SP só vai reduzir intervalo da vacina se receber mais doses, diz secretário

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Para atender a orientação do Ministério da Saúde e reduzir o intervalo entre as doses da vacina contra a covid-19, o Estado de São Paulo precisa ter mais imunizantes em estoque, disse o secretário estadual de Saúde, Jean Gorinchteyn, em coletiva de imprensa nesta quarta-feira, 15. Gorinchteyn afirmou que no momento não há vacinas suficientes para diminuir o tempo entre as aplicações de 12 para oito semanas e aguarda novas remessas.

Desde a última semana, o estoque da vacina da AstraZeneca está muito baixo no Estado. Para evitar prejuízos à imunização, São Paulo está aplicando uma segunda dose de Pfizer em quem recebeu a primeira de AstraZeneca. Segundo Regiane de Paula, coordenadora do Programa Estadual de Imunizações (PEI), um novo lote de AstraZeneca chegou a São Paulo nesta quarta para completar a imunização de pessoas entre 50 e 59 anos. Regiane disse que espera receber todas as segundas doses necessárias até o início da próxima semana.

Até o momento, 80% da população de São Paulo já recebeu ao menos uma dose da vacina contra a covid-19 e 47% está com a imunização completa. Entre os adultos, a adesão foi massiva: 97,4% dos adultos tomaram a primeira dose e 62% já receberam as duas. De acordo com o Estado, 100% das pessoas com 65 anos ou mais já estão totalmente vacinadas contra a covid-19.

Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, citou dados do Ministério da Saúde para ilustrar a eficácia das vacinas. Segundo Covas, o número de mortes entre pessoas com 70 anos ou mais caiu 88% no Brasil entre março e agosto deste ano. "A maior parte dos idosos nessa faixa etária tomou Coronavac", disse. A vacina é fabricada pelo instituto que ele comanda.

Covas disse ainda que o Butantan entregou mais 5,1 milhões de doses da Coronavac ao Ministério da Saúde nesta quarta. Com o novo lote, o instituto conclui a distribuição das 100 milhões de doses compradas pelo governo federal. Parte dessas doses foi suspensa pela Anvisa por problemas com a fábrica chinesa onde o imunizante foi feito. O Butantan se comprometeu a substituir esses imunizantes por doses fabricadas em um laboratório da farmacêutica chinesa Sinovac já inspecionado pela agência reguladora.

Ainda sobre a Coronavac, Dimas Covas disse esperar que o uso da Coronavac seja ampliado para públicos mais jovens. "Crianças estão sendo vacinadas no Chile, na África do Sul e na Indonésia. Em breve, esperamos vacinar crianças aqui também", afirmou.

Números em queda

Gorinchteyn apresentou os dados de casos, óbitos e internações por covid-19. O secretário afirmou que houve uma queda de 70,5% no número de casos no Estado em relação à semana anterior. Este número pode não refletir a realidade porque São Paulo enfrenta dificuldades para incluir novos casos de covid-19 na plataforma do SUS.

O número de internados permaneceu praticamente estável, passando de 639 na semana anterior para 641 nesta semana. Já o número de mortes, que também pode estar enviesado em razão dos problemas na plataforma do SUS, caiu 35% entre a semana passada e esta semana.

Até o momento, São Paulo já registrou 4.302.511 casos de covid-19 e 147.641 mortes em decorrência da doença. A ocupação dos leitos de UTI é de 32,86% no Estado e 38,65% na região metropolitana.

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Um ônibus que transportava o cantor Ferrugem e sua equipe se envolveu em um acidente de trânsito na manhã deste domingo, 20, na região de Porto Alegre. Ninguém ficou ferido.

Na noite anterior, o artista havia se apresentado no festival Festimar, na cidade de Rio Grande, no litoral gaúcho.

Segundo comunicado divulgado pela empresa responsável pelo veículo, o acidente ocorreu por volta das 6h45 da manhã na BR-290, próximo à Ponte do Guaíba, que liga a capital ao interior do Estado.

Ferrugem falou sobre o ocorrido em suas redes sociais, compartilhando uma foto da frente do ônibus com os vidros estilhaçados. "Livramento! Um senhor acidente, mas graças a Deus todos estão bem", escreveu.

Mais tarde, gravou um vídeo explicando o acidente: "Destruiu tudo ali, a frente do ônibus, a porta foi arrancada, mas, graças a Deus, ninguém se machucou. Todo mundo bem, todo mundo inteiro."

O cantor também esclareceu que o acidente não atrapalharia o show que fará na noite deste domingo, 20, em Arraial do Cabo, no Rio de Janeiro.

Durante a tarde, ele mostrou que estava almoçando com a família antes de se encaminhar para a apresentação.

Em nota, a Mônica Turismo, responsável pelo ônibus, disse que os danos do acidente foram apenas materiais.

"A empresa imediatamente solicitou a substituição do veículo, mas não houve necessidade, a equipe preferiu ir até o aeroporto com o mesmo veículo para evitar atrasos", diz o comunicado.

Xuxa Meneghel fez um desabafo sobre a pressão estética que sofria da TV Globo na época em que apresentava o Xou da Xuxa, entre 1980 e 1990. Segundo a apresentadora, ela era pressionada para não chegar perto dos 60 quilos.

A revelação foi feita durante entrevista ao podcast WOW. Hoje com 62 anos, Xuxa comentou que lembrou da situação durante os bastidores do documentário Pra Sempre Paquitas, lançada em 2024 na Globoplay, mas que isso acabou não aparecendo no filme.

"Revisitando meu passado no documentário das paquitas, eles não colocaram uma coisa que me mandaram para eu ver em que me coloco para baixo, em que vejo uma foto minha nas cartinhas, em que eu falo 'olha como estou gorda, feia'", explicou Xuxa.

A apresentadora continuou: "Uma coisa que era me colocada na época [era] que se eu passasse dos 60 kg [estaria gorda]. Na época, 54 kg foi o normal que eu ficava. Na Globo, meu normal era 54 kg, 55 kg. Se eu fosse para 58 kg, já apertavam as minhas roupas."

Ela explicou que hoje tem boa relação com o próprio corpo, mas que, na época, a ideia de estar gorda caso seu peso aumentasse "era o que ouvia o tempo todo".

"Era uma cobrança muito grande, um negócio cruel. Você não se gostar e querer ficar mais forte ou menos forte, seja o que for, para você se sentir melhor, é uma coisa. Agora fazer isso por um padrão que lhe foi colocado...", completou.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, divulgou nota de pesar pelo falecimento da cantora Cristina Buarque, que morreu neste domingo, 20, aos 74 anos. Segundo Lula, a compositora teve "papel extraordinário" na música brasileira.

"Quero expressar meus profundos sentimentos pelo falecimento de Cristina Buarque. Cantora e compositora talentosa, teve um papel extraordinário na música brasileira ao interpretar as canções de alguns dos mais importantes compositores do samba carioca, ajudando a poesia e o ritmo dos morros do Rio a conquistarem os corações dos brasileiros", escreveu o chefe do Executivo no período da tarde. "Aos seus familiares e ao meu amigo Chico Buarque, deixo minha solidariedade e um forte abraço."

Filha do historiador Sérgio Buarque de Holanda e de Maria Amélia Alvim, Cristina era irmã dos cantores Chico Buarque e Miúcha, e da ex-ministra da Cultura Ana de Hollanda.

A causa da morte de Cristina não foi divulgada.