Cantareira entra em nível de alerta, mas Sabesp descarta risco de racionamento

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Sete anos após uma crise hídrica histórica, quando o paulistano recebia bônus se consumisse menos água, o Sistema Cantareira, principal fornecedor de água para a região metropolitana de São Paulo, voltou a atingir nível crítico. Nos últimos cinco dias, os reservatórios operaram em estado de alerta por falta de chuvas. O volume útil chegou a 39,9% no dia 11 e continua caindo. Na sexta estava com 39,7% e, na manhã desta terça-feira, baixou a 39,2%. Mesmo assim, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) descarta desabastecimento.

Para estar em situação normal, o sistema que abastece 7,2 milhões de pessoas por dia, incluindo parte da capital, deveria estar com pelo menos 60% de sua capacidade. Abaixo de 40% é situação de alerta, segundo regras operacionais definidas pela Agência Nacional de Águas (ANA). Documento do Consórcio PCJ (responsável por gerenciar as Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí), afirma que o sistema deve chegar a dezembro com apenas 20,2% do volume útil, situação parecida com a crise hídrica de 2014/15.

Conforme o PCJ, em nenhum mês deste ano as chuvas atingiram a média esperada no Sistema Cantareira. O índice de chuva, até julho, ficou 39% abaixo da média histórica. Este mês, choveu 0,1 milímetro para média histórica de 33,2 mm.

As vazões baixas e a escassez de chuvas levaram a equipe técnica do Consórcio PCJ a entender que tanto o Cantareira como as demais bacias da região estão sob a ação de um evento climático extremo, com potencial para causar impactos ainda em 2021 e com reflexos no próximo ano. "O Sistema Cantareira adentrou o mês de agosto com apenas 41,4% de volume armazenado. No mesmo período do ano passado, operava com 52,2%", disse o secretário executivo Francisco Lahóz. "Este ano, a previsão é de que o ápice da estiagem continue até o início de outubro."

Lahóz lembrou que, na crise de 2014/15, foi necessário usar o volume morto, reserva que fica abaixo das tubulações de captação, para não deixar a população sem água. A situação atual, segundo ele, é menos crítica porque há novos sistemas de abastecimento na região. "Em 2018, o governo do Estado inaugurou duas obras importantes, o reservatório de São Lourenço, oferecendo mais 5 m³/s, e a transposição do Rio Paraíba, através da Represa do Jaguari, em Igaratá, trazendo mais 7 m³/s, o que soma 12 m³/s para aliviar o Cantareira."

Mesmo assim, a situação exige cuidados, segundo ele. "Nos últimos quatro anos, tanto na afluência do Cantareira como nas bacias do PCJ, registramos reduções de 17,5% ao ano nos volumes de chuva, abaixo das médias históricas." Para o especialista, os governos devem iniciar campanhas para economia de água. "Para a Grande São Paulo e para as cidades das bacias do PCJ, recomendamos que o consumo de água seja apenas o absolutamente necessário."

Ele alerta que, em 2022, ainda deverá persistir uma situação crítica e, por isso, as empresas e grandes centros comerciais precisam ter cisternas para reservar água. Na zona rural, devem ser feitas bacias de contenção para segurar as chuvas. "A situação de 2021 é de alerta, mas acreditamos que vamos ter o abastecimento sem necessidade de medidas de contingência mais severas", disse.

Redução

Com o estado de alerta, a Sabesp tem de reduzir o volume captado no Sistema Cantareira de 3até 3 metros cúbicos por segundo, a quantidade autorizada atualmente, para 27 m³/s a partir de 1.º de setembro, para preservar o reservatório. Mas o presidente da companhia, Benedito Braga, disse que há muito tempo já vem sendo retirado um valor menor, de 23 metros cúbicos por segundo. Isso acontece, segundo ele, porque foram realizadas obras que deram mais segurança hídrica à região metropolitana de São Paulo, como a interligação Jaguari-Atibainha e o novo Sistema São Lourenço, em operação desde 2018, reduzindo a dependência do Cantareira.

"Fizemos ainda a integração entre os sistemas, permitindo a transferência de água de um para outro, conforme a necessidade", diz Braga. "Com isso, pudemos reduzir a população atendida pelo Cantareira de 9 milhões para 7,2 milhões, o que nos dá condições de afirmar que não há risco de desabastecimento neste momento de estiagem e nos próximos meses. Há dez anos estamos com chuva abaixo da média na região, sem rodízio, sem racionamento."

Braga destacou o investimento em mais um sistema que vai complementar o abastecimento da região metropolitana, trazendo água do Rio Itapanhaú, que corre para o oceano. "Estamos terminando a obra que até julho de 2022 vai nos dar mais 2 mil litros de água por segundo, suficiente para abastecer uma cidade de 600 mil habitantes, quase do tamanho de Osasco." Ele lembrou que a capacidade de transferência de água tratada foi quadruplicada em relação ao período anterior à crise de 2014/15, passando de 3 mil para 13 mil litros por segundo.

Conforme o presidente da Sabesp, embora isso não seja definido pela companhia, não há previsão de aumento na conta de água em razão da estiagem. Ele anunciou o início de uma campanha de conscientização para o uso racional da água a ser lançada nos meios de comunicação tradicionais e nas mídias digitais. Também informou que a Sabesp pretende "olhar com mais carinho" uma obra prevista no plano da macrometrópole paulista, que prevê trazer água da Represa de Jurumirim, na região de Avaré, para a Grande São Paulo e as regiões de Sorocaba, Itu e Campinas.

Ciclo da seca

O ciclo de seca que afeta o Sistema Cantareira deve durar entre três e cinco décadas, diz Antonio Carlos Zuffo, especialista em recursos hídricos da Unicamp. Segundo ele, a nova realidade impõe mudanças nos hábitos de consumo. "Teremos de adaptar nossas necessidades de água a essa redução de 20% a 30% na disponibilidade e, se os gestores não assumirem que existe essa redução, a situação ficará mais difícil." Para Zuffo, a redução das precipitações vai afetar todos os sistemas de água, e não só o Cantareira. Mas, diz ele, uma crise como a de 2014/15 só deve voltar a ocorrer dentro de cinco ou seis anos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Vinícius de Oliveira, que ficou conhecido por ter protagonizado o filme Central do Brasil ao lado de Fernanda Montenegro, quando ainda era uma criança, em 1998, publicou em sua conta no Instagram um relato sobre seu reencontro com a atriz quase três décadas após as gravações.

O fato se deu durante um evento de pré-estreia do filme Vitória: "É sempre um carrossel de emoções encontrar a maior representante da cultura desse País, a amiga de longa data, nossa rainha Fernanda Montenegro."

"Foi mais uma vez único, mas, como sempre, de aprendizado de vida. Estar ao lado dela me faz todo ouvidos. Sua paixão pela arte e pela vida é tamanha que o 'pouco' tempo que pudemos estar ali foi suficiente para eu repensar o entendimento da vida", refletiu Vinícius de Oliveira.

Em seguida, o ator explicou: "Afinal, aos 95 anos, com total capacidade intelectual e física, Fernanda veio do Rio, estava fazendo toda a social e, dali a algumas horas, partiria para o Rio novamente porque teria ensaio a tarde na ABL para a noite, então, fazer sua apresentação de 14 textos diferentes de literatura."

"Que artista, que ser humano é Fernanda Montenegro! Passarei a vida agradecendo esse acontecimento de mulher. Que ela siga nos brindando com sua arte. Obrigado e obrigado, Fernanda!", concluiu.

Em Central do Brasil, Vinícius de Oliveira deu vida ao menino Josué. Após a morte de sua mãe, no Rio de Janeiro, a personagem de Fernanda Montenegro, Dora, atravessava o País rumo ao Nordeste em busca do pai do garoto. O filme, dirigido por Walter Salles, concorreu ao Oscar nas categorias de Melhor Filme Estrangeiro e Melhor Atriz.

Na tarde deste sábado, 15, no Big Brother Brasil 25, Gracyanne Barbosa reuniu os brothers na sala e pediu desculpas por ter pego a comida de outros participantes quando estava na Xepa. A informação foi revelada por Renata ao retornar da Vitrine Seu Fifi, onde recebeu informações do público que a observou em um shopping do Rio de Janeiro. A revelação abalou a musa fitness, que já havia desabafado sobre o assunto durante a madrugada.

"Eu queria pedir desculpas para todos vocês. Acho que a maioria já sabe que eu estava pegando comida. Não espero que ninguém entenda. Eu só queria explicar o que aconteceu comigo: não foi por ficar com fome, nem nada, mas é que o fato de que a gente ter pouca coisa me levou para um lugar que eu nunca mais achei que eu ia visitar", começou.

"São coisas que eu nunca compartilhei com ninguém, que eu não queria que ninguém soubesse, não queria dividir com ninguém, de quando eu passei fome, de quando eu tinha que comer do lixo. Aqui dentro, sabendo que eu estava sendo filmada, eu sabia que todo mundo ia saber. Eu não consegui controlar, porque, na minha cabeça, eu ia precisar de novo", completou.

"Peço desculpas para todo mundo. Sei que ninguém tem nada a ver com isso. Eu sei que é errado, mas eu não queria compartilhar isso porque não queria que a minha mãe soubesse. É uma coisa que eu passei que já passou, sabe", finalizou.

Esta matéria complementa com mais informações o texto enviado anteriormente.

Mais uma Prova do Anjo foi disputada na casa do Big Brother Brasil 25 neste sábado, 15 de março. João Gabriel saiu como vencedor e poderá escolher uma pessoa para imunizar do Paredão neste domingo, 16.

Antes da disputa, os brothers realizaram um sorteio e cada sorteado teve que vetar outra pessoa da Prova. Veja quem foi vetado:

- Diego Hypolito vetou Gracyanne Barbosa

- Renata vetou Aline

- João Gabriel vetou Vitória Strada

- Vinícius vetou Renata

- Aline vetou Eva

Já na Prova, os brothers precisavam jogar um dado por cima de uma trave e, dependendo do resultado, avançar por um tabuleiro. Quem caísse na Casa Dilema teria que enfrentar desafios que resultariam em atalhos ou caminhos mais longos.

Vencia quem chegasse primeiro ao final do tabuleiro. Além de se tornar o Anjo da semana, João Gabriel levou um prêmio de R$ 4,5 mil para casa, acumulado conforme ele avançava no jogo.

Nas primeiras três rodadas, Dona Delma saiu com vantagem e avançou na frente no tabuleiro. Nas rodadas seguintes, teve menos sorte e foi alcançada por João Gabriel, que empatou com a dona de casa na nona rodada. Depois disso, o brother assumiu a liderança e conquistou a vitória na 11ª rodada.

Quem foi para o Castigo do Monstro?

Após a vitória, João precisou escolher uma pessoa para sofrer o Castigo do Monstro. Ele escolheu Aline, que também perdeu 300 estalecas. Nesta semana, o desafio é chamado de "Repescagem" e consiste em vestir uma fantasia de pescador e pescar os peixes que surgirem na piscina.

"Vou escolher a Aline pelos negócios que nós já tivemos aí", disse João Gabriel. O apresentador Tadeu Schmidt não ficou satisfeito com a justificativa e pediu para o brother explicar melhor. Ele, então, elaborou: "O meu embate aqui é com ela, mais direto e eu não podia escolher outra pessoa aqui."