Turistas e moradores esperam até 5h para travessia na balsa de Ilhabela

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Turistas e moradores têm reclamado de fila de até cinco horas da balsa que faz a travessia de São Sebastião para Ilhabela, no litoral norte de São Paulo. Sem ponte até o continente, o serviço é o único acesso à ilha, com mais de 40 praias e um dos destinos mais buscados do verão. O Departamento Hidroviário (DH), órgão estadual, diz que a causa é o mau tempo, que obriga a reduzir a carga nas balsas. Mas usuários afirmam que há demora mesmo se o tempo é bom - parte vê piora ante o pré-pandemia.

llhabela tem 36 mil habitantes e a população mais que dobra na alta temporada. Turistas disputam balsas com moradores, fornecedores e prestadores de serviços. Há nove embarcações para a travessia, incluindo duas lanchas para pedestres. Conforme o site do DH, entre 17h e 20h de quinta-feira, 5, horário de pico, o tempo de espera, nos dois sentidos, oscilou entre 3 horas e meia e 5 horas. O tempo normal é de 30 minutos.

O serviço operava com capacidade reduzida para 242 veículos por hora (a capacidade plena é de 400), por causa da maré instável e dos ventos fortes. Nesta sexta, 6, ao meio-dia, com tempo bom e fora do pico, havia fila de até uma hora.

Duas balsas, a FB-25 e a FB-29, estão paradas para reforma. Segundo o DH, a FB-29 deve voltar ao serviço em fevereiro, antes do carnaval. Já a FB-25, a maior da frota, com capacidade para 85 veículos, só volta no fim de março. No lugar delas, foram postas três embarcações menores - duas operadas com ajuda de rebocadores. A atual gestão do DH diz ter reforçado o trabalho com uma nova balsa, que já está operando. E, para agilizar o fluxo, afirma ter adotado medidas como embarque e desembarque simultâneos e manutenção noturna de equipamentos.

CRÍTICAS

No dia 4, José Francisco Goiano, morador de Ilhabela de 65 anos, diz ter sofrido para ir a uma consulta médica em São Sebastião. "Mesmo com atendimento prioritário, foram mais de três horas aguardando", diz. "Tenho ido ao Hospital Regional de Caraguatatuba para tratamento e, quando a consulta é às 7h, entro na fila às 4h30."

A dirigente escolar Thays Ribeiro, da capital, disse que no réveillon de 2021 não havia pegado fila. Na época, medidas de quarentena já haviam sido revogadas, mas parte do público ainda não frequentava as praias por medo da covid.

Agora, não teve a mesma sorte para a virada de ano. "Foi a maior roubada, quase 5 horas para entrar e estou preocupada com a saída, pois tem fila 24 horas por dia." Hoje, quando retornar, ela vai pegar a balsa de madrugada.

"Como a balsa não dá prioridade para funcionários de empresas que prestam serviços à população, deixamos de atender muita gente", diz João Pedro Nunes, funcionário de uma empresa de telefonia, que vê na situação uma "tragédia" para moradores e turistas. "É lamentável um lugar tão bonito ficar tão inacessível por falta de competência dos gestores públicos", critica Thays.

A Secretaria de Logística e Transportes na gestão 2019/22 afirma ter investido mais de R$ 21,2 milhões na modernização do sistema, aperfeiçoando manutenções e reformando embarcações, flutuantes e pontes de acesso. Acrescenta que a manutenção passou a ser feita durante 24 horas e foram criados canais de informação em tempo real e o serviço ganhou lanchas exclusivas para pedestres e ciclistas.

FUTURO

Em dezembro de 2021, o Estado lançou edital de concessão à iniciativa privada das travessias litorâneas, mas o projeto foi suspenso após críticas de prefeitos de áreas incluídas na proposta. Segundo a gestão anterior disse à época, um dos objetivos da concessão era justamente o de evitar filas para os usuários dos serviços. Procurado, o DH, agora sob a gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos), disse que vai revisar o projeto para checar sua viabilidade de implementação.

Em 7 de dezembro, o prefeito de Ilhabela, Toninho Colucci (PL), realizou audiência pública sobre as balsas, que ele defende municipalizar. "Acredito que com o novo governo estadual essa discussão possa ser retomada", disse.

Na audiência, o então diretor da DH, José Reis, reconheceu que as duas balsas, sobretudo a JB-25, faziam falta no cotidiano de travessias. Segundo ele, a embarcação maior foi enviada para o estaleiro de Itajaí (SC), o único com as condições de realizar a reforma.

Comandante da Delegacia dos Portos de São Sebastião, André Abreu Castelo Soares disse, na mesma reunião, que as embarcações substitutas, operadas com rebocador, são homologadas e inspecionadas pela Marinha - o que inclui avaliação de segurança.

AGENDAMENTO

A travessia funciona 24 horas, com saídas de hora em hora de meia-noite às 5 da manhã, e de 30 em 30 minutos das 5h30 às 23h30. Carros pagam R$ 19 em dias úteis e R$ 28,50 aos sábados, domingos e feriados.

Existe um serviço chamado Hora Marcada, mas a tarifa mais do que dobra. Para carro, vai a R$ 46,40 em dia útil e a R$ 64,50 em finais de semana e feriados.

O horário pode ser agendado até 60 dias antes, mas é preciso chegar com no máximo 30 minutos de antecedência ou até 30 de atraso para realizar o embarque imediato.

O agendamento pode ser feito por e-mail (Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.) ou pelos fones 13-3358.2743, 13-3358.3088 e 13-3358.2277.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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A série Tô de Graça estava na quarta temporada quando Rodrigo Sant'Anna percebeu que aquela história poderia virar um filme. "Foi quando a série começou a fazer sucesso e se tornar querida pelo público", contextualiza o ator ao Estadão. Três anos se passaram e o desejo virou realidade: seis temporadas depois, Tô de Graça chegou aos cinemas na quinta, dia 27. Na mira, a repetição do sucesso que faz desde 2017 na tela do Multishow.

Tudo da série está ali: o clima de subúrbio do Rio; as piadas de Rodrigo Sant'Anna com o visual de sua personagem, dona Graça; e a família extremamente numerosa, ajudando a criar situações diversas. O que muda é onde a série efetivamente se passa: na paradisíaca Búzios, no litoral fluminense. Uma das filhas (Roberta Rodrigues) vai para lá, com um novo namorado, e a família quase completa decide ir atrás - mesmo não sendo convidada.

"Minha maior preocupação foi criar afinidade com personagens e histórias já tão conectadas com o público", diz o diretor César Rodrigues, de Minha Mãe É uma Peça 2. "Esse foi meu desafio inicial: como interagir com o Rodrigo e com todo o elenco da dona Graça, e pensar numa narrativa que se mantivesse bem amarrada."

O elenco afirma não ter tido muita dificuldade em trocar de mídia - já interpretaram esses personagens também no teatro, facilitando a mudança de linguagem. No entanto, o timing é diferente: buscando integrar mais a família em um "ambiente estranho", há mais imagens dos personagens reagindo, se divertindo.

"Esses personagens foram criados para ter muita liberdade física e de comunicação. Então, sair de um ambiente fechado e ir para a rua, encontrar esse movimento sem perder a essência, foi um desafio importante", continua o diretor. "Focamos em contar uma boa história, refletindo os desejos dos personagens e garantindo que tudo estivesse no momento certo para que nada se perdesse. A atuação muda muito, mas a sinceridade dos personagens permanece."

OUTRO MILHÃO?

Em 2024, dos três filmes brasileiros que bateram o número mágico de um milhão de espectadores, dois deles são comédias - Os Farofeiros 2 e Minha Irmã e Eu, com o drama Nosso Lar como terceiro título. Há quem arrisque que Tô de Graça pode ser o quarto da lista. É uma comédia, com um nome conhecido como protagonista e que resvala em outros filmes de sucesso no Brasil. Difícil não comparar dona Graça e dona Hermínia.

Rodrigo Sant'Anna evita prever algo, mas diz que a resposta do público, na rua, é positiva. "As pessoas me param e dizem que se identificam com os personagens. Sempre tem alguém que conhece uma tia, uma mãe, uma irmã parecida", diz ele. "É uma família que tem um pouco de todas as famílias. Essa diversidade toda merece um lugar na sociedade, e fazemos isso com humor."

Rodrigo também afasta qualquer preconceito em relação à comédia brasileira - afinal, é esse gênero que está fazendo o cinema nacional ganhar novo fôlego. "Infelizmente, na sociedade, tudo o que é popular é visto com maus olhos. Parece que ele está na base da pirâmide, e quem está no topo olha para baixo com desprezo", afirma o ator. "Mas, quando vamos a uma festa, é o popular que anima. É a 'boquinha da garrafa'. É contraditório, mas nossa comédia passa por esse lugar de identificação e diversão."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A crise no casamento de Jennifer Lopez e Ben Affleck é assunto muito comentado desde o início do ano. Após especulações, uma fonte próxima ao casal revelou que os dois não estão mais juntos.

A informação foi dada ao Page Six, que também afirma que o casal está separado desde março. Além disso, o ator estaria fazendo de tudo para "proteger" a ex-mulher.

Segundo a revista People, Affleck já se mudou da mansão que dividia com Jennifer Lopez e está morando em uma casa de aluguel. "Ele está lá há dois meses. Ele parece estar bem. Tem passado os dias no escritório e está focado no trabalho. Também tem passado tempo com os filhos."

A especulação sobre problemas na relação começou quando a cantora cancelou a turnê This Is Me... Live nos Estados Unidos. Em comunicado oficial, ela afirmou que estava "doente" com a decisão, mas que a escolha foi feita para "ficar mais perto dos filhos, da família e dos amigos próximos".

Cyndi Lauper ficou chateada ao ver parte do público ir embora de seu show em Glastonbury, no último fim de semana. A cantora de Girls Just Wanna Have Fun teria feito uma cara desapontada após perceber que parte dos presentes no show abandonaram o lugar depois que ela apresentou seu maior sucesso.

Segundo a publicação do jornal Mirror, do Reino Unido, antes disso, a cantora já teria passado por alguns problemas técnicos com o microfone, que foram melhorando à medida que o show avançava.

Cyndi também teve que se ausentar do palco durante um momento para ter que fazer uma "coisinha". O momento aconteceu antes dela cantar outro de seus grandes sucessos, I Drove All Night.

Durante sua apresentação, Cindy felicitou pessoas LGBTQ que estavam celebrando o Dia do Orgulho naquele dia (comemorado no dia 28 de junho). A cantora também falou sobre direitos para as mulheres.