Perícia confirma que mãe e Filho foram envenenados em Goiânia; advogada é suspeita

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Perícia realizada pela Polícia Técnico-Científica de Goiás confirmou que houve envenenamento de Leonardo Pereira Alves, de 58 anos, e da mãe dele, Luzia Tereza Alves, de 86 anos, mortos nos dias 17 e 18 de dezembro, respectivamente, em Goiânia. A advogada Amanda Partata Mortoza, ex-namorada do filho de Leonardo, é suspeita de cometer assassinato e está presa. Ela nega ter cometido os crimes.

A suspeita da polícia é de que a suspeita envenenou "doces de pote" servidos por ela em um café da manhã para o ex-sogro e para a mãe dele. A advogada, de 31 anos, havia dito para a família do antigo namorado que estava grávida, mas os exames não apontaram gestação. Ainda no domingo, após o café da manhã, mãe e filho foram internados com dores abdominais, vômitos e diarreia.

A perita Mayara Cardoso informou que a substância foi encontrada tanto em amostras dos doces quanto nos corpos das duas vítimas. Disse ainda que ela é bastante conhecida e de alta toxicidade e letalidade. Uma pequena quantidade, segundo ela, é capaz de causar danos irreversíveis. O nome da substância não foi divulgado para não incentivar outros casos. O veneno foi encontrado em duas das quatro amostras de doce periciadas.

'Nunca imaginava tamanha brutalidade', diz filho e neto das vítimas

Em sua primeira manifestação pública, o médico Leonardo Pereira Alves Filho, ex-namorado da advogada Amanda Partata e filho e neto das vítimas, falou nesta terça-feira, 26, sobre o momento de luto que a família está vivendo. "Tem sido muito rápido e com muita surpresa negativa para a gente".

Na terça, ele, a irmã e a mãe prestaram depoimento à polícia. Ao sair da Delegacia de Investigação de Homicídios, Leonardo Filho falou com a TV Anhanguera e disse que "nunca imaginava qualquer coisa que justificasse tamanha brutalidade". Ele afirmou ainda que está sendo muito difícil para a família.

A advogada Amanda Partata está presa temporariamente. Os advogados que representam Amanda, Rodrigo Lustosa e Carlos Márcio Rissi Macedo, afirmaram que a defesa ainda não conhece formalmente o resultado das perícias e que aguardam o acesso para se manifestarem.

"De toda forma, isto não modifica a situação quanto à patente ilegalidade da prisão de Amanda Mortoza. Nós esperamos ter bom êxito na obtenção de sua liberdade, o que seria medida de inteira justiça", disseram os defensores.

Possível motivação do crime

Na ocasião da prisão de Amanda, o delegado que apura as mortes, Carlos Alfama, disse que o crime teria sido motivado por um "sentimento de rejeição" pelo fim do relacionamento da suspeita com Leonardo Filho, que durou cerca de 45 dias e acabou em 10 de agosto.

De acordo com Alfama, Leonardo Filho recebeu ameaças diárias por perfis falsos em redes sociais, ligações telefônicas e mensagens. Tais ameaças já eram investigadas pela polícia, que concluiu que elas partiram de perfis falsos criados por Amanda.

Uma tecnologia era usada para mascarar o número original do celular que ligava e mandava mensagens. Este número de celular original está registrado no nome do irmão da Amanda e o número para recuperação de senha era o da suspeita, afirma o delegado. Leonardo Filho chegou a bloquear cem números de telefone.

Além de Leonardo, a família era ameaçada. "Uma das ameaças dizia: depois não adianta chorar em cima do sangue dele", relata Alfama. Segundo ele, a boa relação com a família era falsa. Amanda se negou a passar a senha do celular, que será periciado.

Amanda, que estava hospedada em um hotel em Goiânia, foi a uma padaria comprar os alimentos que levou para o café, voltou ao hotel, e depois foi à casa da família do ex, por volta das 10h de domingo, onde ficou até as 13h.

Estavam à mesa Amanda, Leonardo Alves, a mãe dele, Luzia Tereza Alves, e o pai dele, que a polícia identificou como João. A polícia foi informada que ele não consumiu nada no café. Antes mesmo de Amanda ir embora, o ex-sogro começou a passar mal.

Amanda voltou para Itumbiara, cidade onda mora, logo que saiu da casa do antigo namorado e, no caminho, recebeu mensagem do ex-sogro, na qual ele a orientava a buscar atendimento médico porque ele suspeitava que a comida estava estragada. A primeira suspeita da família foi intoxicação alimentar. Amanda só foi ao hospital à meia-noite, após saber da morte do ex-sogro.

A polícia logo descartou a possibilidade de intoxicação alimentar porque, diz o delegado, tal quadro ocorre de forma diferente em cada pessoa e o ex-sogro e a idosa tiveram a mesma evolução. Além disso, o período entre o consumo do alimento e a morte seria mais longo.

Leonardo começou a passar mal por volta das 13h e morreu à noite. Já mãe dele chegou a ser internada na UTI, e morreu de madrugada.

Amanda foi presa em uma clínica psiquiátrica em Aparecida de Goiânia, na região metropolitana da capital. Segundo o delegado, ela teria sido internada pela família por volta do meio-dia de quarta-feira, 20, depois de ter tentado se matar. Ela é investigada por duplo homicídio qualificado.

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Uma vaquinha online foi aberta para ajudar a atriz Maidê Mahl, de 32 anos, que segue em recuperação após ter sido encontrada com ferimentos graves e desacordada em um hotel de São Paulo, em setembro do ano passado. A informação foi divulgada na noite de domingo, 20, no Instagram dela.

De acordo com a publicação, Maidê saiu da UTI, mas ainda requer cuidados especiais. Ela está sendo acompanhada por uma mulher chamada Mariá, que deixou o trabalho para se dedicar integralmente à recuperação da atriz.

"Os gastos com medicamentos, alimentação e cuidados básicos são altos, e elas precisam da nossa ajuda. Qualquer valor faz diferença. Se puder, contribua e compartilhe. Juntos, podemos garantir que a Maidê siga vencendo essa batalha!", dizia a publicação.

A atriz ficou conhecida por interpretar Elke Maravilha na série O Rei da TV (2022) e por atuar em Vale dos Esquecidos. Em setembro de 2024, ela desapareceu após ser vista com uma mochila nas costas no bairro de Moema, na zona sul de São Paulo.

Três dias depois, em 5 de setembro, a atriz foi localizada em um hotel na região central da cidade, com ferimentos graves e inconsciente. Ela ficou internada na UTI por um mês, em coma, e recebeu alta hospitalar apenas no fim de janeiro deste ano.

No último dia 18, Maidê fez sua primeira publicação nas redes sociais desde o ocorrido. "Meu coração é pura saudade quando vejo esse vídeo. Quando eu falava, cantava, eu andava e dançava. Agora esse sonho está perto de se realizar", escreveu ela, sem dar detalhes sobre o tratamento. A atriz disse estar em reabilitação no maior centro especializado da América Latina e demonstrou otimismo com a recuperação.

O texto abaixo contém spoilers do segundo episódio da nova temporada de 'The Last of Us'.

A HBO e a Max exibiram no domingo, 20, o segundo episódio da nova temporada de The Last of Us. A produção trouxe um dos momentos mais aguardados e polêmicos do videogame: a morte de Joel, interpretado por Pedro Pascal. A cena, marcada por violência, foi debatida pelos criadores Craig Mazin e Neil Druckmann em entrevista à revista Variety.

Na trama, Joel é atacado por Abby (Kaitlyn Dever) durante uma patrulha, após ajudá-la a escapar de infectados. Ela o atrai até uma cabana, onde o personagem é ferido e espancado diante de Ellie (Bella Ramsey), que tenta intervir. A motivação da personagem está ligada aos acontecimentos do final da primeira temporada. Enquanto isso, a cidade de Jackson lida com uma invasão de infectados, ampliando a tensão.

Druckmann explicou que o momento precisava ocorrer ainda no começo da temporada para dar início ao novo arco narrativo da série - no jogo, a morte de Joel também acontece no início. Para ele, atrasar essa virada poderia enfraquecer o impacto da história.

Mazin completou dizendo que o desafio era equilibrar a surpresa para quem ainda não conhecia o jogo e a expectativa de quem já sabia o que viria.

"Existe o risco de atormentar o público, e não é isso que queremos fazer. Se as pessoas souberem que isso vai acontecer, vão começar a se sentir atormentadas. E quem não sabe, vai acabar descobrindo, porque todo mundo comentaria sobre a ausência da cena", explicou o criador. "Nosso instinto foi garantir que, quando acontecesse, parecesse natural dentro da história - e não como uma escolha pensada apenas para abalar o público."

A versão televisiva da história também expande elementos que, no jogo, aparecem apenas como menções. A crise em Jackson, por exemplo, foi mostrada de forma mais direta, o que ajuda a consolidar o local como um personagem dentro da narrativa. "Queríamos que o público levasse Jackson em consideração daqui para frente", disse Druckmann.

O episódio também aprofunda a relação entre Joel e Dina (Isabela Merced), que não chega a ser mostrada no jogo. A adaptação sugere que, ao longo dos anos em Jackson, Joel e Dina desenvolveram uma conexão próxima, o que reforça o impacto emocional do ataque. Já a dinâmica entre Ellie e Dina ainda está em construção, com diferenças importantes em relação ao material original.

O autor britânico Neil Gaiman, conhecido por obras como Sandman, Coraline e Deuses Americanos, abriu um processo contra Caroline Wallner, ceramista que o acusou de abuso sexual.

Ele cobra mais de US$ 500 mil (cerca de R$ 2,6 milhões), alegando que ela quebrou o acordo de confidencialidade firmado entre os dois há três anos. As informações são da revista Vulture.

Wallner se mudou para a casa de Gaiman em Woodstock, nos Estados Unidos, onde trabalhou e morou, junto com o ex-marido. Segundo ela, os abusos teriam ocorrido entre 2018 e 2020, após o fim do casamento. Nesse período, o autor teria proposto relações sexuais em troca de moradia. Ele nega a acusação e diz que foi ela quem iniciou os encontros íntimos.

Em 2021, Gaiman e Wallner assinaram um acordo que incluía cláusulas de sigilo e não difamação. Como parte do acerto, o escritor pagou US$ 275 mil à ceramista, que ficou impedida de processá-lo ou relatar publicamente o que viveu. Agora, ele afirma que Wallner descumpriu os termos ao dar entrevistas a veículos de imprensa.

No novo pedido, o autor exige o reembolso total do valor pago, o pagamento de honorários advocatícios e uma compensação de US$ 50 mil para cada entrevista concedida. O ex-marido de Wallner, que também assinou o acordo à época, foi citado no processo.

Vincent White, advogado da ceramista, e especialista em casos de assédio, afirmou que raramente homens acusados recorrem à Justiça nesses casos, por conta da repercussão pública negativa. "Quando alguém tenta silenciar esse tipo de denúncia, muita gente acaba acreditando que ela é verdadeira", afirmou.