Suspeitos de executar médicos são mortos; governo do Rio fala em 'máfia'

Geral
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), afirmou nesta sexta, 6, que a investigação sobre o assassinato de três médicos na Barra da Tijuca, ocorrido na madrugada de quinta-feira, 5, vai continuar, embora um grupo de suspeitos tenha sido morto supostamente pelos próprios comparsas e superiores hierárquicos, como castigo por terem se enganado ao identificar a vítima. Castro classificou as facções criminosas e milícias que agem no Estado do Rio como "máfia".

No atentado, em um quiosque da Barra da Tijuca, morreram Perseu Ribeiro Almeida, Marcos de Andrade Corsato e Diego Ralf Bonfim. A principal hipótese da polícia, com base em interceptações telefônicas, é de que um dos profissionais foi confundido com um miliciano.

O que aconteceu?

A Polícia Civil concluiu que os médicos foram mortos por engano porque um deles foi confundido com o alvo dos criminosos. Segundo a investigação, em 16 de setembro, uma milícia que atua na zona oeste do Rio matou o traficante Paulo Aragão Furtado, conhecido como Vin Diesel. Esse assassinato, praticado no bairro Gardênia Azul, na zona oeste, teria sido cometido sob as ordens de Taillon de Alcântara Pereira Barbosa, filho de Dalmir Pereira Barbosa, o líder dessa milícia.

Furtado era aliado de Philip Motta Pereira, o Lesk, que era miliciano e aderiu à facção criminosa Comando Vermelho. Lesk passou a planejar a morte de Taillon, como vingança. Esse alvo havia sido preso em dezembro de 2020 e de março a setembro deste ano cumpriu prisão domiciliar em sua casa na Avenida Lucio Costa, na Barra da Tijuca. Desde 29 de setembro, quando ganhou liberdade condicional, passou a ser procurado pelo grupo adversário, de acordo com suspeitas da polícia.

Na noite de quarta-feira, 4, um criminoso viu o médico Perseu Ribeiro Almeida com três amigos em um quiosque na Avenida Lucio Costa e o confundiu com Taillon - eles são parecidos fisicamente, e o médico estava muito próximo da casa de Taillon. Lesk então acionou seus comparsas e quatro homens foram até o quiosque e mataram Almeida e dois de seus três colegas - o quarto médico sobreviveu.

Diante do engano e da repercussão do crime, líderes do Comando Vermelho, a quem Lesk era subordinado, teriam feito uma reunião horas depois da chacina para "julgar" Lesk e os demais criminosos que mataram os médicos. Líderes da facção criminosa presos na penitenciária Gabriel Ferreira Castilho, conhecida como Bangu 3, no complexo penitenciário de Gericinó, em Bangu (zona oeste), teriam participado por videoconferência, usando telefones celulares.

O grupo decidiu matar os executores dos médicos. Até a tarde desta sexta-feira, a polícia havia divulgado o nome de dois dos quatro mortos: Lesk, que estava no porta-malas de um Toyota Yaris abandonado na Gardênia Azul, e Ryan Soares de Almeida, que estava com outros dois corpos em um Honda HR-V abandonado no bairro Camorim.

Máfia

"Estamos falando de uma verdadeira máfia, que tem entrado nas instituições, nos poderes, nos comércios, nos serviços e no sistema financeiro nacional. (Ela) tem os próprios tribunais e vem atuando nas mais diversas esferas", afirmou o governador, ressaltando que o problema não é exclusivo do Rio, mas nacional. Castro se referia ao suposto julgamento e morte dos supostos autores da morte dos três médicos. Os quatro cadáveres foram encontrados pela polícia na noite de quinta-feira, menos de 24 horas depois do suposto engano cometido por eles. "Nós estávamos preparados para prender esses criminosos quando fomos surpreendidos por esse pseudotribunal do tráfico. Se eles acharam que iam punir os próprios (comparsas) e (a investigação) ia acabar, não é isso que vai acontecer", disse o governador.

"As investigações continuam inclusive para que elas cheguem nessa guerra do tráfico com a milícia. Se a motivação foi essa, mais ainda a gente vai ter de investigar e combater. Da parte das forças de segurança estaduais, não há alteração alguma do planejamento. Nós agimos rapidamente na elucidação desse crime bárbaro e vamos continuar o trabalho, não retrocederemos em nada. Todo o planejamento está mantido", afirmou Castro.

Sobre a suposta participação de integrantes do Comando Vermelho presos no complexo penitenciário de Gericinó, em Bangu, no "julgamento" que determinou a morte dos comparsas que teriam se enganado ao matar os médicos, o governador afirmou que foram apreendidos celulares na penitenciária e haverá investigação. "O que nos parece é que até eles se indignaram com a ação dos próprios (comparsas) e eles fizeram essa punição interna. Temos que achar, inclusive, quem cometeu esse segundo assassinato. É óbvio que eles já sabiam quem tinha sido (o autor das mortes supostamente por engano), foram à frente e puniram eles. Tem que ver se foram todos, se tinha mais gente envolvida, a investigação não muda em nada", disse.

Força Nacional

O secretário executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Capelli, está no Rio e participou de coletiva com o governador. Ele afirmou que já planejava ir ao Rio antes da morte dos médicos, por causa do acordo para enviar agentes da Força Nacional para o Estado, para atuar principalmente no complexo de favelas da Maré.

"Viemos para o Rio por determinação do presidente Lula para apoiar o governo do Rio no enfrentamento desse crime inaceitável que ameaça a vida, destrói a economia e afronta o estado democrático de direito. Vamos seguir apoiando com a Polícia Federal, com a Polícia Rodoviária Federal, com nosso grupo de inteligência. Nós apenas adiamos o envio da Força Nacional pelos questionamentos do Ministério Público Federal. Estamos em busca de efetividade. O adversário está do outro lado: o crime organizado que tenta tomar todo o país", afirmou Capelli.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em outra categoria

Dá para dizer, até com certa tranquilidade, que As Aventuras de uma Francesa na Coreia é um filme menor do cineasta sul-coreano Hong Sang-soo. Em cartaz nos cinemas, o novo longa-metragem não chega perto das provocações de títulos como Certo Agora, Errado Antes ou, mais recentemente, A Mulher Que Fugiu. Ainda assim, o filme é melhor do que muitos por aí ao propor uma reflexão sobre as barreiras naturais que existem na fala.

De um lado, está a francesa Iris (Isabelle Huppert), mulher que decide ensinar seu idioma na Coreia do Sul mesmo sem método, didática ou uma cartilha pedagógica. Faz tudo do jeito mais artesanal possível, bebendo um shot de uma bebida alcoólica local entre uma aula e outra. Do outro lado, estão os alunos que tentam se comunicar com ela.

Padrão

As Aventuras de uma Francesa na Coreia, assim, se revela como um filme sobre a incomunicabilidade. O inglês é a língua usada como padrão por essas pessoas - afinal, Iris não fala coreano, enquanto os locais quase não falam francês. Nesse terceiro idioma, muita coisa se perde. A comunicação se torna estática, atrapalhada, pouca fluida. O inglês pode ser entendido por todos, mas ainda assim, para Hong Sang-soo, não é compreensível. Como expressar ideias e sentimentos em uma língua que não é sua?

Emoções se perdem nas palavras estrangeiras e são, logo depois, afogadas na bebida. A vergonha de falar errado impede a comunicação. A paisagem grita por sentimentos, mas as palavras simplesmente não saem - não há, afinal, meios para compreendê-las totalmente. A música ou os olhares podem servir de escape, mas nunca são a linha final.

Sang-soo tenta entender a linguagem não como algo que se pode atravessar facilmente, mas como uma barreira que nem sempre pode ser transposta. Mesmo para aqueles que dominam outra língua, os sentimentos não serão expressos da mesma forma. É o cineasta coreano chegando perto de reflexões que permearam toda a carreira do suíço Jean-Luc Godard, que sempre tentou entender as formas (e desafios) da linguagem.

Há, assim, algo potente a ser discutido nesse novo filme de Sang-soo, um dos cineastas mais prolíficos em atividade - e que já mantém a marca de dois filmes novos a cada ano.

No entanto, há pouca inspiração aqui. Por mais que a estética do diretor seja a mesma vista em seus filmes mais recentes, com bastante uso de zooms, ele parece menos disposto. Os acontecimentos se movem sem muita empolgação, sem a vontade de ir além na discussão. É como se o coreano levantasse os pontos centrais da incomunicabilidade, mas não fosse além em busca de questões mais fortes e profundas.

Lembra um pouco outro filme menor do coreano, A Câmera de Claire, também com Isabelle Huppert. Um filme de uma ideia só, bem provocada, mas que não consegue ir além dela.

Provocação

Há quem diga que Sang-soo é assim: um cineasta de conversas encavaladas, discussões travadas e que gosta de perguntar, não de responder. De certa forma, é verdade. Mas é só ver alguns títulos que já estão alcançando o patamar de obra-prima da cinefilia, como O Dia Depois, O Hotel às Margens do Rio e os já citados Certo Agora, Errado Antes e A Mulher Que Fugiu. Há uma provocação e, depois, ideias concatenadas, buscando provocar outros questionamentos. Já As Aventuras de uma Francesa na Coreia se mantém em uma nota só. Mas, de verdade: uma nota só de Hong Sang-soo é melhor do que muito do que chega aos cinemas hoje em dia.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Maidê Mahl postou pela primeira vez nas redes sociais após ser encontrada com ferimentos graves e desacordada em um hotel de São Paulo, em setembro do ano passado.

A atriz de 32 anos, que ficou três dias desaparecida e mobilizou a classe artística na ocasião, fez uma postagem nesta sexta-feira, 18, no qual compartilhou um vídeo antigo e explicou que está no maior centro de reabilitação da América Latina.

"Meu coração é pura saudade quando vejo esse vídeo. Quando eu falava, cantava, eu andava e dançava. Agora esse sonho está perto de se realizar. Sigo com minha recuperação no maior Centro de Reabilitação da América Latina. Então eu creio que vou voltar muito melhor. Amém? Amém!!! Assim seja", escreveu ela, sem detalhar o tipo de reabilitação.

Conhecida por viver Elke Maravilha em O Rei da TV (2022) e pela série Vale dos Esquecidos, Maidê desapareceu no começo de setembro de 2024 após ser vista com uma mochila nas costas no bairro paulistano de Moema, na zona sul.

Seu sumiço mobilizou famosos e, três dias depois, em 5 de setembro, ela foi encontrada com ferimentos graves e desacordada em um hotel do centro de São Paulo. Maidê ficou um mês em coma internada na UTI e teve alta hospitalar no final de janeiro de 2025.

Após a eliminação de Diego Hypolito na noite de quinta-feira, 17, restaram quatro brothers na casa. Com a vitória de Guilherme na Prova do Finalista, um novo Paredão foi automaticamente formado na noite desta sexta-feira, 18. Além da vaga na final, o pernambucano também ganhou um carro.

Com pouco mais de sete horas de prova, Vitória foi a primeira a ser eliminada da prova, depois de gastar todos os créditos de descanso. Em seguida, com mais de nove horas de prova, João Pedro também desistiu e foi eliminado.

Renata foi a penúltima a deixar a prova após doze horas de prova, dando a Guilherme a vitória, a vaga na grande final e um carro. A cearense lamentou ter ficado em segundo lugar em provas de resistência mais uma vez e foi acolhida por Vitória, que disse se inspirar em Renata.

O resultado desse último Paredão definirá quem se juntará a Guilherme na disputa da grande final, que acontece na próxima terça-feira, 22.

A eliminação acontece no próximo domingo, 20.