Tarifa zero em SP: Nunes anda de ônibus para lançar gratuidade e ouve cobranças de passageiros

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O prefeito Ricardo Nunes (MDB) escolheu o Terminal Santo Amaro, na zona sul da capital paulista, para lançar o programa Tarifa Zero nos ônibus à meia-noite deste domingo, 17. Ao longo de todo o dia, a gestão municipal faz um teste de gratuidade no transporte público municipal, que será repetido nos dias do Natal, do Ano-Novo e do aniversário de São Paulo (25 de janeiro).

A medida tem sido uma bandeira de Nunes, que pretende se candidatar à reeleição no ano que vem e fala em adotar o passe livre também nos dias úteis. O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), porém, não aderiu à medida e o Metrô e a CPTM vão manter a cobrança da passagem.

Em clima de pré-campanha, Nunes saiu à meia-noite em um ônibus com destino ao Shopping Ibirapuera para comemorar o primeiro dia da gratuidade no transporte municipal. Ao longo de todo o caminho, porém, Nunes ouviu críticas sobre os problemas da cidade e elogios à tarifa zero. E grande parte dos passageiros nem sabia da gratuidade.

"O objetivo é possibilitar que as pessoas conheçam e possam curtir a cidade", disse Nunes à imprensa, acrescentando que também pretende aumentar a adesão dos paulistanos ao uso do transporte público. "Não podemos ver o transporte como apenas uma questão tarifária. É uma questão de mobilidade, qualidade de vida e do ar."

O principal empecilho para que o Domingão Tarifa Zero empolgasse mais os paulistanos, entretanto, foi o anúncio quase simultâneo de que o valor das passagens do trem e do metrô será reajustado a partir de 1º de janeiro, passando de R$ 4,40 para R$ 5.

O aumento anunciado pela administração estadual criou tensão na última semana entre o prefeito e Tarcísio. Nunes disse que manterá a tarifa de ônibus no mesmo preço e quebra uma tradição de os reajustes do Município e do Estado serem feitos de forma coordenada.

"Metrô e CPTM não acompanham (a gratuidade). Não tem necessidade, porque temos abrangência de toda a cidade e tem interligação com todos os nossos equipamentos de esporte e de cultura", afirmou Nunes na plataforma de embarque do Terminal Santo Amaro.

'A gente quer isso durante a semana'

Enquanto falava com a imprensa, Nunes foi recebido com gritos das pessoas que aguardavam na fila da plataforma de embarque a cinco passos dele. Uma delas era a atendente de call center Ágda Carvalho, de 39 anos. "Quase ninguém trabalha no domingo. A gente quer isso durante a semana, não no único dia que o pobre tem para descansar", disse ela ao Estadão.

"Se houver o aumento do trem e do metrô, acho que não resolve muita coisa", opinou a garçonete Josilene Oliveira. Quando o prefeito desembarcou no ponto em frente ao Shopping Ibirapuera, ela pediu que ele aumentasse a frota de veículos à noite, período em que diariamente faz o trajeto até a zona leste e durante o qual conta que já chegou a esperar mais de 6h por um ônibus.

"O que ajuda é a tarifa justa ao longo da semana. A gente às vezes vem socado dentro do ônibus sem ter nem ar pra respirar", reclamou ela, de 46 anos.

Há ao menos outros 89 municípios no País que adotam o passe livre, segundo levantamento do pesquisador Daniel Santini, mestre em Planejamento Urbano e Regional da Universidade de São Paulo (USP). A maioria é de cidades pequenas.

São Caetano do Sul, de 165 mil habitantes, implementou a mudança no mês passado e viu o número de passageiros do sistema dobrar. O município do ABC paulista está entre as maiores a adotar o modelo, junto de Caucaia (355 mil), no Ceará, e Luiziânia (209 mil), em Goiás.

Ampliar gratuidade é tarefa complexa

Parte dos especialistas ouvidos pelo Estadão afirma que a tarifa zero promove o direito à mobilidade e de mais inclusão social. Outra corrente vê na medida um uso ineficiente de dinheiro público, uma vez que gasta montante expressivo em uma política que não beneficia só os que mais precisam. Mesmo entre os favoráveis à medida, há ressalvas sobre o modelo adotado na capital paulista.

Um exemplo recorrente utilizado por Nunes para ilustrar o impacto da Tarifa Zero no ônibus é como ela pode representar uma economia de quase R$ 50 para uma família de mãe, pai e três filhos que quiser passear aos domingos. A Câmara para aprovou, em 1ª votação, R$ 500 milhões para o programa no ano que vem. Ainda não há previsão de que ele seja replicado durante a semana.

A expectativa da Prefeitura é de que, neste primeiro momento, a medida aumente pelo menos 50% o total de pessoas que utilizam os ônibus municipais aos domingos. Hoje, este número é de 2,2 milhões de passageiros que demandam apenas 40% da frota disponível, segundo a SPTrans.

"Vamos ter de fazer alguns ajustes porque pode ser que algumas regiões tenham um número maior (de ônibus disponíveis), mas vamos monitorar", disse Nunes.

O prefeito admitiu estar "bastante empolgado" com a implementação da Tarifa Zero, que pode se tornar um trunfo eleitoral e uma marca da sua gestão, que enfrenta desafios como o espalhamento da Cracolândia e alta da criminalidade no centro.

Enquanto ia de Santo Amaro a Moema em uma viagem sem paradas, Nunes teve uma amostra sobre como terá de lidar com queixas sobre problemas que não estão sob responsabilidade da Prefeitura. Ouviu reclamações dos passageiros sobre, por exemplo, a truculência de abordagens policiais, desemprego, e o aumento das passagens do trem e do metrô.

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Um novo documentário produzido pelo diretor Martin Scorsese apresentará uma conversa inédita com o falecido papa Francisco sobre o esforço apoiado pelo pontífice para oferecer educação por meio do cinema, anunciaram os produtores do filme nesta quarta-feira, 30.

Chamado Aldeas - A New Story, o documentário está "enraizado na crença do papa na sagrada natureza da criatividade", disse um comunicado dos cineastas. Não foi anunciada uma data de lançamento.

Segundo eles, a conversa inédita com Scorsese foi a "última entrevista aprofundada do papa para o cinema".

Antes de morrer, Francisco chamou o documentário de "um projeto extremamente poético e muito construtivo porque vai às raízes do que é a vida humana, a sociabilidade humana, os conflitos humanos... a essência da jornada de uma vida", disseram os cineastas. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

Morreu nesta quarta-feira, 30, o jornalista Luiz Antonio Mello, aos 70 anos. A informação foi publicada pelo jornal A Tribuna, do Rio de Janeiro, em que ele atuava como editor desde 2021. Mello teve uma parada cardíaca enquanto fazia um exame de ressonância, e se recuperava de uma pancreatite no Hospital Icaraí.

Nome importante para o rock nacional, Luiz Antonio Mello (conhecido como LAM) passou por veículos como Rádio Tupi, Rádio Jornal do Brasil e Última Hora. No entanto, foi na Rádio Fluminense FM que ele esteve à frente do programa Maldita, criado em 1981 e responsável por dar visibilidade a grandes nomes da música, como Paralamas do Sucesso, Barão Vermelho e Legião Urbana. A história foi contada no longa-metragem Aumenta que é Rock'n Roll, estrelado por Johnny Massaro e dirigido por Tomás Portella.

Após a passagem pela Fluminense FM, que deixou em 1985 para participar da implantação da Globo FM, trabalhou como consultor de marketing para uma gravadora, foi diretor de TV e produtor musical. Colaborou com vários veículos, entre eles o Estadão, e é autor dos livros Nichteroy, Essa Doida Balzaka (1988), A Onda Maldita (1992), Torpedos de Itaipu (1995), Manual de Sobrevivência na Selva do Jornalismo (1996), Jornalismo na Prática (2006) e 5 e 15, Romance Atonal Beta (2006).

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"Luiz Antônio Melo era um niteroiense apaixonado por nossa cidade e que tinha uma mente, uma capacidade inventiva e criativa extraordinária. Participou diretamente de um dos momentos mais marcantes da música brasileira e do rock nacional através da rádio fluminense na década de 80. Lembro que ele ficou muito grato e feliz quando apoiamos a realização do filme Aumenta que isso aí é Rock and Roll, baseado no livro de sua autoria. Recentemente, conduzia com maestria as edições do jornal A Tribuna. Niterói, o rock e o jornalismo estão de luto com a sua partida. Mas ele deixou um legado, suas ideias", afirmou o prefeito Rodrigo Neves.

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Maike e Renata se reencontraram em público durante o Prêmio gshow, na última quarta-feira, 23, quando receberam o troféu da categoria "Melhor Conexão" e deram um beijo no palco. Antes da cena, estiveram juntos nos bastidores.

Apesar do clima de intimidade, Renata disse que ainda era cedo para definir qualquer rótulo. "A gente não teve a oportunidade de conversar aqui fora ainda, a gente mal se encontrou. No dia que a gente resolveu ficar, acho que ele ficou uns cinco dias na casa e depois saiu. Então, é muito breve para eu dizer algo", falou ao gshow.

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Após cumprir a agenda atribulada no Rio de Janeiro desde o fim do reality, no último dia 22, Renata voltou para Fortaleza nesta quarta junto de Eva, sua dupla no início da competição. Ela foi recebida por uma multidão no aeroporto, e comemorou o retorno para casa.