Nas ruas e nas redes, a festa dos ipês

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Você já viu algum ipê hoje? Não é preciso nem ter saído de casa para responder "sim". Basta abrir uma rede social para avistá-los repletos de flores amarelas. Essas árvores, típicas do Cerrado, desabrocharam de forma ainda mais evidente neste ano, em parte pelo frio intenso seguido da baixa umidade registrado em algumas partes do País, incluindo São Paulo.

"Um inverno com temperaturas muito baixas, combinado com a seca, sincroniza a floração. As árvores florescem todas ao mesmo tempo, gerando esta maravilha que vemos na nossa cidade", explica Marcos Buckeridge, diretor do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (USP). Outra característica é que, pelos ipês não terem folhas nesta época do ano, as flores chamam mais a atenção dos polinizadores.

Por ter se destacado mais na segunda metade de agosto, a florada deve continuar por mais alguns dias. "As flores duram uma ou duas semanas e, depois da polinização, caem e dão lugar ao desenvolvimento dos frutos e das sementes", afirma o professor.

Nas redes sociais, os registros estão aos milhares. São fotografias de ruas e parques com ipês frondosos, pessoas sentadas no meio de flores caídas no chão. O assunto ganhou tanto espaço nas postagens que alguns até brincam ao publicar imagens de um detergente amarelo de uma marca que leva o nome da árvore.

Somente no Instagram, a hashtag #IpeAmarelo (e assemelhadas com acentuação e no plural) reúne mais de 172,6 mil postagens de diversas partes do País. Uma das mais recentes foi da influenciadora Priscila Hygino Baptista, de 46 anos, que mantém a página Atibaia Para Crianças. O post teve o dobro de alcance do padrão dos que costuma publicar.

"Neste ano, a gente reparou que está além da conta. Na Serra de Itapetininga, a gente consegue ver os pontos amarelos. Isso eu nunca tinha reparado antes", comenta. Ela costuma contar o número de ipês coloridos com a filha Nina, de 8 anos, de casa até a escola. São cerca de 40 no trajeto. "Estão lindos, lindos, lindos. Minha filha chama de 'esplendorosos'."

Para a corretora de imóveis paulistana Girlene de Souza, de 45 anos, as flores alegram o dia a dia paulistano. "Acalma a cidade agitada. Quando observamos os edifícios e as avenidas, com o seu intenso tráfego de veículos e pessoas, o ipê amarelo suaviza um certo estresse."

Novo olhar

Ela chegou a tirar uma foto de uma árvore florida refletida em um prédio espelhado na Rua da Consolação, enquanto estava parada no trânsito. "A pandemia despertou muito medo nas pessoas, mas também um novo olhar sobre a cidade e a importância e a beleza dos recursos naturais que temos e, no dia a dia, passam despercebidos."

O florescimento dos ipês até inspirou a escritora Suelen Fernanda Machado, de 38 anos, a compor um poema, no qual fala sobre as belas flores amarelas caídas no chão. No trajeto do trabalho para casa, na paranaense Campo Mourão, ela parou uns minutos para observar como o vento derrubava as pétalas da árvore. "Eu parecia escutar o seu convite: 'Ei, para um pouco, respira, me nota'", relata.

Aqueles minutos até motivaram uma reflexão sobre pequenos momentos belos da rotina. "Sempre que passava por eles, eu pensava que deveria escrever algo sobre", comenta. Para ela, não tem como passar sem reparar nas árvores coloridas em contraste com a urbanização. "Digo que os ipês são transgressores da urbanização e do concreto."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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As circunstâncias exatas da morte de Gene Hackman e de sua mulher, Betsy Arakawa, seguem em debate. Neste sábado, 15, o jornal britânico Daily Mail publicou uma matéria na qual o médico Josiah Child afirma que Arakawa ligou para sua clínica um dia depois da suposta data de sua morte.

O ator de 95 anos e a companheira, de 65, foram encontrados mortos na casa do casal em Santa Fé no dia 27 de fevereiro. Após uma investigação, a polícia da cidade concluiu que Arakawa teria morrido no dia 11 de fevereiro, vítima de síndrome pulmonar por hantavírus, provavelmente transmitido por roedores.

Já Hackman morreu cerca de uma semana depois por conta de doença cardíaca com complicações do mal de Alzheimer - é provavelmente que, por conta da doença, ele não tenha percebido que sua mulher não estava mais viva. Um cachorro do casal também foi encontrado morto na casa.

Contudo, segundo Child, um ex-médico de emergência que hoje administra uma clínica em Santa Fé, Arakawa ligou para seu consultório no dia 12 de fevereiro. "Ela me ligou algumas semanas antes de sua morte para perguntar sobre a possibilidade de marcar um ecocardiograma para seu marido", disse.

"Ela não era minha paciente, mas um de meus pacientes lhe recomendou a clínica. Ela marcou uma consulta para si mesma no dia 12 de fevereiro. Era para algo não relacionado a nada respiratório", afirmou ao Daily Mail. Child acrescentou que, dois dias antes, ela cancelou a consulta do marido porque ele não estava se sentindo bem.

"Ela ligou de volta na manhã de 12 de fevereiro e falou com um de nossos médicos, que lhe disse para vir naquela tarde. Marcamos uma consulta, mas ela não apareceu. Ela não apresentava nenhum sintoma de dificuldade respiratória. A consulta não era para nada relacionado ao hantavírus. Tentamos ligar para ela algumas vezes, mas não obtivemos resposta", disse ele.

As mortes de Hackman e Arakawa foram consideradas como sendo de causas naturais, mas a polícia de Santa Fé ainda não concluiu a investigação, com o objetivo de fazer uma linha do tempo com informações obtidas dos celulares coletados na casa. "O caso é considerado aberto até que tenhamos as informações necessárias para fechar a linha do tempo", disse uma porta-voz à Associated Press.

O ator Selton Mello compartilhou com seus seguidores no Instagram, neste domingo, 16, imagens de um passeio que fez na cidade de Los Angeles ao lado de Jack Black, ator e comediante americano de filmes como Escola de Rock e O Amor Não Tira Férias.

Os dois visitaram o Vista Theatre, um cinema de rua considerado histórico na cidade californiana. As fotos mostram a dupla em frente ao local, além de espaços dentro do prédio.

"Absolutamente cinema", brincou Selton na legenda, em referência a um meme famoso nas redes sociais. Nos stories, ele escreveu: "Você estava certo, meu amigo. É o melhor lugar na cidade."

Selton e Black ficaram amigos nas gravações da nova versão de Anaconda, filme que marcará a estreia do brasileiro em Hollywood após a maratona de Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, pelo Oscar de Melhor Filme Internacional.

O longa tem estreia prevista para 25 de dezembro de 2025 e foi gravado no início do ano na Austrália. Na ocasião, Selton postou um vídeo tocando violão e cantando ao lado de Black e Paul Rudd, que também estrela a produção.

Ele também celebrou o fim das filmagens, em 27 de fevereiro, afirmando que o trabalho foi "uma experiência incrível" ao lado de "dois atores extraordinários, mas melhor que isso: duas pessoas extraordinárias."

Para acessar as fotos feitas por Selton com Jack Black, é só clicar aqui.

Maria Bethânia e Caetano Veloso realizaram, na noite deste sábado, 15, o penúltimo show da turnê conjunta que tem rodado o País, mas nem tudo ocorreu como planejado. A cantora de 78 anos precisou interromper a apresentação na Farmasi Arena, no Rio de Janeiro, por conta de problemas técnicos no som.

Enquanto cantava As Canções que Você Fez pra Mim, durante seu bloco solo no show, ela começou a reclamar: "Está tudo errado aqui no som. Não dá para cantar com esse som". Em seguida, levantou a voz e interrompeu a música: "Me respeitem! Eu não vou cantar com esse som". A apresentação parou e Bethânia foi bastante aplaudida pelo público.

O show ficou interrompido por alguns minutos, enquanto a cantora conversava com a equipe técnica, visivelmente irritada. Ela explicou à plateia que seu microfone havia sido trocado e que o retorno do som estava "um horror".

"Só tem chiado no meu ouvido. Não é absolutamente o som que eu estava cantando. Querem me desafiar. Ficaram zangados comigo ontem no ensaio porque eu briguei do som. E acabou", continuou.

Depois, Bethânia disse para chamarem Caetano "para fazer o final do show". Ao ouvir os lamentos da plateia, disse: "Não posso fazer o solo se não tenho voz. Sou uma cantora, eu não tenho outra coisa se não minha voz. Eu sinto muito. É uma vergonha, no Rio de Janeiro, a gente voltar e acontecer isso."

A cantora completou a apresentação de As Canções, mas pulou Negue, que costuma ser a última música de seu segmento solo. Caetano Veloso subiu ao palco e apresentação seguiu normalmente, com os dois lado a lado no encerramento.