Palcos reabrem para o público

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O governador João Doria foi taxativo em sua fala durante a coletiva de imprensa realizada na quarta-feira, dia 18, no Palácio dos Bandeirantes: o Estado de São Paulo não está mais em quarentena. Um dia antes, o governo já havia anunciado o fim das restrições de horário e capacidade de público para atividades culturais como museus, cinemas, teatros e shows - este último, desde que seja com o público sentado. Apresentações musicais de médio e grande porte e com o público em pé continuam proibidas.

Com isso, as casas de shows e teatros começam aos poucos a ampliar sua capacidade de público que, seguindo o Plano São Paulo, começou com 40%, avançou para 60% e, agora, chega a 100%, embora o uso de máscara seja obrigatório e o distanciamento social tenha de ser cumprido - a recomendação é a de que haja 1 metro de distância entre as mesas ou grupo de pessoas, o que acaba inviabilizando, em muitos casos, o retorno do público total.

A Sala São Paulo, que reabriu ao público no final de abril, vem ampliando sua capacidade gradativamente. Primeiro, passou a contar com 370 lugares, ou 25% de sua capacidade. Depois, ampliou para 480 e, agora, para 638 lugares, o que irá garantir o cumprimento da regra de distanciamento.

O Tom Brasil, com capacidade para receber até 1.800 pessoas, passa a trabalhar com 75% de sua capacidade. Segundo a assessoria de imprensa, a casa faz a aferição de temperatura do público na entrada, disponibiliza álcool em gel por todo espaço e cumpre o distanciamento entre as mesas. No sábado, 21, ele já recebe o grupo Turma do Pagode. Para o fim de semana seguinte, estão programados dois shows de Oswaldo Montenegro.

No Espaço das Américas, é possível comprar mesa para 4 pessoas ou camarote para 6. Até novembro, sua programação tem shows de Thiaguinho, Ney Matogrosso, Alceu Valença, Chitãozinho & Xororó e do grupo Sorriso Maroto. Já o Blue Note São Paulo planeja sua reabertura para 1º de outubro, o Dia Internacional da Música, com um show do bandolinista Hamilton de Holanda. Depois, virão atrações como Toquinho, João Donato, Geraldo Azevedo e Paula Lima. A venda de mesas será para 2, 4 ou 6 lugares para grupos do mesmo convívio social. Dos 336 lugares antes disponíveis, 229 serão disponibilizados agora, cerca de 60% deles.

O Sesc São Paulo, que em tempos normais abrigava dezenas de shows em suas unidades, sobretudo aos fins de semana, segue ainda sem data prevista para a retomada das atividades musicais com a presença do público na plateia. O mesmo informa a Casa Natura Musical.

Para os teatros, a situação é mais complicada, pois o respeito ao distanciamento social não permite o uso de toda a capacidade. "Para seguirmos com mais de 50% da ocupação, a lei municipal que define o distanciamento teria de mudar", observa Claudia Hamra, administradora do Teatro Faap, que deverá reabrir em outubro, com Marisa Orth na peça Bárbara, inspirada no livro A Saideira, de Bárbara Gancia.

Com programação definida também estão o Teatro do Sesi (que estreia, em 10 de setembro, a peça Tectônicas) e o Centro Cultural São Paulo (com O Arquiteto e o Imperador da Assíria, em 24 de setembro). E, como todo cuidado é pouco, teatros como o da Aliança Francesa (ocupado pela peça Um Picasso) só vendem ingressos pela internet, para evitar filas no espaço. E, se há aqueles que ainda esperam a definição da situação para reabrir (como o Vivo e o Eva Herz), outros se preparam para receber grandes espetáculos.

É o caso do Teatro Liberdade, que terá a estreia de Cinderella, o Musical, no dia 2 de setembro. Os ensaios têm a participação de 28 pessoas, que são testadas semanalmente para a covid. E também o Santander, que retoma, também no dia 2, a temporada interrompida no ano passado de Summer - Donna Summer Musical.

"Estamos confiantes na vacinação para a volta do público", comenta Célia Forte, sócia de Selma Morente em uma produtora, que tem estreias para setembro e outubro. "Como o teatro tem lugar marcado, é mais seguro. Até pensamos em liberar acesso apenas para vacinados, mas o controle na entrada e durante o espetáculo pode ser suficiente."

Para a médica infectologista Giovanna Sapienza, do Hospital Santa Isabel e da Centro de Prevenção Meniá, atividades culturais com grande número de pessoas em um mesmo ambiente continuam sendo perigosas.

"Liberar 100% da capacidade não é algo seguro. Abrir esses espaços agora, com a variante delta em circulação, é arriscado. Não sabemos o que vamos colher daqui a algumas semanas. Por outro lado, entendo que seja uma decisão difícil por parte do governo, há a pressão do meio cultural, as pessoas querem voltar à vida normal", diz a médica que, a pedido do Estadão, respondeu, abaixo, a perguntas para orientar o leitor nessa retomada.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Maike deixou o BBB 25 poucos dias após iniciar o romance com Renata. Mesmo com a distância, a bailarina não descarta um futuro relacionamento ao fim do programa. Neste sábado, 19, ela refletiu sobre a possibilidade em conversa com Guilherme.

"Acho que lá fora a vida é diferente, então têm outras coisas para conhecer, minhas e dele. Então acho que vai ter que existir esse momento de, lá fora, a gente se permitir outras coisas, ter uma nova conversa", pontuou Renata.

A bailarina disse que precisa conhecer o "currículo" do pretendente fora da casa. Contudo, acredita que a convivência ao longo do confinamento pode ajudar em alguns quesitos, já que eles se viram em diversas situações.

"Mas eu não deixei de viver nada aqui dentro. E não tem mais muito o que eu mostrar, ele já me viu com geleca na cabeça, com pipoca, pó na cara, caindo no molho de tomate, ele já me viu de todos os jeitos", refletiu aos risos.

Maike foi eliminado no 15º Paredão com 49,12% dos votos, no último dia 10. Na ocasião, ele disputou a berlinda com Vinicius, que teve 48,02%, e Renata, 2,86%.

Lady Gaga enfrentou problemas técnicos no início do show que fez nesta sexta-feira, 18, no Coachella. O microfone da cantora apresentou falhas durante Abracadabra, segunda música do repertório, cortando a voz da artista.

Sem interromper a apresentação, Gaga trocou discretamente o microfone de cabeça por um modelo de mão e manteve a coreografia. Depois de alguns minutos, ela voltou ao palco com um novo microfone que funcionou corretamente até o fim da performance.

Momentos depois, ao piano, a artista se desculpou com o público pelo problema técnico. "Meu microfone parou de funcionar por um segundo. Pelo menos vocês sabem que eu canto ao vivo", disse.

A artista completou afirmando que estava fazendo o possível para compensar a falha: "Acho que a única coisa que podemos fazer é dar nosso melhor, e com certeza, eu estou dando meu melhor para vocês hoje".

Lady Gaga no Brasil

Lady Gaga está preste a vir ao Brasil. O palco para o seu show em Copacabana, no dia 3 de maio, está sendo erguidona areia da praia desde o último dia 7, e envolve uma megaoperação com cerca de 4 mil pessoas na equipe de produção nacional - sem contar o efetivo de órgãos públicos que também atuam no evento, como segurança, transporte e saúde.

O palco principal terá 1.260 metros quadrados e estará a 2,20 metros do chão, altura pensada para melhorar a visibilidade do público. A produção ainda contará com 10 telões de LED distribuídos pela praia e um painel de LED de última geração no centro do palco, prometendo uma experiência grandiosa para quem estiver presente e também para aqueles que assistirem de casa.

A estrutura do evento está sob responsabilidade da Bonus Track, mesma produtora que assinou o histórico The Celebration Tour de Madonna no ano passado, também em Copacabana. Para efeito de comparação, o palco da Rainha do Pop tinha 24 metros de largura e 18 metros de altura, com três passarelas e um elevador. A expectativa é que o show de Gaga supere esses números em impacto visual e tecnológico.

A apresentação está prevista para começar às 21h, com duração de 2h30. O show será gratuito, aberto ao público e terá transmissão ao vivo na TV Globo, Multishow e Globoplay.

A banda britânica The Who anunciou neste sábado, 19, que o baterista Zak Starkey está de volta ao grupo. A decisão vem após a saída repentina do músico, que havia sido desligado após um desentendimento com o vocalista Roger Daltrey durante uma apresentação no Royal Albert Hall, em Londres.

O comunicado, assinado pelo guitarrista e cofundador do grupo Pete Townshend, esclarece que houve falhas de comunicação que precisaram ser resolvidas "de forma pessoal e privada por todas as partes", e que isso foi feito com sucesso. Segundo ele, houve um pedido para que Starkey ajustasse seu estilo de bateria para o formato atual da banda, sem orquestra, e o baterista concordou.

O episódio que gerou tensão aconteceu durante o show beneficente Teenage Cancer Trust, no qual o vocalista Roger Daltrey, organizador do evento, interrompeu a última música da apresentação, The Song Is Over, para criticar a bateria de Starkey. "Para cantar essa música, preciso ouvir a tonalidade, e não consigo. Só tenho a bateria fazendo 'bum, bum, bum'. Não consigo cantar isso. Desculpem, pessoal", disse ao público.

Na nova mensagem, Townshend também assumiu parte da responsabilidade pela situação. Ele explicou que estava se recuperando de uma cirurgia no joelho e que talvez não tenha se preparado o suficiente para o evento. "Achei que quatro semanas e meia seriam suficientes para me recuperar totalmente… Errado", escreveu.

O músico admitiu ainda que a banda pode ter dedicado pouco tempo às passagens de som, o que gerou problemas no palco. Ele reforçou que o centro do palco é uma das áreas com som mais difícil de controlar e que Daltrey apenas tentou ajustar seu retorno de áudio. Zak, segundo ele, cometeu alguns erros e se desculpou.

Townshend descreveu o ocorrido como um "mal-entendido" e disse que tudo ganhou uma proporção maior do que deveria. "Isso explodiu muito rápido e ganhou oxigênio demais", afirmou. Agora, segundo ele, a banda considera o episódio encerrado e segue adiante com energia renovada.

O texto também desmentiu boatos de que Scott Devours, baterista da turnê solo de Daltrey, substituiria Zak de forma permanente. Townshend disse que lamenta não ter desmentido esse rumor antes e se desculpou com Devours.

Zak Starkey integra o The Who desde 1996 e é filho de Ringo Starr, baterista dos Beatles. Ele já tocou com outras bandas, como Oasis e Johnny Marr & The Healers.