Mais uma mulher denuncia ter sido violentada em boate da Lapa, no Rio

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Um dia após a divulgação da denúncia de que uma mulher teria sofrido estupro coletivo dentro de uma boate na Lapa, região central do Rio, outra mulher procurou a Comissão da Mulher da Assembleia Legislativa fluminense para contar que também foi abusada dentro do mesmo estabelecimento comercial, em novembro passado.

Essa segunda suposta vítima é brasileira e contou que foi ao Portal Club, na Rua do Lavradio, para ver o show de um grupo de pagode durante uma festa open bar (com bebidas alcoólicas de graça). Ela afirma ter ingerida uma quantia a que estava habituada, mas mesmo assim ter passado mal e se sentido zonza.

Então, foi ao banheiro e a partir daí não tem memória sobre o que se passou. "Acordei no quarto preto, com um homem na minha frente, (e) um homem do meu lado sem calça", narrou, em entrevista à TV Globo.

"Quando fui urinar, saíram algumas coisas pelas minhas partes, um líquido pelas minhas partes. Assim que eu saí, veio uma funcionária e perguntou: 'Você sabe onde você estava?' 'Não, não sei'. 'Você estava num dark room (quarto escuro)'. Mas eu nunca entraria no dark room", afirmou a mulher.

A mulher afirma ter registrado o caso na Polícia Civil e tentou fazer exame no Instituto Médico-Legal, mas não pode ser atendida, segundo conta, porque só havia homens prestando atendimento. Procurada pelo Estadão, a Polícia Civil não falou.

Ela também relata ter cobrado assistência da boate, afirma: "Entrei em contato com a boate, até hoje não me responderam e até hoje tenho dor. Não tem um dia que eu fique com uma noite tranquila. Eu creio que sejam vários casos, porque, se tentaram persuadi-la (a suposta vítima estrangeira) para não dar queixa, ele me humilhou. O funcionário da casa tentou me fazer acreditar que a culpa era minha, porque eu estava realmente bem zonza."

Sobre este caso, a boate Portal Club não se manifestou até a publicação desta reportagem. Sobre a primeira denúncia, feita pela turista estrangeira que afirma ter sido vítima de estupro coletivo, a boate afirmou em nota que "repudia veementemente e nunca irá apoiar qualquer forma de intolerância, opressão ou violência contra as mulheres". Afirmou também estar colaborando com a polícia para esclarecer os fatos.

Na quarta-feira, 3, a Polícia Civil fez perícia na boate e recolheu as imagens das câmeras de segurança para tentar identificar o que ocorreu dentro do estabelecimento na madrugada do último domingo e, se tiver havido estupro, quem são os autores.

A turista estrangeira de 25 anos que relata ter sido vítima do estupro coletivo já voltou ao seu país de origem, que não foi revelado (apenas que é sul-americana). Ela deixou uma carta relatando a situação. "Não sei se haverá justiça ou não. (Mas) Espero que a minha história ajude outras mulheres que passaram pela mesma coisa a serem encorajadas a falar, que saibam que não estão sozinhas", afirmou.

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Um ônibus que transportava o cantor Ferrugem e sua equipe se envolveu em um acidente de trânsito na manhã deste domingo, 20, na região de Porto Alegre. Ninguém ficou ferido.

Na noite anterior, o artista havia se apresentado no festival Festimar, na cidade de Rio Grande, no litoral gaúcho.

Segundo comunicado divulgado pela empresa responsável pelo veículo, o acidente ocorreu por volta das 6h45 da manhã na BR-290, próximo à Ponte do Guaíba, que liga a capital ao interior do Estado.

Ferrugem falou sobre o ocorrido em suas redes sociais, compartilhando uma foto da frente do ônibus com os vidros estilhaçados. "Livramento! Um senhor acidente, mas graças a Deus todos estão bem", escreveu.

Mais tarde, gravou um vídeo explicando o acidente: "Destruiu tudo ali, a frente do ônibus, a porta foi arrancada, mas, graças a Deus, ninguém se machucou. Todo mundo bem, todo mundo inteiro."

O cantor também esclareceu que o acidente não atrapalharia o show que fará na noite deste domingo, 20, em Arraial do Cabo, no Rio de Janeiro.

Durante a tarde, ele mostrou que estava almoçando com a família antes de se encaminhar para a apresentação.

Em nota, a Mônica Turismo, responsável pelo ônibus, disse que os danos do acidente foram apenas materiais.

"A empresa imediatamente solicitou a substituição do veículo, mas não houve necessidade, a equipe preferiu ir até o aeroporto com o mesmo veículo para evitar atrasos", diz o comunicado.

Xuxa Meneghel fez um desabafo sobre a pressão estética que sofria da TV Globo na época em que apresentava o Xou da Xuxa, entre 1980 e 1990. Segundo a apresentadora, ela era pressionada para não chegar perto dos 60 quilos.

A revelação foi feita durante entrevista ao podcast WOW. Hoje com 62 anos, Xuxa comentou que lembrou da situação durante os bastidores do documentário Pra Sempre Paquitas, lançada em 2024 na Globoplay, mas que isso acabou não aparecendo no filme.

"Revisitando meu passado no documentário das paquitas, eles não colocaram uma coisa que me mandaram para eu ver em que me coloco para baixo, em que vejo uma foto minha nas cartinhas, em que eu falo 'olha como estou gorda, feia'", explicou Xuxa.

A apresentadora continuou: "Uma coisa que era me colocada na época [era] que se eu passasse dos 60 kg [estaria gorda]. Na época, 54 kg foi o normal que eu ficava. Na Globo, meu normal era 54 kg, 55 kg. Se eu fosse para 58 kg, já apertavam as minhas roupas."

Ela explicou que hoje tem boa relação com o próprio corpo, mas que, na época, a ideia de estar gorda caso seu peso aumentasse "era o que ouvia o tempo todo".

"Era uma cobrança muito grande, um negócio cruel. Você não se gostar e querer ficar mais forte ou menos forte, seja o que for, para você se sentir melhor, é uma coisa. Agora fazer isso por um padrão que lhe foi colocado...", completou.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, divulgou nota de pesar pelo falecimento da cantora Cristina Buarque, que morreu neste domingo, 20, aos 74 anos. Segundo Lula, a compositora teve "papel extraordinário" na música brasileira.

"Quero expressar meus profundos sentimentos pelo falecimento de Cristina Buarque. Cantora e compositora talentosa, teve um papel extraordinário na música brasileira ao interpretar as canções de alguns dos mais importantes compositores do samba carioca, ajudando a poesia e o ritmo dos morros do Rio a conquistarem os corações dos brasileiros", escreveu o chefe do Executivo no período da tarde. "Aos seus familiares e ao meu amigo Chico Buarque, deixo minha solidariedade e um forte abraço."

Filha do historiador Sérgio Buarque de Holanda e de Maria Amélia Alvim, Cristina era irmã dos cantores Chico Buarque e Miúcha, e da ex-ministra da Cultura Ana de Hollanda.

A causa da morte de Cristina não foi divulgada.