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Série islandesa Katla une ciência e folclore

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O espectador e o leitor brasileiros quase sempre se lembram da Islândia por meio de alguns poucos ícones: as coleções de versos conhecidos como kenningar, cultuados pelo escritor argentino Jorge Luis Borges, o poema épico Edda (século 13) e a cantora Björk. Uma nova visão da Islândia se torna mais acessível aos espectadores de mais de 160 países.

Em 17 de junho de 2021, foi ao ar Katla, primeira série islandesa com produção original da Netflix. Baltasar Kormákur assina a direção e divide a cocriação com o escritor e produtor Sigurjón Kjartansson. O excelente roteiro é assinado por Davíð Már Stefánsson e Lilja Sigurðardóttir, e conta com colaborações dos criadores.

Katla é um vulcão situado no sul da Islândia cujas erupções ocorrem em intervalos de 50 a 80 anos. É coberto parcialmente pela geleira Mýrdalsjökull e se situa a leste da geleira de Eyjafjallajökull. O povoado mais próximo se encontra ao norte e se chama Vík í Mýrdal.

Na série, Katla entrou em erupção e Vík precisou ser evacuado. Em meio a um oceano de cinzas, restam apenas alguns resignados. Um evento agrava a situação: o aparecimento de uma estranha nua, coberta de cinzas, que se identifica como Gunhild (Aliette Opheim).

A protagonista Gríma, interpretada pela artista e cantora Guðrún Ýr Eyfjörð, torna-se uma das principais investigadoras dos enigmas que passam a emergir no povoado. Por quê? Porque sua irmã Ása (Íris Tanja Flygenring), morta há um ano, reaparece nas mesmas condições. A infância das irmãs, marcada pelo suicídio da mãe, é representada em flashbacks respectivamente pelas atrizes Agata Árnadóttir e Kolfinna Orradóttir.

Além do abalo produzido por essa "ressurreição", o mecânico Þór (lê-se Thor, interpretado por Ingvar Sigurdsson), pai de Gríma e Ása, ainda precisa se haver com dois fantasmas do passado, ambos ligados à jovem Gunhild e a uma personagem que vem da Suécia para reencontrá-lo. Ela também se chama Gunhild, e é mãe do jovem Björn (Valter Skarsgård).

As investigações são lideradas pelo geólogo Darri (Björn Thors). O delegado Gísli (Þorsteinn Bachmann), envolvido em dramas pessoais com a esposa Magnea (Sólveig Arnarsdóttir), acaba sendo mais um antagonista do povoado do que um aliado nas elucidações. O espectador deve dar atenção especial a Bergrún (Guðrún Gísladóttir). Depois de viajar o mundo, a dona do hotel Vík se dedica a rituais arcaicos. É um ponto cego da narrativa. Tem uma função oracular (fornece pistas sobre os enigmas).

Uma das prioridades dos gigantes do streaming tem sido o multiculturalismo: produções inspiradas em narrativas, personagens e culturas autóctones de cada país. Nesse sentido, Katla segue na linha de sucessos recentes como Cidade Invisível (2020), série criada por Carlos Saldanha a partir do folclore brasileiro.

A ideia governante (Robert McKee) e o mito (Northrop Frye), orientadores de Katla, estão entre o folclore e a ciência. Chamam-se changelings, entidades da cultura islandesa. Representam o mitema (Lévi-Strauss) mais amplo das "crianças trocadas", presentes nos contos de fadas e em outras culturas. Segundo a crença, as crianças de fadas ou de trolls (desestabilizadores) são trocadas por crianças humanas de fisionomia idêntica.

Jón Árnason (1819-1888), escritor e diretor do Museu Islandês de Reykjavik, foi um dos primeiros compiladores desses contos nos dois volumes de Lendas Islandesas (1862, 1864). Tanto ele quanto o folclorista norte-americano Dee Ashliman ressaltam um aspecto dos changelings: sua personalidade não muda. Esta e outras características desses duplos (Doppelgänger) são destacadas na série, sobretudo por Bergrún.

Contudo, o folclore adquire mais complexidade quando unido à ciência. Darri descobre que as entidades são "fabricadas" por um elemento (ou uma inteligência) extraterrestre ativado pelas erupções. O meio-fio entre natural e sobrenatural, entre crença e ciência, entre o vulcão Katla e o cosmos se esgarça e se torna cada vez mais tênue.

Um dos motivos de maior debate entre os fãs que já se movimentam na internet diz respeito ao fim. A "troca" relativa de Gríma e o "jogo" que esta estabelece com seu changeling fecham de modo misterioso a primeira temporada.

Embora a segunda temporada ainda não tenha sido confirmada pela Netflix, este fim indica que a orientação deve ser um embaralhamento cada vez maior entre as almas-corpos dos humanos-changelings. Se Katla apostar nesse caminho de tensão entre ciência e mito, o espectador pode esperar não apenas pela segunda, mas por algumas temporadas de uma narrativa audiovisual de alta qualidade.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Um novo documentário produzido pelo diretor Martin Scorsese apresentará uma conversa inédita com o falecido papa Francisco sobre o esforço apoiado pelo pontífice para oferecer educação por meio do cinema, anunciaram os produtores do filme nesta quarta-feira, 30.

Chamado Aldeas - A New Story, o documentário está "enraizado na crença do papa na sagrada natureza da criatividade", disse um comunicado dos cineastas. Não foi anunciada uma data de lançamento.

Segundo eles, a conversa inédita com Scorsese foi a "última entrevista aprofundada do papa para o cinema".

Antes de morrer, Francisco chamou o documentário de "um projeto extremamente poético e muito construtivo porque vai às raízes do que é a vida humana, a sociabilidade humana, os conflitos humanos... a essência da jornada de uma vida", disseram os cineastas. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

Morreu nesta quarta-feira, 30, o jornalista Luiz Antonio Mello, aos 70 anos. A informação foi publicada pelo jornal A Tribuna, do Rio de Janeiro, em que ele atuava como editor desde 2021. Mello teve uma parada cardíaca enquanto fazia um exame de ressonância, e se recuperava de uma pancreatite no Hospital Icaraí.

Nome importante para o rock nacional, Luiz Antonio Mello (conhecido como LAM) passou por veículos como Rádio Tupi, Rádio Jornal do Brasil e Última Hora. No entanto, foi na Rádio Fluminense FM que ele esteve à frente do programa Maldita, criado em 1981 e responsável por dar visibilidade a grandes nomes da música, como Paralamas do Sucesso, Barão Vermelho e Legião Urbana. A história foi contada no longa-metragem Aumenta que é Rock'n Roll, estrelado por Johnny Massaro e dirigido por Tomás Portella.

Após a passagem pela Fluminense FM, que deixou em 1985 para participar da implantação da Globo FM, trabalhou como consultor de marketing para uma gravadora, foi diretor de TV e produtor musical. Colaborou com vários veículos, entre eles o Estadão, e é autor dos livros Nichteroy, Essa Doida Balzaka (1988), A Onda Maldita (1992), Torpedos de Itaipu (1995), Manual de Sobrevivência na Selva do Jornalismo (1996), Jornalismo na Prática (2006) e 5 e 15, Romance Atonal Beta (2006).

A prefeitura de Niterói declarou três dias de luto em homenagem ao jornalista.

"Luiz Antônio Melo era um niteroiense apaixonado por nossa cidade e que tinha uma mente, uma capacidade inventiva e criativa extraordinária. Participou diretamente de um dos momentos mais marcantes da música brasileira e do rock nacional através da rádio fluminense na década de 80. Lembro que ele ficou muito grato e feliz quando apoiamos a realização do filme Aumenta que isso aí é Rock and Roll, baseado no livro de sua autoria. Recentemente, conduzia com maestria as edições do jornal A Tribuna. Niterói, o rock e o jornalismo estão de luto com a sua partida. Mas ele deixou um legado, suas ideias", afirmou o prefeito Rodrigo Neves.

Renata Saldanha, campeã do Big Brother Brasil 25, respondeu a algumas perguntas enviadas por fãs no Instagram na madrugada desta quarta-feira, 30. Ela aproveitou o momento para tranquilizar os admiradores do casal "Reike", formado por ela e Maike na reta final do reality.

"Gente, essa pergunta é campeã! Só para avisar, nós estamos bem, está tudo bem entre nós, para quem tinha dúvidas", começou a bailarina. "É como lidamos com outros relacionamentos na vida. A gente está se conhecendo, estamos nesse momento de entender um pouco tudo isso, que é novidade para ele - e muito para mim também. Então é isso, estamos nos conhecendo", concluiu a campeã.

Maike e Renata se reencontraram em público durante o Prêmio gshow, na última quarta-feira, 23, quando receberam o troféu da categoria "Melhor Conexão" e deram um beijo no palco. Antes da cena, estiveram juntos nos bastidores.

Apesar do clima de intimidade, Renata disse que ainda era cedo para definir qualquer rótulo. "A gente não teve a oportunidade de conversar aqui fora ainda, a gente mal se encontrou. No dia que a gente resolveu ficar, acho que ele ficou uns cinco dias na casa e depois saiu. Então, é muito breve para eu dizer algo", falou ao gshow.

Maike foi eliminado no 15º Paredão do BBB. Poucos dias antes, havia sido advertido pela produção e por Tadeu Schmidt por causa de atitudes abusivas com Renata, como mordida e puxão de cabelo. Nas imagens, a bailarina aparentava desconforto e pedia para que ele parasse. A sequência de ações gerou revolta entre os internautas e pedidos de expulsão nas redes. Do lado de fora da casa, o ex-brother assistiu às cenas e pediu desculpas, dizendo estar envergonhado.

Após cumprir a agenda atribulada no Rio de Janeiro desde o fim do reality, no último dia 22, Renata voltou para Fortaleza nesta quarta junto de Eva, sua dupla no início da competição. Ela foi recebida por uma multidão no aeroporto, e comemorou o retorno para casa.