Acusado pela morte de Marielle pode estar envolvido em outros quatro homicídios

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O sargento reformado da Polícia Militar do Rio de Janeiro Ronnie Lessa, preso desde março de 2019 e réu pelo homicídio da vereadora do Rio Marielle Franco, é investigado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) por outros quatro assassinatos, ocorridos entre novembro de 2006 e dezembro de 2007, segundo divulgou o jornal O Globo. Um dos mortos era o ex-deputado estadual Ary Brum. A Força-Tarefa do Caso Marielle e Anderson, criada pelo MP-RJ, encontrou indícios do envolvimento de Lessa nesses quatro crimes, não esclarecidos à época, diz o jornal. Consultado pelo Estadão, o MP-RJ não quis comentar as informações.

Segundo a reportagem, serão reabertos os inquéritos que investigam as mortes dos irmãos Ary e Humberto Barbosa Martins, ocorridos em 6 de novembro de 2006, do então presidente da associação do Camelódromo da rua Uruguaiana (centro do Rio), Alexandre Farias Pereira, em 18 de maio de 2007, e do ex-deputado estadual Ary Brum, em 18 de dezembro de 2007.

Os irmãos Ary e Humberto Barbosa Martins foram assassinados em 6 de novembro de 2006 na avenida Beira-Mar, na região central do Rio. As vítimas saíam de um posto de combustíveis usando um Golf quando foram atacadas a tiros. O para-brisa foi atingido por pelo menos 11 disparos. Ary, que dirigia o carro, morreu na hora. Humberto, que era policial federal e estava no banco do carona, morreu a caminho do hospital.

Segundo O Globo, a quebra do sigilo digital de Lessa indicou que ele fez pesquisas na internet sobre Ary Barbosa e a mulher dele nos dias 2 e 9 de outubro de 2006 - cerca de um mês antes do duplo homicídio.

O então líder do camelódromo da Uruguaiana Alexandre Farias Pereira foi morto quando passava de picape pela avenida Brigadeiro Lima e Silva, em Duque de Caxias (Baixada Fluminense), em 18 de maio de 2007. O motivo da morte de Alexandre seria a disputa pelos lucros provenientes de negócios ilícitos e o controle do Camelódromo.

A reportagem de O Globo afirma que o MP-RJ encontrou na casa de Lessa o depoimento de um filho do então líder do Camelódromo, prestado à época da execução da vítima, grampeado a um bilhete no qual se lia "Periquito mandou sarquear". Sarquear é o termo usado na gíria policial para pesquisar o registro oficial de antecedentes criminais de uma pessoa. Segundo o MP-RJ, "Periquito" era o apelido de Djacir Alves de Lima, que substituiu Pereira no comando da associação.

O ex-deputado Ary Brum foi executado dentro de um carro oficial no viaduto de acesso à Linha Vermelha, em São Cristóvão (zona norte), ao sofrer uma emboscada por ocupantes de um Honda Civic, em 18 de dezembro de 2007. Com a quebra do sigilo digital de Lessa, os investigadores também constataram que Lessa pesquisou o CPF do ex-deputado estadual Ary Brum no dia 22 de outubro de 2007 - cerca de dois meses antes de sua morte, portanto.

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Um ônibus que transportava o cantor Ferrugem e sua equipe se envolveu em um acidente de trânsito na manhã deste domingo, 20, na região de Porto Alegre. Ninguém ficou ferido.

Na noite anterior, o artista havia se apresentado no festival Festimar, na cidade de Rio Grande, no litoral gaúcho.

Segundo comunicado divulgado pela empresa responsável pelo veículo, o acidente ocorreu por volta das 6h45 da manhã na BR-290, próximo à Ponte do Guaíba, que liga a capital ao interior do Estado.

Ferrugem falou sobre o ocorrido em suas redes sociais, compartilhando uma foto da frente do ônibus com os vidros estilhaçados. "Livramento! Um senhor acidente, mas graças a Deus todos estão bem", escreveu.

Mais tarde, gravou um vídeo explicando o acidente: "Destruiu tudo ali, a frente do ônibus, a porta foi arrancada, mas, graças a Deus, ninguém se machucou. Todo mundo bem, todo mundo inteiro."

O cantor também esclareceu que o acidente não atrapalharia o show que fará na noite deste domingo, 20, em Arraial do Cabo, no Rio de Janeiro.

Durante a tarde, ele mostrou que estava almoçando com a família antes de se encaminhar para a apresentação.

Em nota, a Mônica Turismo, responsável pelo ônibus, disse que os danos do acidente foram apenas materiais.

"A empresa imediatamente solicitou a substituição do veículo, mas não houve necessidade, a equipe preferiu ir até o aeroporto com o mesmo veículo para evitar atrasos", diz o comunicado.

Xuxa Meneghel fez um desabafo sobre a pressão estética que sofria da TV Globo na época em que apresentava o Xou da Xuxa, entre 1980 e 1990. Segundo a apresentadora, ela era pressionada para não chegar perto dos 60 quilos.

A revelação foi feita durante entrevista ao podcast WOW. Hoje com 62 anos, Xuxa comentou que lembrou da situação durante os bastidores do documentário Pra Sempre Paquitas, lançada em 2024 na Globoplay, mas que isso acabou não aparecendo no filme.

"Revisitando meu passado no documentário das paquitas, eles não colocaram uma coisa que me mandaram para eu ver em que me coloco para baixo, em que vejo uma foto minha nas cartinhas, em que eu falo 'olha como estou gorda, feia'", explicou Xuxa.

A apresentadora continuou: "Uma coisa que era me colocada na época [era] que se eu passasse dos 60 kg [estaria gorda]. Na época, 54 kg foi o normal que eu ficava. Na Globo, meu normal era 54 kg, 55 kg. Se eu fosse para 58 kg, já apertavam as minhas roupas."

Ela explicou que hoje tem boa relação com o próprio corpo, mas que, na época, a ideia de estar gorda caso seu peso aumentasse "era o que ouvia o tempo todo".

"Era uma cobrança muito grande, um negócio cruel. Você não se gostar e querer ficar mais forte ou menos forte, seja o que for, para você se sentir melhor, é uma coisa. Agora fazer isso por um padrão que lhe foi colocado...", completou.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, divulgou nota de pesar pelo falecimento da cantora Cristina Buarque, que morreu neste domingo, 20, aos 74 anos. Segundo Lula, a compositora teve "papel extraordinário" na música brasileira.

"Quero expressar meus profundos sentimentos pelo falecimento de Cristina Buarque. Cantora e compositora talentosa, teve um papel extraordinário na música brasileira ao interpretar as canções de alguns dos mais importantes compositores do samba carioca, ajudando a poesia e o ritmo dos morros do Rio a conquistarem os corações dos brasileiros", escreveu o chefe do Executivo no período da tarde. "Aos seus familiares e ao meu amigo Chico Buarque, deixo minha solidariedade e um forte abraço."

Filha do historiador Sérgio Buarque de Holanda e de Maria Amélia Alvim, Cristina era irmã dos cantores Chico Buarque e Miúcha, e da ex-ministra da Cultura Ana de Hollanda.

A causa da morte de Cristina não foi divulgada.