceramista, que ficou impedida de processá-lo ou relatar publicamente o que viveu. Agora, ele afirma que Wallner descumpriu os termos ao dar entrevistas a veículos de imprensa.

No novo pedido, o autor exige o reembolso total do valor pago, o pagamento de honorários advocatícios e uma compensação de US$ 50 mil para cada entrevista concedida. O ex-marido de Wallner, que também assinou o acordo à época, foi citado no processo.

Vincent White, advogado da ceramista, e especialista em casos de assédio, afirmou que raramente homens acusados recorrem à Justiça nesses casos, por conta da repercussão pública negativa. "Quando alguém tenta silenciar esse tipo de denúncia, muita gente acaba acreditando que ela é verdadeira", afirmou.