França indica que não doará ao Fundo Amazônia e que Macron virá ao Brasil para a COP-30

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O governo da França indicou a interlocutores do Brasil que não pretende concretizar agora o plano de doar dinheiro ao Fundo Amazônia, frustrando uma expectativa do governo Luiz Inácio Lula da Silva. Às vésperas da chegada do presidente Emmanuel Macron ao País, uma fonte da diplomacia francesa afirmou nesta quinta-feira, dia 21, que não há certeza sobre a adesão ao fundo e sinalizou que os investimentos a serem anunciados pelos dois presidentes em Belém (PA), com dinheiro público e privado, serão uma espécie de coalizão de recursos voltados a iniciativas específicas, algumas já em andamento.

Paris também confirmou que, em 2025, Macron viajará pela terceira vez ao Brasil, a fim de participar da Cúpula do Clima das Nações Unidas (COP-30), a ser realizada na capital paraense. Depois da visita de Estado de três dias, agendada para a próxima semana, Macron voltará ao Brasil neste ano para a Cúpula de Líderes do G-20, em novembro, no Rio de Janeiro.

Uma eventual contribuição francesa ao Fundo Amazônia, gerido pelo BNDES, havia sido anunciada em fevereiro de 2023, pela então chanceler francesa, Catherine Colonna. Em viagem a Brasília, ela disse que a França estudava a possibilidade de uma contribuição bilateral, assim como a União Europeia avaliava fazer uma doação ao fundo. Na ocasião, a visita de Estado já estava em preparação entre os governos Lula e Macron, mas acabou adiada.

Em novembro do ano passado, o embaixador da França em Brasília, Emmanuel Lenain, levantou dúvidas sobre a concretização da doação ao fundo. Atualmente, o mecanismo já foi abastecido com R$ 3,5 bilhões - os doadores, em ordem de grandeza, são Noruega, Alemanha, Suíça, Petrobras e Estados Unidos. Há ainda valores já contratados junto ao Reino Unido e uma promessa de contribuição da União Europeia.

Lenain disse ao Estadão, em sua primeira entrevista no País, que o governo francês não havia se "comprometido" com o Fundo Amazônia por meio da ex-chanceler, embora Paris reconheça que o mecanismo funciona bem. Segundo ele, a adesão da França continuava sob avaliação, mas havia "preferência por pacotes de conservação florestal sob medida" para cada país parceiro.

Agora, a cinco dias do desembarque de Macron, um diplomata francês que acompanha de perto as negociações diz mais uma vez "não ter certeza" de que a França fará uma contribuição ao Fundo Amazônia. Segundo essa autoridade diplomática,

A França afirma que avalia criar com o Brasil um instituto para biodiversidade e sinaliza que prefere continuar a usar mecanismos já existentes, em projetos específicos voltados ao clima e meio ambiente, abastecidos com dinheiro da Agência Francesa para o Desenvolvimento (AFD), que deverão ser reforçados. A agência tem projetos em curso com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e com o Banco da Amazônia, por exemplo.

Uma fonte do Ministério das Relações Exteriores da França disse que o governo Macron quer ajudar na preparação de Belém para a COP-30.

Segundo integrantes do Quai d'Orsay, o equivalente francês ao Itamaraty, Lula e Macron vão mandar uma "mensagem global" em Belém, divulgando ambições conjuntas a respeito das contribuições nacionalmente determinadas, as NDC - metas de cada nação assumidas no âmbito do Acordo de Paris, com objetivo de reduzir e controlar o aquecimento global.

A França tem dito que apoia uma reforma no sistema financeiro internacional, uma bandeira do Brasil para dar mais representatividade aos órgãos multilaterais, e reconhece a necessidade de desbloqueio do crédito para o desenvolvimento por meio de ações climáticas.

O objetivo é incentivar o desenvolvimento social e econômico por meio de atividades que gerem emprego e renda na floresta, possibilitem a conservação e reduzam a atratividade do extrativismo predatório. Os presidentes planejam visitar um projeto em uma ilha do entorno de Belém.

Um diplomata francês disse que é um entendimento comum entre Lula e Macron que desenvolvimento e preservação ambiental não são antagônicos e que a população pode viver de forma decente sem desmatar.

Os planos e novos modelos, assim como os respectivos valores, a serem anunciados pelos líderes, na terça-feira, vão envolver empresas francesas com tecnologia - parte delas incluída na delegação de 140 empresários que estará no País. O governo da França fala no lançamento de uma "coalizão de empresas privadas francesas pelo meio ambiente" e em "incrementar o investimento em pesquisa", por exemplo, pelo IRD (Instituto de Pesquisa para o Desenvolvimento). O dinheiro vai ser distribuído a projetos na porção amazônica do Brasil e do território vizinho da Guiana Francesa.

AGENDA PREVISTA DE EMMANUEL MACRON NO BRASIL

26/3 - Belém (PA)

Tarde/Noite - Macron desembarca vindo da Guiana Francesa e será recebido por Lula. Presidentes se deslocam de barco a uma ilha onde visitam área de cultivo de produtos amazônicos. Macron tem reunião com lideranças indígenas e encontra o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB)

27/3 - Itaguaí (RJ) e São Paulo (SP)

Manhã - Lula e Macron fazem lançamento do submarino Tonelero (S-42) no Complexo Naval de Itaguaí (RJ) da Marinha do Brasil, construído com tecnologia francesa

Tarde - Fórum empresarial em São Paulo (SP)

28/3 - Brasília (DF)

Manhã - Visita de Estado com bilateral com Lula, reunião ampliada, declaração à imprensa no Planalto e almoço no Itamaraty

Tarde - Visita ao Congresso Nacional

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Última eliminada do BBB 25, com 54,52%, Vitória Strada participou do Mais Você, nesta segunda-feira, 21, e falou sobre o rompimento com Camilla e Thamiris. A atriz e as duas irmãs formaram uma aliança ao longo do programa, mas se afastaram após informações reveladas pelo quadro RoBBB Seu Fifi.

Durante a conversa com Ana Maria Braga, Vitória reconheceu que demorou a perceber o comportamento delas. "Tão bobinha eu. A gente não tem o pay-per-view, então eu só tinha o que os meus olhos podiam ver. E ninguém me contava muita coisa", disse. "Na minha vida aqui fora também sou assim, eu não sou de largar nenhum aliado meu na primeira briga, tentativa, e foi o que eu tentei fazer com elas ali. Estava agindo com o que eu tinha, e eu não sabia de todo o resto."

Segundo a atriz, ela passou a perceber o distanciamento das duas após uma votação. Ao comentar sua liderança no jogo, quando dividiu o quarto com Diego Hypolito e Thamiris, Vitória explicou que não conseguiu indicar Camilla ao Paredão, pois preferiu seguir o que sentia.

Ela tentou uma reconciliação com Thamiris, com quem sentia mais "abertura", mas depois que ouviu os relatos do RoBBB Seu Fifi, ficou surpresa com o que descobriu. Após o quadro, afirmou que foi o momento de se priorizar. "Ali eu estava vendo muito mais o lugar do outro do que o meu sentimento", desabafou.

Ao final da entrevista, Vitória refletiu sobre o que faria diferente. "Tenho certeza de que tudo que vivi foi porque eu tinha que aprender alguma coisa. [...] Mas, se a gente está falando objetivamente, talvez ter confiado, me entregado demais para as pessoas", concluiu.

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De acordo com a publicação, Maidê saiu da UTI, mas ainda requer cuidados especiais. Ela está sendo acompanhada por uma mulher chamada Mariá, que deixou o trabalho para se dedicar integralmente à recuperação da atriz.

"Os gastos com medicamentos, alimentação e cuidados básicos são altos, e elas precisam da nossa ajuda. Qualquer valor faz diferença. Se puder, contribua e compartilhe. Juntos, podemos garantir que a Maidê siga vencendo essa batalha!", dizia a publicação.

A atriz ficou conhecida por interpretar Elke Maravilha na série O Rei da TV (2022) e por atuar em Vale dos Esquecidos. Em setembro de 2024, ela desapareceu após ser vista com uma mochila nas costas no bairro de Moema, na zona sul de São Paulo.

Três dias depois, em 5 de setembro, a atriz foi localizada em um hotel na região central da cidade, com ferimentos graves e inconsciente. Ela ficou internada na UTI por um mês, em coma, e recebeu alta hospitalar apenas no fim de janeiro deste ano.

No último dia 18, Maidê fez sua primeira publicação nas redes sociais desde o ocorrido. "Meu coração é pura saudade quando vejo esse vídeo. Quando eu falava, cantava, eu andava e dançava. Agora esse sonho está perto de se realizar", escreveu ela, sem dar detalhes sobre o tratamento. A atriz disse estar em reabilitação no maior centro especializado da América Latina e demonstrou otimismo com a recuperação.

O texto abaixo contém spoilers do segundo episódio da nova temporada de 'The Last of Us'.

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Na trama, Joel é atacado por Abby (Kaitlyn Dever) durante uma patrulha, após ajudá-la a escapar de infectados. Ela o atrai até uma cabana, onde o personagem é ferido e espancado diante de Ellie (Bella Ramsey), que tenta intervir. A motivação da personagem está ligada aos acontecimentos do final da primeira temporada. Enquanto isso, a cidade de Jackson lida com uma invasão de infectados, ampliando a tensão.

Druckmann explicou que o momento precisava ocorrer ainda no começo da temporada para dar início ao novo arco narrativo da série - no jogo, a morte de Joel também acontece no início. Para ele, atrasar essa virada poderia enfraquecer o impacto da história.

Mazin completou dizendo que o desafio era equilibrar a surpresa para quem ainda não conhecia o jogo e a expectativa de quem já sabia o que viria.

"Existe o risco de atormentar o público, e não é isso que queremos fazer. Se as pessoas souberem que isso vai acontecer, vão começar a se sentir atormentadas. E quem não sabe, vai acabar descobrindo, porque todo mundo comentaria sobre a ausência da cena", explicou o criador. "Nosso instinto foi garantir que, quando acontecesse, parecesse natural dentro da história - e não como uma escolha pensada apenas para abalar o público."

A versão televisiva da história também expande elementos que, no jogo, aparecem apenas como menções. A crise em Jackson, por exemplo, foi mostrada de forma mais direta, o que ajuda a consolidar o local como um personagem dentro da narrativa. "Queríamos que o público levasse Jackson em consideração daqui para frente", disse Druckmann.

O episódio também aprofunda a relação entre Joel e Dina (Isabela Merced), que não chega a ser mostrada no jogo. A adaptação sugere que, ao longo dos anos em Jackson, Joel e Dina desenvolveram uma conexão próxima, o que reforça o impacto emocional do ataque. Já a dinâmica entre Ellie e Dina ainda está em construção, com diferenças importantes em relação ao material original.