Empresário acusado de drogar e abusar de 3 mulheres em PE cai no grampo com delegada

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Conversas interceptadas pela Polícia Civil de Pernambuco mostram que o empresário Rodrigo Carvalheira, do ramo de restaurantes, tentou usar sua influência política para atrapalhar o andamento dos inquéritos que levaram ao seu indiciamento por estupro de vulnerável. Ele é acusado de drogar e abusar sexualmente de três mulheres entre 2009 e 2019.

Procurada pelo Estadão, a defesa ainda não havia se manifestado até a publicação deste texto. Quando ele foi denunciado pelo Ministério Público, no dia 17 de abril, no primeiro dos três casos, a advogada Graciele Queiroz afirmou que o empresário "sempre esteve à disposição das autoridades para prestar todos os esclarecimentos necessários".

Os diálogos obtidos pela Polícia Civil de Pernambuco indicam que o empresário teria procurado os secretários estaduais de Turismo e Lazer, Daniel Coelho, e da Casa Civil, Túlio Vilaça, para tentar transferir as investigações que correm na Delegacia da Mulher.

Coelho não retornou a reportagem. Vilaça confirmou que foi procurado via WhatsApp pelo empresário, que segundo ele pediu uma reunião para tratar de um "assunto pessoal importante para caramba", sem adiantar sem detalhes. "Essa mensagem nunca foi respondida por mim e a reunião nunca ocorreu. Depois disso, não houve mais nenhuma tentativa de contato. Ainda assim, é preciso esclarecer: na época em que recebi a mensagem, dia 5 de março, as investigações sobre Rodrigo Carvalheira não eram de conhecimento público, portanto eu também as desconhecia."

Nas mensagens obtidas pela Polícia Civil, Rodrigo Carvalheira conversa sobre as investigações com a delegada Natasha Dolci. As mensagens levaram a corporação a pedir uma investigação à parte sobre a conduta dela, por suspeita de tráfico de influência e advocacia administrativa. Em entrevista ao Diário de Pernambuco, a delegada alegou que essa foi uma "conversa informal entre amigos".

A delegada afirma nas mensagens que o empresário está "esperando demais" e que poderia "ter corrido atrás". Carvalheira responde que está "esperando o negócio da filiação da turma, o prazo da galera para acalmar na política". Também afirma que "Daniel não quis se meter". "Aí só Túlio", emenda. O trecho seguinte é inaudível.

Os diálogos foram revelados pela blogueira Noélia Brito e confirmados pelo Estadão.

O juiz José Claudionor da Silva Filho, da 18.ª Vara Criminal da Capital, chegou a decretar a prisão preventiva do empresário, por suspeita de obstruir o inquérito.

"O investigado possui amizade dentro da própria Polícia Civil de Pernambuco e está fazendo uso de sua influência política para atrapalhar a presente investigação, além de estar intimidando vítimas e testemunhas do caso", justificou o magistrado.

A decisão atendeu a um pedido da Polícia Civil, reforçado pela 29.ª Promotoria de Justiça Criminal da Capital.

Dias depois, Carvalheira foi beneficiado por uma nova decisão e conseguiu a liberdade provisória, condicionada ao uso da tornozeleira eletrônica.

Ex-secretário de Turismo de São José da Coroa Grande, no sul de Pernambuco, Rodrigo Carvalheira foi denunciado por três mulheres que faziam parte do seu grupo de amigos. Todas relataram que não eram próximas dele, mas que conviviam no mesmo ciclo social. De acordo com a Polícia Civil, os supostos abusos aconteceram depois que as vítimas perderam a consciência pelo uso de comprimidos oferecidos pelo empresário.

Em um dos casos, a mulher relatou que foi estuprada depois de pegar carona com Carvalheira ao sair de uma festa. Ela narrou que estava consciente. O empresário nega as acusações.

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Um ônibus que transportava o cantor Ferrugem e sua equipe se envolveu em um acidente de trânsito na manhã deste domingo, 20, na região de Porto Alegre. Ninguém ficou ferido.

Na noite anterior, o artista havia se apresentado no festival Festimar, na cidade de Rio Grande, no litoral gaúcho.

Segundo comunicado divulgado pela empresa responsável pelo veículo, o acidente ocorreu por volta das 6h45 da manhã na BR-290, próximo à Ponte do Guaíba, que liga a capital ao interior do Estado.

Ferrugem falou sobre o ocorrido em suas redes sociais, compartilhando uma foto da frente do ônibus com os vidros estilhaçados. "Livramento! Um senhor acidente, mas graças a Deus todos estão bem", escreveu.

Mais tarde, gravou um vídeo explicando o acidente: "Destruiu tudo ali, a frente do ônibus, a porta foi arrancada, mas, graças a Deus, ninguém se machucou. Todo mundo bem, todo mundo inteiro."

O cantor também esclareceu que o acidente não atrapalharia o show que fará na noite deste domingo, 20, em Arraial do Cabo, no Rio de Janeiro.

Durante a tarde, ele mostrou que estava almoçando com a família antes de se encaminhar para a apresentação.

Em nota, a Mônica Turismo, responsável pelo ônibus, disse que os danos do acidente foram apenas materiais.

"A empresa imediatamente solicitou a substituição do veículo, mas não houve necessidade, a equipe preferiu ir até o aeroporto com o mesmo veículo para evitar atrasos", diz o comunicado.

Xuxa Meneghel fez um desabafo sobre a pressão estética que sofria da TV Globo na época em que apresentava o Xou da Xuxa, entre 1980 e 1990. Segundo a apresentadora, ela era pressionada para não chegar perto dos 60 quilos.

A revelação foi feita durante entrevista ao podcast WOW. Hoje com 62 anos, Xuxa comentou que lembrou da situação durante os bastidores do documentário Pra Sempre Paquitas, lançada em 2024 na Globoplay, mas que isso acabou não aparecendo no filme.

"Revisitando meu passado no documentário das paquitas, eles não colocaram uma coisa que me mandaram para eu ver em que me coloco para baixo, em que vejo uma foto minha nas cartinhas, em que eu falo 'olha como estou gorda, feia'", explicou Xuxa.

A apresentadora continuou: "Uma coisa que era me colocada na época [era] que se eu passasse dos 60 kg [estaria gorda]. Na época, 54 kg foi o normal que eu ficava. Na Globo, meu normal era 54 kg, 55 kg. Se eu fosse para 58 kg, já apertavam as minhas roupas."

Ela explicou que hoje tem boa relação com o próprio corpo, mas que, na época, a ideia de estar gorda caso seu peso aumentasse "era o que ouvia o tempo todo".

"Era uma cobrança muito grande, um negócio cruel. Você não se gostar e querer ficar mais forte ou menos forte, seja o que for, para você se sentir melhor, é uma coisa. Agora fazer isso por um padrão que lhe foi colocado...", completou.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, divulgou nota de pesar pelo falecimento da cantora Cristina Buarque, que morreu neste domingo, 20, aos 74 anos. Segundo Lula, a compositora teve "papel extraordinário" na música brasileira.

"Quero expressar meus profundos sentimentos pelo falecimento de Cristina Buarque. Cantora e compositora talentosa, teve um papel extraordinário na música brasileira ao interpretar as canções de alguns dos mais importantes compositores do samba carioca, ajudando a poesia e o ritmo dos morros do Rio a conquistarem os corações dos brasileiros", escreveu o chefe do Executivo no período da tarde. "Aos seus familiares e ao meu amigo Chico Buarque, deixo minha solidariedade e um forte abraço."

Filha do historiador Sérgio Buarque de Holanda e de Maria Amélia Alvim, Cristina era irmã dos cantores Chico Buarque e Miúcha, e da ex-ministra da Cultura Ana de Hollanda.

A causa da morte de Cristina não foi divulgada.