Incêndio ameaça paraíso das onças-pintadas; fogo já queimou 260 mil hectares

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Os incêndios já destruíram mais de 260 mil hectares, desde o início deste mês, no Pantanal de Mato Grosso, um dos biomas mais ameaçados do País. O fogo atingiu o Parque Estadual Encontro das Águas, que detém a maior concentração de onças-pintadas do mundo. O Corpo de Bombeiros de Mato Grosso usa aviões para combater as chamas que se espalham por áreas inacessíveis por terra. Segundo a corporação, o santuário das onças está sendo monitorado e não houve registro de morte de felinos.

Em todo o Pantanal, que ocupa também parte de Mato Grosso do Sul, foram detectados 1.436 focos de incêndios este ano, 20% a mais que no mesmo período de 2022, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). A situação é mais grave no Pantanal norte, em Mato Grosso, onde ocorreram 742 focos apenas em outubro. Neste domingo, 22, o Estado tinha 145 focos ativos, dos quais 66 ocorriam no Pantanal.

O fogo no parque das onças-pintadas, que fica entre os municípios de Poconé e Barão de Melgaço, começou no dia 1º de outubro e já consumiu 11% da área total da reserva, de 108 mil hectares. Em 2020, quando o incêndio mais severo atingiu o parque, cerca de 80% da área foi queimada. Várias onças-pintadas foram resgatadas com ferimentos causados pelas chamas.

Neste domingo, o Corpo de Bombeiros de Mato Grosso mantinha 30 militares distribuídos em quatro pontos estratégicos ao longo das margens do Rio Macabu para combater o incêndio. O fogo estava contido em áreas alagadas, acessíveis apenas pelo ar com o emprego de aviões.

De acordo com o comandante do Batalhão de Emergências Ambientais da corporação, tenente-coronel Marcos Alves, as chamas atingiam uma das extremidades do parque e o esforço era no sentido de evitar que alcançasse o santuário das onças. "Nossa ação tem como principal objetivo evitar que o fogo vá para o outro lado do rio. Se isso acontecer, as chamas podem avançar no sentido norte do parque (onde fica o santuário). Trabalhamos arduamente para que isso não aconteça", disse.

Nos últimos dias, o combate foi intensificado com lançamentos de água pelos aviões do Grupo de Aviação Bombeiro Militar. "Com o uso de aeronaves estamos conseguindo diminuir a intensidade das chamas e fazendo com que o fogo perca a força onde não é possível fazer um combate direto por terra", disse. O militar disse que muitos focos são originados do uso irregular do fogo no Pantanal. "Enviamos equipes de fiscalização para fazer a prevenção ativa e vamos responsabilizar criminalmente e multar quem for pego nessas ações", afirmou.

Onda de calor

A previsão de calor intenso e clima seco na região do Pantanal nas próximas semanas colocou em alerta os bombeiros de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta de alto risco devido à onda de calor que deve atingir áreas do Centro-Oeste e do Norte do País. O aviso, válido até as 18 horas desta segunda-feira, 23, inclui ainda áreas do Pará, Rondônia, Tocantins e Goiás. A previsão é de que, em algumas cidades, como Cuiabá, capital do Mato Grosso, o calor chegue a 44ºC.

O Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec) de Mato Grosso do Sul também previu uma onda de calor que atingirá o Estado nesta semana. Segundo a estimativa, os maiores índices serão registrados nas regiões pantaneiras, no sudoeste e norte do Estado. A ocorrência de chuvas abaixo da média nos primeiros 15 dias de outubro e a previsão de baixa umidade relativa do ar, entre 10% e 30%, agravam o risco de propagação de incêndios na região.

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Uma vaquinha online foi aberta para ajudar a atriz Maidê Mahl, de 32 anos, que segue em recuperação após ter sido encontrada com ferimentos graves e desacordada em um hotel de São Paulo, em setembro do ano passado. A informação foi divulgada na noite de domingo, 20, no Instagram dela.

De acordo com a publicação, Maidê saiu da UTI, mas ainda requer cuidados especiais. Ela está sendo acompanhada por uma mulher chamada Mariá, que deixou o trabalho para se dedicar integralmente à recuperação da atriz.

"Os gastos com medicamentos, alimentação e cuidados básicos são altos, e elas precisam da nossa ajuda. Qualquer valor faz diferença. Se puder, contribua e compartilhe. Juntos, podemos garantir que a Maidê siga vencendo essa batalha!", dizia a publicação.

A atriz ficou conhecida por interpretar Elke Maravilha na série O Rei da TV (2022) e por atuar em Vale dos Esquecidos. Em setembro de 2024, ela desapareceu após ser vista com uma mochila nas costas no bairro de Moema, na zona sul de São Paulo.

Três dias depois, em 5 de setembro, a atriz foi localizada em um hotel na região central da cidade, com ferimentos graves e inconsciente. Ela ficou internada na UTI por um mês, em coma, e recebeu alta hospitalar apenas no fim de janeiro deste ano.

No último dia 18, Maidê fez sua primeira publicação nas redes sociais desde o ocorrido. "Meu coração é pura saudade quando vejo esse vídeo. Quando eu falava, cantava, eu andava e dançava. Agora esse sonho está perto de se realizar", escreveu ela, sem dar detalhes sobre o tratamento. A atriz disse estar em reabilitação no maior centro especializado da América Latina e demonstrou otimismo com a recuperação.

O texto abaixo contém spoilers do segundo episódio da nova temporada de 'The Last of Us'.

A HBO e a Max exibiram no domingo, 20, o segundo episódio da nova temporada de The Last of Us. A produção trouxe um dos momentos mais aguardados e polêmicos do videogame: a morte de Joel, interpretado por Pedro Pascal. A cena, marcada por violência, foi debatida pelos criadores Craig Mazin e Neil Druckmann em entrevista à revista Variety.

Na trama, Joel é atacado por Abby (Kaitlyn Dever) durante uma patrulha, após ajudá-la a escapar de infectados. Ela o atrai até uma cabana, onde o personagem é ferido e espancado diante de Ellie (Bella Ramsey), que tenta intervir. A motivação da personagem está ligada aos acontecimentos do final da primeira temporada. Enquanto isso, a cidade de Jackson lida com uma invasão de infectados, ampliando a tensão.

Druckmann explicou que o momento precisava ocorrer ainda no começo da temporada para dar início ao novo arco narrativo da série - no jogo, a morte de Joel também acontece no início. Para ele, atrasar essa virada poderia enfraquecer o impacto da história.

Mazin completou dizendo que o desafio era equilibrar a surpresa para quem ainda não conhecia o jogo e a expectativa de quem já sabia o que viria.

"Existe o risco de atormentar o público, e não é isso que queremos fazer. Se as pessoas souberem que isso vai acontecer, vão começar a se sentir atormentadas. E quem não sabe, vai acabar descobrindo, porque todo mundo comentaria sobre a ausência da cena", explicou o criador. "Nosso instinto foi garantir que, quando acontecesse, parecesse natural dentro da história - e não como uma escolha pensada apenas para abalar o público."

A versão televisiva da história também expande elementos que, no jogo, aparecem apenas como menções. A crise em Jackson, por exemplo, foi mostrada de forma mais direta, o que ajuda a consolidar o local como um personagem dentro da narrativa. "Queríamos que o público levasse Jackson em consideração daqui para frente", disse Druckmann.

O episódio também aprofunda a relação entre Joel e Dina (Isabela Merced), que não chega a ser mostrada no jogo. A adaptação sugere que, ao longo dos anos em Jackson, Joel e Dina desenvolveram uma conexão próxima, o que reforça o impacto emocional do ataque. Já a dinâmica entre Ellie e Dina ainda está em construção, com diferenças importantes em relação ao material original.

O autor britânico Neil Gaiman, conhecido por obras como Sandman, Coraline e Deuses Americanos, abriu um processo contra Caroline Wallner, ceramista que o acusou de abuso sexual.

Ele cobra mais de US$ 500 mil (cerca de R$ 2,6 milhões), alegando que ela quebrou o acordo de confidencialidade firmado entre os dois há três anos. As informações são da revista Vulture.

Wallner se mudou para a casa de Gaiman em Woodstock, nos Estados Unidos, onde trabalhou e morou, junto com o ex-marido. Segundo ela, os abusos teriam ocorrido entre 2018 e 2020, após o fim do casamento. Nesse período, o autor teria proposto relações sexuais em troca de moradia. Ele nega a acusação e diz que foi ela quem iniciou os encontros íntimos.

Em 2021, Gaiman e Wallner assinaram um acordo que incluía cláusulas de sigilo e não difamação. Como parte do acerto, o escritor pagou US$ 275 mil à ceramista, que ficou impedida de processá-lo ou relatar publicamente o que viveu. Agora, ele afirma que Wallner descumpriu os termos ao dar entrevistas a veículos de imprensa.

No novo pedido, o autor exige o reembolso total do valor pago, o pagamento de honorários advocatícios e uma compensação de US$ 50 mil para cada entrevista concedida. O ex-marido de Wallner, que também assinou o acordo à época, foi citado no processo.

Vincent White, advogado da ceramista, e especialista em casos de assédio, afirmou que raramente homens acusados recorrem à Justiça nesses casos, por conta da repercussão pública negativa. "Quando alguém tenta silenciar esse tipo de denúncia, muita gente acaba acreditando que ela é verdadeira", afirmou.