Série sobre o hip hop em SP, idealizada por OSGEMEOS, estreia nesta quinta

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No bairro do Cambuci da década de 1980, encontrar um moleque girando a cabeça no asfalto com um aparelho de som ligado por perto era estranho, mas não raro. Bastou ver a cena uma vez, do outro lado da calçada de casa, para os gêmeos Gustavo e Otávio Pandolfo, aos 10 anos, saberem que queriam estar ali. Era a descoberta do hip hop, movimento no qual os irmãos viraram OSGÊMEOS e se tornaram parte inseparável, mas ninguém sabia ao certo o nome daquilo.

Quatro décadas depois, OSGÊMEOS olham de volta para aquela época. Ou melhor, viajam até ela. Nesta quinta-feira, 10, a Pinacoteca de São Paulo lança a série audiovisual Segredos, idealizada pelos irmãos e que conta a história do hip hop brasileiro por meio da memória dos artistas que estiveram na sua origem, no início dos anos 1980. Dividida em quatro episódios, a série será disponibilizada no YouTube da Pinacoteca todas as quintas, às 20h.

A cada episódio, Gustavo e Otávio recebem convidados que fazem parte do movimento para relembrar a trajetória de cada um e contá-la às novas gerações. Desta maneira, pretendem demonstrar como o hip hop se transformou em uma das manifestações artísticas e culturais mais relevantes no Brasil e foi determinante na vida dos que fizeram e fazem parte dele - não apenas por introduzi-los ao rap, ao break e ao grafite, mas pelas amizades que surgiram nos encontros do Largo São Bento, berço do movimento em São Paulo, e que continuam até hoje.

Os encontros se dão no vagão de um trem, imaginado pelos artistas e montado no ateliê dos dois. "É uma cápsula do tempo que nos leva de volta à década de 80 para reviver a nossa história e a dos nossos amigos, que é a própria história do hip hop", conta Gustavo Pandolfo. Dentro desta máquina do tempo se revela, por exemplo, que o DJ KL Jay, do Racionais MC's, foi dançarino de break dance nos anos 80. Os próprios irmãos, conhecidos no mundo inteiro graças ao grafite, contam que dançaram break e cantaram rap. "Todo mundo fazia um pouco de tudo", diz Otávio.

A ideia d'OS GÊMEOS de documentar a história do movimento não é recente, mas fazer isso através de uma série documental surgiu durante a montagem da exposição OSGEMEOS: Segredos, no ano passado. A exposição pretendia, inicialmente, fazer oficinas de hip hop com jovens para incentivar a arte, mas a ideia foi abandonada após o surgimento da pandemia do coronavírus. Foi aí que a série surgiu. O resultado é visto de maneira tão positiva pelos artistas que eles contam que "é só o começo de uma grande história", mas não revelam o que têm em mente.

Segundo o diretor-geral da Pinacoteca, Jochen Volz, a intenção é que o documentário também tenha uma finalidade educadora e possa servir para fomentar aulas, oficinas e debates. "O documentário foi montado de maneira bastante didática para ser visto por todos os públicos e para que os jovens, estudantes, possam aprender sobre a história do hip hop e dos seus próprios artistas", afirma Volz.

OSGÊMEOS contam que as entrevistas do documentário foram feitas sem roteiro definido. Com isso, transportaram para a série a característica do improviso, uma das mais presentes no hip hop, e puderam descobrir histórias que não conheciam mesmo com mais de 35 anos de amizade com a maioria dos entrevistados. São histórias contadas por convidados como Thaíde, KL Jay, Erick Jay, Edi Rock, Rooney e Nelson Triunfo.

No final, o resultado para os artistas foi ter uma clareza, ainda maior do que antes, do que é fundamental no hip hop e do que significou aquele movimento na década de 1980, marcado por giros de cabeça no asfalto ao som de um ritmo desconhecido no Brasil. "A gente viu o quanto é gratificante correr pelo certo, ter respeito pelo outro e acreditar no mesmo sonho. Não falo de sucesso, mas de ter feito amizades que perduram até hoje. Só por isso, já significa que aquilo deu certo", conclui Otávio Pandolfo.

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*Atenção: Este texto contém spoilers sobre a terceira temporada de The White Lotus

Uma das séries mais bem-sucedidas da atualidade, The White Lotus ganhou uma terceira temporada e uma das cenas da nova leva de episódios deu o que falar. No quinto episódio, os irmãos Saxon e Lochlan protagonizam um beijo durante uma festa.

O momento dividiu opiniões nas redes sociais e, neste domingo, 16, Patrick Schwarzenegger, filho de Arnold, e Sam Nivola comentaram sobre a cena em entrevista à The Hollywood Reporter.

Patrick afirmou que a escolha do beijo tem a ver "com o que Mike White [criador da série] está procurando". "Sempre há mais do que o valor do choque na tela", diz ele, comentando que o momento surpreende pela personalidade de Saxon.

Sam também relacionou o beijo com as características de Lochlan. "Ele não é muito autossuficiente, ele precisa de amor e apoio das pessoas ao seu redor em sua vida, e eu acho que ele está disposto a ir até o fim para encontrar as pessoas que ama", disse.

A terceira temporada, que se passa na Tailândia, estreou no mês passado na Max. Ao todo, a série acumula 50 indicações ao Emmy Awards.

Artistas como Ben Stiller, Paul McCartney e Aubrey Plaza estão pressionando a administração do presidente Donald Trump a se opor às propostas da OpenAI e do Google que permitiriam que as gigantes da tecnologia usassem mais facilmente material protegido por direitos autorais para treinar inteligência artificial.

Segundo o portal TheWrap, mais de 400 estrelas e executivos do entretenimento assinaram uma carta aberta enviada à Casa Branca no último fim de semana contra o movimento.

A carta, que não está disponível publicamente, disse que não há "nenhuma razão" para enfraquecer ou eliminar as proteções de direitos autorais em prol da IA.

O documento surge depois que a OpenAI e o Google compartilharam seus planos com a Casa Branca na semana passada sobre como fortalecer a indústria de IA nos EUA. A OpenAI, em sua proposta, afirmou que permitir que modelos de IA utilizassem materiais protegidos por direitos autorais "fortaleceria a liderança dos EUA" contra o governo comunista da China quando se trata de desenvolvimento de IA.

Essa razão, no entanto, não foi bem recebida pelos artistas, que entraram em contato com o governo. "Acreditamos firmemente que a liderança global dos EUA em IA não deve vir às custas de nossas indústrias criativas essenciais", disse a carta, acrescentando ainda que trata-se de uma questão que ameaça não apenas a indústria do entretenimento, mas "impacta todas as indústrias do conhecimento dos EUA."

Gracyanne criticou a postura de Guilherme após a Formação do Paredão no BBB 25. Em conversa com Maike na tarde desta segunda-feira, 17, a musa fitness analisou a estratégia do Líder e demonstrou surpresa com sua indicação.

"Eu estava doida para o Guilherme pensar: 'Não vou nela porque ela é mais fraca'. Achei que no final ele ia mudar porque eu acho que ele é um jogador muito inteligente", comentou.

Pouco depois, João Gabriel se juntou à conversa e relatou como foi o confronto do brother com os integrantes do Quarto Fantástico. "Nós estávamos descendo a escada e ele batendo no peito: 'Porque tem que sustentar no peito'. Ele ficou: 'Quer conversar?', 'Se você quiser, a gente pode conversar'", contou.

Gracyanne também criticou o momento em que Guilherme pediu para Eva falar mais baixo. "Eu achei ruim ele falar para a Eva falar baixo porque ele já é uma pessoa que fala alto. Não faz sentido, uma coisa é eu falar: 'Fala mais baixo'. Ele quis constranger a Eva", afirmou.