'BBB 23': primeiro Jogo da Discórdia rende desentendimento e assunto na madrugada

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Para agitar o início do reality show, o segundo dia de "Big Brother Brasil 23", nesta terça-feira, 17, foi marcado pelo primeiro Jogo da Discórdia. Seguindo a dinâmica da semana, cada dupla precisou eleger um duo que teve "mais sintonia" e "menos sintonia". Logo após o ao vivo, o resultado repercutiu na casa.

Fred Nicácio e Marília conquistaram a maior quantidade de placas de "mais sintonia" (duas) e, por isso, puderam se desconectar. No entanto, o título oposto também foi batido pela dupla, que empatou com Marvvila e Cristian.

Em conversa na sala, os campeões do jogo refletiram sobre as três placas negativas que receberam. Segundo eles, a quantidade foi direcionada à Marília. "É algo com você, e não comigo. Muitas dessas plaquinhas não foram para mim, foram para você", declarou Fred Nicácio para a sister.

Veja mais detalhes do que aconteceu na segunda madrugada no BBB 23:

- Desentendimento entre Tina e Domitila - Após o Jogo da Discórdia, Domitila justificou a placa de "menos afinidade" para Guimê e Tina, alegando ser a dupla que tem menos intimidade. Além disso, a ativista social confessou ter dificuldade do contato visual com a colega de confinamento. Tina, por sua vez, desaprovou a fala de Domitila e a alertou: "Você está no meu radar". "Você verbalizou que conseguiu olhar na cara de todo mundo e não conseguiu me olhar. Me machuca, não sou interessante, vou respeitar o meu tempo", complementou.

- Estratégias para o paredão - A formação do primeiro paredão do "BBB 23" já preocupa os participantes. Com o resultado do jogo, Cristian e Marvvila, que também receberam três placas de "menos intimidade", acreditam correr o risco de encarar a berlinda. Para os ajudar, Cezar planejou combinar votos com os colegas do Quarto Fundo do Mar. "Um voto vai ser diferencial. Quem tiver dois, três votos, vai para o paredão. Então, tem que começar a juntar com os aliados realmente e começar a focar", explicou a ideia.

Na área externa, Tina e MC Guimê também disseram estar ameaçados. Para se livrar e ajudar a dupla, Larissa sugeriu a combinação de votos. Para iniciar a estratégia, Bruna Griphao, listou os aliados que podem contar: "Fred, Alface [Ricardo], Gabriel, Paula, Amanda e [Cara de] Sapato". "Eu só não entendi a resenha entre a Paula e o Gabriel falando com Sapato sobre a Amanda. Não sei se eles fecham ou não, mas eu gostei deles" pontuou Guimê, que sugeriu incluir Bruno e Aline na estratégia.

- Formação de casais - A formação de alguns casais foi assunto entre Bruna e Larissa. Na academia, a professora de educação física apoiou a amiga com Gabriel. "Todo mundo shippa", garantiu. A atriz, entretanto, discordou. "Nada a ver. Para, não tem nada acontecendo... Ele não me olha", disse, incentivando Larissa a ficar com o brother.

- Show de Anitta - Como anunciado por Tadeu Schmidt , a primeira festa do BBB 23, nesta quarta-feira, 18, contará com um show de Anitta. Vale destacar que cantora já havia sido mencionada em conversas no programa quando os brothers descobriram que Gabriel, que veio da casa de vidro, já se relacionou com ela.

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Eliana participou do Dança dos Famosos como jurada da grande final no último domingo, 7. Essa foi a primeira vez da apresentadora no Domingão com Huck e foi surpreendida com um camarim cheio de flores e um tapete azul.

Dona Déa, comentarista fixa do programa, divertiu a produção do programa ao ver o camarim da nova contratada. "Dois anos trabalhando, dando meu suor, entendeu? A velha mais engraçada do programa. Aí abro a porta e o camarim de Eliana (com) tapete, flores... Ciúmes, não. Fiquei com revolta", começou.

"Fiz ele (Luciano Huck) pegar as flores e colocar tudo aqui para mim. Agora está lá no meu camarim", brincou a mãe de Paulo Gustavo.

O vídeo da "reclamação" foi postado nas redes sociais de Luciano Huck e mostra que ele realmente levou as flores para o camarim de Dona Déa. "Ano que vem não estou aqui mais, hein. Vou estar no SBT", disse a comentarista.

Rita Cadillac nega ser mãe de Roberta de Freitas, mulher de 50 anos que afirma ser filha da cantora e dançarina, de 70. Em maio, ela abriu uma ação na Justiça pedindo que a artista faça um teste de DNA para comprovar o parentesco.

Em comunicado enviado ao Estadão, Rita chamou a situação de "injusta" e "dolorosa". "Gostaria de afirmar categoricamente que não sou a mãe da autora da ação. Aliás, como mulher e mãe, jamais negaria uma filha", disse. "Este tipo de ação traz um profundo desconforto e tristeza, não apenas para mim, mas também para minha família e amigos. Como artista, sempre prezei pela transparência e pelo respeito ao meu público, e é com esse mesmo respeito que venho esclarecer esta situação", continuou.

Em seguida, a dançarina disse estar colaborando com a Justiça, afirmou que fará "todos os exames necessários para comprovar [sua] posição" e que confia que a situação, que ela chamou de "mal-entendido", será resolvida "o mais breve possível".

"Agradeço a compreensão e o apoio de todos neste momento difícil. A injustiça desta situação é dolorosa, mas tenho fé na Justiça e na verdade", concluiu ela.

Em uma entrevista ao Domingo Espetacular, Roberta de Freitas disse que nasceu no Rio de Janeiro e foi criada por uma mulher que assumia não ser sua mãe biológica. Quando Roberta era criança, a mulher dizia que Rita era sua madrinha de batismo, mas, anos mais tarde, afirmou que a artista era sua mãe.

Ela também revelou uma situação que, agora, acredita ter sido o dia em que conheceu Rita: "Uma mulher foi nos visitar, uma mulher loira, e chegou com umas caixas de boneca. Me lembro que ela foi muito carinhosa, e a minha mãe, a Mônica que me criou, dizia que era minha madrinha."

Roberta ainda alega que fez um teste de DNA com a mãe de criação, Mônica, que comprovou que ela realmente não é sua mãe biológica. Rita afirma não ser mãe e nem madrinha de Roberta. Ela tem um filho, Carlos César Coutinho, de 53 anos, fruto do relacionamento com o ex-marido César Coutinho.

A filha da escritora Alice Munro, vencedora do Prêmio Nobel de Literatura, revelou que foi abusada sexualmente pelo padrasto Gerald Fremlin. Andrea Robin Skinner, de 58 anos, alegou que a mãe, uma das mais respeitadas escritoras, que morreu em maio, aos 92 anos, sabia das acusações e manteve o relacionamento com o marido mesmo assim. Fremlin morreu em 2013.

Em um artigo publicado pelo jornal Toronto Star, do Canadá, Andrea Skinner disse que Gerald Fremlin abusou sexualmente dela quando ela tinha nove anos, em 1976 - foi neste ano que Munro e ele se casaram. Andrea vivia com o pai, James Munro, e a madrasta e tinha ido visitar a mãe.

Ela conta, agora, que numa noite, Fremlin deitou-se com ela na cama onde ela estava dormindo na casa da mãe e abusou sexualmente dela. Na época, o marido de Munro tinha cerca de 50 anos. Ainda criança, Andrea Skinner contou à madrasta, que contou ao pai, mas nenhum dos dois confrontou o padrasto.

Nos anos seguintes, Fremlin teria exposto as partes íntimas a ela diversas vezes e falado sobre "as meninas da vizinhança de quem ele gostava". Ele parou os abusos quando ela já era adolescente, mas a filha de Munro alega que desenvolveu bulimia, insônia e enxaquecas por conta dos traumas do abuso. Ela decidiu contar o ocorrido à mãe em 1992, depois dela expressar simpatia por uma personagem ficcional que também havia sido abusada pelo padrasto.

"Querida mamãe, por favor, encontre um lugar sozinha antes de ler isto... Tenho guardado um segredo terrível há 16 anos: Gerry abusou sexualmente de mim quando eu tinha nove anos de idade. Durante toda a minha vida, tive medo de que a senhora me culpasse pelo que aconteceu", dizia uma carta entregue a Munro pela filha.

Skinner afirma que a reação da mãe não foi a mesma à demonstrada pela personagem. "Ela reagiu exatamente como eu temia que ela faria, como se tivesse descoberto uma infidelidade". Munro se separou do marido por um período, mas reatou o casamento pouco tempo depois.

Já o padrasto admitiu o abuso, mas culpou a menina. Segundo Skinner, ele disse, em cartas enviadas a ela, que ela havia "buscado uma aventura sexual" com ele, chegou a ameaçá-la e afirmou que divulgaria fotos dela tiradas durante um dos abusos caso ela fosse a público.

"Ela disse que havia sido 'informada tarde demais', (...) que o amava demais e que nossa cultura misógina era a culpada se eu esperava que ela negasse suas próprias necessidades, se sacrificasse pelos filhos e compensasse as falhas dos homens", escreveu Skinner sobre a mãe. De acordo com ela, Munro alegou que os acontecimento entre a filha e o marido eram entre os dois, e ela não se envolveria.

Skinner também diz que a mãe acreditava que o pai da filha havia guardado segredo sobre os abusos para "humilhá-la" e que chegou a dizer que Fremlin tinha "amizades" com outras crianças. "[Ela estava] enfatizando sua própria sensação de que ela, pessoalmente, havia sido traída. Será que ela percebeu que estava falando com uma vítima e que eu era sua filha? Se ela percebeu, eu não senti isso", escreveu.

Em 2004, já afastada da família, Skinner leu uma entrevista da mãe em que ela elogiava o marido e dizia ter uma boa relação com as filhas. No ano seguinte, então, decidiu denunciar o padrasto à polícia, levando as cartas em que ele a ameaçava como prova. Fremlin, que então tinha 80 anos, foi indiciado por abuso e se declarou culpado. Ele foi condenado a apenas dois anos de liberdade condicional.

Skinner diz que a fama da mãe permitiu que o silêncio sobre a situação continuasse, mesmo após a morte do padrasto, em 2013. "Eu também queria que essa história, minha história, se tornasse parte das histórias que as pessoas contam sobre minha mãe", escreveu ela.

"Eu nunca mais queria ver outra entrevista, biografia ou evento que não se debruçasse sobre a realidade do que aconteceu comigo e sobre o fato de que minha mãe, confrontada com a verdade do que aconteceu, escolheu ficar com meu agressor e protegê-lo", completou.

Munro recebeu o Prêmio Nobel de Literatura em 2013, aos 82 anos. Na ocasião, foi celebrada como uma "mestre do conto contemporâneo" com a habilidade de "acomodar a complexidade épica de um romance em apenas algumas páginas". Ela morreu em 13 de maio de 2024, após sofrer de demência em seus últimos anos de vida.