Desmate na Amazônia tem novo recorde

Geral
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

Os alertas de desmatamento na Amazônia em junho bateram novo recorde para o período. Dados do sistema Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), mostram que a área sob alerta de desmatamento foi de 1.062 km² - a maior para o mês de junho desde 2016. Os últimos quatro meses foram de alta recorde nos alertas.

Desde 2019, a gestão Jair Bolsonaro tem sido alvo de críticas no Brasil e no exterior pela explosão de queimadas e do desmatamento na região. Para combater crimes ambientais, o governo tem apostado em operações militares, mas os registros de perda vegetal continuam altos.

O Deter é um sistema de monitoramento por satélite em tempo real, voltado para alertar a fiscalização a combater crimes ambientais que estão acontecendo em campo. Não serve como taxa oficial de desmatamento, mas é um bom termômetro da situação. A tendência por ele apontada normalmente é confirmada depois pelo Prodes, que traz os dados anuais oficiais de desmatamento.

Faltam apenas os dados de julho para fechar o período da taxa anual oficial de desmatamento. O Prodes sempre mede o que foi perdido na floresta entre agosto de um ano e julho do ano anterior.

Os alertas de desmatamento até junho para a Amazônia apontam um crescimento de 17% em relação ao primeiro semestre de 2020, com uma área de 3.610 km² desmatada em 2021, ante 3.078 km² no primeiro semestre de 2020, segundo dados do site Terrabrasilis, do Inpe.

A Amazônia está na estação seca, justamente o período em que o desmatamento se intensifica. Dados também do Inpe já mostraram alta nos focos de incêndio na região: 2.308 em junho, maior número para o mês desde 2007. A maior parte das queimadas (66,5%) foi em Mato Grosso, seguido por Pará (18,4%) e Rondônia (5,7%). As terras indígenas da região, que são áreas protegidas, tiveram 110 ocorrências de incêndio.

No fim do mês passado, o governo Jair Bolsonaro anunciou uma nova atuação de militares na Amazônia, com prazo até o fim de agosto. A medida, no modelo de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), vale para terras indígenas, unidades federais de conservação ambiental em áreas de propriedade ou que estão sob posse da União, e, se pedido pelos governadores, em outras áreas dos Estados do Amazonas, Mato Grosso, Pará e Rondônia.

Nesta semana, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, afirmou que cerca de 3 mil militares das Forças Armadas serão deslocados para atuar em ações de apoio e combate ao desmatamento. Ele chegou a afirmar que, quando os militares deixaram a Amazônia no fim de abril, houve aumento do desmatamento. Naturalmente, porém, com o fim das chuvas em muitas regiões, ocorre o avanço dos criminosos sobre as áreas protegidas.

Especialistas fazem ressalvas quanto ao uso das tropas na região, uma vez que elas não têm a mesma expertise dos agentes ambientais no combate ao desmatamento e às queimadas. Também houve críticas à divulgação prévia das localidades onde os militares vão atuar - essa informação pode ajudar os desmatadores a desviar das operações militares. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em outra categoria

Um ônibus que transportava o cantor Ferrugem e sua equipe se envolveu em um acidente de trânsito na manhã deste domingo, 20, na região de Porto Alegre. Ninguém ficou ferido.

Na noite anterior, o artista havia se apresentado no festival Festimar, na cidade de Rio Grande, no litoral gaúcho.

Segundo comunicado divulgado pela empresa responsável pelo veículo, o acidente ocorreu por volta das 6h45 da manhã na BR-290, próximo à Ponte do Guaíba, que liga a capital ao interior do Estado.

Ferrugem falou sobre o ocorrido em suas redes sociais, compartilhando uma foto da frente do ônibus com os vidros estilhaçados. "Livramento! Um senhor acidente, mas graças a Deus todos estão bem", escreveu.

Mais tarde, gravou um vídeo explicando o acidente: "Destruiu tudo ali, a frente do ônibus, a porta foi arrancada, mas, graças a Deus, ninguém se machucou. Todo mundo bem, todo mundo inteiro."

O cantor também esclareceu que o acidente não atrapalharia o show que fará na noite deste domingo, 20, em Arraial do Cabo, no Rio de Janeiro.

Durante a tarde, ele mostrou que estava almoçando com a família antes de se encaminhar para a apresentação.

Em nota, a Mônica Turismo, responsável pelo ônibus, disse que os danos do acidente foram apenas materiais.

"A empresa imediatamente solicitou a substituição do veículo, mas não houve necessidade, a equipe preferiu ir até o aeroporto com o mesmo veículo para evitar atrasos", diz o comunicado.

Xuxa Meneghel fez um desabafo sobre a pressão estética que sofria da TV Globo na época em que apresentava o Xou da Xuxa, entre 1980 e 1990. Segundo a apresentadora, ela era pressionada para não chegar perto dos 60 quilos.

A revelação foi feita durante entrevista ao podcast WOW. Hoje com 62 anos, Xuxa comentou que lembrou da situação durante os bastidores do documentário Pra Sempre Paquitas, lançada em 2024 na Globoplay, mas que isso acabou não aparecendo no filme.

"Revisitando meu passado no documentário das paquitas, eles não colocaram uma coisa que me mandaram para eu ver em que me coloco para baixo, em que vejo uma foto minha nas cartinhas, em que eu falo 'olha como estou gorda, feia'", explicou Xuxa.

A apresentadora continuou: "Uma coisa que era me colocada na época [era] que se eu passasse dos 60 kg [estaria gorda]. Na época, 54 kg foi o normal que eu ficava. Na Globo, meu normal era 54 kg, 55 kg. Se eu fosse para 58 kg, já apertavam as minhas roupas."

Ela explicou que hoje tem boa relação com o próprio corpo, mas que, na época, a ideia de estar gorda caso seu peso aumentasse "era o que ouvia o tempo todo".

"Era uma cobrança muito grande, um negócio cruel. Você não se gostar e querer ficar mais forte ou menos forte, seja o que for, para você se sentir melhor, é uma coisa. Agora fazer isso por um padrão que lhe foi colocado...", completou.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, divulgou nota de pesar pelo falecimento da cantora Cristina Buarque, que morreu neste domingo, 20, aos 74 anos. Segundo Lula, a compositora teve "papel extraordinário" na música brasileira.

"Quero expressar meus profundos sentimentos pelo falecimento de Cristina Buarque. Cantora e compositora talentosa, teve um papel extraordinário na música brasileira ao interpretar as canções de alguns dos mais importantes compositores do samba carioca, ajudando a poesia e o ritmo dos morros do Rio a conquistarem os corações dos brasileiros", escreveu o chefe do Executivo no período da tarde. "Aos seus familiares e ao meu amigo Chico Buarque, deixo minha solidariedade e um forte abraço."

Filha do historiador Sérgio Buarque de Holanda e de Maria Amélia Alvim, Cristina era irmã dos cantores Chico Buarque e Miúcha, e da ex-ministra da Cultura Ana de Hollanda.

A causa da morte de Cristina não foi divulgada.