Pardos são maioria no Norte, Nordeste e Centro-Oeste; brancos, no Sul e Sudeste

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Predominantes no País pela primeira vez, de acordo com o Censo de 2022, os pardos são maioria da população nas regiões Norte (67,2%), Nordeste (59,6%) e Centro-Oeste (52,4%). Já a população autodeclarada branca ainda predomina no Sudeste e Sul, informou nesta sexta-feira, 22, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No Sudeste, região com a maior densidade demográfica do País, os brancos são 49,9%, ante 38,7% de pardos, 10,6% de pretos, 0,7% de amarelos e 0,1% de indígenas, aponta o Censo de 2022.

Especificamente em São Paulo, o Estado mais populoso do País, 57,8% dos habitantes se disseram brancos, 33% pardos, 8% negros, 1,2% amarelos e 0,1% indígenas.

Esse padrão se intensifica na região Sul, onde os brancos têm parcela ainda maior da população, 72,6%, ante 21,7% de pardos, 5% de negros, 0,4% de amarelos e 0,3% de indígenas. Entre os Estados, o maior porcentual de autodeclarados brancos do País está no Rio Grande do Sul, 78,4% da população, seguido de Santa Catarina (76,3%) e Paraná (64,6%).

Norte, Nordeste e Centro-Oeste

As outras três grandes regiões do País têm perfil de cor e raça bem diferente, mostrou o IBGE.

Espécie de espelho invertido do Sul, o Norte acusou 67,2% de pardos e a menor proporção de população branca entre as cinco regiões, 20,7%. Com relação a outras cores ou raças, 8,8% se disseram pretos e 3,1% indígenas, na maior proporção do País para esse último grupo. Amarelos fecham a lista com 0,2% da população da região Norte.

Quanto aos indígenas, o Norte tem três Estados com os porcentuais mais expressivos do País para essa cor ou raça: Roraima, com 14,1% de indígenas, Amazonas, com 7,7% e Acre, com 3,5%. O Mato Grosso do Sul, no Centro-Oeste, repete a proporção de 3,5% de indígenas.

No Nordeste, o grupo mais populoso são os pardos (59,6%), seguido de brancos (26,7%), e pretos, cujos 13% são o maior porcentual entre regiões para essa cor ou raça. Indígenas no Nordeste somam 0,6% da população e, amarelos, 0,1%. A Bahia é, isolado, o Estado com o maior porcentual de autodeclarados pretos, 22,4%, seguido por unidades de outras regiões, como Rio de Janeiro (16,2%) e Tocantins (13,2%).

No Centro-Oeste, para além da maioria de pardos (52,4%), 37% são brancos, 9,1% são negros, 1% se disse indígena e 0,4% amarelo.

Escala municipal

O gerente de Territórios Tradicionais do Censo 2022, Fernando Damasco, assinala como um diferencial da pesquisa o detalhamento a nível municipal, o qual levantamentos recorrentes sobre população não conseguem reproduzir. Isso permite, por exemplo, localizar no território as maiores concentrações dos grupos menos numerosos, caso dos amarelos e indígenas, mas, também, das pessoas pretas.

Enquanto os pardos predominam em 3,24 mil municípios e os brancos em outros 2,28 mil, os indígenas têm a maior parcela da população em 33 municípios e, as pessoas pretas, em nove.

Segundo Damasco, os indígenas estão mais concentrados nas faixas de fronteira da região Norte, ao norte de Roraima, nas áreas do alto rio Negro e do alto rio Solimões. Mas, também, no sudoeste do Pará e áreas do Maranhão e Tocantins, Mato Grosso, e cone sul do Mato Grosso do Sul. O município de Uiramutã, em Roraima, é o que tem a maior proporção de indígenas, 96,6%, seguido de Santa Isabel do Rio Negro (96,2%) e São Gabriel da Cachoeira (93,2%), ambos no Amazonas.

Pessoas pretas, por sua vez, predominam em nove municípios do País, todos no Nordeste, sendo a maior parte na região do Recôncavo Baiano, além de pontos do Maranhão. Serrano do Maranhão é o município com a maior proporção de pretos do País, 58,5% da população, seguido de Antônio Cardoso (55,1%) e Ouriçangas (52,8%), ambos na Bahia.

Amarelos não predominam em nenhum município brasileiro, mas têm alta concentração em São Paulo, Curitiba e Londrina, sendo a maior proporção em Assaí (11,5%), no Paraná, com o município de Bastos (10,3%) na cola.

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O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, divulgou nota de pesar pelo falecimento da cantora Cristina Buarque, que morreu neste domingo, 20, aos 74 anos. Segundo Lula, a compositora teve "papel extraordinário" na música brasileira.

"Quero expressar meus profundos sentimentos pelo falecimento de Cristina Buarque. Cantora e compositora talentosa, teve um papel extraordinário na música brasileira ao interpretar as canções de alguns dos mais importantes compositores do samba carioca, ajudando a poesia e o ritmo dos morros do Rio a conquistarem os corações dos brasileiros", escreveu o chefe do Executivo no período da tarde. "Aos seus familiares e ao meu amigo Chico Buarque, deixo minha solidariedade e um forte abraço."

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"Uma vida inteira de amor pelo ofício e pela boa sombra. 'Bom mesmo é o coro', ela dizia, e viveria mesmo feliz a vida escondidinha no meio das vozes não fosse esse faro tão apurado, o amor por revirar as sombras da música brasileira em busca de pequenas pérolas não tocadas pelo sucesso, porque o sucesso, naqueles e nesses tempos, tem um alcance curto", escreveu Zeca, acrescentando que a mãe foi o "ser humano mais íntegro" que já conheceu.

Cristina também foi homenageada pela sobrinha Silvia Buarque. "Minha tia Christina, meu amor. Para sempre comigo", escreveu a atriz em suas redes. A artista deixa cinco filhos.

O bar Bip Bip, tradicional reduto do samba em Copacabana, fez uma publicação lamentando a morte da artista e destacando seu legado: "Formou gerações com suas gravações e repertório, sempre generosa com o material e o conhecimento que acumulou durante anos de rodas de samba."

Carreira

Referência na pesquisa de samba, Cristina gravou seu primeiro álbum, que levou seu nome, em 1974. Na época, a artista ganhou projeção com a interpretação de "Quantas lágrimas", composição do sambista Manacéa.

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A bailarina disse que precisa conhecer o "currículo" do pretendente fora da casa. Contudo, acredita que a convivência ao longo do confinamento pode ajudar em alguns quesitos, já que eles se viram em diversas situações.

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