Comandado por Xuxa e Ikaro Kadoshi, reality 'Caravana das Drags' revela membros

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Ainda sem data definida para estreia, o reality Caravana das Drags, que será comandado por Xuxa Meneghel e Ikaro Kadoshi, divulgou as dez participantes dessa primeira edição. Produção original é da Amazon Prime Vídeo.

Em seus oito episódios - além de um especial -, as participantes Chandelly Kidman, DesiRée Beck, Enme, Frimes, Gaia do Brasil, Hellena Borgys, Morgante, Ravena Creole, Robytt Moon e Slovakia terão de superar desafios e preparar a performance de suas vidas, pois quem vencer o jogo ganhará o título de Drag Soberana.

Todas as participantes viajarão por oito cidades brasileiras a bordo de um ônibus extravagante, começando pelo Rio de Janeiro, Goiânia, Diamantina, Salvador, Recife, Fortaleza, São Luís e Belém. Essa viagem como propósito fazer com que as competidoras criem tendo como inspiração as diferentes tradições regionais brasileiras. Para a avaliação, haverá um grupo de jurados composto pelas apresentadoras e por convidados especiais. A cada episódio, uma participante será eliminada.

Conheça as competidoras, com informações da Prime Video:

Chandelly Kidman

Artista piauiense, já foi eleita Top Drag Piauí (2013), Brazilian Drag - Blue Space - SP (2014), e Rainha do Carnaval Gay de Teresina (2015). Ganhou destaque nacional e mundial em 2015, quando desenvolveu um trabalho voluntário com crianças em tratamento oncológico. Já em 2018, Chandelly viralizou na internet com um vídeo com mais de 7 milhões de visualizações e em 2019 recebeu a maior medalha de Honra do Piauí - a Ordem Estadual do Mérito Renascença. Desde 2020 trabalha também como influenciadora digital.

DesiRée Beck

Artista baiana atua na cena soteropolitana com shows de dublagem e stand-up em bares, teatros e eventos, conquistando vários títulos em concursos de talento e beleza. No YouTube, com o canal homônimo, ela faz reviews de séries LGBT+, lives interativas e apresenta o concurso nacional TNT DRAG, além do spin- off TNT MACABRA. Recentemente, lançou seu primeiro podcast, A Hora da Drag, já nas listas dos mais reproduzidos das plataformas de áudio.

Enme Paixão

Artista queer natural do Maranhão, produtora cultural, cantora, compositora e rapper. Premiada no maior Festival de Hip-Hop da América Latina como artista revelação em 2019, a cantora lançou seu primeiro EP Pandú e teve destaque internacional na revista Vogue Itália. Em 2022, Enme lançou seu primeiro disco de estúdio, Atabake, inspirado no Bairro da Liberdade, quilombo urbano onde mora.

Frimes

Nascida em São Luís (MA), é formada em Teatro pela Universidade Federal do Maranhão. Como multi-artista, Frimes é atriz, cantora, compositora, produtora musical e 3D Artist. Teve destaque no filme De Repente Drag (2022), em que interpretou o papel de Lohanny, além de compor a equipe de arte do longa-metragem e produzir parte da trilha sonora original. Na música, o destaque é para o EP F1 (2020), com mais de 600 mil plays em serviços de streaming, e no Youtube para o clipe de Fadinha que conta com mais de 600 mil visualizações.

Nascida em São José do Rio Preto (SP), a artista trabalha como atriz e diretora na cena teatral e musical. Pós-graduada em dança e consciência corporal pelas Faculdades Metropolitanas Unidas, é diretora e produtora de espetáculos como Dandara (2018), Corpo abjeto (2019) e Operação Tarântula (2021). Gaia também assinou o visagismo do espetáculo Tudo a fazer (2022), da Cia Azul Celeste, com direção de Georgete Fadel; e da Psicorange Tour Colab (2020). Foi a primeira Conselheira Municipal LGBT+ da secretaria de Cultura de Rio Preto (2020-2022).

Hellena Borgys

Personagem criada pelo artista Uátila Coutinho, que é bailarino profissional, coreógrafo, diretor cênico, maquiador artístico e artista plástico. Já dirigiu shows do Miss Brasil Gay em 2021, coreografou e fez direção de movimento de clipes e shows, e tem experiência com TV, musicais e integrou o elenco das maiores companhias de dança do país, como a São Paulo Cia de Dança, o Grupo Corpo e a Cia de Dança Deborah Colker. Como performer drag, participou em 2019 do espetáculo Jardim Oriental dos Primeiros Desejos, apresentado no Museu Tomie Ohtake, em São Paulo.

Morgante

Artista multimídia, estudante de psicanálise, oraculista e matriarca da House of Morgante. É formada pela Universidade Anhembi Morumbi em Fashion Business, pelo Senac em Artes Dramáticas. Atualmente, desenvolve seu Oráculo: Morgante-se, sua obra teatral autoral Deixei de Ser Amélia para Ser Intergaláctica, e está em finalização do seu livro Obsessiva, que serve de base para fomentar o seu podcast Intensa Mente Obsessiva, disponível em serviços de streaming.

Ravena Creole

Baiana de Feira de Santana (BA), mora no Rio de Janeiro há 18 anos. Depois de trabalhar como maquiadora profissional, começou a performar em 2012. Ela foi integrante do casting do movimento pioneiro das "Neo drags Cariocas" do Drag-Se, um canal no YouTube que tem mais de 6 milhões de visualizações e onde tem seu próprio vlog, o DragDoc. Ravena trabalha como produtora de eventos, DJ e é sócia e idealizadora do projeto Dragstar, um concurso para drag queens de todos os estilos e tempos de carreira.

Robytt Moon

Reconhecida internacionalmente como rainha do maior "bate cabelo" do Brasil, possui vários títulos de excelência em suas apresentações, como Drag Nostro (2006), Miss Pernambuco (2006), Miss Rio Grande do Sul (2013), além de ter sido eleita rainha do maior "bate cabelo" do Brasil por sete anos consecutivos pela Banda do Fuxico. A personagem é criação de Roberto Santos, que também é proprietário do Atelier Robytt Moon, stylist, maquiador, peruqueiro, um prestigiado estilista de Carnaval, com mais de 17 anos de atuação.

Slovakia

Natural de São Paulo, é cosplayer há 22 anos, premiada com quatro títulos mundiais, o que a fez a cosplayer mais premiada em competições de ranking mundial da atualidade. É jurada e palestrante, e participa de convenções ao redor do mundo. Drag queen há oito anos, performou em um dos maiores palcos queer do mundo, o Milkshake Festival, em Amsterdã, e teve a oportunidade de fazer shows em mais de 15 países. Também atua como figurinista e performer em São Paulo.

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Eliana participou do Dança dos Famosos como jurada da grande final no último domingo, 7. Essa foi a primeira vez da apresentadora no Domingão com Huck e foi surpreendida com um camarim cheio de flores e um tapete azul.

Dona Déa, comentarista fixa do programa, divertiu a produção do programa ao ver o camarim da nova contratada. "Dois anos trabalhando, dando meu suor, entendeu? A velha mais engraçada do programa. Aí abro a porta e o camarim de Eliana (com) tapete, flores... Ciúmes, não. Fiquei com revolta", começou.

"Fiz ele (Luciano Huck) pegar as flores e colocar tudo aqui para mim. Agora está lá no meu camarim", brincou a mãe de Paulo Gustavo.

O vídeo da "reclamação" foi postado nas redes sociais de Luciano Huck e mostra que ele realmente levou as flores para o camarim de Dona Déa. "Ano que vem não estou aqui mais, hein. Vou estar no SBT", disse a comentarista.

Rita Cadillac nega ser mãe de Roberta de Freitas, mulher de 50 anos que afirma ser filha da cantora e dançarina, de 70. Em maio, ela abriu uma ação na Justiça pedindo que a artista faça um teste de DNA para comprovar o parentesco.

Em comunicado enviado ao Estadão, Rita chamou a situação de "injusta" e "dolorosa". "Gostaria de afirmar categoricamente que não sou a mãe da autora da ação. Aliás, como mulher e mãe, jamais negaria uma filha", disse. "Este tipo de ação traz um profundo desconforto e tristeza, não apenas para mim, mas também para minha família e amigos. Como artista, sempre prezei pela transparência e pelo respeito ao meu público, e é com esse mesmo respeito que venho esclarecer esta situação", continuou.

Em seguida, a dançarina disse estar colaborando com a Justiça, afirmou que fará "todos os exames necessários para comprovar [sua] posição" e que confia que a situação, que ela chamou de "mal-entendido", será resolvida "o mais breve possível".

"Agradeço a compreensão e o apoio de todos neste momento difícil. A injustiça desta situação é dolorosa, mas tenho fé na Justiça e na verdade", concluiu ela.

Em uma entrevista ao Domingo Espetacular, Roberta de Freitas disse que nasceu no Rio de Janeiro e foi criada por uma mulher que assumia não ser sua mãe biológica. Quando Roberta era criança, a mulher dizia que Rita era sua madrinha de batismo, mas, anos mais tarde, afirmou que a artista era sua mãe.

Ela também revelou uma situação que, agora, acredita ter sido o dia em que conheceu Rita: "Uma mulher foi nos visitar, uma mulher loira, e chegou com umas caixas de boneca. Me lembro que ela foi muito carinhosa, e a minha mãe, a Mônica que me criou, dizia que era minha madrinha."

Roberta ainda alega que fez um teste de DNA com a mãe de criação, Mônica, que comprovou que ela realmente não é sua mãe biológica. Rita afirma não ser mãe e nem madrinha de Roberta. Ela tem um filho, Carlos César Coutinho, de 53 anos, fruto do relacionamento com o ex-marido César Coutinho.

A filha da escritora Alice Munro, vencedora do Prêmio Nobel de Literatura, revelou que foi abusada sexualmente pelo padrasto Gerald Fremlin. Andrea Robin Skinner, de 58 anos, alegou que a mãe, uma das mais respeitadas escritoras, que morreu em maio, aos 92 anos, sabia das acusações e manteve o relacionamento com o marido mesmo assim. Fremlin morreu em 2013.

Em um artigo publicado pelo jornal Toronto Star, do Canadá, Andrea Skinner disse que Gerald Fremlin abusou sexualmente dela quando ela tinha nove anos, em 1976 - foi neste ano que Munro e ele se casaram. Andrea vivia com o pai, James Munro, e a madrasta e tinha ido visitar a mãe.

Ela conta, agora, que numa noite, Fremlin deitou-se com ela na cama onde ela estava dormindo na casa da mãe e abusou sexualmente dela. Na época, o marido de Munro tinha cerca de 50 anos. Ainda criança, Andrea Skinner contou à madrasta, que contou ao pai, mas nenhum dos dois confrontou o padrasto.

Nos anos seguintes, Fremlin teria exposto as partes íntimas a ela diversas vezes e falado sobre "as meninas da vizinhança de quem ele gostava". Ele parou os abusos quando ela já era adolescente, mas a filha de Munro alega que desenvolveu bulimia, insônia e enxaquecas por conta dos traumas do abuso. Ela decidiu contar o ocorrido à mãe em 1992, depois dela expressar simpatia por uma personagem ficcional que também havia sido abusada pelo padrasto.

"Querida mamãe, por favor, encontre um lugar sozinha antes de ler isto... Tenho guardado um segredo terrível há 16 anos: Gerry abusou sexualmente de mim quando eu tinha nove anos de idade. Durante toda a minha vida, tive medo de que a senhora me culpasse pelo que aconteceu", dizia uma carta entregue a Munro pela filha.

Skinner afirma que a reação da mãe não foi a mesma à demonstrada pela personagem. "Ela reagiu exatamente como eu temia que ela faria, como se tivesse descoberto uma infidelidade". Munro se separou do marido por um período, mas reatou o casamento pouco tempo depois.

Já o padrasto admitiu o abuso, mas culpou a menina. Segundo Skinner, ele disse, em cartas enviadas a ela, que ela havia "buscado uma aventura sexual" com ele, chegou a ameaçá-la e afirmou que divulgaria fotos dela tiradas durante um dos abusos caso ela fosse a público.

"Ela disse que havia sido 'informada tarde demais', (...) que o amava demais e que nossa cultura misógina era a culpada se eu esperava que ela negasse suas próprias necessidades, se sacrificasse pelos filhos e compensasse as falhas dos homens", escreveu Skinner sobre a mãe. De acordo com ela, Munro alegou que os acontecimento entre a filha e o marido eram entre os dois, e ela não se envolveria.

Skinner também diz que a mãe acreditava que o pai da filha havia guardado segredo sobre os abusos para "humilhá-la" e que chegou a dizer que Fremlin tinha "amizades" com outras crianças. "[Ela estava] enfatizando sua própria sensação de que ela, pessoalmente, havia sido traída. Será que ela percebeu que estava falando com uma vítima e que eu era sua filha? Se ela percebeu, eu não senti isso", escreveu.

Em 2004, já afastada da família, Skinner leu uma entrevista da mãe em que ela elogiava o marido e dizia ter uma boa relação com as filhas. No ano seguinte, então, decidiu denunciar o padrasto à polícia, levando as cartas em que ele a ameaçava como prova. Fremlin, que então tinha 80 anos, foi indiciado por abuso e se declarou culpado. Ele foi condenado a apenas dois anos de liberdade condicional.

Skinner diz que a fama da mãe permitiu que o silêncio sobre a situação continuasse, mesmo após a morte do padrasto, em 2013. "Eu também queria que essa história, minha história, se tornasse parte das histórias que as pessoas contam sobre minha mãe", escreveu ela.

"Eu nunca mais queria ver outra entrevista, biografia ou evento que não se debruçasse sobre a realidade do que aconteceu comigo e sobre o fato de que minha mãe, confrontada com a verdade do que aconteceu, escolheu ficar com meu agressor e protegê-lo", completou.

Munro recebeu o Prêmio Nobel de Literatura em 2013, aos 82 anos. Na ocasião, foi celebrada como uma "mestre do conto contemporâneo" com a habilidade de "acomodar a complexidade épica de um romance em apenas algumas páginas". Ela morreu em 13 de maio de 2024, após sofrer de demência em seus últimos anos de vida.