'A Chorona', horror com intenções políticas

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Jayro Bustamante tem duas produtoras - La Casa de Produción, na Guatemala, e a Les Films du Volcan, que representa a primeira na França para produzir exclusivamente conteúdos para cinema. A pandemia trouxe um duro desafio para ele. "Na Guatemala só uma elite fala o espanhol. Em todo o país se falam 24 dialetos de povos originários. Conseguimos produzir material para cada um deles, explicando os protocolos para se enfrentar a covid. Foi uma atividade social de que me orgulho muito."

A conversa é por Zoom. O motivo, o novo longa de Bustamante, que estreia nesta quinta-feira, 23. La Llorona, no Brasil, A Chorona. Já houve uma produção norte-americana com o mesmo título. Bustamante tratou de fazer a sua versão diferente. O cinéfilo sabe - o diretor/autor surgiu para o mundo na Berlinale, graças ao sucesso de Ixcanul na competição berlinense. Depois ele fez Temblores, e a boa notícia é que esse também vai estrear - no streaming, em outubro, pela Cinema Virtual.

Ixcanul nutre-se da mitologia mesoamericana, definição que Bustamante prefere a centro-americana, ou a reminiscências maias, astecas e até incas definidoras da identidade nacional. Temblores situa-se na elite, a classe dominante. Retrata a situação de um homem religioso, casado e pai de filhos, que assume sua homossexualidade. A Chorona, de certa forma, mistura as duas linhas narrativas.

Um general acusado de violações de direitos humanos é destituído e vai a julgamento. A família e ele são sitiados em casa por manifestantes que portam cartazes cobrando por seus mortos, e desaparecidos. Surge essa garota indígena para trabalhar na casa. É vivida pela atriz de Ixcanul, Maria Mercedes Coroy.

"A deusa que chora - pelos mortos, pela terra devastada - é uma das entidades mais fortes da cultura mesoamericana. Fazer cinema na Guatemala ainda é muito complicado. O investimento é reduzido. Na empresa, fizemos pesquisas para tentar identificar o gosto do público. Cerca de 95% dos guatemaltecos que vão ao cinema gostam de horror, 98% só veem blockbusters. Como esses últimos estão além de nossas possibilidades, resolvemos investir no cinema de gênero."

Mais do que o choro, a água é protagonista do filme. A água do rio em que o general comete suas violações de direitos, a água da piscina da casa. "A história é carregada de significados, de intenções metafóricas. Horror com intenções políticas", ele define. Em A Chorona Bustamante acha que conseguiu equilibrar sua tendência autoral com um apelo mais popular.

"O filme foi apresentado nas Giornate degli Autori de Veneza de 2019. Estreou na Guatemala e logo em seguida veio a pandemia, que fechou os cinemas. Quando reabriram, A Chorona voltou ao cartaz." Bustamante conta que tem um novo projeto. O repórter brinca - A Chorona 2, depois 3, 4, 5... Ele diz que não. Leva seu cinema muito a sério. "Se fosse apelativo, não teria no meu elenco Rigoberta Menchú, que venceu o Prêmio Nobel da Paz por sua defesa de nossos indígenas."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Steph Jones, proprietária da assessoria de imprensa que representava o ator e diretor Justin Baldoni, entrou com uma ação contra o artista nesta terça-feira, 24, por quebra de contrato. O novo processo se soma às acusações de assédio moral e sexual contra o cineasta, que dirigiu e protagonizou o filme É Assim Que Acaba.

Na última semana, a atriz Blake Lively - que protagonizou o longa ao lado do próprio Baldoni - abriu uma ação judicial contra o diretor por assédio sexual durante as filmagens e pela organização de uma campanha de difamação contra a artista.

Agora, o processo de Steph revela mais detalhes sobre o suposto plano contra a reputação de Blake. O contrato entre Wayfarer, estúdio de Baldoni, e Jonesworks, empresa de assessoria fundada por Jones, foi assinado há alguns meses e previa uma parceria longeva, mas acabou sendo encerrado em agosto deste ano. As informações são da revista norte-americana Variety.

Ainda de acordo com o processo, a rescisão ocorreu após Jennifer Abel, assessora que trabalhava na Jonesworks e era responsável pela carreira de Baldoni, sair da empresa para fundar sua própria companhia. Atualmente, a nova empresa de Jennifer representa Baldoni.

Segundo Steph Jones, Jennifer roubou documentos privados da Jonesworks e orquestrou em segredo a campanha de difamação contra Blake. Uma outra assessora, Melissa Nathan, também é acusada de ajudar nos danos à reputação de Blake. A ideia era manchar a imagem da atriz perante o público para que, caso ela denunciasse o assédio sofrido nas gravações do filme, as acusações perdessem credibilidade.

O processo ainda afirma que Jennifer estava sabotando o funcionamento da Jonesworks e "roubando" clientes da empresa para si. "Agora que a má conduta delas está vindo à tona, Abel e Nathan continuam a acusar falsamente Jones, difamando-a para a indústria", afirmou o processo.

Atriz acusa Baldoni de assédio sexual; cineasta nega

A atriz Blake Lively está processando Justin Baldoni, seu diretor e colega de elenco no filme É Assim Que Acaba, por um suposto assédio sexual e "esforço coordenado para destruir sua reputação". A notícia do processo foi anunciada no sábado, 21, pelo site TMZ. À revista Variety, um advogado do cineasta negou as acusações.

Desde o lançamento do filme, em agosto, rumores sobre brigas e desentendimentos entre os dois atores circulam nas redes sociais. Na divulgação do longa, o ator e diretor era frequentemente visto sozinho, enquanto a atriz sempre estava acompanhada de colegas de elenco e da autora, Colleen Hoover.

No processo, Blake acusa Baldoni e Jamey Heath, produtor do filme, de violarem repetidamente seus limites físicos e fazerem comentários sexuais e inapropriados sobre ela. Em uma reunião, Lively teria exigido que Baldoni e Heath deixassem de mostrar vídeos ou imagens de mulheres nuas para ela, que Baldoni não mencionasse mais um "vício em pornografia" pelo qual passou e não discutisse experiências sexuais anteriores.

A atriz também pediu que os colegas não mencionassem mais a genitália do elenco e da equipe e que parasse de fazer questionamentos sobre seu corpo e seu peso, além de pedir que Baldoni e Heath não adicionassem mais "cenas de sexo, sexo oral ou clímax na câmera" além do que já estava no roteiro. Na época, o estúdio Wayfarer, do qual o diretor e produtor são sócios, tentou apaziguar as desavenças.

No entanto, de acordo com a queixa apresentada pela atriz, em agosto, os dois passaram a temer que as suas alegações se tornassem públicas. Reportagem do The New York Times, que teve acesso ao processo, apresenta mensagens de texto e e-mails que visam implementar uma "campanha de difamação indetectável na era digital."

Em um comunicado enviado ao NYT, um advogado da Wayfarer disse que o estúdio, seus executivos e representantes de relações públicas "não fizeram nada proativo nem retaliaram" Blake Lively. A nota também acusa o processo de ser uma "tentativa desesperada de 'consertar' a reputação negativa da atriz."

Amiga de Preta Gil, Malu Barbosa compartilhou uma mensagem de apoio e homenagem à apresentadora em uma postagem de Natal no Instagram. Na publicação, a empresária refletiu sobre o significado do Natal e compartilhou fotos das duas em Nova York, onde Preta realizou tratamento contra o câncer.

"O Natal é uma data simbólica de nascimento, e não poderia ser mais apropriada para este momento. Dez dias atrás, estávamos em Nova York, esperando a neve, mas ela não apareceu enquanto estávamos lá. Hoje, soube que amanheceu nevando por lá", escreveu Malu. "Que sorte a minha poder te dizer o quanto te amo e saber que nossa amizade é admirada por tantas pessoas!"

A empresária ainda fez uma dedicatória a Preta, dizendo à amiga que "sabíamos que seria difícil, e realmente está sendo, mas isso vai passar, e vamos superar juntas". "Feliz Natal para todos vocês e, especialmente, para ela", concluiu.

Entenda o caso

Preta Gil descobriu um câncer no intestino no começo de 2023. Na época, ela realizou tratamento cirúrgico e foi submetida a sessões de radioterapia. Ela também passou por uma histerectomia total abdominal, procedimento que consiste na remoção do útero.

Depois deste primeiro tratamento, o câncer entrou em remissão, não sendo detectado em exames físicos, de imagem, sangue ou tomografia.

Em agosto, Preta informou que o câncer havia voltado, com os médicos tendo detectado em dois linfonodos, no peritônio - membrana na cavidade abdominal que envolve órgãos como estômago e intestino - e no ureter.

Ela realizou cirurgia para a remoção dos tumores na última quinta-feira, 19, em procedimento que durou 20 horas. De acordo com o último comunicado liberado pela equipe médica do Hospital Sírio-Libanês, Preta permanece na UTI, mas já se encontra estável e acordada.

Ludmilla utilizou as redes sociais para demonstrar sua revolta após a Justiça absolver Marcão do Povo em uma ação de injúria racial movida pela cantora em 2017. Na manhã desta terça-feira, 24, a frase "Justiça por Ludmilla" era o termo mais utilizado nos trending topics (tópicos em alta) da rede social X, o antigo Twitter.

"Muito obrigada pelo apoio e carinho de todos. Meus advogados vão recorrer dessa decisão, e eu jamais desistirei dessa luta", escreveu.

O caso ocorreu em 2017, quando Marcão do Povo, então apresentador do Balanço Geral DF, chamou Ludmilla de "pobre macaca" em uma transmissão ao vivo ao se referir a uma atitude da cantora em um encontro com fãs. Na época, ele foi demitido da Record.

O comunicador chegou a ser condenado em segunda instância, mas recorreu. O caso então foi parar no STJ, que absolveu o apresentador.

Ludmilla e Brunna Gonçalves estão esperando a primeira filha juntas. Na semana passada, o casal descobriu que o bebê é uma menina.