Amigo de condutor do Porsche sai da UTI e deve prestar depoimento

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O estudante Marcus Vinicius Rocha, de 22 anos, que estava no banco do passageiro do Porsche conduzido pelo empresário Fernando Sastre de Andrade Filho, de 24, apresentou melhora no seu quadro de saúde e deixou a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no hospital onde está internado, em São Paulo.

De acordo com o advogado do jovem, Roberto Soares Lourenço, Rocha foi transferido para um quarto do hospital na última terça-feira, 9, e se encontra lúcido e consciente. "Eu pude conversar com o Marcus, ele disse que lembra de tudo (do acidente) e que está à disposição das autoridades para prestar depoimento", disse o defensor.

Rocha está hospitalizado em uma unidade do Hospital São Luiz desde o acidente que matou o motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, de 52 anos, na madrugada do dia 31 de março, na zona leste da capital paulista. Ele estava como carona do amigo, o empresário Fernando Sastre de Andrade Filho, que bateu o Porsche que conduzia contra o Renault Sandero de Viana, na Avenida Salim Farah Maluf, zona leste de São Paulo.

A vítima estava trabalhando como motorista de aplicativo no momento da batida. Ela chegou a ser socorrida, mas não resistiu e morreu por traumatismos múltiplos momentos depois do acidente.

Rocha também foi hospitalizado por conta da colisão, e chegou ser entubado e ficar em coma. Ele teve quatro costelas quebradas e precisou retirar o baço em uma das duas cirurgias que precisou ser submetido. No outro procedimento, realizado na última segunda, o jovem colocou drenos na altura do pulmão para retirar o excesso de água na região da pleura, que se acumulou em decorrência do acidente.

"Ele ainda está com os drenos, que devem ser retirados nos próximos dias", disse Lourenço. "O Marcus Vinícius responde bem ao tratamento, está bem, e deve receber alta na próxima semana", afirmou o advogado. Não há uma data prevista para o depoimento de Rocha sobre o acidente.

Namorada de Fernando nega que o empresário tenha ingerido bebida alcoólica

Em depoimento à polícia no 30º DP (Tatuapé), na última terça, 9, a namorada do empresário Fernando Sastre de Andrade Filho diz que o companheiro não ingeriu bebida alcoólica antes do acidente. A informação foi confirmada ao Estadão por fontes ligadas às investigações.

O casal estava com Marcus Vinicius Rocha e a namorada dele em uma casa de pôquer antes do acidente. Em depoimento à polícia, a mulher afirmou que houve uma briga entre o grupo, na saída do evento, por entender que o empresário estava "alterado" e que ele não deveria dirigir o carro.

A namorada de Fernando teria dado outra versão para a briga: a de que o casal teria discutido porque ela queria ir embora da casa de pôquer, mas o empresário queria ficar porque estaria ganhando nos jogos.

A advogada de Fernando Sastre Filho, Carina Acado Garcia, acompanhou o depoimento da namorada do empresário. Ao Estadão, a defensora diz que não defende a depoente porque não ela está sendo investigada.

Empresário responde ao processo em liberdade

A Polícia Civil indiciou Andrade Filho. A Justiça de São Paulo negou dois pedidos de prisão contra Andrade Filho, que responde o processo em liberdade.

À polícia, o empresário negou que estivesse dirigindo sob efeito de álcool. Disse também que estava um pouco acima de 50 km/h (velocidade permitida na via), embora as imagens de monitoramento da avenida tenha registrado uma colisão forte entre os dois veículos.

A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) afirmou que os radares de velocidade da região estavam desativados no momento da colisão.

Andrade Filho afirmou também não fugiu do local do acidente e que teria sido o último a sair do local da ocorrência, ao lado de sua mãe. Ele se apresentou à delegacia quase 40 horas depois do episódio.

O inquérito deve durar no mínimo 30 dias. Apesar dos avanços, há ainda testemunhas centrais para serem envolvidas, como o próprio Marcus Vinícius e os policiais militares que atenderam a ocorrência.

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Se o primeiro filme de O Auto da Compadecida tinha a amizade inabalável de João Grilo e Chicó como guia da história, inspirada na peça de Ariano Suassuna, o segundo longa-metragem tem um outro elemento praticamente indissociável de sua essência: o tempo. Afinal, O Auto da Compadecida 2, principal estreia da semana nos cinemas, carrega as marcas evidentes dos 20 anos que se passaram desde o lançamento do primeiro filme.

A cidade continua a mesma - Taperoá, no sertão nordestino. E a amizade de João Grilo (Matheus Nachtergaele) e Chicó (Selton Mello) continua florescendo e se afirmando, com rezas de um lado e histórias de pescador do outro. Mas isso parece ser a única coisa que ficou. Afinal, o diretor Guel Arraes faz questão de marcar o tempo agindo nessa amizade: João ficou sumido; Chicó ficou sozinho à espera de Rosinha (interpretada por Virgínia Cavendish), que também sumiu; e novas lideranças surgiram na cidade, como o Coronel Ernani (vivido pelo ator Humberto Martins).

Tudo é tempo, tudo se ancora no passado e no presente. O futuro, como sempre, surge de maneira nublada, nunca dando as caras. "É um filme sobre a amizade resistindo", resume Matheus Nachtergaele ao Estadão. "O tempo passou de verdade. Aconteceram coisas. E, quando eles se reencontram, algo está intacto. Isso se chama amizade, que é um sentimento nobre, bonito. No final, o tempo é determinante em várias coisas no filme."

CRENÇAS

A história, em essência, fala sobre um João Grilo que volta para Taperoá depois de ficar um tempo longe da cidade e do amigo Chicó. Quando ele retorna, ressurge a crença de que renasceu pelas mãos de Nossa Senhora (interpretada no primeiro filme por Fernanda Montenegro e, agora, por Taís Araújo). É aí que ele vira quase-santo, cabo eleitoral e até mesmo se envolve em pequenas artimanhas e rolos com o radialista local (Eduardo Sterblitch) e com o amigo carioca (Luis Miranda) que se passa pelo poderoso bispo da região.

"Contar essa história provoca uma mistura de emoções. É uma coisa de responsabilidade, porque O Auto da Compadecida virou filme de cabeceira dos brasileiros", diz Nachtergaele, voltando, mais uma vez, a falar do tempo. "Devolver o carinho é honrar o que foi sentido durante 25 anos. Isso mudou nossas vidas, nos encheu de responsabilidade para o cinema que íamos fazer depois, para as escolhas que também fizemos no trabalho na televisão. Você tem que estar à altura desse carinho. Isso é uma mistura de coisas bonitas. De certa forma, é um encontro do Brasil com a sua cultura."

Ariano Suassuna morreu em 2014, sem deixar qualquer tipo de continuação da peça O Auto da Compadecida. O roteiro de Guel Arraes, Adriana Falcão e João Falcão, assim, nasce a partir de uma inspiração em Suassuna, mas não diretamente de um texto seu.

Com quase todos os personagens do primeiro filme mortos após o julgamento celestial, foi preciso encontrar novos moradores de Taperoá. Dentre as novidades, estão os já citados Coronel Ernani, de Humberto Martins, e o radialista Arlindo, de Sterblitch - que, é claro, querem se valer do capital político de João Grilo para comandarem a prefeitura da cidade. Outra boa novidade é o trambiqueiro Antônio do Amor, de Luís Miranda, amigo de João.

"É interessante mergulhar no universo de O Auto da Compadecida, de Suassuna, ainda mais quando você tem espaço para criar e pensar no personagem", conta Martins. "Eu fui desenvolvendo o Coronel Ernani de dentro para fora, pensando em um homem seco, vazio, quase como um escorpião tentando desesperadamente se agarrar a algo."

LOUCURA

Há ainda mais novidades, como a sedutora Clarabela (Fabíula Nascimento), filha de Ernani. E a nova atriz por trás do papel de Nossa Senhora: Taís Araujo. "Quando o Guel Arraes me ligou e explicou a proposta, eu aceitei imediatamente. Depois que desliguei, pensei que era uma loucura, uma responsabilidade gigantesca. Aos poucos, fui entendendo que se tratava de uma nova representação da Nossa Senhora", diz Taís. "Procurei focar na relação entre Nossa Senhora e o João Grilo, buscando uma intimidade sagrada, próxima. Essa visão de trazer o sagrado para perto foi essencial para mim. Afinal de contas, Nossa Senhora é humana, como todos nós."

Filmado inteiramente dentro de estúdios, novo longa abraça a tecnologia digital

Nessas mudanças todas que acompanham O Auto da Compadecida, o tempo atravessa muitas outras discussões.

Para começar, a tecnológica: enquanto o primeiro longa-metragem se valeu da película para ser feito, este novo capítulo abraça muito mais a tecnologia digital. Toda a produção foi rodada dentro de estúdios, inclusive com telões simulando o cenário do sertão.

"O tempo é determinante inclusive na estética final do Auto 2. É feito com as tecnologias mais avançadas disponíveis, mas de um jeito que honra a estética do primeiro", diz o ator Matheus Nachtergaele. Selton Mello, enquanto isso, relembra como o primeiro filme causou espanto por decisões de tecnologia da época - e espera que isso se repita.

"O primeiro foi feito em película. Era o que havia de mais avançado na época", diz. "Causava espanto: 'nossa, vocês vão fazer em película? No sertão? Com aquele calor?'. É muito bacana ver isso acontecendo de novo, a partir de uma outra tecnologia", diz o ator.

Outro marco temporal que surge é pensar como o cinema nacional mudou de lá para cá. No primeiro filme, lançado nos cinemas em 2000, após a estreia da série em 1999, o mercado brasileiro estava se recuperando da "terra arrasada" dos anos anteriores. Foi o filme de Chicó e João Grilo que retomou parte da esperança.

Agora, 24 anos depois, os personagens retornam em outro momento de recuperação, após o cinema do País sofrer a partir de uma polarização política. Nachtergaele acredita que é a hora de refazer uma conexão.

"Hoje em dia, o cinema brasileiro é um cinema de bandeiras difíceis. É corajoso, bonito, aguerrido. O Auto da Compadecida foi responsável por fazer as pazes do brasileiro com o cinema naquela época. Havíamos passado por um período difícil antes, e o filme ajudou a reconstruir essa relação", diz.

"A celebração de Auto 2 traz isso mais uma vez, as pazes que fizemos. Estamos num momento lindo. O Selton, por exemplo, está brilhando em um drama (ele se refere ao filme Ainda Estou Aqui), que traz as pessoas de volta ao cinema. E agora, ao mesmo tempo, como o Chicó, ingênuo, romântico e mentiroso. Ele consegue vibrar em duas sintonias, no melhor que o cinema brasileiro tem a nos oferecer."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Companheiro de palco e de tela de Ney Latorraca, que morreu nesta quinta-feira, 26, Marco Nanini compartilhou uma postagem em homenagem ao amigo no Instagram. Na publicação, o ator de A Grande Família se disse "mergulhado nas memórias de nossas muitas histórias" e compartilhou uma foto dos dois em cena pela peça Irma Vap e outra imagem dos dois, descaracterizados, juntos.

"Ator de imenso talento, companheiro de cena generoso e divertido. Você, protagonista de uma carreira brilhante, deixa saudades mas também a sua marca", escreveu Nanini.

Os dois atores estrearam em 1986 a peça O Mistério de Irma Vap, que permaneceu em cartaz por mais de 11 anos em São Paulo e resultou na adaptação Irma Vap: O Retorno (2006) no cinema. Foi o maior sucesso de Ney Latorraca e lhe trouxe a almejada estabilidade financeira. "Comprei minha cobertura, passei a viajar de primeira classe e pude dar todo o conforto para a minha mãe, que se foi em 1994, até o fim da vida dela", contou ele, em entrevista ao Estadão em julho.

Ney Latorraca morreu na manhã desta quinta-feira, 26, vítima de uma sepse pulmonar. O ator vinha tratando de um câncer de próstata desde 2019. A morte de Ney causou comoção no Brasil, com nomes como o presidente Lula, Ana Maria Braga, Sonia Abrão e Walcyr Carrasco compartilhando homenagens a Latorraca em seus perfis nas redes sociais.

Em 2019, o comediante Rodrigo Sant'Anna, de 43 anos, participou do programa Que História É Essa, Porchat? dias depois de fazer harmonização facial, rinoplastia e implante capilar. A internet não perdoou e ele foi amplamente criticado, em especial nas redes sociais.

O ator conversou com o jornal O Globo e falou sobre as críticas. Ele disse não se importar. "O tempo inteiro estamos lidando com crítica e opinião, então, acho que temos que fazer do jeito que tem que ser. Eu tento viver essa verdade, apesar de algumas críticas ainda chegarem a um lugar de: 'Opa, não precisava disso'. Não sou de responder crítica na internet e me colocar em polêmica", disse.

Ao mesmo tempo, revelou que diminuiu o número de intervenções estéticas. "Eu já diminuí minha harmonização. Agora sou um harmonizado consciente. Eu não tenho a menor questão com procedimento estético. Eu acho incrível e faço tudo", completou.

Rodrigo Sant'Anna no 'BBB'

Rodrigo Sant'Anna se prepara para o quadro de humor do Big Brother Brasil. Será a terceira vez que o humorista integra o time do reality show. Em 2015 e 2016, ele participou do programa interpretando personagens como Klébis, Regina Célia e Carol Paixão.

Na entrevista ao jornal carioca, ele disse que a sua atuação está sendo discutida. Ele dividirá o quadro com Rafael Portugal. A estreia do reality está marcada para o próximo dia 13 de janeiro.

Além do BBB, Rodrigo volta ao Multishow com mais uma temporada da série de humor Tô de Graça.