Wilian Gordão do CV recebeu auxílio emergencial de R$ 600 e comprou bar por R$ 800 mil, diz PF

Geral
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times
A Operação Ragnatela revelou como o braço do Comando Vermelho (CV) em Mato Grosso montou um engenhoso esquema para lavar o dinheiro do tráfico sem chamar a atenção das autoridades. Os membros da facção, que mantém sua base no Rio de Janeiro, vinham investindo o lucro da venda de drogas em casas noturnas e eventos, segundo a Polícia Federal (PF). Agentes públicos também são investigados por suspeita de venda de licenças e alvarás em troca de propina.

A operação foi deflagrada na semana passada. É uma força-tarefa que mobiliza efetivos da PF, Polícia Civil, Polícia Militar e Polícia Rodoviária Federal. Os promotores do Gaeco, grupo de combate ao crime organizado, estão empenhados na investigação.

Um endereço está no centro das suspeitas. É o Dallas Bar, uma casa de shows na Avenida Beira Rio, em Cuiabá. Segundo a PF, o estabelecimento foi comprado por R$ 800 mil em dinheiro vivo.

O empreendimento está registrado no nome de Willian Aparecido da Costa Pereira, o "Willian Gordão", que pediu e recebeu parcelas do auxílio emergencial do governo federal no auge da pandemia, como mostrou o portal MídiaJur. A informação foi confirmada pelo Estadão. Para a PF, está claro que ele é um "testa de ferro" do esquema.

Os investigadores suspeitam que Joadir Alves Gonçalves, conhecido como "Jogador", "Veio" e Piraquê", uma das principais lideranças no CV em Mato Grosso, esteja por trás da compra.

A casa de shows seria usada para incorporar o dinheiro da venda de drogas ao patrimônio dos criminosos sem levantar suspeitas. A PF identificou dezenas de depósitos fracionados e um vultuoso fluxo paralelo de dinheiro vivo.

Conversas entre os suspeitos de serem os operadores financeiros do esquema dão conta do volume de dinheiro movimentado: "Minha conta está bloqueada, tá? Que hoje eu fiz mais de cem mil de PIX."

A força-tarefa investiga ainda os produtores dos eventos.

Propinas a agentes públicos

O "elo" da facção com as autoridades públicas seria Rodrigo de Souza Leal, assessor parlamentar do vereador Paulo Henrique de Figueiredo Masson (MDB), que também é investigado. Em conversas interceptadas pela Polícia Federal, o servidor foi tratado pelos criminosos como "gente nossa". Ele foi exonerado do cargo comissionado após a repercussão da operação.

Os investigadores afirmam que o assessor parlamentar era o responsável por cooptar agentes da Secretaria Municipal de Ordem Pública e Defesa Civil de Cuiabá para que facilitassem a concessão de licenças para os shows, sem a documentação necessária.

Um dos investigados na prefeitura é o agente de regulação e fiscalização Rodrigo Anderson de Arruda Rosa. O ex-secretário Benedito Alfredo Granja Fontes, que morreu no início de um ano vítima de câncer, também é citado no inquérito.

"O grupo criminoso conta com o auxílio dos agentes supracitados, os quais flexibilizam a concessão de licenças e alvarás durante a realização dos eventos, recebendo, em contrapartida, benefícios financeiros de forma direta e indireta do grupo responsável pela promoção dos shows", diz um trecho da decisão judicial que autorizou a operação.

Em nota, a Secretaria de Ordem Pública informou que abriu um procedimento interno para investigar a conduta do fiscal e que está à disposição das autoridades para colaborar com o inquérito.

O vereador Paulo Henrique, que também é presidente do Sindicato dos Agentes de Regulação e Fiscalização de Cuiabá, pediu licença do mandato. Ele nega irregularidades e afirma que, como vereador, não tem autoridade para liberar eventos.

"O meu sigilo bancário foi quebrado. A verdade indiscutível é que não existe nenhum depósito ilícito e nem contribuição ilegal nas minhas contas", disse em vídeo publicado nas redes sociais.

Investigação

A força-tarefa da Operação Ragnatela fez buscas em endereços residenciais e comerciais ligados a 27 investigados. Oito pessoas foram presas preventivamente. O bloqueio de bens e contas alcança R$ 5 milhões.

O juiz João Francisco Campos de Almeida, do Núcleo de Inquéritos Policiais do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, que autorizou a operação, também determinou o afastamento de três agentes públicos - o fiscal Rodrigo Anderson de Arruda Rosa, o policial penal Luiz Otávio Natalino e o ex-diretor do presídio de Carumbé, Winkler de Freitas Teles, que estava à frente da Fundação Nova Chance, ligada à Secretaria de Segurança Pública de Mato Grosso.

A PF analisa agora o material apreendido na operação.

Em outra categoria

Maike deixou o BBB 25 poucos dias após iniciar o romance com Renata. Mesmo com a distância, a bailarina não descarta um futuro relacionamento ao fim do programa. Neste sábado, 19, ela refletiu sobre a possibilidade em conversa com Guilherme.

"Acho que lá fora a vida é diferente, então têm outras coisas para conhecer, minhas e dele. Então acho que vai ter que existir esse momento de, lá fora, a gente se permitir outras coisas, ter uma nova conversa", pontuou Renata.

A bailarina disse que precisa conhecer o "currículo" do pretendente fora da casa. Contudo, acredita que a convivência ao longo do confinamento pode ajudar em alguns quesitos, já que eles se viram em diversas situações.

"Mas eu não deixei de viver nada aqui dentro. E não tem mais muito o que eu mostrar, ele já me viu com geleca na cabeça, com pipoca, pó na cara, caindo no molho de tomate, ele já me viu de todos os jeitos", refletiu aos risos.

Maike foi eliminado no 15º Paredão com 49,12% dos votos, no último dia 10. Na ocasião, ele disputou a berlinda com Vinicius, que teve 48,02%, e Renata, 2,86%.

Lady Gaga enfrentou problemas técnicos no início do show que fez nesta sexta-feira, 18, no Coachella. O microfone da cantora apresentou falhas durante Abracadabra, segunda música do repertório, cortando a voz da artista.

Sem interromper a apresentação, Gaga trocou discretamente o microfone de cabeça por um modelo de mão e manteve a coreografia. Depois de alguns minutos, ela voltou ao palco com um novo microfone que funcionou corretamente até o fim da performance.

Momentos depois, ao piano, a artista se desculpou com o público pelo problema técnico. "Meu microfone parou de funcionar por um segundo. Pelo menos vocês sabem que eu canto ao vivo", disse.

A artista completou afirmando que estava fazendo o possível para compensar a falha: "Acho que a única coisa que podemos fazer é dar nosso melhor, e com certeza, eu estou dando meu melhor para vocês hoje".

Lady Gaga no Brasil

Lady Gaga está preste a vir ao Brasil. O palco para o seu show em Copacabana, no dia 3 de maio, está sendo erguidona areia da praia desde o último dia 7, e envolve uma megaoperação com cerca de 4 mil pessoas na equipe de produção nacional - sem contar o efetivo de órgãos públicos que também atuam no evento, como segurança, transporte e saúde.

O palco principal terá 1.260 metros quadrados e estará a 2,20 metros do chão, altura pensada para melhorar a visibilidade do público. A produção ainda contará com 10 telões de LED distribuídos pela praia e um painel de LED de última geração no centro do palco, prometendo uma experiência grandiosa para quem estiver presente e também para aqueles que assistirem de casa.

A estrutura do evento está sob responsabilidade da Bonus Track, mesma produtora que assinou o histórico The Celebration Tour de Madonna no ano passado, também em Copacabana. Para efeito de comparação, o palco da Rainha do Pop tinha 24 metros de largura e 18 metros de altura, com três passarelas e um elevador. A expectativa é que o show de Gaga supere esses números em impacto visual e tecnológico.

A apresentação está prevista para começar às 21h, com duração de 2h30. O show será gratuito, aberto ao público e terá transmissão ao vivo na TV Globo, Multishow e Globoplay.

A banda britânica The Who anunciou neste sábado, 19, que o baterista Zak Starkey está de volta ao grupo. A decisão vem após a saída repentina do músico, que havia sido desligado após um desentendimento com o vocalista Roger Daltrey durante uma apresentação no Royal Albert Hall, em Londres.

O comunicado, assinado pelo guitarrista e cofundador do grupo Pete Townshend, esclarece que houve falhas de comunicação que precisaram ser resolvidas "de forma pessoal e privada por todas as partes", e que isso foi feito com sucesso. Segundo ele, houve um pedido para que Starkey ajustasse seu estilo de bateria para o formato atual da banda, sem orquestra, e o baterista concordou.

O episódio que gerou tensão aconteceu durante o show beneficente Teenage Cancer Trust, no qual o vocalista Roger Daltrey, organizador do evento, interrompeu a última música da apresentação, The Song Is Over, para criticar a bateria de Starkey. "Para cantar essa música, preciso ouvir a tonalidade, e não consigo. Só tenho a bateria fazendo 'bum, bum, bum'. Não consigo cantar isso. Desculpem, pessoal", disse ao público.

Na nova mensagem, Townshend também assumiu parte da responsabilidade pela situação. Ele explicou que estava se recuperando de uma cirurgia no joelho e que talvez não tenha se preparado o suficiente para o evento. "Achei que quatro semanas e meia seriam suficientes para me recuperar totalmente… Errado", escreveu.

O músico admitiu ainda que a banda pode ter dedicado pouco tempo às passagens de som, o que gerou problemas no palco. Ele reforçou que o centro do palco é uma das áreas com som mais difícil de controlar e que Daltrey apenas tentou ajustar seu retorno de áudio. Zak, segundo ele, cometeu alguns erros e se desculpou.

Townshend descreveu o ocorrido como um "mal-entendido" e disse que tudo ganhou uma proporção maior do que deveria. "Isso explodiu muito rápido e ganhou oxigênio demais", afirmou. Agora, segundo ele, a banda considera o episódio encerrado e segue adiante com energia renovada.

O texto também desmentiu boatos de que Scott Devours, baterista da turnê solo de Daltrey, substituiria Zak de forma permanente. Townshend disse que lamenta não ter desmentido esse rumor antes e se desculpou com Devours.

Zak Starkey integra o The Who desde 1996 e é filho de Ringo Starr, baterista dos Beatles. Ele já tocou com outras bandas, como Oasis e Johnny Marr & The Healers.