Brasil articula consórcio internacional para construção de elevador espacial

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O Brasil propôs a criação de um consórcio internacional para construção de um elevador que liga o planeta Terra ao espaço. A estrutura possibilitaria transportar cargas e pessoas ao espaço de forma rápida, econômica e com redução de custos e danos ao meio ambiente causados por foguetes.

A proposta é reunir países que lideram estudos sobre o elevador para análise da viabilidade econômica e técnico-científica do equipamento, que seria produzido em regime de cooperação internacional.

Por meio do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o Brasil manifestou à Nasa, agência espacial do governo dos Estados Unidos, e à construtora japonesa Obayashi o interesse de participar de iniciativas semelhantes desenvolvidas pelos países. Canadá, China e um consórcio europeu formado por França e Alemanha também desenvolvem estudos sobre a criação do elevador.

O Brasil recebeu sinalização positiva de norte-americanos e Japão sobre a possibilidade de criação do consórcio, segundo relatou o diretor do Inmet, Miguel Ivan Lacerda, ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. Apesar disso, as negociações entre os países não foram iniciadas.

Custo

Lacerda acredita que o elevador espacial será um salto técnico-científico inédito para a humanidade. Ele explica que o equipamento reduziria o lançamento de cargas no espaço a 5% do custo atual da operação, feita com foguetes. O elevador também seria uma alternativa menos agressiva ao meio ambiente, já que não usaria quantidade de combustível do foguete.

"O elevador espacial permitiria o lançamento de grandes estruturas frágeis, como satélites de energia solar para fornecer energia limpa e renovável à Terra, possibilidades de observação da Terra para aplicações militares, de inteligência, meteorológicas, de comunicação, instalações de fabricação comercial, estações baratas para atividades tripuladas e cargas úteis para exploração de desenvolvimento do espaço. Quando concluído, o elevador espacial fornecerá um método alternativo barato e eficiente para a exploração espacial, em oposição ao tradicional", aponta relatório do Inmet sobre a viabilidade do elevador, obtido pela reportagem.

Participação ativa

O diretor do Inmet defende que o País não seja um mero observador, mas esteja participando diretamente da construção do equipamento. "A gente acha que tem uma chance de organizar essa união. Mais do que isso, é inserir o Brasil nessa discussão. Se a gente ficar fora dessa discussão, a gente vai ser apenas comprador dessa tecnologia. Em vez de ficar assistindo o jogo, a gente está fazendo um aquecimento para entrar", afirma Lacerda.

O pesquisador afirma que o Brasil tem vantagens para participar da criação do elevador. Segundo estudos feitos pelo Inmet e também internacionalmente, a ferramenta precisaria ser instalada em uma localidade próxima à Linha do Equador. "O elevador precisa, por causa da força centrípeta e centrífuga da atmosfera, ser na linha do Equador. Ele é um dos pontos mais fáceis de chegar no espaço", explica. Lacerda diz ainda que a base brasileira de Alcântara, no Maranhão, "seria um dos melhores lugares para se construir esse elevador".

Durante um ano e meio, o Inmet produziu um estudo que atestou ser possível construir o elevador com tecnologias disponíveis atualmente. "Os benefícios potenciais de um elevador espacial são numerosos e profundos. O principal obstáculo foi vencido com o isolamento do grafeno (material que seria utilizado para fazer o cabo do elevador) e o desenvolvimento da capacidade de fabricação industrial", aponta trecho do relatório da pesquisa.

'Vontade política'

A participação do Brasil na construção de um elevador que pode transportar cargas e pessoas do planeta Terra até o espaço depende de ações que serão adotadas no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que será empossado neste domingo, dia 1º.

Lacerda disse que entregou à equipe informações sobre o andamento das negociações e afirmou que depende de "vontade política" a continuidade das articulações internacionais.

"Deve-se esperar a transição e nomeação do governo para se continuar com a estratégia espacial. Tem uma parte que é vontade política. No Inmet, fizemos a estrutura técnica, vimos a viabilidade (do elevador), que é importante para o País, mas tudo depende de vontade política", declarou ao Broadcast. Lacerda foi indicado para o comando do Inmet no governo Bolsonaro. Ainda não se sabe quem ocupará o cargo na gestão de Lula.

Questionado sobre se o Brasil investiria recursos na construção do elevador, o atual diretor do Inmet afirma que seria necessário direcionar verbas da Ciência e Tecnologia para estudos sobre a iniciativa. "A gente tem esses recursos instalados para ciência e tecnologia. É direcionar os recursos para uma estratégia de desenvolvimento de materiais, de ciência e tecnologia e do empreendimento, se ele se tornar viável", explicou.

Ideia centenária é tecnologicamene viável

A ideia de construir um elevador entre a Terra e o espaço orbita os pensamentos de cientistas há muito tempo. Pelo menos desde 1895, quando Kosntantin Tsiolkovski, tido como pai da cosmonáutica soviética, propôs a criação de uma torre de quase 36 mil km de altura que permitiria colocar objetos na órbita geoestacionária do planeta sem uso de foguetes.

Mais de um século depois, os projetos de elevador espacial são dos mais variados, mas nenhum deles saiu do papel. Agora, o Brasil quer entrar na corrida pela construção do equipamento. Como mostrou o Broadcast, o País propôs aos Estados Unidos e ao Japão, que possuem estudos mais avançados sobre a ferramenta, a formação de um consórcio internacional que poderia trabalhar na criação do dispositivo.

O chamado elevador espacial, na prática, não seria como os ascensores tradicionais que estamos acostumados a ver em edificações. Os estudos mais recentes sobre o tema propõem um cabo com mais 100 mil km de altura, que auxiliaria no transporte de cargas como satélites para a órbita terrestre.

Essa estrutura ainda seria composta por um ascensor, um contrapeso e uma estação-base. O cabo seria responsável por transportar os ascensores da Terra para o espaço. A força e a espessura da estrutura precisariam variar ao longo de seu comprimento.

Como a tensão é maior perto da extremidade do cabo, ela precisaria ser mais espessa neste ponto e afunilar para baixo, mais perto da superfície. Já o contrapeso poderia ser formado por um asteroide, enquanto a plataforma serviria para amortecer as oscilações no cabo e mantê-la conectada à Terra, prevenindo problemas como colisões no espaço.

Estudo feito pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) por um ano e meio atestou que é possível construir o elevador com tecnologias existentes atualmente. O principal entrave para materializar o equipamento era a falta de material forte o suficiente para o cabo do Ascensor. Mas pesquisas recentes mostraram que é possível usar o grafeno de cristal único para fabricar a estrutura. A tecnologia recente, no entanto, só permite produzir o material em área pequena, mas há testes para criação de fitas mais longas e em maior quantidade.

Segundo Miguel Ivan Lacerda, diretor do Inmet, os países com estudos em andamento sobre o elevador precisam agora se unir para criar um projeto viável, do ponto de vista tecnológico-científico e econômico, para iniciar a produção do elevador.

"Precisa entender que tipo de tecnologia precisa ser feita para uso na construção. A maioria das estruturas necessárias para acoplar no elevador já existem, mas qual estrutura econômica e como a gente monta essas diferentes tecnologias para construção do elevador. A gente propõe juntar isso em um só projeto. Tem vários estudos, mas não tem nenhum que crie a parte científica, técnica e a viabilidade econômica, quanto precisa para construir", afirma Lacerda, que defende a cooperação internacional em torno do elevador.

Ainda segundo o diretor do Inmet, a estrutura necessita de recursos vultosos para ser construída. Mas os altos custos seriam cobertos rapidamente com a operação do dispositivo. "Esse talvez seja o grande projeto de unificação da ciência e tecnologia na ocupação do espaço", avalia, Lacerda.

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