Projeto de Lei que garante recursos ao Ipen só deve ser votado na próxima semana

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O Projeto de Lei 16/2021 do Poder Executivo, cuja aprovação garantiria ao Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen) os recursos necessários para retomar a importação de insumos essenciais à produção de radiofármacos, só deve ser votado na próxima semana, na hipótese mais rápida, segundo parlamentares. O texto recebeu quatro emendas - duas do deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), uma do deputado Nilto Tatto (PT-SP) e uma do senador Jean Paul Prates (PT-RN). Ainda não tem um relator designado.

A demora preocupa pacientes de câncer, que dependem desses medicamentos para tratamento e diagnóstico, e suas famílias. Entre 1,5 milhão e 2 milhões de pessoas podem ser prejudicadas com a falta de distribuição dos radiofármacos do Ipen.

Segundo a assessoria de Prates, o próximo passo é a votação na Comissão Mista de Orçamento. Antes disso é necessário designar o relator, mas isso pode acontecer imediatamente antes da votação. Só depois de votado e aprovado nessa comissão é que o PLN pode ir para votação em plenário.

A próxima sessão do Congresso deve acontecer no dia 28 - mas essa data ainda não é oficial. Cabe ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), oficializar a data e estabelecer os projetos a serem votadas. Não basta haver sessão, é preciso também que esse PLN seja incluído na pauta, para ir a voto. Na hipótese mais rápida, o projeto seria aprovado na terça-feira da próxima semana. Iria então à sanção do presidente Jair Bolsonaro, que pode ser imediata.

A proposição abre no Orçamento da União um crédito suplementar de R$ 690 milhões ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações. O dinheiro iria "para reforço de dotações constantes da Lei Orçamentária vigente", segundo consta no site da Câmara dos Deputados.

O PLN "propõe reforço orçamentário para a Comissão Nacional de Energia Nuclear, no que diz respeito a atividades de produção de radiofármacos e garantia de funcionamento de laboratórios de apoio, e para o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, quanto a despesas com convênios e termos de outorga em andamento, além da realização de novas ações de fomento a serem deliberadas pelo Conselho Diretor do Fundo", segundo o site da Câmara.

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O Instituto Moreira Salles de São Paulo inaugura neste sábado, dia 12, a exposição Arquipélago Imaginário, que faz uma retrospectiva do trabalho do fotógrafo paraense Luiz Braga. Em mais de 50 anos de carreira, ele registrou, sobretudo, paisagens, indivíduos, costumes e tradições do Pará.

São 258 fotografias, 190 delas jamais exibidas. A exposição é dividida em nove núcleos, um deles só com fotos em preto e branco, além de imagens do Círio de Nazaré, do cotidiano ribeirinho, da arquitetura das casas de palafitas e da Rodovia Transamazônica. A curadoria é de Bitu Cassundé e de Maria Luiza Meneses.

Arquipélago Imaginário

Fotografia de Luiz Braga

IMS Paulista. Av. Paulista, 2.424. Abre sáb. (12). 3ª a dom., 10h/20h. Gratuito. Até 31/8

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O diretor brasileiro Kleber Mendonça Filho vai disputar a Palma de Ouro no próximo Festival de Cannes com O Agente Secreto, anunciou na quinta-feira, 10, 0 diretor-geral do evento, Thierry Frémaux. Além dele, o cineasta iraniano Jafar Panahi, o americano Wes Anderson, a francesa Julia Ducournau e os irmãos belgas Jean-Pierre e Luc Dardenne também vão exibir seus novos filmes na 78ª edição do festival, que será realizada entre 13 e 24 de maio, na França.

Seis diretoras estão entre as duas dezenas de cineastas que tiveram filmes selecionados para a mostra competitiva de Cannes. Outros nomes que estarão na competição principal são Richard Linklater e Ari Aster, nome recente do terror.

Kleber Mendonça Filho já disputou a Palma de Ouro de Cannes com Bacurau (2019) e Aquarius (2016). O diretor celebrou a participação em Cannes: "É a combinação perfeita: encerra a realização do filme e inaugura a sua trajetória. Estou feliz com O Agente Secreto. É uma história muito brasileira e, por isso mesmo, é um filme do mundo todo".

CONVIDADO

Com O Agente Secreto, o cineasta aborda a história recente do Brasil, com um thriller ambientado em 1977, durante a ditadura militar. Na trama, Marcelo (Wagner Moura) é um especialista em tecnologia que foge de um passado misterioso e volta ao Recife em busca de paz. Ele logo percebe que a cidade está longe de ser o refúgio que procura.

Este ano, o Brasil é o país convidado de honra do Mercado do Filme, realizado em paralelo ao festival.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O reencontro entre irmãos que não se veem há 25 anos é o ponto de partida da peça Entre Irmãos, protagonizada por Otávio Martins e Fernando Pavão, que entra em cartaz no dia 16 no Teatro da Faap.

Com texto de Martins, o espetáculo coloca os dois irmãos frente a frente no velório do pai. O mais velho deles abdicou de suas paixões e desejos para cuidar da família, enquanto o outro saiu para desbravar o mundo e se tornou um premiado fotojornalista.

Diante de um conflito, eles se deparam com uma revelação que os obriga a dialogar. A direção é de Marcos Damigo.

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O drama retrata um casal em crise e em processo de separação. No palco, os atores Paula Cohen e Jiddu Pinheiro, dirigidos por Pedro Granato. Entre o dilema com que os dois se deparam está a única filha do casal, que depende de um consenso sobre com qual dos dois ela ficará após o divórcio.

A peça, criada pelo francês Pascal Rambert, estreou em 2022 na Espanha. No Brasil, ganha vida a partir da tradução de Jiddu Pinheiro e também reflete questões centrais do contexto atual, como um mundo em desconstrução e o questionamento de comportamentos opressivos.

Entre Irmãos

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4ª e 5ª, 20h. R$ 120. De 16/4 a 5/6

Finlândia

Teatro Uol. Av. Higienópolis, 618,

4ª e 5ª, 20h. R$ 80. De 16/4 a 29/5

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.