CNBB defende projeto que equipara aborto a homicídio e pune vítima de estupro

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A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) publicou uma nota nesta sexta-feira, 14, em defesa do projeto de lei que equipara o abordo realizado após 22 semanas ao crime de homicídio. O texto, que tramita na Câmara dos Deputados foi aprovado com urgência na última terça-feira, 12, e seguirá para votação no Plenário sem a necessidade de passar por comissões temáticas para discutir o assunto.

A entidade diz que não se insere na "politização e ideologização desse debate", porém afirma participar de discussão por ser "profundamente ético e humano".

"A discussão sobre o PL 1904/2024 traz à tona a cruel prática de assistolia fetal em bebês a partir de 22 semanas de gestação, proibida pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e no momento liberada por liminar no STF [Supremo Tribunal Federal]. Este PL cumpre o papel de coibir a morte provocada do bebê, previamente ao término da gravidez", diz.

O órgão argumenta que a partir da idade gestacional de 22 semanas, se realizado o parto, muitos bebês sobrevivem. "Então, por que matá-los? Por que este desejo de morte? Por que não evitar o trauma do aborto e no desaguar do nascimento, se a mãe assim o desejar, entregar legalmente a criança ao amor e cuidados de uma família adotiva? Permitamos viver a mulher e o bebê", declara.

O PL altera o Código Penal e condena mulheres que cometerem o aborto após as 22 semanas à detenção entre 6 e 20 anos. Atualmente, o castigo legal a quem fizer um aborto é a prisão por 1 a 3 anos.

A Legislação permite o aborto em três situações, em casos de fetos com anencefalia, quando a mulher corre risco de morte e não há outro jeito para salvá-la e estupro. Com a mudança do Código Penal, mesmo se for estuprada, a mulher precisa seguir com a gestão.

Para o estuprador, em alguns casos a pena pode ser menor do que o proposto no PL. Atualmente, o agressor recebe é detido por 6 a 10 anos, podendo ser ampliada para até 12 anos quando há violência grave. Em casos que a vítima seja menor de 14 anos ou seja considerada vulnerável, a punição é de 8 a 15 anos, podendo ser ampliada para 20 anos.

Para o CNBB, retirar o bebê que forem concebidos através do estupro não é a solução para punir o agressor e a ação "traz para a gestante grande sofrimento físico, mental e espiritual. Algumas vezes até a morte", afirma.

O texto foi assinado pelo presidente da Conferência e arcebispo da Arquidiocese de Porto Alegre (RS), Dom Jaime Spengler junto aos arcebispos e vice-presidentes Dom João Justino de Medeiros Silva e Dom Paulo Jackson Nóbrega de Sousa, além do bispo e secretário-geral Dom Ricardo Hoepers.

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Um ônibus que transportava o cantor Ferrugem e sua equipe se envolveu em um acidente de trânsito na manhã deste domingo, 20, na região de Porto Alegre. Ninguém ficou ferido.

Na noite anterior, o artista havia se apresentado no festival Festimar, na cidade de Rio Grande, no litoral gaúcho.

Segundo comunicado divulgado pela empresa responsável pelo veículo, o acidente ocorreu por volta das 6h45 da manhã na BR-290, próximo à Ponte do Guaíba, que liga a capital ao interior do Estado.

Ferrugem falou sobre o ocorrido em suas redes sociais, compartilhando uma foto da frente do ônibus com os vidros estilhaçados. "Livramento! Um senhor acidente, mas graças a Deus todos estão bem", escreveu.

Mais tarde, gravou um vídeo explicando o acidente: "Destruiu tudo ali, a frente do ônibus, a porta foi arrancada, mas, graças a Deus, ninguém se machucou. Todo mundo bem, todo mundo inteiro."

O cantor também esclareceu que o acidente não atrapalharia o show que fará na noite deste domingo, 20, em Arraial do Cabo, no Rio de Janeiro.

Durante a tarde, ele mostrou que estava almoçando com a família antes de se encaminhar para a apresentação.

Em nota, a Mônica Turismo, responsável pelo ônibus, disse que os danos do acidente foram apenas materiais.

"A empresa imediatamente solicitou a substituição do veículo, mas não houve necessidade, a equipe preferiu ir até o aeroporto com o mesmo veículo para evitar atrasos", diz o comunicado.

Xuxa Meneghel fez um desabafo sobre a pressão estética que sofria da TV Globo na época em que apresentava o Xou da Xuxa, entre 1980 e 1990. Segundo a apresentadora, ela era pressionada para não chegar perto dos 60 quilos.

A revelação foi feita durante entrevista ao podcast WOW. Hoje com 62 anos, Xuxa comentou que lembrou da situação durante os bastidores do documentário Pra Sempre Paquitas, lançada em 2024 na Globoplay, mas que isso acabou não aparecendo no filme.

"Revisitando meu passado no documentário das paquitas, eles não colocaram uma coisa que me mandaram para eu ver em que me coloco para baixo, em que vejo uma foto minha nas cartinhas, em que eu falo 'olha como estou gorda, feia'", explicou Xuxa.

A apresentadora continuou: "Uma coisa que era me colocada na época [era] que se eu passasse dos 60 kg [estaria gorda]. Na época, 54 kg foi o normal que eu ficava. Na Globo, meu normal era 54 kg, 55 kg. Se eu fosse para 58 kg, já apertavam as minhas roupas."

Ela explicou que hoje tem boa relação com o próprio corpo, mas que, na época, a ideia de estar gorda caso seu peso aumentasse "era o que ouvia o tempo todo".

"Era uma cobrança muito grande, um negócio cruel. Você não se gostar e querer ficar mais forte ou menos forte, seja o que for, para você se sentir melhor, é uma coisa. Agora fazer isso por um padrão que lhe foi colocado...", completou.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, divulgou nota de pesar pelo falecimento da cantora Cristina Buarque, que morreu neste domingo, 20, aos 74 anos. Segundo Lula, a compositora teve "papel extraordinário" na música brasileira.

"Quero expressar meus profundos sentimentos pelo falecimento de Cristina Buarque. Cantora e compositora talentosa, teve um papel extraordinário na música brasileira ao interpretar as canções de alguns dos mais importantes compositores do samba carioca, ajudando a poesia e o ritmo dos morros do Rio a conquistarem os corações dos brasileiros", escreveu o chefe do Executivo no período da tarde. "Aos seus familiares e ao meu amigo Chico Buarque, deixo minha solidariedade e um forte abraço."

Filha do historiador Sérgio Buarque de Holanda e de Maria Amélia Alvim, Cristina era irmã dos cantores Chico Buarque e Miúcha, e da ex-ministra da Cultura Ana de Hollanda.

A causa da morte de Cristina não foi divulgada.