Cine Belas Artes reabre com estreias e seleção de clássicos

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Fechado desde 6 de março, o Cine Petra Belas Artes reabre em grande estilo nesta quinta-feira, 24. Dessa vez, todas as seis salas estarão disponíveis para o público, cada uma com uma programação especial. Haverá desde pré-estreias até ciclos dedicados a grandes musicais e a grandes clássicos da Warner.

O espaço permaneceu fechado mesmo depois da reabertura dos cinemas, semanas depois, por decisão de André Sturm, presidente do Belas Artes Grupo, que prometeu a volta de atividades no espaço somente depois que boa parte da população paulistana tivesse sido vacinada contra a covid-19. Assim, como pessoas acima de 50 anos já foram imunizadas, ele anunciou a reabertura, mantendo ainda todos os cuidados e protocolos de segurança.

Assim, um dos destaques é a estreia de Os Melhores Anos de Uma Vida, bela sequência do clássico francês dos anos 1960, Um Homem, Uma Mulher, ambos dirigidos por Claude Lelouch. O casal protagonista, formado por Anouk Aimée e Jean-Louis Trintignant, retorna à trama para discutir o caminho do amor em 53 anos.

Outra sala será ocupada pela versão definitiva do clássico Apocalipse Now, que ganha o subtítulo Final Cut, ou seja, a edição planejada pelo cineasta, restaurada a partir dos negativos originais, com preciosos 49 minutos excluídos da primeira versão. Baseado em O Coração das Trevas, romance de Joseph Conrad, o filme conta a viagem de Willard pelo rio em busca do ensandecido Kurtz. Na verdade, Coppola expõe a degradação moral que levou os EUA à derrota na Guerra do Vietnã.

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Amantes de musicais terão uma sala cativa, que vai homenagear um dos grandes artistas do gênero, Fred Astaire, com dois filmes: Ritmo Louco, de George Stevens, com Ginger Rogers, e o belíssimo Cinderela em Paris, de Stanley Donen, em que Astaire vive o fotógrafo de moda que transforma a desajeitada Audrey Hepburn em uma top model. E a trilha de Gershwin traz preciosidades como S'Wonderful. Completam a programação o empolgante Um Dia em Nova York, de Gene Kelly e Stanley Donen, totalmente rodado nas ruas da cidade e estrelado por um trio da pesada (o próprio Kelly, Frank Sinatra e Jules Munshin); Entre a Loura e a Morena, de Busby Berkeley, com Carmen Miranda; o deslumbrante Sinfonia em Paris, de Vincente Minnelli, com Gene Kelly e Leslie Caron; e o divertido Modelos, de Charles Vidor, estrelado por Rita Hayworth e novamente Gene Kelly.

Por falar em clássicos, alguns da Warner estarão presentes em uma das salas, como Bonnie e Clyde: Uma Rajada de Balas, com Warren Beatty e Faye Dunaway vivendo o casal que, durante a década de 1930, percorreu os Estados Unidos praticando uma série de roubos. Dirigido por Arthur Penn, esse filme estabeleceu (ao lado de Meu Ódio Será Sua Herança, de Sam Peckinpah) uma nova forma de apresentar a violência no cinema, com detalhes perturbadores.

Outro título imperdível, Uma Rua Chamada Pecado, de Elia Kazan, traz Marlon Brando no auge de sua virilidade e impondo uma nova forma de interpretação. A lista conta ainda com duas obras de Martin Scorsese (o delicado Alice Não Mora Mais Aqui e o frenético Depois de Horas), além do onírico Sonhos, de Akira Kurosawa, e um bom faroeste, Magnum 44, de Ted Post, com Clint Eastwood. Clint, aliás, comparece ainda com duas de suas direções, A Mula e o belíssimo Um Mundo Perfeito, que concedeu a Kevin Costner seu melhor papel.

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Os saudosistas de uma boa projeção poderão matar a saudade de uma exibição em película de filmes que ocuparão também uma sala do Belas Artes. Será possível maratonar com longas como o delicado Um Dia Muito Especial, com Sophia Loren e Marcello Mastroianni dirigidos por Ettore Scola e vivendo um homossexual e uma dona de casa oprimida, que se conhecem ao se descobrirem solitários em seu edifício, uma vez que todos foram a um desfile de fascistas. Dois seres fragilizados e descartados, entrelaçados por um drama humano.

As ofertas continuam com mais clássicos, como Meu Tio, adorável comédia de Jacques Tati; o rigoroso A Regra do Jogo, de Jean Renoir, filme muitas vezes considerado o melhor de todos os tempos; e O Passageiro - Profissão: Repórter, de Michelangelo Antonioni, estrelado por Jack Nicholson. Finalmente, um título nacional, Tapete Vermelho, de Luís Alberto Pereira.

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A cantora Cristina Buarque morreu neste domingo, 20, aos 74 anos. A informação foi divulgada por Zeca Ferreira, filho da artista, em uma publicação em sua página no Instagram.

Compositora e sambista, Cristina movimentava a Ilha de Paquetá, onde morava, com uma roda de samba. Filha do historiador Sérgio Buarque de Holanda e de Maria Amélia Alvim, Cristina era irmã dos cantores Chico Buarque e Miúcha, e da ex-ministra da Cultura Ana de Hollanda.

A causa da morte de Cristina não foi divulgada. Nas redes sociais, seu filho prestou uma homenagem à mãe e comentou sobre sua personalidade "avessa aos holofotes".

"Uma vida inteira de amor pelo ofício e pela boa sombra. 'Bom mesmo é o coro', ela dizia, e viveria mesmo feliz a vida escondidinha no meio das vozes não fosse esse faro tão apurado, o amor por revirar as sombras da música brasileira em busca de pequenas pérolas não tocadas pelo sucesso, porque o sucesso, naqueles e nesses tempos, tem um alcance curto", escreveu Zeca, acrescentando que a mãe foi o "ser humano mais íntegro" que já conheceu.

Cristina também foi homenageada pela sobrinha Silvia Buarque. "Minha tia Christina, meu amor. Para sempre comigo", escreveu a atriz em suas redes. A artista deixa cinco filhos.

O bar Bip Bip, tradicional reduto do samba em Copacabana, fez uma publicação lamentando a morte da artista e destacando seu legado: "Formou gerações com suas gravações e repertório, sempre generosa com o material e o conhecimento que acumulou durante anos de rodas de samba."

Carreira

Referência na pesquisa de samba, Cristina gravou seu primeiro álbum, que levou seu nome, em 1974. Na época, a artista ganhou projeção com a interpretação de "Quantas lágrimas", composição do sambista Manacéa.

Segundo o Instituto Memória Musical Brasileira (Immub), a cantora gravou 14 discos ao longo da carreira, sendo o mais recente "Terreiro Grande e Cristina Buarque cantam Candeia", de 2010. Além disso, a artista fez pelo menos 68 participações em discos.

Ao longo da carreira, Cristina foi respeitada não só por sua voz, mas também pela curadoria que fazia de sambas, valorizando artistas como Wilson Batista e Dona Ivone Lara. Portelense e conhecida por sua personalidade peculiar, a compositora recebeu o apelido de "chefia" nas rodas de samba cariocas.

Maike deixou o BBB 25 poucos dias após iniciar o romance com Renata. Mesmo com a distância, a bailarina não descarta um futuro relacionamento ao fim do programa. Neste sábado, 19, ela refletiu sobre a possibilidade em conversa com Guilherme.

"Acho que lá fora a vida é diferente, então têm outras coisas para conhecer, minhas e dele. Então acho que vai ter que existir esse momento de, lá fora, a gente se permitir outras coisas, ter uma nova conversa", pontuou Renata.

A bailarina disse que precisa conhecer o "currículo" do pretendente fora da casa. Contudo, acredita que a convivência ao longo do confinamento pode ajudar em alguns quesitos, já que eles se viram em diversas situações.

"Mas eu não deixei de viver nada aqui dentro. E não tem mais muito o que eu mostrar, ele já me viu com geleca na cabeça, com pipoca, pó na cara, caindo no molho de tomate, ele já me viu de todos os jeitos", refletiu aos risos.

Maike foi eliminado no 15º Paredão com 49,12% dos votos, no último dia 10. Na ocasião, ele disputou a berlinda com Vinicius, que teve 48,02%, e Renata, 2,86%.

Lady Gaga enfrentou problemas técnicos no início do show que fez nesta sexta-feira, 18, no Coachella. O microfone da cantora apresentou falhas durante Abracadabra, segunda música do repertório, cortando a voz da artista.

Sem interromper a apresentação, Gaga trocou discretamente o microfone de cabeça por um modelo de mão e manteve a coreografia. Depois de alguns minutos, ela voltou ao palco com um novo microfone que funcionou corretamente até o fim da performance.

Momentos depois, ao piano, a artista se desculpou com o público pelo problema técnico. "Meu microfone parou de funcionar por um segundo. Pelo menos vocês sabem que eu canto ao vivo", disse.

A artista completou afirmando que estava fazendo o possível para compensar a falha: "Acho que a única coisa que podemos fazer é dar nosso melhor, e com certeza, eu estou dando meu melhor para vocês hoje".

Lady Gaga no Brasil

Lady Gaga está preste a vir ao Brasil. O palco para o seu show em Copacabana, no dia 3 de maio, está sendo erguidona areia da praia desde o último dia 7, e envolve uma megaoperação com cerca de 4 mil pessoas na equipe de produção nacional - sem contar o efetivo de órgãos públicos que também atuam no evento, como segurança, transporte e saúde.

O palco principal terá 1.260 metros quadrados e estará a 2,20 metros do chão, altura pensada para melhorar a visibilidade do público. A produção ainda contará com 10 telões de LED distribuídos pela praia e um painel de LED de última geração no centro do palco, prometendo uma experiência grandiosa para quem estiver presente e também para aqueles que assistirem de casa.

A estrutura do evento está sob responsabilidade da Bonus Track, mesma produtora que assinou o histórico The Celebration Tour de Madonna no ano passado, também em Copacabana. Para efeito de comparação, o palco da Rainha do Pop tinha 24 metros de largura e 18 metros de altura, com três passarelas e um elevador. A expectativa é que o show de Gaga supere esses números em impacto visual e tecnológico.

A apresentação está prevista para começar às 21h, com duração de 2h30. O show será gratuito, aberto ao público e terá transmissão ao vivo na TV Globo, Multishow e Globoplay.