Exército limita armas em acervos de militares, mas permite até 5 fuzis em casa

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O Exército autorizou que seus militares, tanto do serviço ativo quanto os inativos, comprem e mantenham até seis armas em acervos particulares, sendo até cinco delas de uso restrito. Entre os itens que os integrantes da Força poderão ter em casa estão alguns modelos de fuzis, como o AR-15, da Colt, e o T4, da Taurus.

As novas regras, definidas em portaria do Comando Logístico do Exército, publicada na última sexta-feira, 15, são uma revisão tímida das normas para acervos de militares definidas durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). Entretanto, ao permitirem equipamentos mais potentes, mudam o paradigma que vigorava antes do governo anterior.

A partir de novembro 2019, primeiro ano da gestão Bolsonaro, os integrantes do Exército, na condição de militares, podiam ter até seis armas de uso permitido (que podem ser compradas por civis) ou restrito (só acessadas por alguns profissionais e atletas), independentemente do tipo ou do calibre.

Agora, com base na portaria de 2023, eles só podem ter em casa cinco armas de uso restrito, sendo elas de somente oito dos mais de cem tipos de calibres restritos. É por isso que o Exército considera ter definido regras que representam "maiores restrições para a aquisição de armas de fogo por militares".

"A portaria anterior possibilitava a aquisição de até seis armas de uso permitido ou restrito. A portaria atual restringe o número de armas de uso restrito para o máximo de cinco armas", frisou, em nota ao Estadão. "Existem apenas oito calibres de uso restrito que podem ser adquiridos por militares".

A pedido da reportagem, o gerente de projetos do Instituto Sou da Paz, Bruno Langeani, levantou o regramento que valia até antes das mudanças definidas no governo Bolsonaro para a compra de armas particulares por militares. As normas permitiam seis armamentos de uso permitido, além de dois de uso restrito. Mas estes com tipos limitados de calibres (.357, 40 SW, .45ACP, 9 mm). Os de fuzil, como o 5,56 mm x 45 mm, não estavam contemplados. Agora, ele é um dos oito disponíveis.

"Historicamente, eram autorizadas armas para defesa. Fuzil não é arma adequada para defesa em ambiente doméstico. A indústria podia vender 30 fuzis por cidadão. Agora há um lobby para desovar em alguma categoria. Cada nova categoria que acessa esse tipo de armamento é mais um ponto passível de cooptação para desvios. Se a gente tem cooptação de dezenas de militares para furtos de metralhadoras em quartéis, por que não teria para comprar fuzis?", afirmou.

A nova regra foi comemorada por atores do mercado de armas. Os decretos do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que reverteram a política armamentista do governo de Jair Bolsonaro (PL) congelaram vendas em lojas ao limitar os CACs (Caçadores, Atiradores esportivos e Colecionadores de armas). Com incentivos de Bolsonaro, o grupo se tornou o maior segmento armado do Brasil.

Empresários têm se queixado de produtos represados e lojistas têm preparado preços especiais. Com a definição, eles acreditam que os militares terão mais segurança e clareza sobre quais tipos de armas podem ser compradas à luz das novas regras. O Exército tem, na ativa, cerca de 213 mil homens.

Os fuzis estão proibidos para a defesa pessoal de civis e também vedados para a maior parte dos Conforme os novos decretos, caçadores e atiradores de nível 3, que participam de competições internacionais, podem ter armas e calibres restritas.

Até as pistolas 9 mm, que haviam se popularizado nos últimos anos, estão com vendas proibidas para civis. No caso desse tipo de arma, o governo retomou o paradigma em vigor antes da política armamentista de Bolsonaro e simplesmente restabeleceu a restrição.

Portaria do governo Lula proíbe compra de armas específicas

A nova portaria do Exército, a de nº 164, proíbe que militares comprem armas longas, de repetição ou semiautomáticas, que produzam energética cinética superior a 1.750 joules - uma unidade de medida de energia.

A energia média do calibre 5,56 x 45 mm, como a do AR-15 e da T4, foi estipulada em 1.748,63 joules. Ambos os modelos têm versões semiautomáticas. Ou seja, aquelas que detêm um mecanismo que prepara internamente o armamento para um novo disparo quando o gatilho é apertado, mas que demanda um acionamento de gatilho para cada tiro.

Portanto, as que produzem energia inferior a esse patamar, ainda que restritas, ficaram liberadas aos acervos pessoais de militares. A aferição mais recente da energia das armas e calibres consta em portaria conjunta do Exército e da Polícia Federal, a de nº 2, publicada em 14 de novembro.

Política de Bolsonaro armou crime organizado com fuzis

Os decretos de Bolsonaro chegaram a permitir que CACs tivessem 30 fuzis. Como mostrou o Estadão, investigações policiais revelaram que a política do ex-presidente acabou por armar o crime organizado. Em vez de recorrer ao mercado paralelo, criminosos conseguiam pagar mais barato em armamentos legais.

Laranjas ou mesmo indivíduos com extensa ficha criminal passaram a recorrer aos registros de CACs, concedidos pelo Exército, para comprar as armas com mais facilidade. O esquema explorou a fragilidade da fiscalização dos militares e falhas na verificação de antecedentes.

Em 2022, a Polícia Federal encontrou na casa de um integrante da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), em Uberlândia (MG), duas carabinas, um fuzil T4, duas pistolas, uma espingarda e um revólver. Ele se credenciou como CAC para adquirir armas para a facção.

"Eles (integrantes do PCC) pagavam de R$ 35 mil até R$ 59 mil num fuzil no mercado paralelo e agora pagam de R$ 12 mil a R$ 15 mil um (fuzil calibre) 556 com nota fiscal", contou o promotor de Justiça de São Paulo, Lincoln Gakiya, ao Estadão no ano passado. Ele é um dos maiores especialistas em combate ao crime organizado do País.

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O remake de Vale Tudo estreou na noite desta segunda-feira, 31, com um misto de saudosismo para quem assistiu à versão original e curiosidade de quem vai acompanhar a história pela primeira vez.

O primeiro capítulo mostrou que a autora Manuela Dias se manteve bastante fiel à história original, criada pelos autores Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Leonor Basséres, sobretudo no que diz respeito aos personagens principais: Raquel (Taís Araújo), Maria de Fátima (Bella Campos), Ivan (Renato Góes) e César Ribeiro (Cauã Reymond).

Quase 37 anos separam a versão original, um grande sucesso da teledramaturgia brasileira, e o remake. Por isso, nada mais natural de que algumas tramas e situações da novela sejam alteradas ou sofram atualizações.

O Estadão lista abaixo as principais delas:

Romance entre Maria de Fátima e César antecipado

Quem assistiu ao primeiro capítulo de Vale Tudo viu que ambiciosa Maria de Fátima e o cafajeste César Ribeiro já foram para a cama.

Isso não ocorreu na primeira versão. Embora a história deles se encontrarem em Foz do Iguaçu e cruzarem seus interesses seja a mesma, os dois só se envolveram de fato quando Fátima vai para o Rio de Janeiro. E só depois de levar um gelo de César, que só cede quando ela finge ser rica.

Solange com nova profissão

Solange Duprat, que no passado foi interpretada por Lídia Brondi, foi uma das personagens de maior sucesso da versão original, na qual era uma jornalista de moda, que trabalhava na revista Tomorrow.

Em 2025, a Tomorrow será um agência de conteúdo e Solange (Alice Wegmann) ocupará o cargo de diretora. Ela terá mais uma drama, além de perder o amado Afonso (Humberto Carrão) para Fátima. Ela sofrerá de diabetes e dependerá do uso de medicamentos.

Romance entre Cecília e Laís

Na primeira versão, em 1988, o público rejeitou o romance entre duas mulheres, Cecília e Laís. A solução encontrada pelos autores na época foi matar uma delas, Laís, em um acidente de carro.

Nesta nova versão, porém, Cecília (Maeve Jinkings) e Laís (Lorena Lima) poderão viver livremente o amor - um avanço no debate sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

Gildo vira Gilda

No passado, Gildo (Fernando Almeida) era uma garoto de rua pelo qual Raquel (Taís Araújo) se afeiçoa a passa a ajudar. Ela dá oportunidade para que ele possa trabalhar, primeiramente, vendendo sanduíches na praia e, posteriormente, em sua empresa da catering.

Agora, Letícia Vieira será Gilda, uma menina maior de idade que será igualmente ajudada por Raquel.

Consuelo e Jarbas

No remake de Vale Tudo, Consuelo (Belize Pombal), a eficiente secretária do temido Marco Aurélio (Alexandre Nero), será casada com Jarbas (Leandro Firmino). Eles serão pais de Daniela (Jéssica Marques) e André (Breno Ferreira).

Na primeira versão, era tudo diferente: Consuelo e Jarbas eram irmãos e criavam seus sobrinhos, Daniela e André, que eram órfãos.

Mudança de bairro

Quando Raquel chega ao Rio de Janeiro, ela é acolhida pelos irmãos Poliana (Matheus Nachtergaele) e Aldeíde (Karine Teles). Na versão original, eles moravam no bairro do Catete, na zona sul do Rio de Janeiro.

Porém, de 1988 para cá, o bairro, próximo à Praia do Flamengo, se valorizou bastante e ficaria inverossímil contar a história de superação de Raquel nesse lugar. O novo bairro escolhido para a trama se desenrolar é Vila Isabel, no subúrbio carioca.

Ausência da Zezé

Na versão original, Zezé, interpretada pela atriz Zeni Pereira (1924-2002) era a empregada doméstica do casal Bartolomeu (Claudio Correia e Castro) e Eunice (Íris Bruzzi) e vivia à disposição de todos na casa, sem folga.

Manuela Dias, nessa nova versão, eliminou a personagem, diante do absurdo que ela representava, sem respeito às leis trabalhistas, mais fracas à época.

Os participantes do BBB 25 entraram no clima do Dia da Mentira nesta terça-feira, 1º. Vitória Strada e João Gabriel armaram uma briga falsa para pregar uma pegadinha nos colegas de confinamento.

A encenação começou com a atriz demonstrando irritação e disparando: "Não fala comigo, cara. Não dá. Já te falei 20 vezes a mesma coisa. Você está me zoando". João Gabriel, por sua vez, respondeu: "Você não entende. Você não quer entender".

Para deixar a discussão ainda mais convincente, Vitória acrescentou um comentário inusitado: "Mas e aí? Eu tenho uma ursa. Qual o problema?" Em seguida, ela saiu em direção ao banheiro, afirmando que não queria continuar a conversa.

Pouco depois, João Gabriel revelou que tudo não passava de uma brincadeira. Vitória comemorou a pegadinha ao perceber que os colegas haviam caído na encenação: "Eles estavam todos acreditando!"

A cantora Dua Lipa anunciou nesta terça-feira, 1º, que retornará ao Brasil em 2025 com sua turnê Radical Optimism Tour. A artista, que marcou presença no Rock in Rio em 2022, se apresentará em São Paulo, no dia 15 de novembro, e no Rio de Janeiro, em 22 de novembro.

O primeiro concerto será na Estádio Morumbis, na capital paulista, e o segundo no Estádio Nilton Santos, na capital fluminense. A venda geral de ingressos tem início no próximo dia 10, às 10h, no site da Ticketmaster.

É, no entanto, possível conseguir os ingressos antes. Uma pré-venda do artista será realizada no dia 7, às 10h, também no site da Ticketmaster. Para participar dessa modalidade, é necessário se cadastrar no site da Dua Lipa.

Uma nova pré-venda ocorre no dia 8, às 10h, no site da Ticketmaster. Para participar dessa modalidade, é necessário ter um cartão Visa. Os valores dos ingressos variam entre R$ 230 e R$ 940.

Dua Lipa em São Paulo

Data: 15/11/2025 (Sábado)

Abertura dos Portões: 16h

Horário do Show: 21h

Local: Estádio do Morumbis

Endereço: Praça Roberto Gomes Pedrosa, 1 - Morumbi, São Paulo - SP, 05653-070

Classificação: 16 anos. Menores de 05 a 15 anos, apenas acompanhados dos pais ou responsáveis legais. *Sujeito a alteração por Decisão Judicial

Preços: Pista Premium A/B - R$ 890 (inteira), R$ 445 (meia-entrada); Pista - R$ 590 (inteira), R$ 295 (meia-entrada); Cadeira Inferior - R$ 720 (inteira), R$ 360 (meia-entrada); Cadeira Superior - R$ 780 (inteira), R$ 390 (meia-entrada); Arquibancada - R$ 460 (inteira), R$ 230 (meia-entrada)

Dua Lipa no Rio de Janeiro

Data: 22/11/2025 (Sábado)

Abertura dos Portões: 16h

Horário do Show: 21h

Local: Estádio Nilton Santos

Endereço: R. José dos Reis, 425 - Engenho de Dentro, Rio de Janeiro - RJ, 20770-001

Classificação: 16 anos. Menores de 05 a 15 anos, apenas acompanhados dos pais ou responsáveis legais. *Sujeito a alteração por Decisão Judicial

Preços: Pista Premium A/B - R$ 940 (inteira), R$ 470 (meia-entrada); Pista - R$ 590 (inteira), R$ 295 (meia-entrada); Cadeira Sul - R$ 640 (inteira), R$ 320 (meia-entrada); Cadeira Inferior Leste e Oeste - R$ 780 (inteira), R$ 390 (meia-entrada); Cadeira Superior Leste e Oeste A e B - R$ 460 (inteira) | R$ 230 (meia-entrada)