Estudantes da USP desocupam prédios da FFLCH após negociar com diretoria; greve segue mantida

Geral
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times
Estudantes da Universidade de São Paulo (USP) desocuparam nesta madrugada de terça-feira, 19, os prédios da administração e do curso de Letras da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFCLH) da instituição após o diretor Paulo Martins concordar com parte das demandas dos alunos, reunindo-se com eles e retirando a Polícia Militar (PM). A greve, no entanto, segue mantida até que as demandas de contratação de professores sejam atendidas. A paralisação segue o calendário de atividades para a semana. Os alunos esperam negociar com a reitoria.

As duas primeiras demandas foram atendidas, segundo os estudantes:

- Que o prédio da FFLCH seja devolvido aos estudantes.

- Que a PM e a guarda universitária saiam dos espaços estudantis.

- Que abra imediatamente a negociação com a reitoria e que o diretor marque essa reunião imediatamente.

- Uma retratação pública do Paulo Martins explicando por que o prédio foi tomado dos estudantes e por que quase 2 mil estudantes estão na frente da diretoria exigindo permanência e professores.

Segundo os alunos, a ocupação realizada na noite de segunda-feira, 18, foi um movimento em resposta à ordem da direção da FFCLH de cancelar as aulas e colocar a guarda universitária para proteger as instalações da faculdade sob a justificativa de que o patrimônio público pudesse ser depredado.

Alunos do curso de Letras aprovaram, na semana passada, uma greve para esta terça-feira. E um e-mail enviado aos alunos pela direção, às vésperas do início da paralisação, engatilhou o movimento de ocupação dos prédios pelos universitários.

O Estadão teve acesso ao e-mail, que diz: "a diretoria da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, sob iminente oportunidade de danos ao patrimônio público, cancelou as aulas hoje (18/09/2023) no período noturno e amanhã (19/09/2023) no período matutino. Todos os prédios estão sob o controle da guarda universitária."

"Teríamos uma assembleia da Letras às 20h40, entre as aulas do noturno. No entanto, a diretoria mandou um e-mail pouco antes das 19h dizendo que as aulas seriam canceladas e os prédios seriam fechados para que não houvesse depredação do patrimônio", disse Gabriela Parra, estudante de Letras. "Com isso, o Caell (Centro Acadêmico de Estudos Linguísticos e Literários Oswald de Andrade), juntamente com o movimento estudantil, correu para piquetar o prédio da Letras", explicou a estudante.

Vídeos e fotos publicados nas redes sociais do Caell mostraram que os estudantes entraram no prédio da direção da FFLCH por volta das 20h de segunda-feira. No prédio do curso de Letras, os universitários realizaram um piquete. Uma porção de cadeiras foi colocada na porta do local, pelo lado de dentro, para impedir a entrada de quem estava do lado de fora.

Em nota publicada, o Caell informou as reivindicações dos manifestantes, na ocasião. "Os prédios da FFLCH precisam voltar a ser dos estudantes", diz.

Outros cursos da faculdade avaliam paralisar as atividades também a partir desta terça-feira, 19, e demais cursos de graduação da USP poderão aderir ao movimento. Enquanto acontecia a ocupação do prédio da FFCLH, uma assembleia, em frente ao prédio da administração, foi realizada e contou com a presença de centenas de estudantes.

As principais reivindicações dos alunos envolvem a contratação de professores e melhorias nas condições de políticas de permanência estudantil. O curso de Letras, especificamente, convive com a incerteza da continuidade de cursos como japonês e coreano, que correm o risco de serem extintos por tempo indeterminado. Na visão dos universitários, o curso está sucateado.

Pronunciamento do diretor da FFLCH-USP

"Muitas versões estão circulando na comunidade acadêmica e, algumas delas, não refletem a realidade dos fatos. É de conhecimento de todos que durante oito anos, apenas oito professores foram contratados pela faculdade. Um professor por ano, nas duas últimas gestões de reitorias. Com a nova gestão de reitoria, houve a distribuição dentro da universidade de 879 claros docentes, destes 70 vieram para a FFLCH", disse Paulo Martins, diretor da FFLCH-USP durante pronunciamento online divulgado no domingo, 17, sobre a contratação de docentes e a situação das habilitações de japonês e coreano.

Martins exemplificou ainda que o número é maior que da Eca, que teve 36, ou da Politécnica que teve 59. "Portanto, não há a menor possibilidade de dizer que o número de contratações que vão ser feitas pela reitoria prejudicam a faculdade. A reitoria se colocou muito disposta a atender aquilo que poderia fazer dentro do contingente de professores", disse, na ocasião, o diretor da FFLCH-USP.

"A partir do momento que você estabelece que essa distribuição era feita em três anos, o número vai se corrompendo no decurso destes três anos. O ideal seria que fossem contratados imediatamente. Isso traz um transtorno para a faculdade, pois é muito complexa a organização de um concurso público", justifica Martins.

Segundo ele, foi feito um trabalho junto à reitoria e à vice-reitoria para que esses claros docentes de 2024 e 2025 fossem antecipados. Isso quer dizer que teremos 70 concursos de docentes entre o fim de 2023 e meados de 2024. A contratação deverá ser feita até 30 de julho, pois no ano haverá a legislação eleitoral.

Em outra categoria

Maidê Mahl postou pela primeira vez nas redes sociais após ser encontrada com ferimentos graves e desacordada em um hotel de São Paulo, em setembro do ano passado.

A atriz de 32 anos, que ficou três dias desaparecida e mobilizou a classe artística na ocasião, fez uma postagem nesta sexta-feira, 18, no qual compartilhou um vídeo antigo e explicou que está no maior centro de reabilitação da América Latina.

"Meu coração é pura saudade quando vejo esse vídeo. Quando eu falava, cantava, eu andava e dançava. Agora esse sonho está perto de se realizar. Sigo com minha recuperação no maior Centro de Reabilitação da América Latina. Então eu creio que vou voltar muito melhor. Amém? Amém!!! Assim seja", escreveu ela, sem detalhar o tipo de reabilitação.

Conhecida por viver Elke Maravilha em O Rei da TV (2022) e pela série Vale dos Esquecidos, Maidê desapareceu no começo de setembro de 2024 após ser vista com uma mochila nas costas no bairro paulistano de Moema, na zona sul.

Seu sumiço mobilizou famosos e, três dias depois, em 5 de setembro, ela foi encontrada com ferimentos graves e desacordada em um hotel do centro de São Paulo. Maidê ficou um mês em coma internada na UTI e teve alta hospitalar no final de janeiro de 2025.

Após a eliminação de Diego Hypolito na noite de quinta-feira, 17, restaram quatro brothers na casa. Com a vitória de Guilherme na Prova do Finalista, um novo Paredão foi automaticamente formado na noite desta sexta-feira, 18. Além da vaga na final, o pernambucano também ganhou um carro.

Com pouco mais de sete horas de prova, Vitória foi a primeira a ser eliminada da prova, depois de gastar todos os créditos de descanso. Em seguida, com mais de nove horas de prova, João Pedro também desistiu e foi eliminado.

Renata foi a penúltima a deixar a prova após doze horas de prova, dando a Guilherme a vitória, a vaga na grande final e um carro. A cearense lamentou ter ficado em segundo lugar em provas de resistência mais uma vez e foi acolhida por Vitória, que disse se inspirar em Renata.

O resultado desse último Paredão definirá quem se juntará a Guilherme na disputa da grande final, que acontece na próxima terça-feira, 22.

A eliminação acontece no próximo domingo, 20.

As Patricinhas de Beverly Hills, comédia adolescente icônica dos anos 1990, vai ganhar série. A trama funcionará como uma continuação do filme, com Alicia Silverstone de volta ao papel de Cher Horowitz depois de 30 anos.

A atriz de 48 anos também será produtora executiva do projeto, de acordo com a revista The Hollywood Reporter. Por trás da série estão Josh Schwartz e Stephanie Savage, que idealizaram dois grandes sucessos voltados para o público jovem nos anos 2000: as séries The O.C. e Gossip Girl. Jordan Weiss, roteirista da sequência Uma Sexta-Feira Mais Louca Ainda, também está envolvida.

Mais detalhes sobre o enredo ainda não foram divulgados. A série está em desenvolvimento pelo streaming Peacock, da NBC. As produções originais da plataforma, indisponível no Brasil, costumam chegar ao País pelo Universal+.

Anteriormente, em 2020, uma outra série derivada de As Patricinhas de Beverly Hills havia sido anunciada. A história seria um mistério sobre o desaparecimento de Cher, investigado por sua melhor amiga, Dionne (vivida por Stacey Dash no filme). A produção, no entanto, foi descartada, e a ideia não deve ser reaproveitada.

As Patricinhas de Beverly Hills foi lançado em 1995. É uma adaptação moderna do clássico Emma, romance de Jane Austen de 1815. Até hoje, o filme segue conquistando novas gerações por sua ótima trilha sonora e figurinos fashionistas.

Na trama, Cher é a garota mais popular de sua escola em Beverly Hills, em Los Angeles, na Califórnia. Rica, mimada e superficial, a jovem pega gosto pela "caridade" e resolve presentear uma nova colega, cujo visual a desagrada, com uma transformação completa. A crise começa quando essa garota supera a popularidade de Cher, tomando seu posto como abelha-rainha.