Torre de transmissão de energia cai e deixa ao menos seis mortos no Pará

Geral
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

Na tarde desta sexta-feira, 16, um acidente no sudoeste do Pará, com uma torre de transmissão de energia elétrica, deixou seis mortos e mais 13 feridos, na comunidade de Bom Jardim, na cidade de Pacajá.A estrutura estava sendo construída pela empresa KS.

Cinco vítimas, entre elas, funcionários da obra, morreram na hora do acidente e uma chegou a ser socorrida e encaminhada ao Hospital Municipal de Pacajá, mas não resistiu aos ferimentos e veio a óbito ao dar entrada na unidade de saúde.

Ainda segundo a prefeitura de Pacajá, os feridos estão sendo encaminhados ao Hospital Regional da Transamazônica, em Altamira, com leitos disponibilizados pelo Governo Estadual. Não há detalhes sobre o estado dos sobreviventes.

Em suas redes sociais, o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), lamentou. "Acabo de receber a informação de um acidente na obra da linha de transmissão da Transamazônica. Temos registro de óbitos e feridos. Minha solidariedade às vítimas e aos familiares", escreveu Barbalho.

O governador ainda garantiu que o Estado está prestando toda assistência à prefeitura. "Corpo de Bombeiros e Polícia Militar atuam na área e as vítimas estão sendo encaminhadas aos Hospital Regional da Transamazônica, em Altamira", completou Helder Barbalho.

O Governo do Estado está dando toda assistência ao município de Pacajá, que fica próximo ao local do acidente. Corpo de Bombeiros e Polícia Militar atuam na área e as vítimas estão sendo encaminhados para o Hospital Regional da Transamazônica, em Altamira. - Helder Barbalho (@helderbarbalho) July 16, 2021

O Núcleo Avançado do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves de Tucuruí segue com a remoção dos corpos. A lista com a identidade das vítimas ainda não foi divulgada.

A estrutura que estava sendo erguida faz parte de um projeto que leva energia elétrica da usina hidrelétrica de Belo Monte para o Estado vizinho, Amapá. O Estadão não conseguiu contato com a empresa responsável pela construção da torre.

A Norte Energia, concessionária da Usina Hidrelétrica Belo Monte, disse se solidarizar com os familiares dos trabalhadores mortos e afirmou que a empresa em questão não presta serviços à usina.

Em outra categoria

Xuxa Meneghel fez um desabafo sobre a pressão estética que sofria da TV Globo na época em que apresentava o Xou da Xuxa, entre 1980 e 1990. Segundo a apresentadora, ela era pressionada para não chegar perto dos 60 quilos.

A revelação foi feita durante entrevista ao podcast WOW. Hoje com 62 anos, Xuxa comentou que lembrou da situação durante os bastidores do documentário Pra Sempre Paquitas, lançada em 2024 na Globoplay, mas que isso acabou não aparecendo no filme.

"Revisitando meu passado no documentário das paquitas, eles não colocaram uma coisa que me mandaram para eu ver em que me coloco para baixo, em que vejo uma foto minha nas cartinhas, em que eu falo 'olha como estou gorda, feia'", explicou Xuxa.

A apresentadora continuou: "Uma coisa que era me colocada na época [era] que se eu passasse dos 60 kg [estaria gorda]. Na época, 54 kg foi o normal que eu ficava. Na Globo, meu normal era 54 kg, 55 kg. Se eu fosse para 58 kg, já apertavam as minhas roupas."

Ela explicou que hoje tem boa relação com o próprio corpo, mas que, na época, a ideia de estar gorda caso seu peso aumentasse "era o que ouvia o tempo todo".

"Era uma cobrança muito grande, um negócio cruel. Você não se gostar e querer ficar mais forte ou menos forte, seja o que for, para você se sentir melhor, é uma coisa. Agora fazer isso por um padrão que lhe foi colocado...", completou.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, divulgou nota de pesar pelo falecimento da cantora Cristina Buarque, que morreu neste domingo, 20, aos 74 anos. Segundo Lula, a compositora teve "papel extraordinário" na música brasileira.

"Quero expressar meus profundos sentimentos pelo falecimento de Cristina Buarque. Cantora e compositora talentosa, teve um papel extraordinário na música brasileira ao interpretar as canções de alguns dos mais importantes compositores do samba carioca, ajudando a poesia e o ritmo dos morros do Rio a conquistarem os corações dos brasileiros", escreveu o chefe do Executivo no período da tarde. "Aos seus familiares e ao meu amigo Chico Buarque, deixo minha solidariedade e um forte abraço."

Filha do historiador Sérgio Buarque de Holanda e de Maria Amélia Alvim, Cristina era irmã dos cantores Chico Buarque e Miúcha, e da ex-ministra da Cultura Ana de Hollanda.

A causa da morte de Cristina não foi divulgada.

A cantora Cristina Buarque morreu neste domingo, 20, aos 74 anos. A informação foi divulgada por Zeca Ferreira, filho da artista, em uma publicação em sua página no Instagram.

Compositora e sambista, Cristina movimentava a Ilha de Paquetá, onde morava, com uma roda de samba. Filha do historiador Sérgio Buarque de Holanda e de Maria Amélia Alvim, Cristina era irmã dos cantores Chico Buarque e Miúcha, e da ex-ministra da Cultura Ana de Hollanda.

A causa da morte de Cristina não foi divulgada. Nas redes sociais, seu filho prestou uma homenagem à mãe e comentou sobre sua personalidade "avessa aos holofotes".

"Uma vida inteira de amor pelo ofício e pela boa sombra. 'Bom mesmo é o coro', ela dizia, e viveria mesmo feliz a vida escondidinha no meio das vozes não fosse esse faro tão apurado, o amor por revirar as sombras da música brasileira em busca de pequenas pérolas não tocadas pelo sucesso, porque o sucesso, naqueles e nesses tempos, tem um alcance curto", escreveu Zeca, acrescentando que a mãe foi o "ser humano mais íntegro" que já conheceu.

Cristina também foi homenageada pela sobrinha Silvia Buarque. "Minha tia Christina, meu amor. Para sempre comigo", escreveu a atriz em suas redes. A artista deixa cinco filhos.

O bar Bip Bip, tradicional reduto do samba em Copacabana, fez uma publicação lamentando a morte da artista e destacando seu legado: "Formou gerações com suas gravações e repertório, sempre generosa com o material e o conhecimento que acumulou durante anos de rodas de samba."

Carreira

Referência na pesquisa de samba, Cristina gravou seu primeiro álbum, que levou seu nome, em 1974. Na época, a artista ganhou projeção com a interpretação de "Quantas lágrimas", composição do sambista Manacéa.

Segundo o Instituto Memória Musical Brasileira (Immub), a cantora gravou 14 discos ao longo da carreira, sendo o mais recente "Terreiro Grande e Cristina Buarque cantam Candeia", de 2010. Além disso, a artista fez pelo menos 68 participações em discos.

Ao longo da carreira, Cristina foi respeitada não só por sua voz, mas também pela curadoria que fazia de sambas, valorizando artistas como Wilson Batista e Dona Ivone Lara. Portelense e conhecida por sua personalidade peculiar, a compositora recebeu o apelido de "chefia" nas rodas de samba cariocas.