PF mira grupo por desvios de R$ 1,5 bilhão em criptomoedas de 7 mil vítimas

Geral
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta segunda-feira, 5, a Operação Daemon para investigar um grupo ligado a três corretoras de criptomoedas sob suspeita de ter operado 'um verdadeiro esquema de pirâmide financeira' e desviado R$ 1,5 bilhão - valor devido a 7 mil credores no âmbito de processo de recuperação judicial. A ofensiva investiga supostos crimes de estelionato, lavagem de capitais, organização criminosa, além de delitos contra a economia popular e o sistema financeiro nacional.

Um efetivo de 90 policiais federais cumprem cinco mandados de prisão - um de prisão preventiva e quatro de prisão temporária - e vasculham 22 endereços em Curitiba e na região metropolitana da capital paranaense. As ordens foram expedidas pela 23ª Vara Federal de Curitiba (PR), que ainda decretou o sequestro de imóveis e bloqueio de valores de investigados.

De acordo com a PF, foram presos na ofensiva o suposto líder do grupo, sua esposa, uma 'companheira' que teria atuado como sua laranja, seu 'funcionário de confiança' e ainda uma pessoa que teria ajudado a dilapidar o patrimônio do investigado. A corporação indicou que durante as diligências foram apreendidos veículos avaliados em cerca de R$ 2,5 milhões, além de joias, relógios e valores em espécie.

As apurações que culminaram na Operação Daemon tiveram início em 2019, pela Polícia Civil do Paraná, em razão de denúncias de vítimas. Naquele ano, o grupo empresarial sob suspeita bloqueou todos os saques de valores das plataformas das corretoras, sob a alegação de ter sido vítima de um ataque hacker. Os administradores prometeram aos clientes o ressarcimento dos valores depositados, mas tais débitos não foram quitados.

As alegações dos investigados sobre o ataque hacker chegaram a ser alvo de apuração da Polícia Civil, mas os investigadores apontaram que, na verdade, havia indícios de que os donos das corretoras de criptomoedas teriam praticado crimes de estelionato, quadrilha e contra a economia popular. Após o desfecho de tal investigação, o grupo sob suspeita obteve um pedido de recuperação judicial, diz a PF.

Já em 2020, foi identificado que o grupo oferecia ao público contratos de investimento coletivo sem registro junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e assim as investigações foram deslocadas para a PF. A partir de tal momento a corporação passou a apurar possível prática de crime contra o sistema financeiro nacional , sendo que com o aprofundamento das investigações, os investigadores dizem ter observado que o 'grupo empresarial teria operado um verdadeiro esquema de pirâmide financeira'.

"Os investigados apostavam na promoção da imagem de sucesso do grupo, com exibição de posses e bens de luxo e realização de grandes eventos. No entanto, da maneira ardilosa, os valores ingressos nas plataformas virtuais das corretoras do grupo (tanto por transferência de criptomoedas, quanto por depósitos bancários), eram em grande parte desviados em benefício próprio do líder do conglomerado empresarial, de sua esposa e de outros investigados", explicou a PF em nota.

De acordo com a corporação, as investigações apontam ainda que o o líder do grupo empresarial sob suspeita já havia sido condenado na Suíça pelos crimes de estelionato e falsificação de documentos.

Os investigadores também descobriram supostas fraudes no mecanismo criado pela área de TI das corretoras para que os clientes movimentassem valores. "Ao consultar as plataformas virtuais das corretoras, os clientes acompanhavam uma suposta posição de seus investimentos que, desde o momento em que ingressavam nas contas das empresas, eram empregados de maneira indevida para o enriquecimento dos gestores. Desta forma, os clientes acreditavam que estavam realizando operações nas corretoras e obtendo lucros diários e garantidos, suspeitando das irregularidades somente em 2019, após o bloqueio dos saques", explicou a corporação.

No âmbito da recuperação judicial, foram verificados 'diversos indícios da prática permanente' de crimes falimentares - fraudes que podem gerar prejuízo aos credores recuperanda.

Para justificar o pedido de recuperação, o líder do grupo investigado alegou à Justiça que tinha cerca de 7 mil bitcoins, o que seria suficiente para quitar de todas as dívidas decorrentes dos bloqueios de saques dos clientes. No entanto, os investigadores apontam que o líder do grupo teria usado 'nova e complexa realidade das negociações virtuais com criptomoedas para ludibriar o administrador judicial e o próprio Juízo Falimentar, apresentando como garantia uma carteira com bitcoins que nunca foram de sua propriedade'.

De acordo com a PF, o nome da operação, Daemon, faz referência à mitologia grega, 'a um ser sobrenatural trabalhando em plano de fundo', e à computação, 'a um programa que executa um processo em plano de fundo que não está sob controle direito do usuário interativo'.

"As referências encontram correspondência no modus operandi dos investigados, que desenvolveram diversos artifícios para induzir as vítimas em erro, inclusive com a criação de ferramenta de registro de transações de criptoativos que, em plano de fundo, permitia o desvio dos recursos e enriquecimento ilícito dos investigados", explicou a corporação em nota.

Em outra categoria

Última eliminada do BBB 25, com 54,52%, Vitória Strada participou do Mais Você, nesta segunda-feira, 21, e falou sobre o rompimento com Camilla e Thamiris. A atriz e as duas irmãs formaram uma aliança ao longo do programa, mas se afastaram após informações reveladas pelo quadro RoBBB Seu Fifi.

Durante a conversa com Ana Maria Braga, Vitória reconheceu que demorou a perceber o comportamento delas. "Tão bobinha eu. A gente não tem o pay-per-view, então eu só tinha o que os meus olhos podiam ver. E ninguém me contava muita coisa", disse. "Na minha vida aqui fora também sou assim, eu não sou de largar nenhum aliado meu na primeira briga, tentativa, e foi o que eu tentei fazer com elas ali. Estava agindo com o que eu tinha, e eu não sabia de todo o resto."

Segundo a atriz, ela passou a perceber o distanciamento das duas após uma votação. Ao comentar sua liderança no jogo, quando dividiu o quarto com Diego Hypolito e Thamiris, Vitória explicou que não conseguiu indicar Camilla ao Paredão, pois preferiu seguir o que sentia.

Ela tentou uma reconciliação com Thamiris, com quem sentia mais "abertura", mas depois que ouviu os relatos do RoBBB Seu Fifi, ficou surpresa com o que descobriu. Após o quadro, afirmou que foi o momento de se priorizar. "Ali eu estava vendo muito mais o lugar do outro do que o meu sentimento", desabafou.

Ao final da entrevista, Vitória refletiu sobre o que faria diferente. "Tenho certeza de que tudo que vivi foi porque eu tinha que aprender alguma coisa. [...] Mas, se a gente está falando objetivamente, talvez ter confiado, me entregado demais para as pessoas", concluiu.

Uma vaquinha online foi aberta para ajudar a atriz Maidê Mahl, de 32 anos, que segue em recuperação após ter sido encontrada com ferimentos graves e desacordada em um hotel de São Paulo, em setembro do ano passado. A informação foi divulgada na noite de domingo, 20, no Instagram dela.

De acordo com a publicação, Maidê saiu da UTI, mas ainda requer cuidados especiais. Ela está sendo acompanhada por uma mulher chamada Mariá, que deixou o trabalho para se dedicar integralmente à recuperação da atriz.

"Os gastos com medicamentos, alimentação e cuidados básicos são altos, e elas precisam da nossa ajuda. Qualquer valor faz diferença. Se puder, contribua e compartilhe. Juntos, podemos garantir que a Maidê siga vencendo essa batalha!", dizia a publicação.

A atriz ficou conhecida por interpretar Elke Maravilha na série O Rei da TV (2022) e por atuar em Vale dos Esquecidos. Em setembro de 2024, ela desapareceu após ser vista com uma mochila nas costas no bairro de Moema, na zona sul de São Paulo.

Três dias depois, em 5 de setembro, a atriz foi localizada em um hotel na região central da cidade, com ferimentos graves e inconsciente. Ela ficou internada na UTI por um mês, em coma, e recebeu alta hospitalar apenas no fim de janeiro deste ano.

No último dia 18, Maidê fez sua primeira publicação nas redes sociais desde o ocorrido. "Meu coração é pura saudade quando vejo esse vídeo. Quando eu falava, cantava, eu andava e dançava. Agora esse sonho está perto de se realizar", escreveu ela, sem dar detalhes sobre o tratamento. A atriz disse estar em reabilitação no maior centro especializado da América Latina e demonstrou otimismo com a recuperação.

O texto abaixo contém spoilers do segundo episódio da nova temporada de 'The Last of Us'.

A HBO e a Max exibiram no domingo, 20, o segundo episódio da nova temporada de The Last of Us. A produção trouxe um dos momentos mais aguardados e polêmicos do videogame: a morte de Joel, interpretado por Pedro Pascal. A cena, marcada por violência, foi debatida pelos criadores Craig Mazin e Neil Druckmann em entrevista à revista Variety.

Na trama, Joel é atacado por Abby (Kaitlyn Dever) durante uma patrulha, após ajudá-la a escapar de infectados. Ela o atrai até uma cabana, onde o personagem é ferido e espancado diante de Ellie (Bella Ramsey), que tenta intervir. A motivação da personagem está ligada aos acontecimentos do final da primeira temporada. Enquanto isso, a cidade de Jackson lida com uma invasão de infectados, ampliando a tensão.

Druckmann explicou que o momento precisava ocorrer ainda no começo da temporada para dar início ao novo arco narrativo da série - no jogo, a morte de Joel também acontece no início. Para ele, atrasar essa virada poderia enfraquecer o impacto da história.

Mazin completou dizendo que o desafio era equilibrar a surpresa para quem ainda não conhecia o jogo e a expectativa de quem já sabia o que viria.

"Existe o risco de atormentar o público, e não é isso que queremos fazer. Se as pessoas souberem que isso vai acontecer, vão começar a se sentir atormentadas. E quem não sabe, vai acabar descobrindo, porque todo mundo comentaria sobre a ausência da cena", explicou o criador. "Nosso instinto foi garantir que, quando acontecesse, parecesse natural dentro da história - e não como uma escolha pensada apenas para abalar o público."

A versão televisiva da história também expande elementos que, no jogo, aparecem apenas como menções. A crise em Jackson, por exemplo, foi mostrada de forma mais direta, o que ajuda a consolidar o local como um personagem dentro da narrativa. "Queríamos que o público levasse Jackson em consideração daqui para frente", disse Druckmann.

O episódio também aprofunda a relação entre Joel e Dina (Isabela Merced), que não chega a ser mostrada no jogo. A adaptação sugere que, ao longo dos anos em Jackson, Joel e Dina desenvolveram uma conexão próxima, o que reforça o impacto emocional do ataque. Já a dinâmica entre Ellie e Dina ainda está em construção, com diferenças importantes em relação ao material original.