'A Farsa' tem mistério e traição na Riviera Francesa

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Um elenco francês de peso, com Isabelle Adjani, François Cluzet, Pierre Niney e Marine Vacth. As paisagens da Cote D'Azur, povoadas de ricos e famosos em seus carros e roupas de luxo. Uma trama despretensiosa, cheia de reviravoltas contada em um tom acima. A Farsa, de Nicolas Bedos (Belle Époque, de 2019), que estreou no Brasil, era o filme perfeito para o último dia do Festival de Cannes, onde passou fora de competição.

Mas, como dizia o escritor inglês Somerset Maugham, em frase citada no início do longa: "A Riviera Francesa é um lugar ensolarado para pessoas sombrias". A citação não é aleatória. "Ele via seus personagens com uma mistura de sensibilidade e sarcasmo, e eu tenho uma visão dura sobre os meus, sem deixar de ter afeto por eles", disse o diretor em entrevista com a participação do Estadão, em Cannes.

A Farsa começa com Adrien (Pierre Niney) e Margot (Marine Vacth), que está grávida, em uma suíte de um luxuoso hotel de Nice. Um homem visivelmente consternado bate à porta, uma arma é disparada, ela fica ferida. Daí o filme volta no tempo para explicar como chegamos àquele momento. Descobrimos que Adrien é um gigolô com pretensões de romancista que mora em uma mansão com vista para o Mediterrâneo com a diva do teatro e do cinema Martha Duval (Isabelle Adjani), uma mulher tão egocêntrica quanto solitária, temerosa pelo envelhecimento. Adrien já teve outras sugar mommies antes, como Giulia (Laura Morante), hoje falida. Um dia, ele conhece Margot (Marine Vacth), que também vive na cola de homens mais velhos e endinheirados. De cara, ele se apaixona. Juntos, eles bolam um plano.

Adjani era perfeita para o papel, segundo Bedos. "Eu queria seu talento e genialidade como atriz, lógico, mas também sua imagem, que me permitiu brincar com uma ambivalência que deu profundidade ao filme e à personagem", disse o diretor. "Na França, Adjani simboliza o que é ser uma atriz. Ela está cercada por um senso de mistério, de magia, de desespero por conta de sua vida pessoal, da decepção que viveu. Nós, franceses, projetamos em sua vida privada todo tipo de fantasia. Há também sua relação com o envelhecimento, o que isso significa para uma atriz. Então ela tinha muitas coisas que permitiam que criasse uma personagem extraordinária."

Bedos negou ter se inspirado na Norma Desmond de Sunset Boulevard, mas há um quê de clássico hollywoodiano em A Farsa. De certa forma, Margot é uma femme fatale também. O cineasta explicou. "A primeira vez que senti amor e desejo por uma mulher foi em uma sala de cinema, com filmes a que assisti", disse ele, citando como paixões Emmanuelle Béart em Ciúme (1994), de Claude Chabrol, também estrelado por Cluzet, Meryl Streep em A Escolha de Sofia (1982), de Alan J. Pakula, e Michelle Pfeiffer em Ligações Perigosas (1988), de Stephen Frears. "A Farsa vem de um desejo de pagar o débito que tenho com o cinema."

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Companheiro de palco e de tela de Ney Latorraca, que morreu nesta quinta-feira, 26, Marco Nanini compartilhou uma postagem em homenagem ao amigo no Instagram. Na publicação, o ator de A Grande Família se disse "mergulhado nas memórias de nossas muitas histórias" e compartilhou uma foto dos dois em cena pela peça Irma Vap e outra imagem dos dois, descaracterizados, juntos.

"Ator de imenso talento, companheiro de cena generoso e divertido. Você, protagonista de uma carreira brilhante, deixa saudades mas também a sua marca", escreveu Nanini.

Os dois atores estrearam em 1986 a peça O Mistério de Irma Vap, que permaneceu em cartaz por mais de 11 anos em São Paulo e resultou na adaptação Irma Vap: O Retorno (2006) no cinema. Foi o maior sucesso de Ney Latorraca e lhe trouxe a almejada estabilidade financeira. "Comprei minha cobertura, passei a viajar de primeira classe e pude dar todo o conforto para a minha mãe, que se foi em 1994, até o fim da vida dela", contou ele, em entrevista ao Estadão em julho.

Ney Latorraca morreu na manhã desta quinta-feira, 26, vítima de uma sepse pulmonar. O ator vinha tratando de um câncer de próstata desde 2019. A morte de Ney causou comoção no Brasil, com nomes como o presidente Lula, Ana Maria Braga, Sonia Abrão e Walcyr Carrasco compartilhando homenagens a Latorraca em seus perfis nas redes sociais.

Em 2019, o comediante Rodrigo Sant'Anna, de 43 anos, participou do programa Que História É Essa, Porchat? dias depois de fazer harmonização facial, rinoplastia e implante capilar. A internet não perdoou e ele foi amplamente criticado, em especial nas redes sociais.

O ator conversou com o jornal O Globo e falou sobre as críticas. Ele disse não se importar. "O tempo inteiro estamos lidando com crítica e opinião, então, acho que temos que fazer do jeito que tem que ser. Eu tento viver essa verdade, apesar de algumas críticas ainda chegarem a um lugar de: 'Opa, não precisava disso'. Não sou de responder crítica na internet e me colocar em polêmica", disse.

Ao mesmo tempo, revelou que diminuiu o número de intervenções estéticas. "Eu já diminuí minha harmonização. Agora sou um harmonizado consciente. Eu não tenho a menor questão com procedimento estético. Eu acho incrível e faço tudo", completou.

Rodrigo Sant'Anna no 'BBB'

Rodrigo Sant'Anna se prepara para o quadro de humor do Big Brother Brasil. Será a terceira vez que o humorista integra o time do reality show. Em 2015 e 2016, ele participou do programa interpretando personagens como Klébis, Regina Célia e Carol Paixão.

Na entrevista ao jornal carioca, ele disse que a sua atuação está sendo discutida. Ele dividirá o quadro com Rafael Portugal. A estreia do reality está marcada para o próximo dia 13 de janeiro.

Além do BBB, Rodrigo volta ao Multishow com mais uma temporada da série de humor Tô de Graça.

O velório do ator Ney Latorraca, que morreu na manhã desta quinta-feira, 26, será realizado no Foyer do Theatro Municipal da cidade do Rio de Janeiro. O evento, aberto ao público, será nesta sexta-feira, 27, a partir das 10h30. Às 15h, o corpo do artista será cremado, mas a cerimônia será restrita à família.

Ney Latorraca: De Vamp a O Mistério de Irma Vap e Barbosa; relembre os papéis marcantes do ator Ney estava internado desde 20 de dezembro na Clínica São Vicente, da Gávea, em decorrência de uma sepse pulmonar. O artista já fazia tratamento contra um câncer de próstata - doença diagnosticada em 2019.

Ney Latorraca foi um dos maiores atores da história da teledramaturgia brasileira, com papéis cômicos e vilanescos nas novelas Vamp e O Beijo do Vampiro, além do velhinho Barbosa, da TV Pirata.

No teatro e no cinema, o artista protagonizou o sucesso de bilheteria O Mistério de Irma Vap, no palco, e Irma Vap - O Retorno, na telona.

Aos 80 anos, o artista deixou viúvo o ator, escritor e diretor Edi Botelho, com quem mantinha um relacionamento desde 1995. Ney e Edi mantiveram o relacionamento fora dos holofotes, mas, em 2022, o ator concedeu entrevista ao jornal O Globo e falou em público pela primeira vez sobre o companheiro.

"Vivo com uma pessoa maravilhosa, um grande companheiro, amigo e bom ator que é o Edi Botelho", afirmou o artista.