Uma sucuri de grande porte deslizou pela corredeira do Rio da Prata e surpreendeu os banhistas que aproveitavam o sábado de carnaval, no último dia 10, em um balneário, no município de Jardim, no Pantanal de Mato Grosso do Sul.O animal com cerca de cinco metros de comprimento se moveu lentamente pela pequena queda d'água e desapareceu no rio. Os turistas deixaram rapidamente a água e respeitaram a passagem da "dona" do rio, limitando-se a gravar imagens da evolução da cobra.
O balneário Santuário do Prata estava lotado de banhistas que trocaram a folia do carnaval pelo ecoturismo. O empresário Márcio Luiz dos Santos conseguiu registrar em vídeo os movimentos da sucuri.
"Quando vimos a cabeça da cobra e falamos que era sucuri todo mundo saiu da água, não ficou ninguém. Eu comecei a filmar, mas não esperava que fosse tão grande. Foi a primeira vez que vi uma sucuri tão de perto", disse.
Santos mora em Sete Quedas, no sul do Estado, e trabalha com sucata. Ele vai sempre ao balneário, em Jardim, a pouco mais de 30 quilômetros. "A cobra estava descansando, talvez estivesse com a barriga cheia, por ter comido alguma coisa. Ou então ela estava ali para ter filhotes, mas algumas pessoas disseram que ela tem a barriga grande assim mesmo", disse.
Segundo ele, além de terem saído da água por medo, todos os banhistas também respeitaram o animal. "Ela estava na casa dela, não é? Temos que respeitar."
A administração do balneário informou que a aparição de sucuris nesse trecho do rio, bastante usado para ecoturismo, não é comum, principalmente no porte da cobra filmada pelos banhistas. "A orientação que passamos é para sair da água e respeitar a distância do animal, deixando que ele siga seu caminho normalmente", disse em nota.
A sucuri, espécie de cobra não peçonhenta (sem veneno), é a maior serpente brasileira e considerada uma das maiores do mundo. Ela pode ser encontrada nas regiões alagadas da América do Sul. A cobra ultrapassa facilmente os 5 metros de comprimento e chega a pesar mais de 90 quilos.
Sua dieta é carnívora, alimentando-se de peixes, rãs e pequenos animais encontrados em áreas ribeirinhas. Ela mata as presas maiores por constrição (aperto), enrolando-se no corpo.
Não há comprovação científica de que as sucuris representam risco para as pessoas. Caçar ou maltratar esses animais é crime contra a fauna, previsto na legislação ambiental brasileira, punido com detenção de 3 meses a 1 ano, além de multa.
Sucuri gigante desliza pelo Rio da Prata e surpreende banhistas no Pantanal
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