FutureCon reúne escritores de todos os continentes para pensar o futuro

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Começa nesta sexta, 3, a 2ª edição da FutureCon, uma convenção internacional de ficção científica com mesas de debate que reúnem escritores de cinco continentes. A iniciativa, surgida na pandemia, aborda temas como tradução, mudanças climáticas e até alimentação, sempre em diálogo com a produção contemporânea do gênero literário. Os debates serão transmitidos pelo canal do YouTube da FutureCon SF.

"Organizar um evento desse porte, com 50 pessoas convidadas de países diferentes, demanda muita paciência e carinho", afirma ao Estadão a escritora brasileira Ana Rüsche, uma das mentes por trás do evento. "Estamos em fusos horários distintos e ninguém na organização tem inglês como língua materna, então, estamos usando um idioma dominante de empréstimo para nos encontrarmos. Mas é uma forma de fazer com que mais narrativas sejam divulgadas fora dos grandes nós editoriais."

Ao longo de três dias e em fusos horários variados até domingo, a FutureCon terá painéis de discussão voltados à produção de ficção científica em locais específicos, como o continente africano, o mundo árabe, China e América Latina. Há também conversas a respeito de aspectos que circundam os livros, como o mercado editorial, a tradução e as revistas literárias. Outras mesas giram em torno de temas não atrelados à geografia, como a relação da literatura com as mudanças climáticas, o pós-humanismo, as culturas indígenas e até mesmo a comida.

O roteirista peruano César Santivañez, que participa de três painéis, acredita que o evento possa contribuir com soluções interessantes, porque "a cultura do individualismo torna os problemas globais difíceis de compreender a menos que eles afetem nossa vida cotidiana". Por isso, para ele, "a ficção científica pode oferecer uma abordagem humana aos grandes problemas de nossos tempos". Ele, que também fará parte de uma mesa sobre cultura de povos indígenas na ficção futurista, indaga: "E se o segredo para um mundo ecologicamente sustentável esteja nas profundezas da Amazônia ou em uma lenda asteca?".

Para a escritora mexicana Gabriela Damián Miravete, a crise climática que vivemos é tema para o sci-fi porque, na verdade, o gênero "sempre foi mais sobre o presente do que o futuro, suas narrativas apenas usam a extrapolação para explorar possibilidades". Ela acredita que isso seja parte de um movimento literário global: "Agora, muitos escritores estão imaginando mais do que formas de alertar que a crise está vindo, eles estão imaginando seu impacto na vida cotidiana, na nossa paisagem emocional, nossa psique, para nos ajudar a lidar com o luto, mas também a bolar alternativas para resistir à catástrofe e até revertê-la". O surgimento de subgêneros como solarpunk e hopepunk, que imaginam cenários climáticos otimistas, é para ela exemplo dessa capacidade de a literatura incentivar a mudança.

A escritora espanhola Cristina Jurado, vencedora de três prêmios Ignotus e editora da revista SuperSonic, participará de duas mesas na FutureCon e afirma que a suspensão de descrença necessária para qualquer narrativa futurista deve ser sempre levada em consideração por tradutores, algo que será debatido mais profundamente em uma mesa sobre o tema. "Para surpreender o leitor sem enganá-lo, o tradutor tem de ser familiarizado com os aspectos específicos do gênero", diz Jurado.

O escritor brasileiro Fábio Fernandes, finalista do Jabuti em 2020, mediará a conversa sobre tradução e comenta as peculiaridades de verter obras de sci-fi para outro idioma: "Acho que a diferença principal está na ocorrência de neologismos, ou seja, palavras novas do léxico inventadas pelo autor. Isso apresenta uma dificuldade em dois sentidos: o primeiro, mais óbvio, é deslindar o significado dado pelo autor e propor um significante que permita ao leitor decifrar rapidamente (ou nem tanto, dependendo do caso) a intenção do autor. O segundo, infelizmente, está na resistência que muitas editoras (nem todas, claro), particularmente nos últimos anos, não sei por que razão, à criação de palavras".

Já o escritor e editor italiano Francesco Verso, que comanda o selo editorial Future Fiction, e venceu várias vezes honrarias relevantes da literatura italiana, como os prêmios Italia, Cassiopea e Odissea, vai comandar um curioso debate sobre ficção e comida. Para ele, a literatura ainda precisa olhar mais para "a maneira como humanos e não humanos se sustentam ou como produzem o alimento de que precisam para sobreviver". Ele afirma que vivemos numa época em que tudo é aprimorado, incluindo a comida, "com substâncias nano enriquecidas, carne vegana impressa em 3D e proteínas e vitaminas sintéticas. Podemos escanear comida, identificar comida, rastrear comida do destino ao ponto de origem. Cada vez mais nossa nutrição está nas mãos de assistentes virtuais e inteligências artificiais nos dizendo qual é a nossa dieta ideal customizada de acordo com nosso corpo".

"Eu sempre acreditei que a ficção científica e futurista não era só sobre leis da astrofísica, motores mais rápidos ou alienígenas ameaçadores, mas também sobre novas políticas, música inovadora e formas criativas de nos alimentarmos", acrescenta.

A FutureCon surgiu em um contexto de pandemia, como forma de fazer dialogar diferentes localidades. Eventos virtuais permitiram a interação de autores de várias partes do mundo, algo que não seria viável presencialmente sem um grande orçamento. Na primeira edição da FutureCon, em 2020, estiveram presentes nomes premiados como a escritora e editora norte-americana Ann Vandermeer, o autor norte-americano James Patrick Kelly, a autora indiana-americana S. B. Divya e o escritor brasileiro Duda Falcão.

"É possível que haja alguma edição híbrida da FutureCon num futuro próximo, isto é, com parte presencial em algum lugar do planeta", comenta Rüsche, finalista do Jabuti e vencedora do prêmio Odisseia de Literatura Fantástica m 2020. "Da organização atual, a única pessoa que conheço pessoalmente é o Fábio Fernandes. As demais, apesar de já terem virado amizade, nunca encontrei. Será lindo quando isso acontecer."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Amado Batista, de 74 anos, e Calita Franciele, de 23, oficializaram o casamento na última quinta-feira, 13, em uma cerimônia íntima no Cartório de 2° Ofício de Água Boa, no Mato Grosso.

O cantor e a Miss Universo Mato Grosso 2024 haviam iniciado o relacionamento em junho de 2024 e decidiram formalizar a união, celebrando a ocasião com a presença de familiares e amigos.

Calita compartilhou a felicidade nas redes sociais, descrevendo o evento como "um dos dias mais especiais de nossas vidas". O romance entre os dois só foi revelado ao público no final de 2024, quando Calita se declarou "apaixonada" nas redes sociais.

Depois de ouvir de Renata que a família de Diego e Daniele Hypolito foi na Vitrine Seu Fifi mandar um recado aos ex-ginastas no Big Brother Brasil 25, Diego lamentou a postura de Gracyanne Barbosa e desabafou com alguns de seus aliados na casa.

Renata repassou o recado dado por Fábio Castro, marido de Daniele, e Edson Hypolito, irmão da dupla. Os dois orientaram os irmãos a se afastarem de Gracyanne, que tem sido falsa com eles. "Se o Fifi não foi o suficiente para que você acreditasse, estou aqui para ser a porta-voz para que você acredite. Ela fala de vocês o tempo inteiro, fala de você, questiona sua doença, sua ansiedade, fala de você, dos seus remédios…", revelou a bailarina.

Vitória Strada aconselhou Diego sobre como conduzir a relação com Gracyanne a partir de agora. "Vai continuar com o carinho, mas vai estar atento. Receber uma informação dessas é bom porque se confirmam certas coisas", disse a atriz.

Depois, Diego perguntou novamente para a bailarina o que seu irmão havia falado, para assimilar as ideias. "Especificamente, eles falaram da Gracyanne, que é muito falsa com você, e eu estou falando pessoalmente para você porque foi a sua família que pediu para eu falar", respondeu ela, acrescentando que a musa roubava ovos escondidos. "Eu fico muito triste, gente", lamentou Diego. "Falaram para você se despertar e que ela fala de você e da Daniele, não foi uma nem duas vezes, foram várias. O Fifi te mostrou isso para você se despertar e você não deu atenção", completou Renata. Diego pensou que era algo que já tinham resolvido, e a bailarina comparou com a situação vivida por ela com Delma. Renata pensava que a questão de ambas era algo pontual, mas descobriu na Vitrine Seu Fifi que as falas da pernambucana contra ela eram recorrentes.

"Eu tô me sentindo um idiota", disse Diego. E Vitória aconselhou: "E se estiver se sentindo idiota, se sinta também". Ela lembrou o momento quando foi revelado que foi chamada de idiota por Thamiris e falou seus sentimentos a respeito no Sincerão. "Quando a sensação vem para o seu coração e você não se permite sentir, isso fica dentro de você. Permita que todos os sentimentos fluam dentro de você", completou a atriz.

Daniele afirmou que também ficou triste, mas não tem o mesmo contato que o Diego tinha com Gracyanne fora da casa. "É uma pessoa que eu converso muito aqui dentro, porque eu senti que é próxima da gente, converso muito de coisas de fora, não de jogo especificamente." Renata retrucou: "Pelo amor de Deus, Daniele, tu vai seguindo a pessoa na academia, passa o dia com a pessoa aqui dentro da casa, não é sobre conversar coisas de jogo, é a convivência. E lá fora a sua família se preocupou com isso", disse a bailarina.

Diego continuou refletindo sobre sua postura no jogo e na vida. "Eu deixo de falar coisas e isso é uma coisa que me pega muito aqui. Eu acho que melhorei muito como pessoa em muitas coisas, como olhar sobre a minha própria irmã", disse o ex-ginasta, que ainda declarou sua torcida para Guilherme ganhar a Prova do Líder na noite de quinta-feira, 13.

No Quarto Anos 50, a conversa sobre a fofoca continuou. "Mesmo tendo falado, eu não tive essa percepção", disse Diego, sobre Gracyanne. Vitória retrucou que ele escolheu não ver, mas o ex-ginasta não concordou e disse que poderia dizer o mesmo sobre a atriz em relação a Thamiris. Vitória argumentou: "Eu também escolhi não ver, em alguns momentos. É uma responsabilidade que eu tenho".

Em seguida, Diego recebeu mais uma informação, que Guilherme viu diretamente da Central do Líder. "Renata disse que estavam vendo a Dani como planta e que você nesse momento estava mais quieto, mas é querido. As pessoas gostam muito de você." Ainda chateado, o ex-ginasta pediu um abraço ao amigo.

Diego se emocionou na conversa com o líder. "É muito ruim quando a gente gosta de alguém... eu coloquei Gracyanne num pedestal, isso é culpa minha. Eu admiro ela muito, eu acho ela muito f***", lamentou. Guilherme disse também que é difícil de Diego entender, pela relação que ele tinha com Gracyanne. "Para você é mais difícil porque em alguns momentos que você precisou de uma conversa, de um conselho, ela esteve com você, mesmo estando do lado de lá."

Uma professora de artes usou suas redes sociais para compartilhar o resultado da pintura de um de seus alunos. A foto, que viralizou no X (Antigo Twitter), mostra Antônio, que se inspirou no filme Flow para colorir sua tela.

"Gente, olhem que coisa mais maravilhosa, seu Antônio, acabou de finalizar a pintura do quadro do gatinho de Flow na nossa aula de hoje. E está todo orgulhoso perguntando se vocês vão gostar, não tenho a menor dúvida", diz a legenda.

A pintura fez tanto sucesso que Gints Zilbalodis, diretor da animação, agradeceu o brasileiro.

"Obrigada, Sr. Antônio", escreveu, em português.

Flow venceu o Oscar 2025 de Melhor Animação. Produzido na Letônia, o filme narra a história de um gato solitário que, após uma devastadora inundação apocalíptica, precisa se unir a outras criaturas para sobreviver, lutando para proteger seu barco.

A produção superou grandes concorrentes, como Robô Selvagem, da DreamWorks, e Divertida Mente 2, da Disney Pixar, para conquistar a estatueta. Embora também tenha disputado na categoria de Melhor Filme Internacional, foi derrotado pelo brasileiro Ainda Estou Aqui.

*Estagiária sob supervisão de Charlise Morais