Metrô de SP derruba 145 árvores para obras na zona leste; vizinhos protestam

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Sob protesto e comoção dos moradores, a Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) iniciou na segunda-feira a derrubada de 145 árvores no Complexo Rapadura, um parque de 63 mil m² às margens do Córrego Rapadura, que deságua no Rio Aricanduva, na zona leste de São Paulo. O local vai abrigar obras de um pátio subterrâneo de trens. Também por ali o "tatuzão" iniciará as escavações dos túneis da extensão da Linha-2 Verde (Vila Madalena-Vila Prudente).

A derrubada das árvores ocorreu após uma disputa judicial entre moradores do Jardim Têxtil e o Metrô. Quando as árvores caíram, pessoas que moram na vizinhança choraram. "Muitas foram os moradores que plantaram há décadas, o que atraiu pássaros de diversas espécies e melhorou a qualidade de vida de todo mundo", disse a professora Marta Cavalcanti, que mora na frente da Praça Mauro Broco, um dos pontos atingidos. Na praça também há o registro, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), de um sítio arqueológico.

Em agosto de 2020, a população da área foi informada, por carta, de que, dali a dois dias, 355 árvores do complexo seriam suprimidas para a instalação do canteiro de obras. Uma ação civil pública e diversas batalhas judiciais adiaram, até a última segunda-feira, o corte da vegetação. Os moradores argumentam que ali perto, na Avenida Guilherme Giorgi, uma área de 400 mil m² poderia abrigar o canteiro de obras, sem prejuízos para a área verde. Em parte desse terreno será construída a Estação Vila Isabel, nova parada da Linha Verde.

Revitalização

Em nota à TV Globo, ontem, o Metrô informou que o total de árvores retiradas caiu das 355 iniciais para 145 e, ao fim das obras, será feito o plantio de 5 mil mudas - mas isso ocorrerá em outra região. De acordo com o plano apresentado pela empresa, haverá "recuperação de 3,46 hectares de Mata Atlântica no Parque Estadual Itaberaba, em Área de Proteção Permanente Hídrica". Esse parque compreende áreas de Guarulhos, Mairiporã, Nazaré Paulista e Santa Isabel.

Localizado em uma região carente de áreas verdes, o Parque Linear Rapadura existe desde 2008 e trouxe como um de seus benefícios a contenção de alagamentos na região. A flora local conta com exemplares de aroeira-salsa, figueira-benjamim, ipê-de-el-salvador, jacarandá-mimoso, jerivá, pau-ferro, romãzeira e sibipiruna.

Segundo a Secretaria do Verde, um inventário da flora realizado em 2020 constatou "108 espécies vasculares, das quais estão ameaçadas de extinção cedro, pau-brasil e pinheiro-do-paraná". A fauna é "composta majoritariamente de aves", entre as quais ela cita o periquito-rico, o periquitão-maracanã, anu-branco, anu-preto, joão-de-barro, ferreirinho-relógio e o sabiá-laranjeira.

Outro lado

Procurado, o Metrô afirmou que manteve diálogo constante com a comunidade e adotou todas medidas possíveis para minimizar os impactos. Acrescenta, ainda, que essas obras foram aprovadas por todos os órgãos competentes e pela Justiça, contando com todas as licenças necessárias. E a Linha 2-Verde vai atender ali, diretamente, mais de 320 mil pessoas.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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A jornalista esportiva Bárbara Coelho pediu demissão da Globo após 12 anos. A repórter comunicou a decisão em vídeo publicado em seu Instagram na manhã desta quarta-feira, 12.

"Depois de quase doze anos, eu estou deixando a TV Globo. Cheguei uma menina em 2013, apresentando o Tá na Área, passei por tudo quanto é programa da SporTV. Eu brinco que eu zerei o game por lá", explica. "Em 2018, eu comecei a apresentar o Esporte Espetacular no fim do ano, logo após a saída da Fernanda Gentil, e foram quase sete anos de programa. O programa que fazia parte da minha vida, entrava na minha casa todos os domingos, passou a ser a minha casa, e nem nos meus maiores sonhos eu poderia imaginar que eu me tornaria a apresentadora principal de esporte desse País, na maior emissora do País (...) Fui muito realizada profissionalmente dentro da empresa (...) Vou seguir sonhando, tem muita coisa para realizar daqui para frente, sou intensa, modéstia à parte, dedicada, e estou pronta para os próximos desafios."

Capixaba nascida em Vitória, Bárbara Coelho começou a carreira em 2009, em programas locais de rádio e TV no Espírito Santo. Foi contratada em 2013 pelo SporTV e foi para a TV aberta em 2018. Desde então, cobriu Copas do Mundo, Olimpíadas e entrevistou figuras como Serena Williams, Ronaldo Fenômeno, Rayssa Leal e Rebeca Andrade.

Por enquanto, a apresentadora não revelou quais serão seus próximos passos. Segundo informações do colunista Flávio Ricco, do Portal Léo Dias, Bárbara estaria negociando desde fevereiro com a CazéTV. O Estadão entrou em contato com as partes para obter mais detalhes, mas ainda não teve retorno. O espaço segue aberto.

O cantor e compositor jamaicano Colvin Scott, mundialmente conhecido como Cocoa Tea, morreu na manhã desta terça-feira, 11, aos 65 anos. A informação foi confirmada por sua mulher, Malvia Scott, que compartilhou os detalhes sobre a morte do artista, que ocorreu em um hospital na Flórida, nos Estados Unidos. Cocoa Tea deixa oito filhos.

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A mulher do cantor destacou a coragem com que ele lidou com a doença. "Ele foi positivo durante tudo isso. Há cerca de três semanas, quando ele foi internado, ele me perguntou se eu estava preocupada. Eu disse que sim, sempre estou preocupada, e ele me disse para não me preocupar, porque tudo ficaria bem. Ele sempre foi muito esperançoso", disse Malvia.

Cocoa Tea, que alcançou notoriedade com suas músicas e apoio a Barack Obama durante a campanha presidencial de 2008, foi um dos ícones do reggae. Entre seus maiores sucessos estão Rocking Dolly e I Lost My Sonia, que marcaram a paisagem cultural jamaicana.

Em uma homenagem póstuma, o primeiro-ministro da Jamaica, Andrew Holness, se manifestou nas redes sociais, lembrando a contribuição do cantor à música e sua generosidade.

"Seus vocais suaves e letras envolventes nos deram clássicos atemporais, que se tornaram hinos em nossa cultura. Além de seu gênio musical, Cocoa Tea era um exemplo de gentileza e generosidade", escreveu Holness.

O recital Uma Academia Toda Prosa, apresentado por Fernanda Montenegro na Academia Brasileira de Letras (ABL) na tarde desta terça-feira, 11, no Rio de Janeiro, foi marcado por tumulto e insatisfação do público. A organização distribuiu um número de ingressos maior do que a capacidade do teatro, deixando dezenas de espectadores do lado de fora. A situação gerou bate-boca e indignação entre os presentes, e internautas relataram que tiveram que assistir à apresentação por um telão montado no local.

Recital abriu programação do Ano Acadêmico

A apresentação de Fernanda Montenegro foi responsável por inaugurar a programação do Ano Acadêmico da ABL. No recital, a atriz interpretou trechos de obras de importantes nomes da literatura brasileira, como Machado de Assis, João Guimarães Rosa e Rachel de Queiroz. Além disso, recitou textos de escritores que atualmente integram a Academia, como Ailton Krenak, Ana Maria Machado, Paulo Coelho e Ruy Castro.

O evento aconteceu no Teatro R. Magalhães Jr., dentro da sede da ABL.

ABL se manifesta e pede desculpas

Diante das críticas e do tumulto, a ABL divulgou uma nota oficial reconhecendo o erro na distribuição dos ingressos e lamentando os transtornos.

"A Academia Brasileira de Letras lamenta os transtornos ocorridos durante o período de inscrição para o recital da imortal Fernanda Montenegro e pede sinceras desculpas às dezenas de pessoas que não conseguiram acessar o evento presencialmente, precisando acompanhá-lo pelo telão disponibilizado", diz o comunicado.

A entidade explicou que problemas técnicos em seu sistema resultaram na liberação de inscrições acima da capacidade do auditório. Segundo a nota, a ABL já está adotando medidas para corrigir essa falha e evitar novas ocorrências em eventos futuros.

Para ler o comunicado oficial da ABL, basta clicar aqui.