Unicamp: após 17 dias de paralisação, alunos desocupam unidade e encerram greve

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Depois de 17 dias de paralisação, um acordo com a universidade, nesta sexta-feira, 20, encerrou a greve de estudantes na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Conforme a instituição, os alunos se comprometeram a desocupar, durante este fim de semana, o prédio do Instituto de Matemática, Estatística e Computação Científica (Imecc), que havia sido ocupado no início do movimento. A decisão foi tomada em reunião entre a comissão de negociação constituída pela reitoria e representantes do movimento estudantil.

Integrantes do Diretório Central de Estudantes (DCE) confirmaram o acordo e disseram que a maior parte das reivindicações foi atendida pela universidade. Em nota, a Unicamp disse que, a partir da concordância mútua, foram elaborados ajustes, estabelecidos prazos e formadas comissões de acompanhamento para cada um dos itens da pauta de negociações.

As reivindicações incluíam cotas trans, cotas PCDs e acessibilidade, permanência indígena, condições de permanência dignas, defesa da universidade pública, combate à violência sexual e de gênero, contra o ponto eletrônico, contratação de professores e funcionários, não punição aos alunos que se mobilizaram e o afastamento definitivo do professor que teria empunhado uma faca contra os alunos.

O documento com as propostas atendidas e respectivos prazos estava em elaboração neste sábado, 21. "Um comunicado sobre as iniciativas que serão tomadas a partir da negociação será enviado ao conjunto da universidade acadêmica. A Reitoria reitera seu compromisso com o diálogo, com a democracia e com a busca por uma universidade plural e inclusiva", disse.

A greve teve início no dia 3 de outubro, depois que um professor da Unicamp foi flagrado empunhando uma faca durante abordagem por um grupo de alunos que faziam uma mobilização na universidade. Os estudantes protestavam contra a privatização de órgãos estaduais e a precarização do ensino universitário público.

O professor teve a faca apreendida pela polícia. Ele e o aluno supostamente ameaçado foram levados à delegacia. O docente foi afastado durante o segundo semestre e responde a processo administrativo disciplinar na universidade. Já a polícia considerou que os alunos teriam partido para cima do professor. A defesa do docente alega que ele agiu em legítima defesa.

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Durante participação no videocast Desculpa Alguma Coisa, a atriz Cláudia Ohana relembrou um episódio traumático vivido nos bastidores da novela A Próxima Vítima, exibida pela TV Globo em 1995. Em conversa com Tati Bernardi, ela contou que levou um tapa de verdade do ator Marcos Frota durante a gravação de uma cena, sem ter sido avisada previamente.

"Eu me lembro do dia em que fiz. Eu tive um ataque no dia porque ele [Marcos Frota] me deu um tapa de verdade e eu saí chorando, falando: 'Não vou gravar essa cena, não estou aqui para levar tapa de ninguém'. Isso era a Cláudia falando", relatou a atriz.

Segundo Cláudia, a situação causou uma crise nos bastidores, a ponto de ela não querer mais gravar a cena prevista para o dia. A atriz explicou que sua personagem, Isabela, era constantemente agredida na trama e que, em outra sequência, chegou a ser esfaqueada pelo personagem Marcelo, interpretado por José Wilker.

Ela ainda refletiu sobre como cenas de violência eram tratadas na época. "Eu acho que essa cena não se gravaria hoje de jeito nenhum. Não pode", afirmou. Cláudia também disse que sentia medo na hora de gravar as cenas e criticou a maneira como o público reagia: "As pessoas adoravam ver isso, adoravam ver a Isabela sendo espancada, sendo esfaqueada".

A exposição inédita Andy Warhol: Pop Art! estreia em São Paulo em 1º de maio, no Museu de Arte Brasileira da Fundação Armando Alvares Penteado (MAB-FAAP). Trata-se da maior mostra sobre o artista e diretor americano já realizada fora dos Estados Unidos, e ficará em cartaz até 30 de junho. Os ingressos, que custam entre R$ 25 (meia-entrada) e R$ 70, já podem ser adquiridos no site oficial.

As mais de 600 obras apresentadas virão diretamente do The Andy Warhol Museum, que fica em Pittsburgh, na Pensilvânia, cidade natal do artista.

A mostra pretende destacar a pluralidade artística de Warhol, e para isso contará com obras de diversas fases de sua carreira, com pinturas, serigrafias, esculturas raras, fotografias, instalações e filmes experimentais, dispostas em 2.000 metros quadrados no MAB. Estarão na lista pinturas icônicas como Campbell's Soup.

Expoente do movimento Pop Art, famoso por utilizar de elementos da cultura popular, Warhol pintou retratos de figuras célebres como Elvis, Mao, Marilyn, Michael Jackson e Pelé, que integram a mostra. A curadoria é de Amber Morgan e Priscyla Gomes.

Andy Warhol: Pop Art!

Quando: de 1º de maio a 30 de junho de 2025, de terça a domingo, das 9h às 20h (com última entrada às 19h)

Onde: Museu de Arte Brasileira da Fundação Armando Alvares Penteado (MAB FAAP) - Rua Alagoas, 903, Higienópolis, São Paulo

Ingressos: R$ 50 (inteira) e R$ 25 (meia-entrada) de terça à sexta-feira; R$ 70 (inteira) e R$ 35 (meia-entrada) aos sábados, domingos e feriados

Como comprar: Ingressos já disponíveis no site oficial ou na bilheteria do MAB, sem taxa de conveniência

Livre para todas as idades

Estacionamento no local

O ator Robert de Niro, lenda do cinema americano e duas vezes ganhador do Oscar, receberá uma Palma de Ouro honorária na abertura do 78º Festival de Cannes, em 13 de maio, informaram os organizadores da mostra nesta segunda-feira, 7.

"Há rostos que encarnam a sétima arte e diálogos que marcam para sempre os cinéfilos. Com sua interpretação interiorizada, que aflora na suavidade de um sorriso ou na dureza de um olhar, Robert De Niro se tornou um mito do cinema", destacou a organização em nota à imprensa.

O Festival não apenas premiará a carreira do protagonista de Taxi Driver e A Missão, mas também seu papel como produtor e fundador do Festival TriBeCa, em Nova York, acrescentou o texto.

"Meus sentimentos pelo Festival de Cannes são muito fortes", explicou de Niro, de 81 anos, citado no comunicado.

"Especialmente hoje, quanto tantas coisas no mundo nos separam, Cannes nos reúne: narradores, cineastas, admiradores e amigos. É como voltar para casa", prosseguiu.

De Niro receberá o prêmio na cerimônia de abertura, e no dia seguinte dará uma "masterclass" para o público em Cannes.

A 78ª edição do festival será realizada entre 13 e 24 de maio. A seleção de filmes será revelada na próxima quinta-feira a partir das 11h, horário de Paris (6h de Brasília).

De Niro participou de várias edições do Festival de Cannes e presidiu o júri da mostra francesa em 2011, mas nunca recebeu um prêmio de melhor ator.

Em Hollywood, ganhou o Oscar em duas ocasiões: em 1975, como melhor ator coadjuvante no papel do jovem mafioso Vito Corleone em O Poderoso Chefão II, de Francis Ford Coppola; e em 1981, como melhor ator pela interpretação de um lutador de boxe em Touro Indomável, de Martin Scorsese.

De Niro nasceu em agosto de 1943, em Little Italy, bairro de Nova York, filho de pais artistas e imigrantes europeus. Americano de nascimento, obteve a cidadania italiana em 2006.

Cresceu em um ambiente boêmio e começou a atuar aos 16 anos, inicialmente no teatro. Seu primeiro papel no cinema foi em Festa de Casamento (1969), de Brian de Palma, seguido de Os Cinco de Chicago (1970), de Roger Corman.

Embora tenha interpretado papéis muito variados, de dramas familiares a comédia, sua carreira permanece irremediavelmente ligada à de Martin Scorsese, que tem a propensão de escalá-lo para papéis de mafioso ou vilão, como em Os Bons Companheiros (1990), O Irlandês (2019) e Assassinos da Lua das Flores (2023).