Roubos a bancos têm queda desde 2012

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Os roubos a instituições financeiras mantêm tendência de queda no País desde 2012, apesar de aumentos pontuais em 2015 e 2020. Há nove anos, cinco bancos eram assaltados por dia no País. No ano passado, a média foi de 1,4 roubo a cada 24 horas. Os dados são do Anuário Brasileiro de Segurança Pública.

Um levantamento feito pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) mostra que o número de roubos em caixas eletrônicos também vem caindo há pelo menos sete anos no Brasil. Segundo a instituição, houve 150 ataques a esses equipamentos no primeiro semestre deste ano. No mesmo período do ano passado, foram 255.

Apesar da redução, ataques pontuais e sofisticados assustam principalmente a população de cidades no interior. Foi o que aconteceu na madrugada desta segunda-feira. Este foi o primeiro roubo a banco registrado na cidade de Araçatuba desde 2009. Até julho deste ano, 10 instituições bancárias foram assaltadas em todo o Estado, de acordo com a SSP. No mesmo período do ano passado foram 15. O número é muito menor que o anotado no início da década. Em 2011, 153 bancos foram roubados nos sete primeiros meses do ano.

Jânia Perla Diógenes de Aquino, antropóloga e professora da Universidade Federal do Ceará, diz que o investimento feito pelos bancos na segurança das agências dificultou muito esse tipo de crime. Nos anos 1990 e 2000 os assaltos eram muito mais simples, com uso de arma de brinquedo ou no formato de sequestros. Hoje, o treinamento de seguranças e a implementação de cofres que só abrem em horários determinados impedem essa forma de crime.

O que se viu, portanto, foi uma sofisticação na forma de roubar os bancos. No ataque realizado em Araçatuba, por exemplo, os criminosos espalharam explosivos pela cidade. "Foi um crime planejado", diz Jânia. Outra característica do roubo desta segunda apontada pela pesquisadora é o uso de reféns no capô dos veículos. Essa é uma técnica, segundo ela, para evitar tiros que poderiam vir de prédios ou de helicópteros.

Renato Sérgio de Lima, sociólogo e presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, diz que esse tipo de crime é incomum em Araçatuba. A cidade abriga uma penitenciária e, por isso, tem instituições policiais mais fortes, dificultando as ações criminosas. O especialista diz que o assalto acende um alerta para as instituições pelo momento em que ocorreu, próximo de manifestações marcadas para o dia 7 de setembro e na época em que o projeto antiterrorismo foi resgatado na Câmara. Ele fala que o episódio ajuda a contrapor a polícia e o governo, aumenta a sensação de pânico e cria desordem. "O ambiente está muito explosivo. Pode ser tudo uma grande coincidência, mas casos como esse, que fogem à regra, precisam ser investigados", diz.

Para evitar que esse tipo de crime se repita, Lima cobra mais eficiência dos serviços de inteligência. "Se esse serviço estivesse atuante, teria previsto a ação." O sociólogo fala que o clima de ruptura institucional acaba afetando os profissionais da linha de frente. As polícias ficam com medo de criar problema e acabam não cooperando entre si, o que atrapalha muito o trabalho de inteligência.

Uma forma de antecipar ataques assim é investir em apreensões de armamentos que, segundo ele, estão em queda. Um dos motivos para a diminuição das apreensões, diz, é o apoio institucional ao acesso facilitado a esses equipamentos. "Quando você desestrutura o sistema que existe para fiscalizar o porte de arma, fragiliza o combate à arma ilegal."

Lima diz que só o trabalho da polícia vai poder apontar quem está por trás do assalto em Araçatuba. Para ele, pode ter sido obra tanto da facção Primeiro Comando da Capital (PCC) quanto de algum rival que esteja querendo aproveitar o enfraquecimento do grupo para ganhar espaço na região. Em nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) disse que mantém 380 policiais na busca pelos criminosos. Uma equipe do Grupo de Ações Tática Especiais está em operação no município para o desmantelamento de 16 explosivos em pontos diferentes.

A ocorrência, segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP), será registrada e investigada pela Polícia Federal.

A secretaria destacou, porém, a prisão de 46 pessoas que estariam envolvidas em roubos a banco no Estado, aumento de 142% em relação ao ano anterior, segundo as autoridades de segurança. O órgão também disse que os casos de roubos a banco em Ourinhos e Botucatu foram esclarecidos e parte das quadrilhas está presa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Um ônibus que transportava o cantor Ferrugem e sua equipe se envolveu em um acidente de trânsito na manhã deste domingo, 20, na região de Porto Alegre. Ninguém ficou ferido.

Na noite anterior, o artista havia se apresentado no festival Festimar, na cidade de Rio Grande, no litoral gaúcho.

Segundo comunicado divulgado pela empresa responsável pelo veículo, o acidente ocorreu por volta das 6h45 da manhã na BR-290, próximo à Ponte do Guaíba, que liga a capital ao interior do Estado.

Ferrugem falou sobre o ocorrido em suas redes sociais, compartilhando uma foto da frente do ônibus com os vidros estilhaçados. "Livramento! Um senhor acidente, mas graças a Deus todos estão bem", escreveu.

Mais tarde, gravou um vídeo explicando o acidente: "Destruiu tudo ali, a frente do ônibus, a porta foi arrancada, mas, graças a Deus, ninguém se machucou. Todo mundo bem, todo mundo inteiro."

O cantor também esclareceu que o acidente não atrapalharia o show que fará na noite deste domingo, 20, em Arraial do Cabo, no Rio de Janeiro.

Durante a tarde, ele mostrou que estava almoçando com a família antes de se encaminhar para a apresentação.

Em nota, a Mônica Turismo, responsável pelo ônibus, disse que os danos do acidente foram apenas materiais.

"A empresa imediatamente solicitou a substituição do veículo, mas não houve necessidade, a equipe preferiu ir até o aeroporto com o mesmo veículo para evitar atrasos", diz o comunicado.

Xuxa Meneghel fez um desabafo sobre a pressão estética que sofria da TV Globo na época em que apresentava o Xou da Xuxa, entre 1980 e 1990. Segundo a apresentadora, ela era pressionada para não chegar perto dos 60 quilos.

A revelação foi feita durante entrevista ao podcast WOW. Hoje com 62 anos, Xuxa comentou que lembrou da situação durante os bastidores do documentário Pra Sempre Paquitas, lançada em 2024 na Globoplay, mas que isso acabou não aparecendo no filme.

"Revisitando meu passado no documentário das paquitas, eles não colocaram uma coisa que me mandaram para eu ver em que me coloco para baixo, em que vejo uma foto minha nas cartinhas, em que eu falo 'olha como estou gorda, feia'", explicou Xuxa.

A apresentadora continuou: "Uma coisa que era me colocada na época [era] que se eu passasse dos 60 kg [estaria gorda]. Na época, 54 kg foi o normal que eu ficava. Na Globo, meu normal era 54 kg, 55 kg. Se eu fosse para 58 kg, já apertavam as minhas roupas."

Ela explicou que hoje tem boa relação com o próprio corpo, mas que, na época, a ideia de estar gorda caso seu peso aumentasse "era o que ouvia o tempo todo".

"Era uma cobrança muito grande, um negócio cruel. Você não se gostar e querer ficar mais forte ou menos forte, seja o que for, para você se sentir melhor, é uma coisa. Agora fazer isso por um padrão que lhe foi colocado...", completou.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, divulgou nota de pesar pelo falecimento da cantora Cristina Buarque, que morreu neste domingo, 20, aos 74 anos. Segundo Lula, a compositora teve "papel extraordinário" na música brasileira.

"Quero expressar meus profundos sentimentos pelo falecimento de Cristina Buarque. Cantora e compositora talentosa, teve um papel extraordinário na música brasileira ao interpretar as canções de alguns dos mais importantes compositores do samba carioca, ajudando a poesia e o ritmo dos morros do Rio a conquistarem os corações dos brasileiros", escreveu o chefe do Executivo no período da tarde. "Aos seus familiares e ao meu amigo Chico Buarque, deixo minha solidariedade e um forte abraço."

Filha do historiador Sérgio Buarque de Holanda e de Maria Amélia Alvim, Cristina era irmã dos cantores Chico Buarque e Miúcha, e da ex-ministra da Cultura Ana de Hollanda.

A causa da morte de Cristina não foi divulgada.