Reféns, cavernas e ajuda de facção: relembre como foram os 50 dias de fuga em Mossoró

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A Polícia Federal (PF) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) prenderam nesta quinta-feira, 4, os criminosos Rogério Mendonça e Deibson Nascimento, que estavam foragidos após conseguirem escapar da Penitenciária Federal de Mossoró, no interior do Rio Grande do Norte.

Os trabalhos de buscas duraram 50 dias e resultaram na prisão de 14 pessoas que teriam colaborado com a fuga dos criminosos, capturados nesta quinta em Marabá, no Pará, a 1,6 mil quilômetros do local da fuga. A operação implementada em fevereiro contou com centenas de agentes federais e estaduais e foi marcada pela dificuldade no terreno na zona rural de Mossoró e Baraúna, cidade vizinha.

Ao longo do período, a dupla chegou a manter uma família refém, esquivou-se por uma área repleta de cavernas no Parque Nacional da Furna Feia e, segundo o governo federal, contou com apoio de integrantes do Comando Vermelho para deixarem o perímetro e chegarem ao Pará.

O inquérito do caso apontou que não houve corrupção por parte dos servidores da Penitenciária Federal, mas falhas nos procedimentos carcerários de segurança que culminaram na fuga dos criminosos.

Como foram as buscas pelos fugitivos de Mossoró?

Os trabalhos de busca pelos fugitivos começou ainda em 14 de fevereiro, quando o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afastou a direção da Penitenciária, e solicitou a inclusão do nome da dupla foragida no Sistema de Difusão Laranja da Interpol e no Sistema de Proteção de Fronteiras, para que fossem procurados pela polícia internacional.

Em paralelo, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e forças de segurança do Rio Grande do Norte, e de Estados vizinhos, auxiliaram nas buscas com mobilização de helicópteros e incremento no policiamento nos arredores de Mossoró.

- Dois dias após a fuga a polícia localizou uma família que foi feita de refém pelos criminosos em uma residência a 3 quilômetros do presídio. No local os criminosos se alimentaram, roubaram celulares e comida, e prosseguiram com a fuga.

A partir dos indícios deixados pelos fugitivos na casa, a Senappen afirmou que os homens se mostraram desorientados e buscavam ter informações da região onde se encontravam. A desorientação, de acordo com a pasta, fez as equipes de buscas acreditarem que a recaptura dos criminosos estivesse próxima.

- Ainda sem pistas dos criminosos, em atenção a um pedido do diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passos, Lewandowski autorizou o uso da Força Nacional em Mossoró. Cem agentes e 20 viaturas foram encaminhadas para o local que, até então, contava com 500 agentes da PF, PRF e das polícias locais.

- Nas semanas seguintes, a PF prendeu o dono de um sítio nos arredores de Mossoró que teria recebido R$5 mil dos criminosos para auxiliar no processo.

O homem procurou a polícia afirmando que havia sido coagido a ajudar os foragidos, mas a polícia identificou que, na verdade, ele tinha recebido dinheiro para ser cúmplice. Antes, outras quatro prisões de pessoas envolvidas no auxílio da fuga já haviam sido anunciadas pelo ministro da Justiça.

A PF ainda chegou a cumprir nove mandados de busca e apreensão nas cidades de Mossoró, no Rio Grande do Norte, Quixeré e Aquiraz, no Ceará. Segundo as autoridades a ação mirava "possíveis envolvidos no fornecimento de apoio" e prendeu uma pessoa suspeita de ter atuado no caso.

Completado um mês de buscas, em 14 de março, Lewandowski afirmou que a operação estava se desenvolvendo com êxito, afirmando haver fortes indícios de que os homens ainda se encontram na região. "O fato positivo é que não conseguiram escapar do perímetro original (que foi delimitado)", disse.

- Ao fim de março o trabalho da Força Nacional na busca pelos dois fugitivos foi encerrado e os trabalho de busca se concentraram em "ações de inteligência", conforme divulgou o Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Três dias antes de recuperarem os fugitivos, a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado no Ceará (Ficco), em ação conjunta com o Bope, da Polícia Militar do Estado do Ceará, prenderam mais um homem sob suspeita de integrar a rede de apoio dos fugitivos, completando os sete presos por envolvimento no caso.

Ao todo, participaram da ação a Polícia Federal, Polícia Penal Federal, Polícia Rodoviária Federal, Força Nacional e Corpo de Bombeiros. Policiais militares de Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Goiás também atuaram durante o processo de buscas.

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Um ônibus que transportava o cantor Ferrugem e sua equipe se envolveu em um acidente de trânsito na manhã deste domingo, 20, na região de Porto Alegre. Ninguém ficou ferido.

Na noite anterior, o artista havia se apresentado no festival Festimar, na cidade de Rio Grande, no litoral gaúcho.

Segundo comunicado divulgado pela empresa responsável pelo veículo, o acidente ocorreu por volta das 6h45 da manhã na BR-290, próximo à Ponte do Guaíba, que liga a capital ao interior do Estado.

Ferrugem falou sobre o ocorrido em suas redes sociais, compartilhando uma foto da frente do ônibus com os vidros estilhaçados. "Livramento! Um senhor acidente, mas graças a Deus todos estão bem", escreveu.

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O cantor também esclareceu que o acidente não atrapalharia o show que fará na noite deste domingo, 20, em Arraial do Cabo, no Rio de Janeiro.

Durante a tarde, ele mostrou que estava almoçando com a família antes de se encaminhar para a apresentação.

Em nota, a Mônica Turismo, responsável pelo ônibus, disse que os danos do acidente foram apenas materiais.

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Xuxa Meneghel fez um desabafo sobre a pressão estética que sofria da TV Globo na época em que apresentava o Xou da Xuxa, entre 1980 e 1990. Segundo a apresentadora, ela era pressionada para não chegar perto dos 60 quilos.

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Ela explicou que hoje tem boa relação com o próprio corpo, mas que, na época, a ideia de estar gorda caso seu peso aumentasse "era o que ouvia o tempo todo".

"Era uma cobrança muito grande, um negócio cruel. Você não se gostar e querer ficar mais forte ou menos forte, seja o que for, para você se sentir melhor, é uma coisa. Agora fazer isso por um padrão que lhe foi colocado...", completou.

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"Quero expressar meus profundos sentimentos pelo falecimento de Cristina Buarque. Cantora e compositora talentosa, teve um papel extraordinário na música brasileira ao interpretar as canções de alguns dos mais importantes compositores do samba carioca, ajudando a poesia e o ritmo dos morros do Rio a conquistarem os corações dos brasileiros", escreveu o chefe do Executivo no período da tarde. "Aos seus familiares e ao meu amigo Chico Buarque, deixo minha solidariedade e um forte abraço."

Filha do historiador Sérgio Buarque de Holanda e de Maria Amélia Alvim, Cristina era irmã dos cantores Chico Buarque e Miúcha, e da ex-ministra da Cultura Ana de Hollanda.

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