Lewandowski defende mudanças na Constituição para consolidar 'SUS da segurança pública'

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O ministro da Justiça Ricardo Lewandowski defendeu na segunda-feira, 22, alterações na Constituição para a efetiva instalação do 'SUS da Segurança Pública', com verba própria, para promover ações de combate à criminalidade em âmbito nacional. O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal também propõe alteração para que a União possa elaborar diretrizes vinculantes na área de segurança, ou seja, iniciativas que devam ser cumpridas pelas forças de segurança dos Estados.

Na avaliação de Lewandowski, a União está 'desguarnecida, do ponto de vista jurídico', para fazer o enfrentamento da criminalidade. Segundo o ministro, a União 'não tem os instrumentos constitucionais e legais' para enfrentar uma criminalidade que mudou 'radicalmente' de natureza nos últimos anos, adquirindo caráter transnacional.

O ministro reconheceu o cenário de 'contenção de despesas', mas ressalta que o problema da segurança pública é complexo e que as demandas são inúmeras, em um contexto de verbas 'escassas'. "A saúde e a educação tem constitucionalmente uma verba já prevista e de aplicação compulsória. E é um sistema que tem dado certo. Eu acho que, dentro do orçamento brasileiro ainda cabe uma verba para a segurança pública", ponderou.

Lewandowski defende, 35 anos após a Constituição, uma reforma do sistema de segurança pública nacional. "É preciso fazer alguns acertos, com a preocupação com a segurança nacional não apenas do Executivo, como do Congresso Nacional e diria do Judiciário e de toda a sociedade", afirmou.

"Acho que teremos um ambiente favorável para fazer mudanças pontuais, nada de mudanças radicais, simples ajustes que possam primeiro definir melhor as competências das várias corporações que atuam na área de segurança e também repensarmos o aporte de verbas para esse importante setor", seguiu.

O ministro participou na manhã desta segunda do Seminário Brasil Hoje, realizado em São Paulo pelo grupo Esfera Brasil. Na ocasião, disse ver diálogo "bastante razoável" entre Executivo, Legislativo e Judiciário. Depois, o ex-integrante do Supremo participou de reunião-almoço promovida pelo Instituto de Advogados de São Paulo, na qual conclamou juristas a pensarem em soluções para os problemas de segurança pública no País.

Apesar de apostar em um 'ambiente favorável' para o debate, no Congresso, sobre mudanças no sistema de segurança pública, o governo trava uma queda de braço envolvendo tópicos relativos ao sistema prisional, em especial a saidinha de presos. Apesar de o cenário, no Congresso, indicar uma derrubada ao veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a trecho da lei que vetava as saidinhas, Lewandowski defendeu, mais uma vez a posição do governo.

"Entendemos que essa proibição é inconstitucional, fere a dignidade da pessoa humana, o princípio da individualidade da pena e a proteção da família, que é exigida pelo Estado, na Constituição",

reforçou nesta segunda. Na semana passada, em solenidade no Conselho Nacional de Justiça, o ministro já havia afirmado que torcia para que os parlamentares mantivessem o veto do presidente Lula.

O ministro ainda dissertou sobre outros temas abarcados pela lei, como a necessidade do exame criminológico para a progressão de pena. Segundo Lewandowski, o tópico não foi vetado pelo governo sob o entendimento de que se tratava de uma nova política criminal estabelecida pelo Congresso. De outro lado, o ministro lembrou do tempo que era juiz em São Paulo, indicando que o procedimento acabou sendo abandonado.

Lewandowski disse ter alertado o Congresso sobre o custo do exame. Indicou ainda que há juristas que apontam que a exigência do procedimento, complexo e custoso, pode atrasar a progressão de regime, que é um direito dos presos.

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A produtora 3LM Entretenimento anunciou nesta quinta-feira, 9, o cancelamento de quatro shows da turnê Acústico 20 Anos, da banda Ira!, nas cidades de Caxias do Sul, Jaraguá do Sul, Blumenau e Pelotas.

Segundo a empresa, a motivação foram os diversos pedidos de cancelamento de ingressos adquiridos e desistência de patrocinadores para as apresentações nestas cidades, após polêmica envolvendo o cantor Nasi ocorrida em show do grupo em Contagem, no dia 29 de março.

O Estadão solicitou um posicionamento por meio da assessoria do artista sobre os cancelamentos, mas não obteve retorno até o momento.

Na ocasião, segundo relato publicado no X, antigo Twitter, um grupo da plateia começou a vaiar em direção ao palco após Nasi gritar "sem anistia!", manifestando-se em relação aos ataques antidemocráticos ocorridos em Brasília no dia 8 de janeiro de 2023. Diante disso, o vocalista declarou que muitas pessoas vão aos shows sem que entendam o posicionamento do grupo, e pediu para que essas pessoas se retirassem.

"A vocês que estão vaiando, eu vou falar uma coisa para vocês. Tem gente que acompanha o Ira! mas que nunca entendeu o Ira!. Tem gente que acompanha a gente e é reacionário, tem gente que acompanha o Ira! e é bolsonarista. Isso não tem nada a ver, gente. Por favor, vão embora, vão embora da nossa vida! Vão embora e nunca mais voltem em show, não comprem nossos discos, não apareçam mais. É um pedido que eu faço", disse o artista de 63 anos.

Pouco mais de um ano depois de deixar a direção de Pânico 7, Christopher Landon explicou sua decisão de se demitir da produção. Em entrevista à Vanity Fair, o cineasta afirmou que recebeu uma série de ameaças à sua vida e à de sua família após a demissão de Melissa Barrera, desligada do filme por criticar as ações de Israel contra a Palestina.

"Eu não a demiti", reforçou Landon na entrevista. "Muita gente acha que teve dedo meu na decisão, mas não foi por minha causa. Não tinha nenhum controle sobre a situação. Acho que na falta de pessoas que entendam como Hollywood funciona, fãs pensaram 'foi esse cara' e vieram para cima de mim com facas nas mãos."

A situação se agravou ao longo de novembro de 2023, quando Landon começou a receber mensagens ameaçando ele e sua família - ele é casado com Cody Morris, com quem tem dois filhos de cinco e oito anos de idade. "O FBI se envolveu [no caso]. Recebia mensagens falando 'vou encontrar seus filhos e matá-los porque você apoia a morte de crianças. A segurança de vários estúdios e o FBI tiveram que analisar as ameaças. Foi muito agressivo e assustador."

Landon lembra que o estúdio tentou mantê-lo no projeto mesmo após as saídas de Barrero e Jenna Ortega, que deixou o projeto em apoio à colega. "A quantidade de abuso com a qual eu tive que lidar - decidi que não queria continuar assim. Para mim, não valia a pena."

"No meio de todo aquele caos, eu fiquei de luto pela perda de um dos meus trabalhos dos sonhos", seguiu o cineasta. "Passei por todas as fases [do luto] - fiquei chocado, triste e então fiquei bravo. [Queria] fazer parte deste legado. Foi muito difícil desistir", concluiu, dizendo que só agora sente que consegue falar sobre o assunto.

Barrera foi demitida de Pânico 7 pela Spyglass em novembro de 2023, após acusar Israel de "genocídio e limpeza étnica" pelos ataques do país ao povo palestino em retaliação ao atentado do Hamas em 7 de outubro. Um dia depois, o estúdio anunciou a saída de Ortega do filme, afirmando "problemas de agenda".

Recentemente, Ortega negou que conflitos de calendário tenham feito ela deixar Pânico 7, reiterando que largou a produção por causa da demissão de Barrera. "Não teve nada a ver com agenda ou salário", disse a atriz ao The Cut. "As coisas com a Melissa estavam acontecendo e tudo estava desmoronando. Se Pânico 7 não fosse com os diretores [Matt Bettinelli-Olpin e Tyler Gillett] e com as pessoas por quem eu me apaixonei, parecia não ser a melhor coisa para a minha carreira naquele momento."

Pânico 7 tem estreia marcada para fevereiro de 2026, agora sob direção de Kevin Williamson, roteirista do filme original de Wes Craven. O elenco conta com o retorno de Neve Campbell, intérprete da protagonista Sidney Prescott, que ficou de fora do sexto longa.

Gracyanne Barbosa, ex-participante do BBB 25, contou na tarde desta quarta-feira, 9, que está tendo dificuldade em retomar os treinos pesados após o confinamento. No reality, a musa fazia exercícios todos os dias, mas não na mesma intensidade na qual está acostumada. Em sua rede social, a musa escreveu que está sendo muito desafiador voltar a treinar e não lembrava como era sentir essa dor.

"Vocês não têm noção da dor que eu estou sentindo. Quando a gente está destreinada é uma m... Parece que tem uma faca entrando no meu bumbum. Eu não consigo nem ficar sentada na cadeira abdutora porque está doendo muito", disse em um vídeo.

Ela continuou o relato: "É o meu primeiro treino de glúteo de verdade, que consegui colocar um pouco mais de carga e com menos descanso, mas está insuportável".

A musa também lembrou os apertos para tomar banho no confinamento. "Além da dificuldade de tomar banho de biquíni, que parecia que não limpava direito, também não podia tomar vários banhos. Só pode tomar um banho por dia e tem dia que não dá para lavar a cabeça, como quando tá no Tá Com Nada", lembrou.

Gracyanne revelou ainda que perdeu um encontro na noite de ontem, 8, por conta do atraso em uma sessão de fotos. A musa está solteira desde o fim do seu relacionamento com Belo, em 2024.