Aquário do Guarujá permite agora nadar com tubarões

Geral
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

O Acqua Mundo, aquário na orla da Praia da Enseada, no Guarujá, oferece desde 15 de novembro uma nova experiência literalmente imersiva. A atração custa R$ 200 e pode ser feita por crianças a partir dos 8 anos de idade ou com 30 centímetros de largura dos ombros que tenham a vontade e coragem de nadar perto de tubarões, arraias, peixes de água salgada e tartarugas gigantes.

O modelo do capacete, uma mistura entre o escafandro e o peixe diabo negro do mar (aquele com uma "lâmpada" acoplada na testa), foi implementado pelo bombeiro aposentado Luciano Pires, que hoje trabalha como instrutor de mergulho e responsável técnico pela atração no Acqua Rio. É possível encontrar outros semelhantes em países da América do Sul ou até passeios parecidos, mas este e desta forma, ele garante, são únicos.

A "caminhada subaquática" dura de 10 a 15 minutos em uma profundidade inferior a 3 metros de água. Seu grande diferencial é que não precisa saber nadar ou ter curso de mergulhador para fazê-la, uma vez que o capacete feito de fibra de vidro e reforçado com camada isolante garante um sistema interno de lastro, possibilitando a flutuação negativa. O mecanismo mantém o oxigênio mesmo submerso, o que permite também o uso de lentes de contato ou óculos.

TUBARÃO, TE AMO

O Acqua Mundo recria dezenas de ecossistemas do Brasil e do mundo, entre manguezais, rios amazônicos, pinguinários e praias arenosas. O mergulho com caminhada subaquática é feito no tanque que simula o mar aberto com seis placas de vidro blindadas e 800 mil litros de água trocados semanalmente. Nele estão tartarugas verdes, a segunda maior espécie do mundo; dezenas de arraias de todos os tamanhos possíveis; pequenos tubarões-bambu, comuns nos oceanos asiáticos; e famílias de tubarões-lixa, que podem chegar a 3 metros de comprimento pelo litoral brasileiro.

Vilões de obras que vão de A Pequena Sereia ao clássico de 1975 dirigido por Steven Spielberg, tubarões têm sido vítimas de caça desordenada no último século. Segundo estimativa da World Wide Fund for Nature (WWF), 114 das 500 espécies documentadas já estão sob algum nível de ameaça de extinção. Mas, por incrível que pareça, os tubarões são os animais mais calmos do tanque. Quando a reportagem participou da experiência, quase tocou em um filhote de tubarão-lixa que ali descansava.

As arraias, por outro lado, são mais caóticas, velozes, exibidas e destemidas. Na hora da alimentação, minutos antes das "caminhadas", elas se amontoam em cima do mergulhador. Segundo um dos monitores, a cauda é parte proibida do corpo de uma arraia porque elas podem interpretar esse contato como ameaça, despertando seu senso automático de defesa (mas fique tranquilo: espécies de água salgada não têm veneno nas presas).

Infelizmente, a tartaruga verde e gigante que habita o mesmo aquário estava cansada na hora do mergulho, talvez sob efeito da chuva gelada que entrava no Acqua Mundo por goteiras no teto. Ela ficou restrita ao outro lado do tanque, onde não é possível chegar na caminhada. "Eu costumo dizer para os mergulhadores que quem interage com a gente são os animais. Então, se eles se aproximarem, tudo certo", afirma Pires.

A pequena Bianca Santos, de 12 anos, só tinha chegado perto de um peixe pelo aquário que tem em casa. "Lá é bem de boa, os peixes são bem calmos. A pressão no ouvido é um pouco alta, mas dá para respirar normalmente", conta a menina, que participou do mergulho acompanhada do pai, Jonathas Santos, de 36 anos, e estava com medo de ser mordida ou se afogar no início. "Agora, faria de novo."

DICAS

De acordo com Pires, o público da "caminhada subaquática" é formado 70% por crianças e "tudo o que possa vir a acontecer de inseguro já é mitigado". Ainda assim, é prudente fazer o passeio com calma e atenção por onde pisa, uma vez que arraias podem se esconder ou descansar no tablado. Apesar de o Acqua Mundo oferecer roupas de neoprene próprias para mergulho, também é aconselhável levar o próprio equipamento, mesmo que alugado, assim como um par de chinelos, um kit de higiene pessoal para o banho pós-mergulho e uma toalha.

SERVIÇO

Caminhada subaquática no acqua mundo

Endereço: Av. Miguel Estefno, 2001 - Jardim Três Marias, Guarujá, SP, CEP 11440-532.

Dias e Horários: a partir das 13h, de segunda-feira a domingo

Valor: R$ 200 por pessoa (incluindo vídeo e fotos).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em outra categoria

Uma vaquinha online foi aberta para ajudar a atriz Maidê Mahl, de 32 anos, que segue em recuperação após ter sido encontrada com ferimentos graves e desacordada em um hotel de São Paulo, em setembro do ano passado. A informação foi divulgada na noite de domingo, 20, no Instagram dela.

De acordo com a publicação, Maidê saiu da UTI, mas ainda requer cuidados especiais. Ela está sendo acompanhada por uma mulher chamada Mariá, que deixou o trabalho para se dedicar integralmente à recuperação da atriz.

"Os gastos com medicamentos, alimentação e cuidados básicos são altos, e elas precisam da nossa ajuda. Qualquer valor faz diferença. Se puder, contribua e compartilhe. Juntos, podemos garantir que a Maidê siga vencendo essa batalha!", dizia a publicação.

A atriz ficou conhecida por interpretar Elke Maravilha na série O Rei da TV (2022) e por atuar em Vale dos Esquecidos. Em setembro de 2024, ela desapareceu após ser vista com uma mochila nas costas no bairro de Moema, na zona sul de São Paulo.

Três dias depois, em 5 de setembro, a atriz foi localizada em um hotel na região central da cidade, com ferimentos graves e inconsciente. Ela ficou internada na UTI por um mês, em coma, e recebeu alta hospitalar apenas no fim de janeiro deste ano.

No último dia 18, Maidê fez sua primeira publicação nas redes sociais desde o ocorrido. "Meu coração é pura saudade quando vejo esse vídeo. Quando eu falava, cantava, eu andava e dançava. Agora esse sonho está perto de se realizar", escreveu ela, sem dar detalhes sobre o tratamento. A atriz disse estar em reabilitação no maior centro especializado da América Latina e demonstrou otimismo com a recuperação.

O texto abaixo contém spoilers do segundo episódio da nova temporada de 'The Last of Us'.

A HBO e a Max exibiram no domingo, 20, o segundo episódio da nova temporada de The Last of Us. A produção trouxe um dos momentos mais aguardados e polêmicos do videogame: a morte de Joel, interpretado por Pedro Pascal. A cena, marcada por violência, foi debatida pelos criadores Craig Mazin e Neil Druckmann em entrevista à revista Variety.

Na trama, Joel é atacado por Abby (Kaitlyn Dever) durante uma patrulha, após ajudá-la a escapar de infectados. Ela o atrai até uma cabana, onde o personagem é ferido e espancado diante de Ellie (Bella Ramsey), que tenta intervir. A motivação da personagem está ligada aos acontecimentos do final da primeira temporada. Enquanto isso, a cidade de Jackson lida com uma invasão de infectados, ampliando a tensão.

Druckmann explicou que o momento precisava ocorrer ainda no começo da temporada para dar início ao novo arco narrativo da série - no jogo, a morte de Joel também acontece no início. Para ele, atrasar essa virada poderia enfraquecer o impacto da história.

Mazin completou dizendo que o desafio era equilibrar a surpresa para quem ainda não conhecia o jogo e a expectativa de quem já sabia o que viria.

"Existe o risco de atormentar o público, e não é isso que queremos fazer. Se as pessoas souberem que isso vai acontecer, vão começar a se sentir atormentadas. E quem não sabe, vai acabar descobrindo, porque todo mundo comentaria sobre a ausência da cena", explicou o criador. "Nosso instinto foi garantir que, quando acontecesse, parecesse natural dentro da história - e não como uma escolha pensada apenas para abalar o público."

A versão televisiva da história também expande elementos que, no jogo, aparecem apenas como menções. A crise em Jackson, por exemplo, foi mostrada de forma mais direta, o que ajuda a consolidar o local como um personagem dentro da narrativa. "Queríamos que o público levasse Jackson em consideração daqui para frente", disse Druckmann.

O episódio também aprofunda a relação entre Joel e Dina (Isabela Merced), que não chega a ser mostrada no jogo. A adaptação sugere que, ao longo dos anos em Jackson, Joel e Dina desenvolveram uma conexão próxima, o que reforça o impacto emocional do ataque. Já a dinâmica entre Ellie e Dina ainda está em construção, com diferenças importantes em relação ao material original.

O autor britânico Neil Gaiman, conhecido por obras como Sandman, Coraline e Deuses Americanos, abriu um processo contra Caroline Wallner, ceramista que o acusou de abuso sexual.

Ele cobra mais de US$ 500 mil (cerca de R$ 2,6 milhões), alegando que ela quebrou o acordo de confidencialidade firmado entre os dois há três anos. As informações são da revista Vulture.

Wallner se mudou para a casa de Gaiman em Woodstock, nos Estados Unidos, onde trabalhou e morou, junto com o ex-marido. Segundo ela, os abusos teriam ocorrido entre 2018 e 2020, após o fim do casamento. Nesse período, o autor teria proposto relações sexuais em troca de moradia. Ele nega a acusação e diz que foi ela quem iniciou os encontros íntimos.

Em 2021, Gaiman e Wallner assinaram um acordo que incluía cláusulas de sigilo e não difamação. Como parte do acerto, o escritor pagou US$ 275 mil à ceramista, que ficou impedida de processá-lo ou relatar publicamente o que viveu. Agora, ele afirma que Wallner descumpriu os termos ao dar entrevistas a veículos de imprensa.

No novo pedido, o autor exige o reembolso total do valor pago, o pagamento de honorários advocatícios e uma compensação de US$ 50 mil para cada entrevista concedida. O ex-marido de Wallner, que também assinou o acordo à época, foi citado no processo.

Vincent White, advogado da ceramista, e especialista em casos de assédio, afirmou que raramente homens acusados recorrem à Justiça nesses casos, por conta da repercussão pública negativa. "Quando alguém tenta silenciar esse tipo de denúncia, muita gente acaba acreditando que ela é verdadeira", afirmou.